Textos curto de Tristeza
A VISITA DA MORTE
Às vezes a morte grita nos meus ouvidos, por sorte, já não me assusto mais. Tornou-se comum para mim, gritar, buscando ofuscar o grito do fim. A morte não tem feição! Aparece sempre quando estou sozinho, me oferecendo seu abraço em meio a carência, e por mais doloroso que seja recusar, nunca o aceitei. Vivo nessa torre como Rapunzel, esperando que pelos meus cabelos alguém me salve; a verdade é que há anos aguardo esse momento, mas é difícil encontrar alguém! Eles nunca pensam que quem está em cima precisa de ajuda para descer.
DOR
Se o vento soprar silêncio
E me perguntar o que é a dor
Direi no vão momento
Que é ausência de amor.
Mas, se insistir o que é tristeza
Causa de nos magoar
Direi então é a beleza
De sorrir para não chorar
Que são fagulhas de espinhos
Que penetram minh´alma
É a distância do carinho
Do tudo que fez-se em nada
Posso dizer sentida
Que a dor é pranto que cai
Que é todo o mal que fica
Quando todo bem se vai.
AMOR CEGO
Uma vez disseram-me que o amor é cego, acreditei em parte; outra vez falaram que ele estava cego de amor, e por mais contraditório que isso represente, eu acreditei sem hesitar. Ao contrário do amor, há pessoas que cegam seus próprios olhos, pois assumir que está amando outro alguém, é difícil demais, e quebraria toda ética interna do bom samaritano. Então não, o amor não é cego! Ele é puro, verdadeiro, envolvente! Mas sim, alguns estão cegos de amor.
CICATRIZ
Desde criança sempre gostei das minhas cicatrizes! Nunca lhes olhei com dó ou piedade, pelo contrário, as amei muito. Não amei pela dor que me foi causada, mas por cada história ali contada.
As cicatrizes que agora habitam meu cérebro, trazem consigo a dor, mas também as memórias de dias felizes que nunca se hão de partir. Para cada curativo, lhe dedico o viveram felizes para sempre! Nem sempre juntos, mas felizes sempre.
Oque é a vida?
mar de rosas,
ou mar de sangue
Clichê ou romântico
choro de mágoa,
ou felicidade arrastada.
Talvez por quem ama,
ou outrem sem importância
Essas coisas
Superficiais e insanas
completamente instantânea
como uma sensação
momentânea.
Violão ou viola,
choro da gaita ou da sanfona.
É assim que vivo,
e assim que me assombra.
Talvez o aflorecer mude minha rosa
talvez as pragas sejam
a melhor ESCOLHA.
Acorda
Certamente as cordas não eram para isso,
Pensei em amarrar os punhos da rede,
Quando dei por mim estava amarrada em outro lugar.
Socorro me ajuda, por favor, me ajuda!
Ninguém veio me ajudar.
O brilho dos meus olhos,
Pouco a pouco se esvaindo,
No canto direito do olho, uma lágrima caindo...
Minhas pernas esticadas tentando tocar o chão, meus olhos se fecharam, pensamento a milhão.
O filme de uma vida se passou, o ar que regava meu peito ardeu e, por fim o coração parou. Acabara com a minha dor e enfim, a solidão morreu.
Um ser solitário
Controle seus pensamentos para não se perder
Aja como se estivesse bem para ninguém se preocupar
Coloque um sorriso no rosto para ninguém te questionar
Mas no silêncio solitário
Do quarto escuro e frígido
A morte passa pelos seus olhos
E lágrimas escorrem pelo seu olhar sombrio
De um ser sozinho e depressivo
Que se questiona da vida e seus sentidos
Quando lhe perdi!?
Quando os meus beijos perderam o sabor pra você?
Quando lhe perdi?
Quando os meus toques perderam o encanto?
Quando lhe perdi!?
Quando os seus olhos pararam de brilhar ao olhar nos meus?
Quando lhe perdi?
Quando passou a está tão longe, mesmo tão perto?
Quando lhe perdi!?
Quando a minha chegada passou a não mais valer a pena à sua espera?
Quando lhe perdi?
E a fila andou
A fila andou,
era assim que Fátima dizia,
só que ela estava na fila
e eu não sabia,
um dia, depois de muito sofrimento,
a morte tirou-lhe a vida.
foi embora para sempre
a minha esposa querida.
O que ficou foi tristeza
Amargura e muita dor,
um vazio indescritível
um angustia persistente
do meu amor ausente,
de tudo que fomos nós.
A fila andou, sim senhor
e me deixou de presente
um lar que um dia foi da’ gente
e que agora não tem nome,
vazio e só tem lembranças
de tudo aquilo que fomos.
Quando será a minha vez?
IDAS E VINDAS
De um instante para o outro, todos se foram. Você também se foi, mas diferente dos demais, você sempre volta, e como eu amei as suas voltas. No espaço de repouso da tua ida, entendi que meu peito não desfalece de tamanha carência e pobreza por afeto.
Entre o trânsito acelerado, dei de cara com muitas placas, uma dizia-me "pare", a outra dizia-me "volta". Por muito amei as tuas voltas, mas ensinarem-me que eu não mereço ninguém que volte, mas alguém que permaneça comigo para sempre.
Um problema de dentro
Eu tenho estado cansado
Tenho tido pouco cuidado
Estou com olheiras bem traçadas
Resultantes de muitas batalhas
Maioria de conflitos mentais
Maior parte acidentais
Eu simplesmente falhei
São problemas que não evitei
Essa foi uma grande guerra
Que finalmente se encerra
Não me encho de orgulho
Preciso fazer melhor
E mostrar do que sou capaz
ACORDANDO DE UM SONO PROFUNDO
Muitos exaltam a inteligência avassaladora dos escritores, tal inteligência que não é exclusiva, mas em demasia se estabelece na imaginação. As virtudes da vida também trazem consigo consequências dolorosas, assim me sinto, assim se faz. Em tantas ocasiões me vi ser esfaqueado pelas minhas próprias mãos, açoitado pela mente fértil, tendo eu acreditado nas minhas próprias ilusões de histórias nunca escritas.
Não sei o que acontece nas noites vazias
Que queremos apenas nos esconder de nós mesmo
Uma sensação de vazio sem mesmo estar vazio
Uma tristeza que não passa mesmo sem estar triste
E sempre a espera dos dias melhores, de coisas melhores
Dizem que nada como um dia após o outro, mas os dias são todos iguais
E os pensamentos te levam ao caminho contrário do queremos viver.
O meu peito sangra as mais lindas palavras Que escorre de dentro da minha alma, Misturadas com riso fácil e uma lagrima Atormentada
Ela não serça ela não para..
Oh que motivo vão!
Poetas choram suas dores na ponta de Uma caneta, que as derrrete em mil palavras
Fazem uma tempestade de soluços, Arrepios alegrias,tristezas, agonia alivio e Emoção
Todas as minhas tentativas resultaram apenas em cansaço.
Quanto mais longe vou, mas me sinto preso,
E a medida em que o tempo avança, diminuem minhas chances de encontrar-me
Na verdade, o que sobra depois de todos os fracassos, sou eu.
Um eu sem sentido, sem um porquê, nem pra que, nem por quem. Apenas eu.
Um ser que vive esperando o fim das dores que sente, o fim do dia, da noite, de si.
LRDG
19/09/20
A dor mentalmente dói muito mais do que a dor física, o amor sincero é mais mentiroso do que a tristeza maléfica, nem tudo é o que parece
Quando queremos ser felizes na vida, a tristeza é a que chega mais rápido e o ódio em seguida,
paz,amor, pra quê, porque acreditar no amor, eu nunca o vi, nem senti em momento nenhum da minha vida, eu nasci sentido dor, não amor
e quero viver sentido dor, porque o amor está atrasado demais, e eu não aceito atrasos, dor, tristeza e ódio, são minhas esperanças
►Que Dor
Deixei aos cantos, becos, barrancos
Todos os meus planos, desejos e sonhos
Tudo, para realizar os seus, almejando ser teu
Seu herói Teseu, seu Romeu
Seu poeta, seu Orfeu
Ah como dói, me doeu,
Quando seus olhos me apedrejaram,
Me amarraram e me jogaram
Para um lado e para outro do quarto
Ah como dói, amor meu
Tudo o que fiz foi inteiramente para ti,
Então por que agride tantas vezes a mim?
Como posso continuar te amando? Estou sufocando...
Não há saídas quando o resultado são as chances e circunstâncias mal aproveitadas, perdido dentro da dor...
Se tornar quem você não desejava, descartando pessoas e se despedindo de quem você ama.
Como poderia ter sido se Deus não tivesse me ajudado?
Só me resta grandes memórias e lembranças diárias.
Me deparo por um vazio tremendo e uma fadiga mental aonde estou preso sem poder olhar pra trás, tendo que seguir meu caminho preso dentro de mim, dentro da dor da tristeza.
Finalmente percebi que cada dia é um adeus, decisões, desespero, medo, lágrimas e salvação...
Aquilo que me asfixia à alma, que prolonga o meu alento, que mistura os pensamentos, que me tira de viver.
Como o nada pode doer tanto, como aquilo que não se ver posso sentir, como sangra o meu corpo à dentro, sem que eu deixe de existir.
Os olhos vermelhos se escondem atrás de uma lente preta, que culmina toda a dor, que tira a minha verdade, que deixa meu mundo incolor.
Os meus passos nunca mais andaram em silêncio, a todo canto que prossigo posso escuta-los, talvez eu já esteja enterrado, mas ainda não me mataram.
Amargura
Quem me dera sair dessa solidão,
E esta amargura que sonda o meu coração?
Estou aflito pelo caminho distante,
Pois não consigo dar um passo adiante.
E essa escuridão que me fulmina,
Deveras um raio de luz para mim trazer vida?
Preciso restaurar-me a alegria de viver,
Para que eu possa acordar em um novo amanhecer
O que me resta agora é a esperança,
Para que através desta mudança
Minh'alma consiga novamente viver.