Textos Bíblicos

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Números 14

Os israelitas querem voltar para o Egipto

1 Naquela noite, toda a comunidade começou a chorar em alta voz.
2 Todos os israelitas queixaram-se contra Moisés e contra Arão, e toda a comunidade lhes disse: "Quem dera tivéssemos morrido no Egito! Ou neste deserto!
3 Por que o Senhor está nos trazendo para esta terra? Só para nos deixar cair à espada? Nossas mulheres e nossos filhos serão tomados como despojo de guerra. Não seria melhor voltar para o Egito?"
4 E disseram uns aos outros: "Escolheremos um chefe e voltaremos para o Egito!"
5 Então Moisés e Arão prostraram-se com o rosto em terra, diante de toda a assembleia dos israelitas.
6 Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, dentre os que haviam observado a terra, rasgaram as suas vestes
7 e disseram a toda a comunidade dos israelitas: "A terra que percorremos em missão de reconhecimento é excelente.
8 Se o Senhor se agradar de nós, ele nos fará entrar nessa terra, onde há leite e mel com fartura, e a dará a nós.
9 Somente não sejam rebeldes contra o Senhor. E não tenham medo do povo da terra, porque nós os devoraremos como se fossem pão. A proteção deles se foi, mas o Senhor está conosco. Não tenham medo deles!"
10 Mas a comunidade toda falou em apedrejá-los. Então a glória do Senhor apareceu a todos os israelitas na Tenda do Encontro.
11 E o Senhor disse a Moisés: "Até quando este povo me tratará com pouco caso? Até quando se recusará a crer em mim, apesar de todos os sinais que realizei entre eles?
12 Eu os ferirei com praga e os destruirei, mas farei de você uma nação maior e mais forte do que eles".
13 Moisés disse ao Senhor: "Então os egípcios ouvirão que pelo teu poder fizeste este povo sair dentre eles,
14 e falarão disso aos habitantes desta terra. Eles ouviram que tu, ó Senhor, estás com este povo e que te veem face a face, Senhor, e que a tua nuvem paira sobre eles, e que vais adiante deles numa coluna de nuvem de dia e numa coluna de fogo de noite.
15 Se exterminares este povo, as nações que ouvirem falar do que fizeste dirão:
16 'O Senhor não conseguiu levar esse povo à terra que lhes prometeu em juramento; por isso os matou no deserto'.
17 "Mas agora, que a força do Senhor se manifeste, segundo prometeste:
18 'O Senhor é muito paciente e grande em fidelidade e perdoa a iniquidade e a rebelião, se bem que não deixa o pecado sem punição e castiga os filhos pela iniquidade dos pais até a terceira e quarta gerações'.
19 Segundo a tua grande fidelidade, perdoa a iniquidade deste povo, como a este povo tens perdoado desde que saíram do Egito até agora".
20 O Senhor respondeu: "Eu o perdoei, conforme você pediu.
21 No entanto, juro pela glória do Senhor, que enche toda a terra,
22 que nenhum dos que viram a minha glória e os sinais milagrosos que realizei no Egito e no deserto e me puseram à prova e me desobedeceram dez vezes -
23 nenhum deles chegará a ver a terra que prometi com juramento aos seus antepassados. Ninguém que me tratou com desprezo a verá.
24 Mas, como o meu servo Calebe tem outro espírito e me segue com integridade, eu o farei entrar na terra que foi observar, e seus descendentes a herdarão.
25 Visto que os amalequitas e os cananeus habitam nos vales, amanhã deem meia-volta e partam em direção ao deserto pelo caminho que vai para o mar Vermelho".
26 Disse mais o Senhor a Moisés e a Arão:
27 "Até quando esta comunidade ímpia se queixará contra mim? Tenho ouvido as queixas desses israelitas murmuradores.
28 Diga-lhes: Juro pelo meu nome, declara o Senhor, que farei a vocês tudo o que pediram:
29 Cairão neste deserto os cadáveres de todos vocês, de vinte anos para cima, que foram contados no recenseamento e que se queixaram contra mim.
30 Nenhum de vocês entrará na terra que, com mão levantada, jurei dar-lhes para sua habitação, exceto Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num.
31 Mas, quanto aos seus filhos, sobre os quais vocês disseram que seriam tomados como despojo de guerra, eu os farei entrar para desfrutarem a terra que vocês rejeitaram.
32 Os cadáveres de vocês, porém, cairão neste deserto.
33 Seus filhos serão pastores aqui durante quarenta anos, sofrendo pela infidelidade de vocês, até que o último cadáver de vocês seja destruído no deserto.
34 Durante quarenta anos vocês sofrerão a consequência dos seus pecados e experimentarão a minha rejeição; cada ano corresponderá a cada um dos quarenta dias em que vocês observaram a terra.
35 Eu, o Senhor, falei, e certamente farei essas coisas a toda esta comunidade ímpia, que conspirou contra mim. Encontrarão o seu fim neste deserto; aqui morrerão".
36 Os homens enviados por Moisés em missão de reconhecimento daquela terra voltaram e fizeram toda a comunidade queixar-se contra ele ao espalharem um relatório negativo;
37 esses homens responsáveis por espalhar o relatório negativo sobre a terra morreram subitamente de praga perante o Senhor.
38 De todos os que foram observar a terra, somente Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, sobreviveram.
39 Quando Moisés transmitiu essas palavras a todos os israelitas, eles choraram amargamente.
40 Na madrugada seguinte, subiram para o alto da região montanhosa e disseram: "Subiremos ao lugar que o Senhor prometeu, pois cometemos pecado".
41 Moisés, porém, disse: "Por que vocês estão desobedecendo à ordem do Senhor? Isso não terá sucesso!
42 Não subam, porque o Senhor não está com vocês. Vocês serão derrotados pelos inimigos,
43 pois os amalequitas e os cananeus os enfrentarão ali, e vocês cairão à espada. Visto que deixaram de seguir o Senhor, ele não estará com vocês".
44 Apesar disso, eles subiram desafiadoramente ao alto da região montanhosa, mas nem Moisés nem a arca da aliança do Senhor saíram do acampamento.
45 Então os amalequitas e os cananeus que lá viviam desceram, derrotaram-nos e os perseguiram até Hormá.

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Números 15

Ofertas suplementares

1 O Senhor disse a Moisés:
2 "Diga o seguinte aos israelitas: Quando entrarem na terra que dou a vocês para sua habitação
3 e apresentarem ao Senhor uma oferta, de bois ou de ovelhas, preparada no fogo como aroma agradável ao Senhor, seja holocausto, seja sacrifício, para cumprir um voto ou como oferta voluntária ou como oferta relativa a uma festa,
4 aquele que trouxer a sua oferta apresentará também ao Senhor uma oferta de cereal de um jarro da melhor farinha amassada com um litro de óleo.
5 Para cada cordeiro do holocausto ou do sacrifício, prepare um litro de vinho como oferta derramada.
6 "Para um carneiro, prepare uma oferta de cereal de dois jarros da melhor farinha com um litro de óleo,
7 e um litro de vinho como oferta derramada. Apresente-a como aroma agradável ao Senhor.
8 "Quando algum de vocês preparar um novilho para holocausto ou para sacrifício, para cumprir voto especial ou como oferta de comunhão ao Senhor,
9 traga com o novilho uma oferta de cereal de três jarros da melhor farinha amassada com meio galão de óleo.
10 Traga também meio galão de vinho para a oferta derramada. Será uma oferta preparada no fogo, de aroma agradável ao Senhor.
11 Cada novilho ou carneiro ou cordeiro ou cabrito deverá ser preparado dessa maneira.
12 Façam isso para cada animal, para tantos quantos vocês prepararem.
13 "Todo o que for natural da terra deverá proceder dessa maneira quando trouxer uma oferta preparada no fogo, de aroma agradável ao Senhor.
14 E, se um estrangeiro que vive entre vocês, ou entre os descendentes de vocês, apresentar uma oferta preparada no fogo, de aroma agradável ao Senhor, deverá fazer o mesmo.
15 A assembleia deverá ter as mesmas leis, que valerão tanto para vocês como para o estrangeiro que vive entre vocês; este é um decreto perpétuo pelas suas gerações, que, perante o Senhor, valerá tanto para vocês quanto para o estrangeiro residente.
16 A mesma lei e ordenança se aplicará tanto a vocês como ao estrangeiro residente".
17 O Senhor disse ainda a Moisés:
18 "Diga aos israelitas: Quando vocês entrarem na terra para onde os levo
19 e comerem do fruto da terra, apresentem uma porção como contribuição ao Senhor.
20 Apresentem um bolo feito das primícias da farinha de vocês. Apresentem-no como contribuição da sua colheita.
21 Em todas as suas gerações vocês apresentarão das primícias da farinha uma contribuição ao Senhor.

Sacrifícios por culpa involuntária

22 "Mas, se vocês pecarem e deixarem de cumprir todos esses mandamentos
23 - tudo o que o Senhor ordenou a vocês por meio de Moisés, desde o dia em que o ordenou e para todas as suas gerações -
24 e, se isso for feito sem intenção e não for do conhecimento da comunidade, toda a comunidade terá que oferecer um novilho para o holocausto de aroma agradável ao Senhor. Também apresentarão com sua oferta de cereal uma oferta derramada, conforme as prescrições, e um bode como oferta pelo pecado.
25 O sacerdote fará propiciação por toda a comunidade de Israel, e eles serão perdoados, pois o seu pecado não foi intencional e eles trouxeram ao Senhor uma oferta preparada no fogo e uma oferta pelo pecado.
26 A comunidade de Israel toda e os estrangeiros residentes entre eles serão perdoados, porque todo o povo esteve envolvido num pecado involuntário.
27 "Se, contudo, apenas uma pessoa pecar sem intenção, ela terá que trazer uma cabra de um ano como oferta pelo pecado.
28 O sacerdote fará propiciação pela pessoa que pecar, cometendo uma falta involuntária perante o Senhor, e ela será perdoada.
29 Somente uma lei haverá para todo aquele que pecar sem intenção, seja ele israelita de nascimento, seja estrangeiro residente.
30 "Mas todo aquele que pecar com atitude desafiadora, seja natural da terra, seja estrangeiro residente, insulta o Senhor, e será eliminado do meio do seu povo.
31 Por ter desprezado a palavra do Senhor e quebrado os seus mandamentos, terá que ser eliminado; sua culpa estará sobre ele".

Desrespeito à lei do sábado leva à morte

32 Certo dia, quando os israelitas estavam no deserto, encontraram um homem recolhendo lenha no dia de sábado.
33 Aqueles que o encontraram recolhendo lenha levaram-no a Moisés, a Arão e a toda a comunidade,
34 que o prenderam, porque não sabiam o que deveria ser feito com ele.
35 Então o Senhor disse a Moisés: "O homem terá que ser executado. Toda a comunidade o apedrejará fora do acampamento".
36 Assim, toda a comunidade o levou para fora do acampamento e o apedrejou até a morte, conforme o Senhor tinha ordenado a Moisés.

As borlas nas roupas

37 O Senhor disse a Moisés:
38 "Diga o seguinte aos israelitas: Façam borlas nas extremidades das suas roupas e ponham um cordão azul em cada uma delas; façam isso por todas as suas gerações.
39 Quando virem essas borlas, vocês se lembrarão de todos os mandamentos do Senhor, para que lhes obedeçam e não se prostituam nem sigam as inclinações do seu coração e dos seus olhos.
40 Assim vocês se lembrarão de obedecer a todos os meus mandamentos, e para o seu Deus vocês serão um povo consagrado.
41 Eu sou o Senhor, o seu Deus, que os trouxe do Egito para ser o Deus de vocês. Eu sou o Senhor, o seu Deus".

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Números 16

A revolta de Coré

1 Corá, filho de Isar, neto de Coate, bisneto de Levi, reuniu Datã e Abirão, filhos de Eliabe, e Om, filho de Pelete, todos da tribo de Rúben,
2 e eles se insurgiram contra Moisés. Com eles estavam duzentos e cinquenta israelitas, líderes bem conhecidos na comunidade e que haviam sido nomeados membros do concílio.
3 Eles se ajuntaram contra Moisés e Arão, e lhes disseram: "Basta! A assembleia toda é santa, cada um deles é santo, e o Senhor está no meio deles. Então, por que vocês se colocam acima da assembleia do Senhor?"
4 Quando ouviu isso, Moisés prostrou-se com o rosto em terra.
5 Depois disse a Corá e a todos os seus seguidores: "Pela manhã o Senhor mostrará quem lhe pertence e fará aproximar-se dele aquele que é santo, o homem a quem ele escolher.
6 Você, Corá, e todos os seus seguidores deverão fazer o seguinte: peguem incensários
7 e amanhã coloquem neles fogo e incenso perante o Senhor. Quem o Senhor escolher será o homem consagrado. Basta, levitas!"
8 Moisés disse também a Corá: "Agora ouçam-me, levitas!
9 Não é suficiente para vocês que o Deus de Israel os tenha separado do restante da comunidade de Israel e os tenha trazido para junto de si a fim de realizarem o trabalho no tabernáculo do Senhor e para estarem preparados para servir a comunidade?
10 Ele trouxe você e todos os seus irmãos levitas para junto dele, e agora vocês querem também o sacerdócio?
11 É contra o Senhor que você e todos os seus seguidores se ajuntaram! Quem é Arão, para que se queixem contra ele?"
12 Então Moisés mandou chamar Datã e Abirão, filhos de Eliabe. Mas eles disseram: "Nós não iremos!
13 Não basta a você nos ter tirado de uma terra onde há leite e mel com fartura para matar-nos no deserto? E ainda quer se fazer chefe sobre nós?
14 Além disso, você não nos levou a uma terra onde há leite e mel com fartura, nem nos deu uma herança de campos e vinhas. Você pensa que pode cegar os olhos destes homens? Nós não iremos!"
15 Moisés indignou-se e disse ao Senhor: "Não aceites a oferta deles. Não tomei deles nem sequer um jumento, nem prejudiquei a nenhum deles".
16 Moisés disse a Corá: "Você e todos os seus seguidores terão que apresentar-se amanhã ao Senhor, você, eles e Arão.
17 Cada homem pegará o seu incensário, nele colocará incenso e o apresentará ao Senhor. Serão duzentos e cinquenta incensários ao todo. Você e Arão também apresentarão os seus incensários".
18 Assim, cada um deles pegou o seu incensário, acendeu o incenso, e se colocou com Moisés e com Arão à entrada da Tenda do Encontro.
19 Quando Corá reuniu todos os seus seguidores à entrada da Tenda do Encontro, incitando-os contra Moisés e Arão, a glória do Senhor apareceu a toda a comunidade.
20 E o Senhor disse a Moisés e a Arão:
21 "Afastem-se dessa comunidade para que eu acabe com eles imediatamente".
22 Mas Moisés e Arão prostraram-se com o rosto em terra e disseram: "Ó Deus, Deus que a todos dá vida, ficarás tu irado contra toda a comunidade quando um só homem pecou?"
23 Então o Senhor disse a Moisés:
24 "Diga à comunidade que se afaste das tendas de Corá, Datã e Abirão".
25 Moisés levantou-se e foi para onde estavam Datã e Abirão, e as autoridades de Israel o seguiram.
26 Ele advertiu a comunidade: "Afastem-se das tendas desses ímpios! Não toquem em nada do que pertence a eles, senão vocês serão eliminados por causa dos pecados deles".
27 Eles se afastaram das tendas de Corá, Datã e Abirão. Datã e Abirão tinham saído e estavam em pé, à entrada de suas tendas, junto com suas mulheres, seus filhos e suas crianças pequenas.
28 E disse Moisés: "Assim vocês saberão que o Senhor me enviou para fazer todas essas coisas e que isso não partiu de mim.
29 Se estes homens tiverem morte natural e experimentarem somente aquilo que normalmente acontece aos homens, então o Senhor não me enviou.
30 Mas, se o Senhor fizer acontecer algo totalmente novo, e a terra abrir a sua boca e os engolir, junto com tudo o que é deles, e eles descerem vivos ao Sheol, então vocês saberão que estes homens desprezaram o Senhor".
31 Assim que Moisés acabou de dizer tudo isso, o chão debaixo deles fendeu-se
32 e a terra abriu a sua boca e os engoliu juntamente com suas famílias, com todos os seguidores de Corá e com todos os seus bens.
33 Desceram vivos à sepultura, com tudo o que possuíam; a terra fechou-se sobre eles, e pereceram, desaparecendo do meio da assembleia.
34 Diante dos seus gritos, todos os israelitas ao redor fugiram, gritando: "A terra vai nos engolir também!"
35 Então veio fogo da parte do Senhor e consumiu os duzentos e cinquenta homens que ofereciam incenso.
36 O Senhor disse a Moisés:
37 "Diga a Eleazar, filho do sacerdote Arão, que apanhe os incensários dentre os restos fumegantes e espalhe as brasas, porque os incensários são santos.
38 Os incensários dos homens que pelo seu pecado perderam a vida serão batidos em forma de lâminas e servirão de revestimento do altar, pois foram apresentados ao Senhor e se tornaram sagrados. Que sejam um sinal para os israelitas".
39 O sacerdote Eleazar juntou os incensários de bronze que tinham sido apresentados pelos que foram consumidos pelo fogo. Os incensários foram batidos e serviram de revestimento do altar,
40 como o Senhor tinha dito por meio de Moisés. Isso foi feito como memorial para os israelitas, a fim de que ninguém que não fosse descendente de Arão queimasse incenso perante o Senhor, para não sofrer o que Corá e os seus seguidores sofreram.
41 No dia seguinte toda a comunidade de Israel começou a queixar-se contra Moisés e Arão, dizendo: "Vocês mataram o povo do Senhor".
42 Quando, porém, a comunidade se ajuntou contra Moisés e contra Arão, e eles se voltaram para a Tenda do Encontro, repentinamente a nuvem a cobriu e a glória do Senhor apareceu.
43 Então Moisés e Arão foram para a frente da Tenda do Encontro,
44 e o Senhor disse a Moisés:
45 "Saia do meio dessa comunidade para que eu acabe com eles imediatamente". Mas eles se prostraram com o rosto em terra;
46 e Moisés disse a Arão: "Pegue o seu incensário e ponha incenso nele, com fogo tirado do altar, e vá depressa até a comunidade para fazer propiciação por eles, porque saiu grande ira da parte do Senhor e a praga começou".
47 Arão fez o que Moisés ordenou e correu para o meio da assembleia. A praga já havia começado entre o povo, mas Arão ofereceu o incenso e fez propiciação por eles.
48 Arão se pôs entre os mortos e os vivos, e a praga cessou.
49 Foram catorze mil e setecentos os que morreram daquela praga, além dos que haviam morrido por causa de Corá.
50 Então Arão voltou a Moisés, à entrada da Tenda do Encontro, pois a praga já havia cessado.

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Números 17

A vara de Arão floresce

1 O Senhor disse a Moisés:
2 "Peça aos israelitas que tragam doze varas, uma de cada líder das tribos. Escreva o nome de cada líder em sua vara.
3 Na vara de Levi escreva o nome de Arão, pois é preciso que haja uma vara para cada chefe das tribos.
4 Deposite-as na Tenda do Encontro, em frente da arca das tábuas da aliança, onde eu me encontro com vocês.
5 A vara daquele que eu escolher florescerá, e eu me livrarei dessa constante queixa dos israelitas contra vocês".
6 Assim Moisés falou aos israelitas, e seus líderes deram-lhe doze varas, uma de cada líder das tribos, e a vara de Arão estava entre elas.
7 Moisés depositou as varas perante o Senhor na tenda que guarda as tábuas da aliança.
8 No dia seguinte Moisés entrou na tenda e viu que a vara de Arão, que representava a tribo de Levi, tinha brotado, produzindo botões e flores, além de amêndoas maduras.
9 Então Moisés retirou todas as varas da presença do Senhor e as levou a todos os israelitas. Eles viram as varas, e cada líder pegou a sua.
10 O Senhor disse a Moisés: "Ponha de volta a vara de Arão em frente da arca das tábuas da aliança, para ser guardada como uma advertência para os rebeldes. Isso porá fim à queixa deles contra mim, para que não morram".
11 Moisés fez conforme o Senhor lhe havia ordenado.
12 Os israelitas disseram a Moisés: "Nós morreremos! Estamos perdidos, estamos todos perdidos!
13 Todo aquele que se aproximar do santuário do Senhor morrerá. Será que todos nós vamos morrer?"

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Números 19

Preceitos de purificação cerimonial

1 Disse também o Senhor a Moisés e a Arão:
2 "Esta é uma exigência da lei que o Senhor ordenou: Mande os israelitas trazerem uma novilha vermelha, sem defeito e sem mancha, sobre a qual nunca tenha sido colocada uma canga.
3 Vocês a darão ao sacerdote Eleazar; ela será levada para fora do acampamento e sacrificada na presença dele.
4 Então o sacerdote Eleazar pegará um pouco do sangue com o dedo e o aspergirá sete vezes, na direção da entrada da Tenda do Encontro.
5 Na presença dele a novilha será queimada: o couro, a carne, o sangue e o excremento.
6 O sacerdote apanhará um pedaço de madeira de cedro, hissopo e lã vermelha e os atirará ao fogo que estiver queimando a novilha.
7 Depois disso o sacerdote lavará as suas roupas e se banhará com água. Então, poderá entrar no acampamento, mas estará impuro até o cair da tarde.
8 Aquele que queimar a novilha também lavará as suas roupas e se banhará com água, e também estará impuro até o cair da tarde.
9 "Um homem cerimonialmente puro recolherá as cinzas da novilha e as colocará num local puro, fora do acampamento. Serão guardadas pela comunidade de Israel para uso na água da purificação, para a purificação de pecados.
10 Aquele que recolher as cinzas da novilha também lavará as suas roupas, e ficará impuro até o cair da tarde. Este é um decreto perpétuo, tanto para os israelitas como para os estrangeiros residentes.
11 "Quem tocar num cadáver humano ficará impuro durante sete dias.
12 Deverá purificar-se com essa água no terceiro e no sétimo dias; então estará puro. Mas, se não se purificar no terceiro e no sétimo dias, não estará puro.
13 Quem tocar num cadáver humano e não se purificar, contamina o tabernáculo do Senhor e será eliminado de Israel. Ficará impuro porque a água da purificação não foi derramada sobre ele; sua impureza permanece sobre ele.
14 "Esta é a lei que se aplica quando alguém morre numa tenda: quem entrar na tenda e quem nela estiver ficará impuro sete dias,
15 e qualquer recipiente que não estiver bem fechado ficará impuro.
16 "Quem estiver no campo e tocar em alguém que tenha sido morto à espada, ou em alguém que tenha sofrido morte natural, ou num osso humano, ou num túmulo, ficará impuro durante sete dias.
17 "Pela pessoa impura, colocarão um pouco das cinzas do holocausto de purificação num jarro e derramarão água da fonte por cima.
"O homem que aspergir a água da purificação também lavará as suas roupas, e todo aquele que tocar na água da purificação ficará impuro até o cair da tarde.
18 Então um homem cerimonialmente puro pegará hissopo, molhará na água e a aspergirá sobre a tenda, sobre todos os utensílios e sobre todas as pessoas que estavam ali. Também a aspergirá sobre todo aquele que tiver tocado num osso humano, ou num túmulo, ou em alguém que tenha sido morto ou que tenha sofrido morte natural.
19 Aquele que estiver puro a aspergirá sobre a pessoa impura no terceiro e no sétimo dia, e no sétimo dia deverá purificá-la. Aquele que estiver sendo purificado lavará as suas roupas e se banhará com água, e naquela tarde estará puro.
20 Mas, se aquele que estiver impuro não se purificar, será eliminado da assembleia, pois contaminou o santuário do Senhor. A água da purificação não foi aspergida sobre ele, e ele está impuro.
21 Este é um decreto perpétuo para eles.
22 Qualquer coisa na qual alguém que estiver impuro tocar se tornará impura, e qualquer pessoa que nela tocar ficará impura até o cair da tarde".

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Números 20

Moisés faz sair água do rochedo

1 No primeiro mês toda a comunidade de Israel chegou ao deserto de Zim e ficou em Cades. Ali Miriã morreu e foi sepultada.
2 Não havia água para a comunidade, e o povo se juntou contra Moisés e contra Arão.
3 Discutiram com Moisés e disseram: "Quem dera tivéssemos morrido quando os nossos irmãos caíram mortos perante o Senhor!
4 Por que vocês trouxeram a assembleia do Senhor a este deserto, para que nós e os nossos rebanhos morrêssemos aqui?
5 Por que vocês nos tiraram do Egito e nos trouxeram para este lugar terrível? Aqui não há cereal, nem figos, nem uvas, nem romãs, nem água para beber!"
6 Moisés e Arão saíram de diante da assembleia para a entrada da Tenda do Encontro e se prostraram com o rosto em terra, e a glória do Senhor lhes apareceu.
7 E o Senhor disse a Moisés:
8 "Pegue a vara, e com o seu irmão Arão reúna a comunidade e diante desta fale àquela rocha, e ela verterá água. Vocês tirarão água da rocha para a comunidade e os rebanhos beberem".
9 Então Moisés pegou a vara que estava diante do Senhor, como este lhe havia ordenado.
10 Moisés e Arão reuniram a assembleia em frente da rocha, e Moisés disse: "Escutem, rebeldes, será que teremos que tirar água desta rocha para dar a vocês?"
11 Então Moisés ergueu o braço e bateu na rocha duas vezes com a vara. Jorrou água, e a comunidade e os rebanhos beberam.
12 O Senhor, porém, disse a Moisés e a Arão: "Como vocês não confiaram em mim para honrar minha santidade à vista dos israelitas, vocês não conduzirão esta comunidade para a terra que dou a vocês".
13 Essas foram as águas de Meribá, onde os israelitas discutiram com o Senhor e onde ele manifestou sua santidade entre eles.

O rei de Edom nega passagem aos israelitas

14 De Cades, Moisés enviou mensageiros ao rei de Edom, dizendo:
"Assim diz o teu irmão Israel: Tu sabes de todas as dificuldades que vieram sobre nós.
"Agora estamos em Cades, cidade na fronteira do teu território.
15 Os nossos antepassados desceram para o Egito, e ali vivemos durante muitos anos. Os egípcios, porém, nos maltrataram, como também a eles,
16 mas, quando clamamos ao Senhor, ele ouviu o nosso clamor, enviou um anjo e nos tirou do Egito.
17 Deixa-nos atravessar a tua terra. Não passaremos por nenhuma plantação ou vinha, nem beberemos água de poço algum. Passaremos pela estrada do rei e não nos desviaremos nem para a direita nem para a esquerda, até que tenhamos atravessado o teu território".
18 Mas Edom respondeu:
"Vocês não poderão passar por aqui; se tentarem, nós os atacaremos com a espada".
19 E os israelitas disseram:
"Iremos pela estrada principal; se nós e os nossos rebanhos bebermos de tua água, pagaremos por ela. Queremos apenas atravessar a pé, e nada mais".
20 Mas Edom insistiu: "Vocês não poderão atravessar". Então Edom os atacou com um exército grande e poderoso.
21 Visto que Edom se recusou a deixá-los atravessar o seu território, Israel desviou-se dele.
22 Toda a comunidade israelita partiu de Cades e chegou ao monte Hor.

A morte de Arão

23 Naquele monte, perto da fronteira de Edom, o Senhor disse a Moisés e a Arão:
24 "Arão será reunido aos seus antepassados. Não entrará na terra que dou aos israelitas, porque vocês dois se rebelaram contra a minha ordem junto às águas de Meribá.
25 Leve Arão e seu filho Eleazar para o alto do monte Hor.
26 Tire as vestes de Arão e coloque-as em seu filho Eleazar, pois Arão será reunido aos seus antepassados; ele morrerá ali".
27 Moisés fez conforme o Senhor ordenou; subiram o monte Hor à vista de toda a comunidade.
28 Moisés tirou as vestes de Arão e as colocou em seu filho Eleazar. E Arão morreu no alto do monte. Depois disso, Moisés e Eleazar desceram do monte,
29 e, quando toda a comunidade soube que Arão tinha morrido, toda a nação de Israel pranteou por ele durante trinta dias.

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Números 21

Vitória sobre os cananeus

1 Quando o rei cananeu de Arade, que vivia no Neguebe, soube que Israel vinha pela estrada de Atarim, atacou os israelitas e capturou alguns deles.
2 Então Israel fez este voto ao Senhor: "Se entregares este povo em nossas mãos, destruiremos totalmente as suas cidades".
3 O Senhor ouviu o pedido de Israel e lhes entregou os cananeus. Israel os destruiu completamente, a eles e às suas cidades; de modo que o lugar foi chamado Hormá.

A serpente de bronze

4 Partiram eles do monte Hor pelo caminho do mar Vermelho, para contornarem a terra de Edom. Mas o povo ficou impaciente no caminho
5 e falou contra Deus e contra Moisés, dizendo: "Por que vocês nos tiraram do Egito para morrermos no deserto? Não há pão! Não há água! E nós detestamos esta comida miserável!"
6 Então o Senhor enviou serpentes venenosas que morderam o povo, e muitos morreram.
7 O povo foi a Moisés e disse: "Pecamos quando falamos contra o Senhor e contra você. Ore pedindo ao Senhor que tire as serpentes do meio de nós". E Moisés orou pelo povo.
8 O Senhor disse a Moisés: "Faça uma serpente e coloque-a no alto de um poste; quem for mordido e olhar para ela viverá".
9 Moisés fez então uma serpente de bronze e a colocou num poste. Quando alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze, permanecia vivo.

A jornada para Moabe

10 Os israelitas partiram e acamparam em Obote.
11 Depois partiram de Obote e acamparam em Ijé-Abarim, no deserto defronte de Moabe, ao leste.
12 Dali partiram e acamparam no vale de Zerede.
13 Partiram dali e acamparam do outro lado do Arnom, que fica no deserto que se estende até o território amorreu. O Arnom é a fronteira de Moabe, entre Moabe e os amorreus.
14 É por isso que se diz no Livro das Guerras do Senhor:
15 " ... Vaebe, em Sufá, e os vales, o Arnom e as ravinas dos vales que se estendem até a cidade de Ar e chegam até a fronteira de Moabe".
16 De lá prosseguiram até Beer, o poço onde o Senhor disse a Moisés: "Reúna o povo, e eu lhe darei água".
17 Então Israel cantou esta canção: "Brote água, ó poço! Cantem a seu respeito,
18 a respeito do poço que os líderes cavaram, que os nobres abriram com cetros e cajados". Então saíram do deserto para Mataná,
19 de Mataná para Naaliel, de Naaliel para Bamote,
20 e de Bamote para o vale de Moabe, onde o topo do Pisga defronta com o deserto de Jesimom.

A derrota dos reis Siom e Ogue

21 Israel enviou mensageiros para dizer a Seom, rei dos amorreus:
22 "Deixa-nos atravessar a tua terra. Não entraremos em nenhuma plantação, em nenhuma vinha, nem beberemos água de poço algum. Passaremos pela estrada do rei até que tenhamos atravessado o teu território".
23 Seom, porém, não deixou Israel atravessar o seu território. Convocou todo o seu exército e atacou Israel no deserto. Quando chegou a Jaza, lutou contra Israel.
24 Porém Israel o destruiu com a espada e tomou-lhe as terras desde o Arnom até o Jaboque, até o território dos amonitas, pois Jazar estava na fronteira dos amonitas.
25 Israel capturou todas as cidades dos amorreus e as ocupou, inclusive Hesbom e todos os seus povoados.
26 Hesbom era a cidade de Seom, rei dos amorreus, que havia lutado contra o antigo rei de Moabe, tendo tomado todas as suas terras até o Arnom.
27 É por isso que os poetas dizem: "Venham a Hesbom! Seja ela reconstruída;
seja restaurada a cidade de Seom!
28 "Fogo saiu de Hesbom, uma chama da cidade de Seom; consumiu Ar, de Moabe, os senhores do alto Arnom.
29 Ai de você, Moabe! Você está destruído, ó povo de Camos! Ele fez de seus filhos, fugitivos, e de suas filhas, prisioneiras de Seom, rei dos amorreus.
30 "Mas nós os derrotamos; Hesbom está destruída por todo o caminho até Dibom. Nós os arrasamos até Nofá, e até Medeba".
31 Assim Israel habitou na terra dos amorreus.
32 Moisés enviou espiões a Jazar, e os israelitas tomaram os povoados ao redor e expulsaram os amorreus que ali estavam.
33 Depois voltaram e subiram pelo caminho de Basã, e Ogue, rei de Basã, com todo o seu exército, marchou para enfrentá-los em Edrei.
34 Mas o Senhor disse a Moisés: "Não tenha medo dele, pois eu o entreguei a você, juntamente com todo o seu exército e com a sua terra. Você fará com ele o que fez com Seom, rei dos amorreus, que habitava em Hesbom".
35 Então eles o derrotaram, bem como os seus filhos e todo o seu exército, não lhes deixando sobrevivente algum. E tomaram posse da terra dele.

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Números 22

Balaque chama Balaão

1 Os israelitas partiram e acamparam nas campinas de Moabe, para além do Jordão, perto de Jericó.
2 Balaque, filho de Zipor, viu tudo o que Israel tinha feito aos amorreus,
3 e Moabe teve muito medo do povo, porque era muita gente. Moabe teve pavor dos israelitas.
4 Então os moabitas disseram aos líderes de Midiã: "Essa multidão devorará tudo o que há ao nosso redor, como o boi devora o capim do pasto". Balaque, filho de Zipor, rei de Moabe naquela época, "Um povo que saiu do Egito cobre a face da terra e se estabeleceu perto de mim.5 enviou mensageiros para chamar Balaão, filho de Beor, que estava em Petor, perto do Eufrates, em sua terra natal. A mensagem de Balaque dizia:
6 Venha agora lançar uma maldição contra ele, pois é forte demais para mim. Talvez então eu tenha condições de derrotá-lo e de expulsá-lo da terra. Pois sei que aquele que você abençoa é abençoado, e aquele que você amaldiçoa é amaldiçoado".
7 Os líderes de Moabe e os de Midiã partiram, levando consigo a quantia necessária para pagar os encantamentos mágicos. Quando chegaram, comunicaram a Balaão o que Balaque tinha dito.
8 Disse-lhes Balaão: "Passem a noite aqui, e eu trarei a vocês a resposta que o Senhor me der". E os líderes moabitas ficaram com ele.
9 Deus veio a Balaão e lhe perguntou: "Quem são esses homens que estão com você?"
10 Balaão respondeu a Deus: "Balaque, filho de Zipor, rei de Moabe, enviou-me esta mensagem:
11 'Um povo que saiu do Egito cobre a face da terra. Venha agora lançar uma maldição contra ele. Talvez então eu tenha condições de derrotá-lo e de expulsá-lo' ".
12 Mas Deus disse a Balaão: "Não vá com eles. Você não poderá amaldiçoar este povo, porque é povo abençoado".
13 Na manhã seguinte Balaão se levantou e disse aos líderes de Balaque: "Voltem para a sua terra, pois o Senhor não permitiu que eu os acompanhe".
14 Os líderes moabitas voltaram a Balaque e lhe disseram: "Balaão recusou-se a acompanhar-nos".
15 Balaque enviou outros líderes, em maior número e mais importantes do que os primeiros. "Assim diz Balaque, filho de Zipor: 'Que nada o impeça de vir a mim,
16 Eles foram a Balaão e lhe disseram:
17 porque o recompensarei generosamente e farei tudo o que você me disser. Venha, por favor, e lance para mim uma maldição contra este povo' ".
18 Balaão, porém, respondeu aos conselheiros de Balaque: "Mesmo que Balaque me desse o seu palácio cheio de prata e de ouro, eu não poderia fazer coisa alguma, grande ou pequena, que vá além da ordem do Senhor, o meu Deus.
19 Agora, fiquem vocês também aqui esta noite, e eu descobrirei o que mais o Senhor tem para dizer-me".
20 Naquela noite, Deus veio a Balaão e lhe disse: "Visto que esses homens vieram chamá-lo, vá com eles, mas faça apenas o que eu disser a você".

A jumenta de Balaão

21 Balaão levantou-se pela manhã, pôs a sela sobre a sua jumenta e foi com os líderes de Moabe.
22 Mas acendeu-se a ira de Deus quando ele foi, e o Anjo do Senhor pôs-se no caminho para impedi-lo de prosseguir. Balaão ia montado em sua jumenta, e seus dois servos o acompanhavam.
23 Quando a jumenta viu o Anjo do Senhor parado no caminho, empunhando uma espada, saiu do caminho e prosseguiu pelo campo. Balaão bateu nela para fazê-la voltar ao caminho.
24 Então o Anjo do Senhor se pôs num caminho estreito entre duas vinhas, com muros dos dois lados.
25 Quando a jumenta viu o Anjo do Senhor, encostou-se no muro, apertando o pé de Balaão contra ele. Por isso ele bateu nela de novo.
26 O Anjo do Senhor foi adiante e se colocou num lugar estreito, onde não havia espaço para desviar-se, nem para a direita nem para a esquerda.
27 Quando a jumenta viu o Anjo do Senhor, deitou-se debaixo de Balaão. Acendeu-se a ira de Balaão, que bateu nela com uma vara.
28 Então o Senhor abriu a boca da jumenta, e ela disse a Balaão: "Que foi que eu fiz a você, para você bater em mim três vezes?"
29 Balaão respondeu à jumenta: "Você me fez de tolo! Quem dera eu tivesse uma espada na mão; eu a mataria agora mesmo".
30 Mas a jumenta disse a Balaão: "Não sou sua jumenta, que você sempre montou até o dia de hoje? Tenho eu o costume de fazer isso com você?" "Não", disse ele.
31 Então o Senhor abriu os olhos de Balaão, e ele viu o Anjo do Senhor parado no caminho, empunhando a sua espada. Então Balaão inclinou-se e prostrou-se com o rosto em terra.
32 E o Anjo do Senhor lhe perguntou: "Por que você bateu três vezes em sua jumenta? Eu vim aqui para impedi-lo de prosseguir porque o seu caminho me desagrada.
33 A jumenta me viu e se afastou de mim por três vezes. Se ela não se afastasse, certamente eu já o teria matado; mas a jumenta eu teria poupado".
34 Balaão disse ao Anjo do Senhor: "Pequei. Não percebi que estavas parado no caminho para me impedires de prosseguir. Agora, se o que estou fazendo te desagrada, eu voltarei".
35 Então o Anjo do Senhor disse a Balaão: "Vá com os homens, mas fale apenas o que eu disser a você". Assim Balaão foi com os príncipes de Balaque.
36 Quando Balaque soube que Balaão estava chegando, foi ao seu encontro na cidade moabita da fronteira do Arnom, no limite do seu território.
37 E Balaque disse a Balaão: "Não mandei chamá-lo urgentemente? Por que não veio? Acaso não tenho condições de recompensá-lo?"
38 "Aqui estou!", respondeu Balaão. "Mas seria eu capaz de dizer alguma coisa? Direi somente o que Deus puser em minha boca".
39 Então Balaão foi com Balaque até Quiriate-Huzote.
40 Balaque sacrificou bois e ovelhas, e deu parte da carne a Balaão e aos líderes que com ele estavam.
41 Na manhã seguinte Balaque levou Balaão até o alto de Bamote-Baal, de onde viu uma parte do povo.

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Números 23

A primeira profecia de Balaão

1 Balaão disse a Balaque: "Construa para mim aqui sete altares e prepare-me sete novilhos e sete carneiros".
2 Balaque fez o que Balaão pediu, e os dois ofereceram um novilho e um carneiro em cada altar.
3 E Balaão disse a Balaque: "Fique aqui junto ao seu holocausto, enquanto eu me retiro. Talvez o Senhor venha ao meu encontro. O que ele me revelar eu contarei a você". E foi para um monte.
4 Deus o encontrou, e Balaão disse: "Preparei sete altares, e em cada altar ofereci um novilho e um carneiro".5 O Senhor pôs uma mensagem na boca de Balaão e disse: "Volte a Balaque e dê-lhe essa mensagem".
6 Ele voltou a Balaque e o encontrou ao lado de seu holocausto, e com ele todos os líderes de Moabe.
7 Então Balaão pronunciou este oráculo: "Balaque trouxe-me de Arã, o rei de Moabe buscou-me nas montanhas do oriente. 'Venha, amaldiçoe a Jacó para mim', disse ele, 'venha, pronuncie ameaças contra Israel!'
8 Como posso amaldiçoar a quem Deus não amaldiçoou? Como posso pronunciar ameaças contra quem o Senhor não quis ameaçar?
9 Dos cumes rochosos eu os vejo, dos montes eu os avisto. Vejo um povo que vive separado e não se considera como qualquer nação.
10 Quem pode contar o pó de Jacó ou o número da quarta parte de Israel? Morra eu a morte dos justos, e seja o meu fim como o deles!"
11 Então Balaque disse a Balaão: "Que foi que você me fez? Eu o chamei para amaldiçoar meus inimigos, mas você nada fez senão abençoá-los!"
12 E ele respondeu: "Será que não devo dizer o que o Senhor põe em minha boca?"

A segunda profecia de Balaão

13 Balaque lhe disse: "Venha comigo a outro lugar de onde você poderá vê-los; você verá só uma parte, mas não todos eles. E dali amaldiçoe este povo para mim".
14 Então ele o levou para o campo de Zofim, no topo do Pisga, e ali construiu sete altares e ofereceu um novilho e um carneiro em cada altar.
15 Balaão disse a Balaque: "Fique aqui ao lado de seu holocausto enquanto vou me encontrar com ele ali adiante".
16 Encontrando-se o Senhor com Balaão, pôs uma mensagem em sua boca e disse: "Volte a Balaque e dê-lhe essa mensagem".
17 Ele voltou e o encontrou ao lado de seu holocausto, e com ele os líderes de Moabe. Balaque perguntou-lhe: "O que o Senhor disse?"
18 Então ele pronunciou este oráculo: "Levante-se, Balaque, e ouça-me;
escute-me, filho de Zipor.
19 Deus não é homem para que minta, nem filho de homem para que se arrependa. Acaso ele fala e deixa de agir? Acaso promete e deixa de cumprir?
20 Recebi uma ordem para abençoar; ele abençoou, e não o posso mudar.
21 Nenhuma desgraça se vê em Jacó, nenhum sofrimento em Israel. O Senhor, o seu Deus, está com eles; o brado de aclamação do Rei está no meio deles.
22 Deus os está trazendo do Egito; eles têm a força do boi selvagem.
23 Não há magia que possa contra Jacó, nem encantamento contra Israel. Agora se dirá de Jacó e de Israel: 'Vejam o que Deus tem feito!'
24 O povo se levanta como leoa; levanta-se como o leão, que não se deita até que devore a sua presa e beba o sangue das suas vítimas".
25 Balaque disse então a Balaão: "Não os amaldiçoe nem os abençoe!"
26 Balaão respondeu: "Não disse a você que devo fazer tudo o que o Senhor disser?"

A terceira profecia de Balaão

27 Balaque disse a Balaão: "Venha, deixe-me levá-lo a outro lugar. Talvez Deus se agrade que dali você os amaldiçoe para mim".
28 E Balaque levou Balaão para o topo do Peor, de onde se vê o deserto de Jesimom.
29 Balaão disse a Balaque: "Edifique-me aqui sete altares e prepare-me sete novilhos e sete carneiros".
30 Balaque fez o que Balaão disse e ofereceu um novilho e um carneiro em cada altar.

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Números 24

1 Quando Balaão viu que agradava ao Senhor abençoar Israel, não recorreu à magia como nas outras vezes, mas voltou o rosto para o deserto.
2 Então viu Israel acampado, tribo por tribo; e o Espírito de Deus veio sobre ele,
3 e ele pronunciou este oráculo: "Palavra de Balaão, filho de Beor, palavra daquele cujos olhos veem claramente,
4 palavra daquele que ouve as palavras de Deus, daquele que vê a visão que vem do Todo-poderoso, daquele que cai prostrado e vê com clareza:
5 "Quão belas são as suas tendas, ó Jacó, as suas habitações, ó Israel!
6 Como vales estendem-se, como jardins que margeiam rios, como aloés plantados pelo Senhor, como cedros junto às águas.
7 Seus reservatórios de água transbordarão; suas lavouras serão bem irrigadas.
"O seu rei será maior do que Agague; o seu reino será exaltado.
8 Deus os está trazendo do Egito; eles têm a força do boi selvagem. Devoram nações inimigas e despedaçam seus ossos; com suas flechas os atravessam.
9 Como o leão e a leoa eles se abaixam e se deitam, quem ousará despertá-los?
Sejam abençoados os que os abençoarem, e amaldiçoados os que os amaldiçoarem!"
10 Então acendeu-se a ira de Balaque contra Balaão, e, batendo as palmas das mãos, disse: "Eu o chamei para amaldiçoar meus inimigos, mas você já os abençoou três vezes!
11 Agora, fuja para a sua casa! Eu disse que daria a você generosa recompensa, mas o Senhor o impediu de recebê-la".
12 Mas Balaão respondeu a Balaque: "Eu bem que avisei aos mensageiros que você me enviou:
13 'Mesmo que Balaque me desse o seu palácio cheio de prata e de ouro, eu não poderia fazer coisa alguma de minha própria vontade, boa ou má, que vá além da ordem do Senhor, e devo dizer somente o que o Senhor disser.'
14 Agora estou voltando para o meu povo, mas venha, deixe-me adverti-lo do que este povo fará ao seu povo nos dias futuros".

A quarta profecia de Balaão

15 Então pronunciou este seu oráculo: "Palavra de Balaão, filho de Beor, palavra daquele cujos olhos veem claramente,
16 daquele que ouve as palavras de Deus, que possui o conhecimento do Altíssimo, daquele que vê a visão que vem do Todo-poderoso, daquele que cai prostrado, e vê com clareza:
17 Eu o vejo, mas não agora; eu o avisto, mas não de perto. Uma estrela surgirá de Jacó; um cetro se levantará de Israel. Ele esmagará as frontes de Moabe e o crânio de todos os descendentes de Sete.
18 Edom será dominado; Seir, seu inimigo, também será dominado; mas Israel se fortalecerá.
19 De Jacó sairá o governo; ele destruirá os sobreviventes das cidades".

A profecia final de Balaão

20 Balaão viu Amaleque e pronunciou este oráculo: "Amaleque foi o primeiro
das nações, mas o seu fim será destruição".
21 Depois viu os queneus e pronunciou este oráculo: "Sua habitação é segura,
seu ninho está firmado na rocha;
22 todavia, vocês, queneus, serão destruídos quando Assur os levar prisioneiros".
23 Finalmente pronunciou este oráculo: "Ah, quem poderá viver quando Deus fizer isto?
24 Navios virão da costa de Quitim e subjugarão Assur e Héber, mas o seu fim
também será destruição".
25 Então Balaão se levantou e voltou para casa, e Balaque seguiu o seu caminho.

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Números 27

As filhas de Zelofeade

1 Aproximaram-se as filhas de Zelofeade, filho de Héfer, neto de Gileade, bisneto de Maquir, trineto de Manassés; pertencia aos clãs de Manassés, filho de José. Os nomes das suas filhas eram Maalá, Noa, Hogla, Milca e Tirza.
2 Elas se prostraram à entrada da Tenda do Encontro diante de Moisés, do sacerdote Eleazar, dos líderes de toda a comunidade, e disseram:
3 "Nosso pai morreu no deserto. Ele não estava entre os seguidores de Corá, que se ajuntaram contra o Senhor, mas morreu por causa do seu próprio pecado e não deixou filhos.
4 Por que o nome de nosso pai deveria desaparecer de seu clã por não ter tido um filho? Dê-nos propriedade entre os parentes de nosso pai".
5 Moisés levou o caso perante o Senhor,
6 e o Senhor lhe disse:
7 "As filhas de Zelofeade têm razão. Você lhes dará propriedade como herança entre os parentes do pai delas e lhes passará a herança do pai.
8 "Diga aos israelitas: Se um homem morrer e não deixar filho, transfiram a sua herança para a sua filha.
9 Se ele não tiver filha, deem a sua herança aos irmãos dele.
10 Se não tiver irmãos, deem-na aos irmãos de seu pai.
11 Se ainda seu pai não tiver irmãos, deem a herança ao parente mais próximo em seu clã". Esta será uma exigência legal para os israelitas, como o Senhor ordenou a Moisés.

Josué sucessor de Moisés

12 Então o Senhor disse a Moisés: "Suba este monte da serra de Abarim e veja a terra que dei aos israelitas.
13 Depois de vê-la, você também será reunido ao seu povo, como seu irmão Arão,
14 pois, quando a comunidade se rebelou nas águas do deserto de Zim, vocês dois desobedeceram à minha ordem de honrar minha santidade perante eles". Isso aconteceu nas águas de Meribá, em Cades, no deserto de Zim.
15 Moisés disse ao Senhor:
16 "Que o Senhor, o Deus que a todos dá vida, designe um homem como líder desta comunidade
17 para conduzi-los em suas batalhas, para que a comunidade do Senhor não seja como ovelhas sem pastor".
18 Então o Senhor disse a Moisés: "Chame Josué, filho de Num, homem em quem está o Espírito, e imponha as mãos sobre ele.
19 Faça-o apresentar-se ao sacerdote Eleazar e a toda a comunidade e o comissione na presença deles.
20 Dê-lhe parte da sua autoridade para que toda a comunidade de Israel lhe obedeça.
21 Ele deverá apresentar-se ao sacerdote Eleazar, que lhe dará diretrizes ao consultar o Urim perante o Senhor. Josué e toda a comunidade dos israelitas seguirão suas instruções quando saírem para a batalha".
22 Moisés fez como o Senhor lhe ordenou. Chamou Josué e o apresentou ao sacerdote Eleazar e a toda a comunidade.
23 Impôs as mãos sobre ele e o comissionou. Tudo conforme o Senhor tinha dito por meio de Moisés.

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Números 28

Ofertas diárias

1 O Senhor disse a Moisés:
2 "Ordene aos israelitas e diga-lhes: Tenham o cuidado de apresentar-me na época designada a comida para as minhas ofertas preparadas no fogo, como um aroma que me seja agradável.
3 Diga-lhes: Esta é a oferta preparada no fogo que vocês apresentarão ao Senhor: dois cordeiros de um ano, sem defeito, como holocausto diário.
4 Ofereçam um cordeiro pela manhã e um ao cair da tarde,
5 juntamente com uma oferta de cereal de um jarro da melhor farinha amassada com um litro de azeite de olivas batidas.
6 Este é o holocausto diário instituído no monte Sinai, de aroma agradável; é oferta dedicada ao Senhor, preparada no fogo.
7 A oferta derramada que a acompanha será um litro de bebida fermentada para cada cordeiro. Derramem a oferta de bebida para o Senhor no Lugar Santo.
8 Ofereçam o segundo cordeiro ao cair da tarde, juntamente com o mesmo tipo de oferta de cereal e de oferta derramada que vocês prepararem de manhã. É uma oferta preparada no fogo, de aroma agradável ao Senhor.

Ofertas no sábado

9 "No dia de sábado, façam uma oferta de dois cordeiros de um ano de idade e sem defeito, juntamente com a oferta derramada e com uma oferta de cereal de dois jarros da melhor farinha amassada com óleo.
10 Este é o holocausto para cada sábado, além do holocausto diário e da oferta derramada.

Ofertas mensais

11 "No primeiro dia de cada mês, apresentem ao Senhor um holocausto de dois novilhos, um carneiro e sete cordeiros de um ano, todos sem defeito.
12 Para cada novilho deverá haver uma oferta de cereal de três jarros da melhor farinha amassada com óleo; para o carneiro, uma oferta de cereal de dois jarros da melhor farinha amassada com óleo;
13 e para cada cordeiro, uma oferta de cereal de um jarro da melhor farinha amassada com óleo. É um holocausto, de aroma agradável, uma oferta dedicada ao Senhor, preparada no fogo.
14 Para cada novilho deverá haver uma oferta derramada de meio galão de vinho; para o carneiro, um litro; e para cada cordeiro, um litro. É o holocausto mensal, que deve ser oferecido cada lua nova durante o ano.
15 Além do holocausto diário com a oferta derramada, um bode será oferecido ao Senhor como sacrifício pelo pecado.

A Páscoa

16 "No décimo quarto dia do primeiro mês é a Páscoa do Senhor.
17 No décimo quinto dia desse mês haverá uma festa; durante sete dias comam pão sem fermento.
18 No primeiro dia convoquem uma santa assembleia e não façam trabalho algum.
19 Apresentem ao Senhor uma oferta preparada no fogo, um holocausto de dois novilhos, um carneiro e sete cordeiros de um ano, todos sem defeito.
20 Para cada novilho preparem uma oferta de cereal de três jarros da melhor farinha amassada com óleo; para o carneiro, dois jarros;
21 e para cada cordeiro, um jarro.
22 Ofereçam um bode como sacrifício pela culpa, para fazer propiciação por vocês.
23 Apresentem essas ofertas além do holocausto diário oferecido pela manhã.
24 Façam assim diariamente, durante sete dias: apresentem a comida para a oferta preparada no fogo, de aroma agradável ao Senhor; isso será feito além do holocausto diário e da sua oferta derramada.
25 No sétimo dia convoquem uma santa reunião e não façam trabalho algum.

A festa dos primeiros frutos

26 "No dia da festa da colheita dos primeiros frutos, a festa das semanas, quando apresentarem ao Senhor uma oferta do cereal novo, convoquem uma santa assembleia e não façam trabalho algum.
27 Apresentem um holocausto de dois novilhos, de um carneiro e de sete cordeiros de um ano, como aroma agradável ao Senhor.
28 Para cada novilho deverá haver uma oferta de cereal de três jarros da melhor farinha amassada com óleo; para o carneiro, dois jarros;
29 e para cada um dos cordeiros, um jarro.
30 Ofereçam também um bode para fazer propiciação por vocês.
31 Preparem tudo isso junto com a oferta derramada, além do holocausto diário e da oferta de cereal. Verifiquem que os animais sejam sem defeito.

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Números 29

A festa das trombetas

1 "No primeiro dia do sétimo mês convoquem uma santa assembleia e não façam trabalho algum. Nesse dia vocês tocarão as trombetas.
2 Como aroma agradável ao Senhor, ofereçam um holocausto de um novilho, um carneiro e sete cordeiros de um ano, todos sem defeito.
3 Para o novilho preparem uma oferta de cereal de três jarros da melhor farinha amassada com óleo; para o carneiro, dois jarros;
4 e para cada um dos sete cordeiros, um jarro.
5 Ofereçam também um bode como sacrifício pelo pecado, para fazer propiciação por vocês,
6 além dos holocaustos mensais e diários com as ofertas de cereal e com as ofertas derramadas, conforme prescritas. São ofertas preparadas no fogo, de aroma agradável ao Senhor.

O dia da expiação

7 "No décimo dia desse sétimo mês convoquem uma santa assembleia. Vocês se humilharão e não farão trabalho algum.
8 Apresentem como aroma agradável ao Senhor um holocausto de um novilho, de um carneiro e de sete cordeiros de um ano de idade, todos sem defeito.
9 Para o novilho preparem uma oferta de cereal de três jarros da melhor farinha amassada com óleo; para o carneiro, dois jarros;
10 e para cada um dos sete cordeiros, um jarro.
11 Ofereçam também um bode como sacrifício pelo pecado, além do sacrifício pelo pecado para fazer propiciação e do holocausto diário com a oferta de cereal e com as ofertas derramadas.

A festa de tabernáculos

12 "No décimo quinto dia do sétimo mês convoquem uma santa assembleia e não façam trabalho algum. Celebrem uma festa ao Senhor durante sete dias.
13 Apresentem a seguinte oferta preparada no fogo, de aroma agradável ao Senhor: um holocausto de treze novilhos, dois carneiros e catorze cordeiros de um ano de idade, todos sem defeito.
14 Para cada um dos treze novilhos preparem uma oferta de cereal de três jarros da melhor farinha amassada com óleo; para cada um dos carneiros, dois jarros;
15 e para cada um dos catorze cordeiros, um jarro.
16 Ofereçam também um bode como sacrifício pelo pecado, além do holocausto diário com a oferta de cereal e com a oferta derramada.
17 "No segundo dia preparem doze novilhos, dois carneiros e catorze cordeiros de um ano de idade, todos sem defeito.
18 Para a oferta de novilhos, carneiros e cordeiros, preparem ofertas derramadas e de cereal, de acordo com o número especificado.
19 Ofereçam também um bode como sacrifício pelo pecado, além do holocausto diário com a oferta derramada e com a oferta de cereal.
20 "No terceiro dia preparem onze novilhos, dois carneiros e catorze cordeiros de um ano de idade, todos sem defeito.
21 Para a oferta de novilhos, carneiros e cordeiros, preparem ofertas derramadas e de cereal, de acordo com o número especificado.
22 Ofereçam também um bode como sacrifício pelo pecado, além do holocausto diário com a oferta derramada e com a oferta de cereal.
23 "No quarto dia preparem dez novilhos, dois carneiros e catorze cordeiros de um ano de idade, todos sem defeito.
24 Para a oferta de novilhos, carneiros e cordeiros, preparem ofertas derramadas e de cereal, de acordo com o número especificado.
25 Ofereçam também um bode como sacrifício pelo pecado, além do holocausto diário com a oferta derramada e com a oferta de cereal.
26 "No quinto dia preparem nove novilhos, dois carneiros e catorze cordeiros de um ano de idade, todos sem defeito.
27 Para a oferta de novilhos, carneiros e cordeiros, preparem ofertas derramadas e de cereal, de acordo com o número especificado.
28 Ofereçam também um bode como sacrifício pelo pecado, além do holocausto diário com a oferta derramada e com a oferta de cereal.
29 "No sexto dia preparem oito novilhos, dois carneiros e catorze cordeiros de um ano de idade, todos sem defeito.
30 Para a oferta de novilhos, carneiros e cordeiros, preparem ofertas derramadas e de cereal, de acordo com o número especificado.
31 Ofereçam também um bode como sacrifício pelo pecado, além do holocausto diário com a oferta derramada e com a oferta de cereal.
32 "No sétimo dia preparem sete novilhos, dois carneiros e catorze cordeiros de um ano de idade, todos sem defeito.
33 Para a oferta de novilhos, carneiros e cordeiros, preparem ofertas derramadas e de cereal, de acordo com o número especificado.
34 Ofereçam também um bode como sacrifício pelo pecado, além do holocausto diário com a oferta derramada e com a oferta de cereal.
35 "No oitavo dia convoquem uma assembleia e não façam trabalho algum.
36 Apresentem uma oferta preparada no fogo, de aroma agradável ao Senhor, um holocausto de um novilho, um carneiro e sete cordeiros de um ano, todos sem defeito.
37 Para a oferta do novilho, do carneiro e dos cordeiros, preparem ofertas derramadas e de cereal, de acordo com o número especificado.
38 Ofereçam também um bode como sacrifício pelo pecado, além do holocausto diário com a oferta derramada e com a oferta de cereal.
39 "Além dos votos que fizerem e das ofertas voluntárias, preparem isto para o Senhor nas festas que são designadas a vocês: os holocaustos, as ofertas derramadas, de cereal e de comunhão".
40 E Moisés comunicou aos israelitas tudo o que o Senhor lhe tinha ordenado.

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Números 30

As promessas ao Senhor

1 Moisés disse aos chefes das tribos de Israel: "É isto que o Senhor ordena:
2 Quando um homem fizer um voto ao Senhor ou um juramento que o obrigar a algum compromisso, não poderá quebrar a sua palavra, mas terá que cumprir tudo o que disse.
3 "Quando uma moça que ainda vive na casa de seu pai fizer um voto ao Senhor ou obrigar-se por um compromisso
4 e seu pai souber do voto ou compromisso, mas nada lhe disser, então todos os votos e cada um dos compromissos pelos quais se obrigou serão válidos.
5 Mas, se o pai a proibir quando souber do voto, nenhum dos votos ou dos compromissos pelos quais se obrigou será válido; o Senhor a livrará porque o seu pai a proibiu.
6 "Se ela se casar depois de fazer um voto ou depois de seus lábios proferirem uma promessa precipitada pela qual obriga a si mesma
7 e o seu marido o souber, mas nada lhe disser no dia em que ficar sabendo, então os seus votos ou compromissos pelos quais ela se obrigou serão válidos.
8 Mas, se o seu marido a proibir quando o souber, anulará o voto que a obriga ou a promessa precipitada pela qual ela se obrigou, e o Senhor a livrará.
9 "Qualquer voto ou compromisso assumido por uma viúva ou por uma mulher divorciada será válido.
10 "Se uma mulher que vive com o seu marido fizer um voto ou obrigar-se por juramento a um compromisso
11 e o seu marido o souber, mas nada lhe disser e não a proibir, então todos os votos ou compromissos pelos quais ela se obrigou serão válidos.
12 Mas, se o seu marido os anular quando deles souber, então nenhum dos votos ou compromissos que saíram de seus lábios será válido. Seu marido os anulou, e o Senhor a livrará.
13 O marido poderá confirmar ou anular qualquer voto ou qualquer compromisso que a obrigue a humilhar-se.
14 Mas, se o marido nada lhe disser a respeito disso até o dia seguinte, com isso confirma todos os seus votos ou compromissos pelos quais se obrigou. Ele os confirma por nada lhe dizer quando os ouviu.
15 Se, contudo, ele os anular algum tempo depois de ouvi-los, ele sofrerá as consequências de sua iniquidade".
16 São essas as ordenanças que o Senhor deu a Moisés a respeito do relacionamento entre um homem e sua mulher, e entre um pai e sua filha moça que ainda vive na casa do pai.

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Números 32

Rúben e Gad ficam aquém do Jordão

1 As tribos de Rúben e de Gade, donas de numerosos rebanhos, viram que as terras de Jazar e de Gileade eram próprias para a criação de gado.
2 Por isso foram a Moisés, ao sacerdote Eleazar e aos líderes da comunidade e disseram:
3 "Atarote, Dibom, Jazar, Ninra, Hesbom, Eleale, Sebã, Nebo e Beom,
4 terras que o Senhor subjugou perante a comunidade de Israel, são próprias para a criação de gado, e os seus servos possuem gado".
5 E acrescentaram: "Se podemos contar com o favor de vocês, deixem que essa terra seja dada a estes seus servos como herança. Não nos façam atravessar o Jordão".
6 Moisés respondeu aos homens de Gade e de Rúben: "E os seus compatriotas irão à guerra enquanto vocês ficam aqui?
7 Por que vocês desencorajam os israelitas de entrar na terra que o Senhor lhes deu?
8 Foi isso que os pais de vocês fizeram quando os enviei de Cades-Barneia para verem a terra.
9 Depois de subirem ao vale de Escol e examinarem a terra, desencorajaram os israelitas de entrar na terra que o Senhor lhes tinha dado.
10 A ira do Senhor se acendeu naquele dia, e ele fez este juramento:
11 'Como não me seguiram de coração íntegro, nenhum dos homens de vinte anos para cima que saíram do Egito verá a terra que prometi sob juramento a Abraão, a Isaque e a Jacó,
12 com exceção de Calebe, filho de Jefoné, o quenezeu, e Josué, filho de Num, que seguiram o Senhor com integridade de coração'.
13 A ira do Senhor acendeu-se contra Israel, e ele os fez andar errantes no deserto durante quarenta anos, até que passou toda a geração daqueles que lhe tinham desagradado com seu mau procedimento.
14 "E aí estão vocês, raça de pecadores, pondo-se no lugar dos seus antepassados e acendendo ainda mais a ira do Senhor contra Israel.
15 Se deixarem de segui-lo, de novo ele os abandonará no deserto, e vocês serão o motivo da destruição de todo este povo".
16 Então se aproximaram de Moisés e disseram: "Gostaríamos de construir aqui currais para o nosso gado e cidades para as nossas mulheres e para os nossos filhos.
17 Mas nós nos armaremos e estaremos prontos para ir à frente dos israelitas até que os tenhamos levado ao seu lugar. Enquanto isso, nossas mulheres e nossos filhos morarão em cidades fortificadas para se protegerem dos habitantes da terra.
18 Não retornaremos aos nossos lares enquanto todos os israelitas não receberem a sua herança.
19 Não receberemos herança alguma com eles do outro lado do Jordão, uma vez que a nossa herança nos seja dada no lado leste do Jordão".
20 Disse-lhes Moisés: "Se fizerem isso, se perante o Senhor vocês se armarem para a guerra,
21 e se, armados, todos vocês atravessarem o Jordão perante o Senhor até que ele tenha expulsado os seus inimigos da frente dele,
22 então, quando a terra estiver subjugada perante o Senhor, vocês poderão voltar e estarão livres da sua obrigação para com o Senhor e para com Israel. E esta terra será propriedade de vocês perante o Senhor.
23 "Mas, se vocês não fizerem isso, estarão pecando contra o Senhor; e estejam certos de que vocês não escaparão do pecado cometido.
24 Construam cidades para as suas mulheres e crianças e currais para os seus rebanhos, mas façam o que vocês prometeram".
25 Então os homens de Gade e de Rú­ben disseram a Moisés: "Nós, seus servos, faremos como o meu senhor ordena.
26 Nossos filhos e nossas mulheres, e todos os nossos rebanhos ficarão aqui nas cidades de Gileade.
27 Mas os seus servos, todos os homens armados para a batalha, atravessarão para lutar perante o Senhor, como o meu senhor está dizendo".
28 Moisés deu as seguintes instruções acerca deles ao sacerdote Eleazar, a Josué, filho de Num, e aos chefes de família das tribos israelitas:
29 "Se os homens de Gade e de Rúben, todos eles armados para a batalha, atravessarem o Jordão com vocês perante o Senhor, então, quando a terra for subjugada perante vocês, entreguem-lhes como propriedade a terra de Gileade.
30 Mas, se não atravessarem armados com vocês, terão que aceitar a propriedade deles com vocês em Canaã".
31 Os homens de Gade e de Rúben responderam: "Os seus servos farão o que o Senhor disse.
32 Atravessaremos o Jordão perante o Senhor e entraremos armados em Canaã, mas a propriedade que receberemos como herança estará deste lado do Jordão".

Meia-tribo de Manassés fica a oriente do Jordão

33 Então Moisés deu às tribos de Gade e de Rúben e à metade da tribo de Manassés, filho de José, o reino de Seom, rei dos amorreus, e o reino de Ogue, rei de Basã, toda a terra com as suas cidades e o território ao redor delas.
34 A tribo de Gade construiu Dibom, Atarote, Aroer,
35 Atarote-Sofã, Jazar, Jogbeá,
36 Bete-Ninra e Bete-Harã como cidades fortificadas e fez currais para os seus rebanhos.
37 E a tribo de Rúben reconstruiu Hesbom, Eleale e Quiriataim,
38 bem como Nebo e Baal-Meom (esses nomes foram mudados) e Sibma. E deu outros nomes a essas cidades.
39 Os descendentes de Maquir, filho de Manassés, foram a Gileade, tomaram posse dela e expulsaram os amorreus que lá estavam.
40 Então Moisés deu Gileade aos maquiritas, descendentes de Manassés, e eles passaram a habitar ali.
41 Jair, descendente de Manassés, conquistou os povoados deles e os chamou Havote-Jair.
42 E Noba conquistou Quenate e os seus povoados e a chamou Noba, dando-lhe seu próprio nome.

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Números 33

O percurso do povo no deserto

1 Estas são as jornadas dos israelitas quando saíram do Egito, organizados segundo as suas divisões, sob a liderança de Moisés e Arão.
2 Por ordem do Senhor Moisés registrou as etapas da jornada deles. Esta foi a jornada deles, por etapas:
3 Os israelitas partiram de Ramessés no décimo quinto dia do primeiro mês, no dia seguinte ao da Páscoa. Saíram, marchando desafiadoramente à vista de todos os egípcios,
4 enquanto estes sepultavam o primeiro filho de cada um deles, que o Senhor matou. O Senhor impôs castigo aos seus deuses.
5 Os israelitas partiram de Ramessés e acamparam em Sucote.
6 Partiram de Sucote e acamparam em Etã, nos limites do deserto.
7 Partiram de Etã, voltaram para Pi-Hairote, a leste de Baal-Zefom, e acamparam perto de Migdol.
8 Partiram de Pi-Hairote e atravessaram o mar, chegando ao deserto, e, depois de viajarem três dias no deserto de Etã, acamparam em Mara.
9 Partiram de Mara e foram para Elim, onde havia doze fontes e setenta palmeiras, e acamparam ali.
10 Partiram de Elim e acamparam junto ao mar Vermelho.
11 Partiram do mar Vermelho e acamparam no deserto de Sim.
12 Partiram do deserto de Sim e acamparam em Dofca.
13 Partiram de Dofca e acamparam em Alus.
14 Partiram de Alus e acamparam em Refidim, onde não havia água para o povo beber.
15 Partiram de Refidim e acamparam no deserto do Sinai.
16 Partiram do deserto do Sinai e acamparam em Quibrote-Hataavá.
17 Partiram de Quibrote-Hataavá e acamparam em Hazerote.
18 Partiram de Hazerote e acamparam em Ritmá.
19 Partiram de Ritmá e acamparam em Rimom-Perez.
20 Partiram de Rimom-Perez e acamparam em Libna.
21 Partiram de Libna e acamparam em Rissa.
22 Partiram de Rissa e acamparam em Queelata.
23 Partiram de Queelata e acamparam no monte Séfer.
24 Partiram do monte Séfer e acamparam em Harada.
25 Partiram de Harada e acamparam em Maquelote.
26 Partiram de Maquelote e acamparam em Taate.
27 Partiram de Taate e acamparam em Terá.
28 Partiram de Terá e acamparam em Mitca.
29 Partiram de Mitca e acamparam em Hasmona.
30 Partiram de Hasmona e acamparam em Moserote.
31 Partiram de Moserote e acamparam em Bene-Jaacã.
32 Partiram de Bene-Jaacã e acamparam em Hor-Gidgade.
33 Partiram de Hor-Gidgade e acamparam em Jotbatá.
34 Partiram de Jotbatá e acamparam em Abrona.
35 Partiram de Abrona e acamparam em Eziom-Geber.
36 Partiram de Eziom-Geber e acamparam em Cades, no deserto de Zim.
37 Partiram de Cades e acamparam no monte Hor, na fronteira de Edom.
38 Por ordem do Senhor, o sacerdote Arão subiu o monte Hor, onde morreu no primeiro dia do quinto mês do quadragésimo ano depois que os israelitas saíram do Egito.
39 Arão tinha cento e vinte e três anos de idade quando morreu no monte Hor.
40 O rei cananeu de Arade, que vivia no Neguebe, na terra de Canaã, soube que os israelitas estavam chegando.
41 Eles partiram do monte Hor e acamparam em Zalmona.
42 Partiram de Zalmona e acamparam em Punom.
43 Partiram de Punom e acamparam em Obote.
44 Partiram de Obote e acamparam em Ijé-Abarim, na fronteira de Moabe.
45 Partiram de Ijim e acamparam em Dibom-Gade.
46 Partiram de Dibom-Gade e acamparam em Almom-Diblataim.
47 Partiram de Almom-Diblataim e acamparam nos montes de Abarim, defronte de Nebo.
48 Partiram dos montes de Abarim e acamparam nas campinas de Moabe junto ao Jordão, frente a Jericó.
49 Nas campinas de Moabe eles acamparam junto ao Jordão, desde Bete-Jesimote até Abel-Sitim.
50 Nas campinas de Moabe, junto ao Jordão, frente a Jericó, o Senhor disse a Moisés:
51 "Diga aos israelitas: Quando vocês atravessarem o Jordão para entrar em Canaã,
52 expulsem da frente de vocês todos os habitantes da terra. Destruam todas as imagens esculpidas e todos os ídolos fundidos, e derrubem todos os altares idólatras deles.
53 Apoderem-se da terra e instalem-se nela, pois eu dei a vocês a terra para que dela tomem posse.
54 Distribuam a terra por sorteio, de acordo com os seus clãs. Aos clãs maiores vocês darão uma herança maior, e aos menores, uma herança menor. Cada clã receberá a terra que lhe cair por sorte. Distribuam-na entre as tribos dos seus antepassados.
55 "Se, contudo, vocês não expulsarem os habitantes da terra, aqueles que vocês permitirem ficar se tornarão farpas em seus olhos e espinhos em suas costas. Eles causarão problemas para vocês na terra em que vocês irão morar.
56 Então farei a vocês o mesmo que planejo fazer a eles".

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Números 34

Os limites de Canaã

1 Disse mais o Senhor a Moisés:
2 "Dê ordem aos israelitas e diga-lhes: Quando vocês entrarem em Canaã, a terra que será sorteada para vocês como herança terá estas fronteiras:
3 "O lado sul começará no deserto de Zim, junto à fronteira de Edom. No leste, sua fronteira sul começará na extremidade do mar Salgado,
4 passará pelo sul da subida de Acrabim, prosseguirá até Zim e irá para o sul de Cades-Barneia. Depois passará por Hazar-Adar e irá até Azmom,
5 onde fará uma curva e se juntará ao ribeiro do Egito, indo terminar no Mar.
6 A fronteira ocidental de vocês será o litoral do mar Grande. Será essa a fronteira do oeste.
7 Esta será a fronteira norte: façam uma linha desde o mar Grande até o monte Hor,
8 e do monte Hor até Lebo-Hamate. O limite da fronteira será Zedade,
9 prosseguirá até Zifrom e terminará em Hazar-Enã. Será essa a fronteira norte de vocês.
10 Esta será a fronteira oriental: façam uma linha de Hazar-Enã até Sefã.
11 A fronteira descerá de Sefã até Ribla, no lado oriental de Aim, e prosseguirá ao longo das encostas a leste do mar de Quinerete.
12 A fronteira descerá ao longo do Jordão e terminará no mar Salgado.
Será essa a terra de vocês, com as suas fronteiras de todos os lados".
13 Moisés ordenou aos israelitas: "Distribuam a terra por sorteio como herança. O Senhor ordenou que seja dada às nove tribos e meia,
14 porque as famílias da tribo de Rúben, da tribo de Gade e da metade da tribo de Manassés já receberam a herança delas.
15 Estas duas tribos e meia receberam sua herança no lado leste do Jordão, frente a Jericó, na direção do nascer do sol".
16 O Senhor disse a Moisés:
17 "Estes são os nomes dos homens que deverão distribuir a terra a vocês como herança: o sacerdote Eleazar e Josué, filho de Num.
18 Designem um líder de cada tribo para ajudar a distribuir a terra.
19 Estes são os seus nomes: Calebe, filho de Jefoné, da tribo de Judá;
20 Samuel, filho de Amiúde, da tribo de Simeão;
21 Elidade, filho de Quislom, da tribo de Benjamim;
22 Buqui, filho de Jogli, o líder da tribo de Dã;
23 Haniel, filho de Éfode, o líder da tribo de Manassés, filho de José;
24 Quemuel, filho de Siftã, o líder da tribo de Efraim, filho de José;
25 Elisafã, filho de Parnaque, o líder da tribo de Zebulom;
26 Paltiel, filho de Azã, o líder da tribo de Issacar;
27 Aiúde, filho de Selomi, o líder da tribo de Aser;
28 Pedael, filho de Amiúde, o líder da tribo de Naftali".
29 Foram esses os homens a quem o Senhor ordenou que distribuíssem a herança aos israelitas na terra de Canaã.

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Números 35

As cidades para os levitas

1 Nas campinas de Moabe, junto ao Jordão, frente a Jericó, o Senhor disse a Moisés:
2 "Ordene aos israelitas que, da herança que possuem, deem cidades para os levitas morarem. E deem-lhes também pastagens ao redor das cidades.
3 Assim eles terão cidades para habitar e pastagens para o gado, para os rebanhos e para todos os seus outros animais de criação.
4 "As pastagens ao redor das cidades que vocês derem aos levitas se estenderão para fora quatrocentos e cinquenta metros, a partir do muro da cidade.
5 Do lado de fora da cidade, meçam novecentos metros para o lado leste, para o lado sul, para o lado oeste e para o lado norte, tendo a cidade no centro. Eles terão essa área para pastagens das cidades.

As cidades de refúgio

6 "Seis das cidades que vocês derem aos levitas serão cidades de refúgio, para onde poderá fugir quem tiver matado alguém. Além disso, deem a eles outras quarenta e duas cidades.
7 Ao todo, vocês darão aos levitas quarenta e oito cidades, juntamente com as suas pastagens.
8 As cidades que derem aos levitas, das terras dos israelitas, deverão ser dadas proporcionalmente à herança de cada tribo; tomem muitas cidades da tribo que tem muitas, mas poucas da que tem poucas".
9 Disse também o Senhor a Moisés:
10 "Diga aos israelitas: Quando vocês atravessarem o Jordão e entrarem em Canaã,
11 escolham algumas cidades para serem suas cidades de refúgio, para onde poderá fugir quem tiver matado alguém sem intenção.
12 Elas serão locais de refúgio contra o vingador da vítima, a fim de que alguém acusado de assassinato não morra antes de apresentar-se para julgamento perante a comunidade.
13 As seis cidades que vocês derem serão suas cidades de refúgio.
14 Designem três cidades de refúgio deste lado do Jordão e três outras em Canaã.
15 As seis cidades servirão de refúgio para os israelitas, para os estrangeiros residentes e para quaisquer outros estrangeiros que vivam entre eles, para que todo aquele que tiver matado alguém sem intenção possa fugir para lá.
16 "Se um homem ferir alguém com um objeto de ferro de modo que essa pessoa morra, ele é assassino; o assassino terá que ser executado.
17 Ou, se alguém tiver nas mãos uma pedra que possa matar e ferir uma pessoa de modo que ela morra, é assassino; o assassino terá que ser executado.
18 Ou, se alguém tiver nas mãos um pedaço de madeira que possa matar e ferir uma pessoa de modo que ela morra, é assassino; o assassino terá que ser executado.
19 O vingador da vítima matará o assassino; quando o encontrar o matará.
20 Se alguém, com ódio, empurrar uma pessoa premeditadamente ou atirar alguma coisa contra ela de modo que ela morra,
21 ou se com hostilidade der-lhe um soco provocando a sua morte, ele terá que ser executado; é assassino. O vingador da vítima matará o assassino quando encontrá-lo.
22 "Todavia, se alguém, sem hostilidade, empurrar uma pessoa ou atirar alguma coisa contra ela sem intenção,
23 ou se, sem vê-la, deixar cair sobre ela uma pedra que possa matá-la, e ela morrer, então, como não era sua inimiga e não pretendia feri-la,
24 a comunidade deverá julgar entre ele e o vingador da vítima de acordo com essas leis.
25 A comunidade protegerá o acusado de assassinato do vingador da vítima e o enviará de volta à cidade de refúgio para onde tinha fugido. Ali permanecerá até a morte do sumo sacerdote, que foi ungido com o óleo santo.
26 "Se, contudo, o acusado sair dos limites da cidade de refúgio para onde fugiu
27 e o vingador da vítima o encontrar fora da cidade, ele poderá matar o acusado sem ser culpado de assassinato.
28 O acusado deverá permanecer em sua cidade de refúgio até a morte do sumo sacerdote; somente depois da morte do sumo sacerdote poderá voltar à sua propriedade.
29 "Estas exigências legais serão para vocês e para as suas futuras gerações, onde quer que vocês vivam.
30 "Quem matar uma pessoa terá que ser executado como assassino mediante depoimento de testemunhas. Mas ninguém será executado mediante o depoimento de apenas uma testemunha.
31 "Não aceitem resgate pela vida de um assassino; ele merece morrer. Certamente terá que ser executado.
32 "Não aceitem resgate por alguém que tenha fugido para uma cidade de refúgio, permitindo que ele retorne e viva em sua própria terra antes da morte do sumo sacerdote.
33 "Não profanem a terra onde vocês estão. O derramamento de sangue profana a terra, e só se pode fazer propiciação em favor da terra em que se derramou sangue, mediante o sangue do assassino que o derramou.
34 Não contaminem a terra onde vocês vivem e onde eu habito, pois eu, o Senhor, habito entre os israelitas".

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Números 36

A herança das filhas de Zelofeade

1 Os chefes de família do clã de Gileade, filho de Maquir, neto de Manassés, que pertenciam aos clãs dos descendentes de José, foram falar com Moisés e com os líderes, os chefes das famílias israelitas.
2 E disseram: "Quando o Senhor ordenou ao meu senhor que, por sorteio, desse a terra como herança aos israelitas, ordenou que vocês dessem a herança de nosso irmão Zelofeade às suas filhas.
3 Agora, suponham que elas se casem com homens de outras tribos israelitas; nesse caso a herança delas será tirada da herança dos nossos antepassados e acrescentada à herança da tribo com a qual se unirem pelo casamento.
4 Quando chegar o ano do Jubileu para os israelitas, a herança delas será acrescentada à da tribo com a qual se unirem pelo casamento, e a propriedade delas será tirada da herança da tribo de nossos antepassados".
5 Então, instruído pelo Senhor, Moisés deu esta ordem aos israelitas: "A tribo dos descendentes de José tem razão.
6 É isto que o Senhor ordena quanto às filhas de Zelofeade: Elas poderão casar-se com quem lhes agradar, contanto que se casem dentro do clã da tribo de seu pai.
7 Nenhuma herança em Israel poderá passar de uma tribo para outra, pois todos os israelitas manterão as terras das tribos que herdaram de seus antepassados.
8 Toda filha que herdar terras em qualquer tribo israelita se casará com alguém do clã da tribo de seu pai, para que cada israelita possua a herança dos seus antepassados.
9 Nenhuma herança poderá passar de uma tribo para outra, pois cada tribo israelita deverá manter as terras que herdou".
10 As filhas de Zelofeade fizeram conforme o Senhor havia ordenado a Moisés.
11 As filhas de Zelofeade, Maalá, Tirza, Hogla, Milca e Noa, casaram-se com seus primos paternos,
12 dentro dos clãs dos descendentes de Manassés, filho de José, e a herança delas permaneceu no clã e na tribo de seu pai.
13 São esses os mandamentos e as ordenanças que o Senhor deu aos israelitas por intermédio de Moisés nas campinas de Moabe, junto ao Jordão, frente a Jericó.

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Juízes 1

Israel luta contra os restantes cananeus

1 Depois da morte de Josué, os israelitas perguntaram ao Senhor: "Quem de nós será o primeiro a atacar os cananeus?"
2 O Senhor respondeu: "Judá será o primeiro; eu entreguei a terra em suas mãos".
3 Então os homens de Judá disseram aos seus irmãos de Simeão: "Venham conosco ao território que nos foi designado por sorteio, e lutemos contra os cananeus. Iremos juntos para o território". E os homens de Simeão foram com eles.
4 Quando os homens de Judá atacaram, o Senhor entregou os cananeus e os ferezeus nas mãos deles, e eles mataram dez mil homens em Bezeque.
5 Foi lá que encontraram Adoni-Bezeque, lutaram contra ele e derrotaram os cananeus e os ferezeus.
6 Adoni-Bezeque fugiu, mas eles o perseguiram e o prenderam, e lhe cortaram os polegares das mãos e dos pés.
7 Então Adoni-Bezeque disse: "Setenta reis com os polegares das mãos e dos pés cortados apanhavam migalhas debaixo da minha mesa. Agora Deus me retribuiu aquilo que lhes fiz". Eles o levaram para Jerusalém, onde morreu.
8 Os homens de Judá atacaram também Jerusalém e a conquistaram. Mataram seus habitantes ao fio da espada e a incendiaram.
9 Depois disso eles desceram para lutar contra os cananeus que viviam na serra, no Neguebe e na Sefelá.
10 Avançaram contra os cananeus que viviam em Hebrom, anteriormente chamada Quiriate-Arba, e derrotaram Sesai, Aimã e Talmai.
11 Dali avançaram contra o povo que morava em Debir, anteriormente chamada Quiriate-Sefer.
12 E disse Calebe: "Darei minha filha Acsa em casamento ao homem que atacar e conquistar Quiriate-Sefer".
13 Otoniel, filho de Quenaz, irmão mais novo de Calebe, conquistou a cidade; por isso Calebe lhe deu sua filha Acsa por mulher.
14 Um dia, quando já vivia com Otoniel, ela o persuadiu a pedir um campo ao pai dela. Assim que ela desceu do jumento, Calebe lhe perguntou: "O que você quer?"
15 Ela respondeu: "Dê-me um presente. Já que o senhor me deu terras no Neguebe, dê-me também fontes de água". E Calebe lhe deu as fontes superiores e as inferiores.
16 Os descendentes do sogro de Moisés, o queneu, saíram da Cidade das Palmeiras com os homens de Judá e passaram a viver no meio do povo do deserto de Judá, no Neguebe, perto de Arade.
17 Depois os homens de Judá foram com seus irmãos de Simeão e derrotaram os cananeus que viviam em Zefate e destruíram totalmente a cidade. Por essa razão ela foi chamada Hormá.
18 Os homens de Judá também conquistaram Gaza, Ascalom e Ecrom, com os seus territórios.
19 O Senhor estava com os homens de Judá. Eles ocuparam a serra central, mas não conseguiram expulsar os habitantes dos vales, pois estes possuíam carros de guerra feitos de ferro.
20 Conforme Moisés havia prometido, Hebrom foi dada a Calebe, que expulsou de lá os três filhos de Enaque.
21 Já os benjamitas deixaram de expulsar os jebuseus que estavam morando em Jerusalém. Os jebuseus vivem ali com os benjamitas até o dia de hoje.
22 Os homens das tribos de José, por sua vez, atacaram Betel, e o Senhor estava com eles.
23 Enviaram espias a Betel, anteriormente chamada Luz.
24 Quando os espias viram um homem saindo da cidade, disseram-lhe: "Mostre-nos como entrar na cidade, e nós pouparemos a sua vida".
25 Ele mostrou como entrar, e eles mataram os habitantes da cidade ao fio da espada, mas pouparam o homem e toda a sua família.
26 Ele foi, então, para a terra dos hititas, onde fundou uma cidade e lhe deu o nome de Luz, que é o seu nome até o dia de hoje.
27 Manassés, porém, não expulsou o povo de Bete-Seã, o de Taanaque, o de Dor, o de Ibleã, o de Megido, nem tampouco o dos povoados ao redor dessas cidades, pois os cananeus estavam decididos a permanecer naquela terra.
28 Quando Israel se tornou forte, impôs trabalhos forçados aos cananeus, mas não os expulsou completamente.
29 Efraim também não expulsou os cananeus que viviam em Gezer, mas os cananeus continuaram a viver entre eles.
30 Nem Zebulom expulsou os cananeus que viviam em Quitrom e em Naalol, mas estes permaneceram entre eles e foram submetidos a trabalhos forçados.
31 Nem Aser expulsou os que viviam em Aco, Sidom, Alabe, Aczibe, Helba, Afeque e Reobe,
32 e, por esse motivo, o povo de Aser vivia entre os cananeus que habitavam naquela terra.
33 Nem Naftali expulsou os que viviam em Bete-Semes e em Bete-Anate; mas o povo de Naftali também vivia entre os cananeus que habitavam a terra, e aqueles que viviam em Bete-Semes e em Bete-Anate passaram a fazer trabalhos forçados para eles.
34 Os amorreus confinaram a tribo de Dã à serra central, não permitindo que descessem ao vale.
35 E os amorreus igualmente estavam decididos a resistir no monte Heres, em Aijalom e em Saalbim, mas, quando as tribos de José ficaram mais poderosas, eles também foram submetidos a trabalhos forçados.
36 A fronteira dos amorreus ia da subida de Acrabim até Selá, e mais adiante.

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