Textos Arte
Desbravador
E aqueles que são "DESBRAVADORES", devem saber a arte de conhecer a si mesmo, pode ir longe. Encontrei uma bela palavra, DESBRAVADOR, quero ser um desbravador, para encarar o meu próprio ser. Existem palavras que a gente tem de tomar para se mesmo, e essa palavra é uma das palavras que tomo para mim. DESBRAVADOR...
LIBERDADE
Não ficarei tão só no campo da arte,
e, ânimo firme, sobranceiro e forte,
tudo farei por ti para exaltar-te,
serenamente, alheio à própria sorte.
Para que eu possa um dia contemplar-te
dominadora, em férvido transporte,
direi que és bela e pura em toda parte,
por maior risco em que essa audácia importe.
Queira-te eu tanto, e de tal modo em suma,
que não exista força humana alguma
que esta paixão embriagadora dome.
E que eu por ti, se torturado for,
possa feliz, indiferente à dor,
morrer sorrindo a murmurar teu nome
A ARTE DE CATIVAR... O PEQUENO PRÍNCIPE E A RAPOSA
"O Pequeno Príncipe" de Antoine Saint-Exupéry
Releitura
"Era uma vez uma raposa que vivia sozinha em uma floresta. Bonita, de pelo lustroso e castanho, a raposa era caçada por inúmeros homens que tentavam sempre se aproximar dela. Muitos a queriam, e ingênua, muitas vezes ela caiu em suas armadilhas, porém, esperta, sempre conseguiu fugir a tempo, saindo apenas com pequenos arranhões. Que, estranhamente, não cicatrizavam rápido, mas que, de fato, não eram tão profundos. A raposa então tornou-se arisca e passou a evitar os humanos, até que um dia, um pequeno príncipe chegou em sua floresta.
- Quem é você? Perguntou, apreensiva, a raposa.
E ele respondeu seu nome de príncipe, mas a raposa insistiu:
- Você é um caçador?
Ele respondeu com um sorriso: - Não! Sou um príncipe.
A raposa desconfiou, farejou o ar, mantendo-se sempre a distância.
- Príncipe? Pois você tem cheiro de caçador.
O príncipe sorriu e tentou se aproximar, mas a raposa rosnou e se afastou. Mas ele não temeu e se aproximou mesmo assim e facilmente dobrou os joelhos e colocou a raposa em seu colo, que tremia, mas ele colocando seus dedos por entre o pelo castanho a fez se acalmar. E a raposa, com seus olhos negros, que brilhavam somente conseguiu falar:
- Por favor, me cativa?
- O que quer dizer "cativar"? Perguntou o príncipe, com os olhos fixos na raposa deitada em seu colo.
- É algo há muito tempo esquecido - disse a raposa - Significa "criar laços". Significa que você é para mim diferente de todos os príncipes e caçadores que encontrei por aí. Que para ti não sou uma raposa igual a cem mil outras raposas. Se você resolve me cativar e eu também te cativo, nós teremos necessidade um do outro. E eu serei único para ti, e você será único para mim...
- Entendo! - disse o príncipe - Um dia, uma flor me cativou. Ela era única para mim...
- Nada é perfeito! - suspirou a raposa, logo em seguida retomando seu raciocínio - Minha vida têm sido muito monótona, eu caçava galinhas, os homens me caçavam. Todas as galinhas se pareciam, todos os homens também. E isso realmente me incomodava, sabe? Mas se você, meu príncipe, resolver me cativar minha vida será cheia de sol.
Então a raposa calou-se e observou por muito tempo o príncipe, que somente a acariciava por entre os pelos castanhos:
- Por favor... cativa-me! Disse a raposa.
- Sim - disse ele - o que é preciso fazer? Diga-me que farei.
- É preciso ser paciente - respondeu a raposa - temos que nos encontrar todos os dias, e conversar, primeiro a distância, mas aos poucos você chegará cada vez mais perto. E todo dia tem que voltar.
E assim o pequeno príncipe fez, e todo dia ele voltou, e assim cativou a raposa. Todos os dias um pouquinho mais".
Cativar?
O que de fato desejas?
Permanecer entre as vírgulas?
Quem dera se esta sua abstrata sensibilidade, fosse guiada por novos rumos, e não se privasse do desconforto da duvida quando diante de teus próprios anseios.
Sua observação... "indefinida", me dispersa, me irrita, e a ausência de uma ação causou a reação de uma entrega que não aconteceu, seria este um ato singular?
Escrever fascina... mas esclarecer supera o êxtase.
Gosto de quem olha nos olhos e fala! Nada de linhas e entrelinhas. Eu quero ouvir o som, o som daquilo que não estará transcrito em livros ou manuais de instruções.
Seja claro, para não ser esquecido.
Porque não estou propensa a te esquecer!
Mas lhe digo, meu coração não tem uma cadência definida, é imprevisível, e subliminar!
Descompensado e descompassado, e em muitos momentos chega a ser débil, mas possui um senso prático de escolhas e se basta quando farto de amores assimétricos e sentimentos imprecisos.
É eminente que me enxerga como louca, confirmo de fato sou, as paixões me movem...
Mas como não se alterar? Abster-se de escolhas? Preferir o caminho avesso as sinuosidades?
O não escolher, por si já é uma escolha.
Então que seja o afeto explicito o principio, desta desordem, que seja a causa e efeito o perfazer desta amizade visceral.
Não tenha muita pressa, mas tente não se ater, pois se não houver em ti desejo suficiente para apreciar a curiosidade, a inércia lhe consumirá.
Não sou feita de meros toques, ou retoques, sou apenas uma versão absolutamente mutável, governada por valores, instintos, crenças e intuição.
As vezes me observo e bem lá fundo e me assusto!
Há ainda tantos anseios, vontades certamente insanas para olhares que guardam sua obsoleta lucidez na gavetinha de cabeceira, mas não me privo de tê-las e desejá-las, e querer realizar cada uma delas a meu momento. Tudo bem eu sinto que a qualquer instante tudo vai se tornar numa grande tragédia emocional de caráter generalizado onde certamente irá atingir alvos não previamente estabelecidos. Mas fazer o que se nunca tive uma cabeceira, nem tão pouco a gavetinha?
Sei que há por ai um certo ditado que diz: "Quem muito quer nada tem"
Eu particularmente o considero de péssimo gosto, pois isso tem cara daqueles tipinhos que são dados ao comodismo.
Como não desejar muito?
Fico aqui imaginando aqueles que realmente fizeram História, os grandes inventores, criadores, pesquisadores, artistas, personagens fantásticos que pisaram aqui na Terra e mudaram o mundo, ali sentados contemplando o infinito e se permitindo a tal condição de pensamento?
E você ai deste seu observatório, analisando as fontes de energias, gerando emoções, retardando reações e comprimindo corações, fará o que para sair da caixa ?
Consulte seu terapeuta, pois certamente ouvirá que minha presença é prejudicial a sua saúde.
Mas se mesmo assim, desejar correr riscos, então pare de pesquisas no Google, nada que encontrar chegará perto de uma definição coerente. Lembre-se não sou nenhum ratinho de laboratório, não estou a espera de analises.
Sou apenas a raposa.
Rê Pinheiro.
Não é arte pequena dormir: requer passar o dia inteiro acordado.
Dez vezes é preciso superar-se durante o dia: isso gera um bom cansaço e é papoula para a alma.
Dez vezes é preciso reconciliar-te contigo mesmo; pois superação é amargura, e dorme mal o não reconciliado.
Dez verdades tens de achar durante o dia: senão buscas ainda verdades durante a noite, tua alma permaneceu faminta.
Dez vezes tens de rir e ser jovial durante o dia: senão és incomodado à noite pelo estômago, esse pai das aflições.
Poucos o sabem, mas é preciso ter todas as virtudes para dormir bem.
Um chefe deve ter um espírito que mesmo no meio da maior escuridão não perca todo o traço da clareza interna necessária para conduzí-lo até a verdade; e, além disso, a coragem de se guiar por essa luzinha fraca" (Clausewitz). Essa coragem diante das responsabilidades, diante do perigo moral, é a coragem de espírito [Courage de L'Esprit].
Se um dia eu deixar de existir
Não se apavore
Nem desespere
Estarei sempre ali
Em algum canto
Pra te ver sorrir
Num porta retrato velho
Numa piada mal contada
Num prato de comida
que mais gostava
Estarei vagando em lembranças boas
Daquela que faz rir à toa
Deixarei o melhor de mim
Guardado dentro de ti
Um amor que não tem fim.
desde o início dos tempos, algo perto de 110 bilhões de humanos nasceram neste mundo.
É nenhum deles chegou lá.
Há 6,8 bilhões de pessoas neste planeta.
Cerca de 60 milhões morrem por ano.
60 milhões de pessoas.
Isso da aproximadamente 160 mil por dia.
Eu li essa frase quando era criança, "Vivemos sozinhos, morremos sozinhos.
É todo o resto é apenas uma ilusão."
Serve para me manter acordado à noite.
Todos nós morremos sozinhos.
Porque devo passar minha vida trabalhando, suando e lutando?
Por uma ilusão?
Porque nenhuma quantidade de amigos, nenhuma garota, nenhuma tarefa de conjugar o mais-que-perfeito ou determinar a raiz quadrada da hipotenusa, me ajudará a evitar meu destino.
Tenho coisas melhores para fazer com o meu tempo.
Pode passar o tempo
As estações mais frias
Sempre estarei contigo
Em pensamentos
E nas fotografias
Guardo as sete chaves
Nosso amor e segredos
No álbum que montei
Estão lá, nossos melhores momentos
Nossa história de amor
Dá pra escrever um livro
Com fatos engraçados
E outros
Não revelados
Que ficarão registrados
Passe o tempo que passar
A fotografia,até amarelar
Mas o amor que carrego
Tem uma vida!
E pra sempre estará comigo.
POR QUE VOCÊ NÃO ARRUMA UMA NAMORADA?
Você não entende como não começa um relacionamento, como não se apaixona novamente, como não muda de vida.
Reclama da ausência de opções. É bonito, inteligente, divertido.
Minha hipótese é que não abandonou o passado.
Mantém flertes com a ex indiferente, ou continua saindo com a menina que jamais assumirá o romance.
Raciocina que, enquanto não vem a escolhida, pode se entreter com velhas paixões.
Mas todos pressentem quando um homem está enrolado, todos intuem o caso mal resolvido, e não se aproximam.
Não virá ninguém para espantar os corvos e dissolver essa atmosfera pesada de Prometeu.
É trabalho em vão soterrar o precipício. Homem desinteressado é impossível.
Ninguém ousará quebrar o monopólio de sua dor.
Você cheira a encrenca, cheira fidelidade a uma terceira. Seus ouvidos estão lentos, sua boca paira em distante lugar, seus olhos se distraem seguidamente.
Não tem brilho na pele, porém tensão nos ombros.
Sua respiração é um poço de suspiros.
Vive ansioso por notícias, por reatos, mensagens. Não presta atenção, não se entrega para as casualidades.
Quem enxerga fantasmas não vê os vivos.
Não dá para começar um novo amor sem abandonar os anteriores. Errada a regra que a gente somente esquece um amor antigo por um novo.
Está com o corpo fechado, costurado, mentindo que já não sofre mais com as cicatrizes.
Espera herança, não sai para trabalhar ternuras.
Mendiga retornos, não cria memória.
Sua nudez não responde ao pedido da curva. Nem balança com a música favorita.
Está tomado do carma, do veneno, do ressentimento.
Pensa que está bem, mas está em luto. Um Homem em luto não permite arrebatamentos, afasta-se na primeira gentileza que receber, recusa a prosperidade das pálpebras piscando nos bares e restaurantes.
Você nunca vai encontrar seu namoro, seu casamento, sua paz, se não terminar de se arrepender.
É preciso guardar o máximo de ar, ir ao fundo, descer na tristeza e nadar para longe dela.
Não amará outro alguém sem solucionar pendências, sem recusar a mulher que não a merece, a mulher que não vai embora e tampouco fica.
Não amará outro alguém sem abandonar algumas horas de alívio em motéis.
Não amará outro alguém se não bloquear as recaídas, se insistir em ressuscitar as promessas.
Um homem nunca será inteiro se mantém romances quebrados.
Nunca estará presente.
Nunca estará aqui.
Entenda, meu amigo, só ama quem está disposta a ser amado.
"A arte é a contemplação; é o prazer do espírito que penetra a natureza e descobre que a natureza também tem alma."
( Auguste Rodin )
"A liberdade me ensinou e muito bem que nela se concentra todo o prazer possível."
( Margarida, rainha de Navarra )
"A natureza não reservou para o homem outra enfermidade tão mortal quanto a dos prazeres do corpo."
( Taventino )
"A saúde e o prazer são para o homem o que o sol e o ar são para as plantas."
( Jean-Baptiste Massillon )
"A temperança é um dos maiores prazeres. "
( Johan Wolfgang Von Goethe )
"Ah! Dentro de toda a alma existe a prova de que a dor como um dardo se renova quando o prazer barbaramente a ataca..."
( Augusto dos Anjos )
"Beber a grandes tragos extingue a sede; beber em pequenos goles prolonga o prazer da bebida. Assim é também com relação ao prazer do amor. E com tudo o mais na vida."
( Provérbio )
"Cada qual tem o seu prazer que o arrasta."
( Virgílio )
"Certo prazer existente na tristeza é mais doce do que o prazer do prazer. "
( Percy Bysshe Shelley )
"Conhece a paz quem esqueceu o desejo de sentir prazer."
( Bhagavad Gita II )
"Despreza os prazeres: é prejudicial o prazer comparado ao preço da dor."
( Horácio )
"É instintivo da mente humana que um homem mais deseje os prazeres que lhe são proibidos."
( Torquatto Tasso )
"É válido procurarmos conhecer a que má e penosa servidão nos sujeitamos quando nos abandonamos ao poder alternado dos prazeres e das dores, esses dois amos tão caprichosos quanto tirânicos."
( Sêneca )
"Feliz quem seus prazeres e cuidados a alguns hectares paternos limita, contente em respirar o ar nativo em sua própria terra"
( Alexander Pope )
"Metade do mundo não consegue compreender os prazeres na outra metade. "
( Jane Austen )
"Meu desejo maior é ter em casa uma mulher razoável, um gato a passear entre meus livros e, a todo tempo, amigos. Sem tais prazeres eu não viveria. "
( Apollinaire )
"Nenhum prazer é em si um mal, porém certas coisas capazes de engendrar prazeres trazem consigo maior número de males que de prazeres."
( Epicuro )
"Nisto se resume a vida: um instante de prazer. Para longe com as mágoas. Se assim curta é a existência, venha Baco com as danças. as coroas florais, as mulheres. Que hoje eu prove a felicidade, não sei como será meu amanhã."
( Paladas )
"Nossas penas são coisas reais, enquanto nossos prazeres não passam de fantasias."
( Samuel Butler )
"O desejo é uma árvore com folhas; a esperança, uma árvore com flores; o prazer, árvore com frutos. "
( Guilherme Massien )
"O pesar e o prazer andam tão emparelhados que tanto se desnorteia o triste que desespera quanto o alegre que confia."
( Miguel de Cervantes )
"O prazer dos grandes homens consiste em fazer outros felizes."
( Blaise Pascal )
"O prazer é a energia que une e agrega."
( Autor Desconhecido )
"O prazer imediato é como elixir paregórico, é vendido em doses escassas prometendo alívio, mas oferece um pobre e insignificante barato que deixa uma tremenda queimação no estômago."
( Palumbo )
"O que se faz com prazer particular, raras vezes é particularmente bom."
( Wilhelm Brusch )
"Os prazeres do amor jamais nos serviram. Devemos nos considerar felizes se não nos aborrecerem."
( Epicuro )
"Os prazeres mais puros que tenho obtido estão ao alcance de todos: o calmo convívio por meio dos livros, ao canto do fogão, com seres inteligentes e a comunhão com os grandes já falecidos."
( Ricardo Cobden )
"Os prazeres perdem em duração o que ganham em intensidade."
( Jacinto Octávio Picón )
"Os prazeres são como os alimentos: os mais simples são aqueles que menos cansam."
( Autor Desconhecido )
"Os prazeres são passageiros, só a glória é perene."
( Periandro )
"Para a maioria, quão pequena é a porção de prazer que basta para fazer a vida agradável!"
( Friedrich Nietzsche )
"Prazer e Dor são representados com os traços gêmeos, formando como que uma unidade, pois um não vem nunca sem o outro; e se colocam um de costas para o outro porque se opõem um ao outro."
( Leonardo da Vinci )
"Quando a velhice chegar, aceita-a, ama-a . Ela é abundante em prazeres se souberes amá-la. Os anos que vão gradualmente declinando estão entre os mais doces da vida de um homem, Mesmo quando tenhas alcançado o limite extremo dos aos, estes ainda reservam prazeres. "
( Sêneca )
"Se escolheres o prazer, conscientiza-te que atrás dele há alguém que só te trará atribulações e arrependimento."
( Leonardo da Vinci )
"Se um homem pudesse ter metade dos seus desejos realizados, teria mais aflições do que prazeres."
( Benjamin Franklin )
"Tal é o Prazer e a Dor... saem de um tronco único porque têm uma só e mesma base, eis que cansaço e dor são a base do prazer e os prazeres vãos e lascivos estão na base da dor."
( Leonardo da Vinci )
"Tudo que foi prazer torna-se um fardo quando não mais o desejamos."
( Marcel Proust )
"Um dos maiores prazeres da vida consiste em fazer o que os outros lhe dizem que você não pode."
( Walter Bagehot )
Multifocal
Revela-nos que uma pessoa multifocalmente inteligente desenvolve a arte de ouvir, a arte da dúvida, a arte da crítica, a arte de pensar antes de reagir, a arte de expor, e não de impor as idéias, e, além disso, trabalha com maturidade suas dores e perdas, transformando seus problemas em desafios, destilando sabedoria dos seus erros, aprendendo a se colocar no lugar do outro e a perceber suas dores e necessidades psicossociais, além de valorizar a cidadania, o humanismo e a democracia das idéias
A jornada mais interessante que um homem pode fazer não é a que ele faz quando viaja pelo espaço ou quando navega pela Internet. Não! A viagem mais interessante é a que ele empreende quando se interioriza, caminha pelas avenidas do seu próprio ser e procura as origens da sua inteligência e os fenômenos que realizam o espetáculo da construção de pensamentos e da "usina das emoções".
A espécie humana está no topo da inteligência de milhões de espécies na natureza. Imagine como deve ser complexa a atuação dos fenômenos psíquicos responsáveis pela nossa capacidade de amar, de chorar, de sentir medo, de ter esperança, de antecipar situações do futuro, de resgatar experiências passadas. Investigar as origens e os limites da inteligência não é um dever, mas um direito fundamental do homem.
Quando realizamos essa jornada intelectual, nunca mais somos os mesmos, pois começamos a repensar e reciclar nossas posturas intelectuais, nossas verdades, nossos paradigmas socioculturais, nossos preconceitos existenciais. Passamos a compreender o homem numa perspectiva humanística: psicológica, filosófica e sociológica. Nossa visão sobre os direitos humanos sofre uma revolução intelectual, pois começamos a compreender e a apreciar a teoria da igualdade a partir da construção da inteligência. Começamos a enxergar que todos os seres humanos possuem a mesma dignidade intelectual, pois mesmo um africano, vivendo em dramática miséria, possui a mesma complexidade nos processos de construção da inteligência que os intelectuais mais brilhantes das universidades.
Somos diferentes? Sim, o material genético apresenta diferenças em cada ser humano; o ambiente social, econômico e cultural também apresenta inúmeras variáveis na história de cada um. Porém, todas essas diferenças estão na ponta do grande iceberg da inteligência. Na imensa base desse iceberg somos mais iguais do que imaginamos. Todos penetramos com indescritível habilidade na memória e resgatamos com extremo acerto, em frações de segundos e em meio a bilhões de opções, as informações que constituirão as cadeias dos pensamentos.
Construir idéias, pensamentos, inferências, sínteses, resgates de experiências passadas, são atividades sofisticadíssimas da inteligência. Se não fôssemos seres pensantes não teríamos a "consciência existencial": a consciência de que existimos e de que o mundo existe. Não poderíamos amar, desconfiar, nos alegrar, conferir, ter medo, sonhar, pois tudo o que fizéssemos seria apenas reações instintivas e não frutos da vontade consciente. Ter uma consciência nos faz, embora fisicamente pequenos, distintos de todo o universo. Sem a consciência, que é o fruto mais espetacular da construção de pensamentos, nós e o universo inteiro seríamos a mesma coisa.
Vivemos num mundo onde o pensamento está massificado, o consumismo se tornou uma droga coletiva, a paranóia da estética controla o comportamento, as cotações do dólar e das ações nas bolsas de valores ocupam excessivamente o palco de nossa mente. Um mundo onde as pessoas buscam o prazer imediato, têm pouco interesse em repensar sua maneira de ver a vida e reagir ao mundo e principalmente em investigar os mistérios que norteiam a sua capacidade de pensar.
Uma das mais importantes explorações do homem, se não a maior delas, é a exploração de si mesmo, do seu próprio mundo intrapsíquico. Aprender a se interiorizar; a criar raízes mais profundas dentro de si mesmo; a explorar a história intrapsíquica arquivada na memória; a questionar os paradigmas socioculturais; a trabalhar com maturidade as dores, perdas e frustrações psicossociais; aprender a desenvolver consciência crítica, a conhecer os processos básicos que constroem os pensamentos e que constituem a consciência existencial são direitos fundamentais do homem. Porém, freqüentemente, esses direitos são exercidos com superficialidade na trajetória da vida humana. Um dos principais motivos do aborto desses direitos é que o homem moderno tem vivido uma dramática crise de interiorização.
O ser humano, como complexo ser pensante, é um exímio explorador. Ele explora, ainda > que sem a consciência exploratória, até mesmo o meio ambiente intra-uterino, através dos malabarismos fetais e da deglutição do líquido amniótico. E, ao nascer, em toda a sua trajetória existencial, explora o mundo que o envolve, o rico pool de estímulos sensoriais e interpreta-os.
Pelo fato de experimentar, desde sua mais tenra história existencial, os estímulos sensoriais que esquadrinham a arquitetura do mundo extra-psíquico, o homem tem a tendência natural de desenvolver uma trajetória exploratória exteriorizante. Nessa trajetória, ele se torna cada vez mais íntimo do mundo em que está, o extrapsíquico, mas, ao mesmo tempo, torna-se um estranho para si mesmo.
O homem moderno, em detrimento dos avanços da ciência e da tecnicidade, vive a mais angustiante e paradoxal de todas as solidões psicossociais, expressa pelo abandono de si mesmo na trajetória existencial. A pior solidão é aquela em que nós mesmos nos abandonamos, e não aquela em que nos sentimos abandonados pelo mundo. É possível nos abandonarmos na trajetória existencial? Veremos que sim. Quando o homem não se repensa, não se questiona, não se recicla, não se reorganiza, ele abandona a si mesmo, pois não se interioriza, ainda que tenha cultura e múltiplas atividades sociais.
O homem que não se interioriza é algoz de si mesmo, sofre de uma solidão intransponível e incurável, ainda que viva em multidões.
"O homem que não se interioriza dança a valsa da vida engessado intelectualmente." Sua flexibilidade intelectual fica profundamente reduzida para solucionar seus conflitos psicossociais, superar suas contrariedades, frustrações e perdas.
E mais fácil explorar os fenômenos do mundo que nos envolve do que aprender a nos interiorizar e ser caminhantes na trajetória de nosso próprio ser e explorar os fenômenos contidos em nosso mundo intrapsíquico. É mais fácil e confortável explorar os estímulos extrapsíquicos, que sensibilizam nosso sistema sensorial, do que explorar os sofisticados processos de construção dos pensamentos, o nascedouro e desenvolvimento das idéias, a organização da consciência existencial, as causas psicodinâmicas e histórico-existenciais de nossas misérias, fragilidades, contradições emocionais, etc.
Mergulhado num processo socioeducacional que se ancora na transmissibilidade e no construtivismo do conhecimento exteriorizante, o homem se torna um profissional que aprende a usar, com determinados níveis de eficiência, o conhecimento como ferramenta ou instrumento de trabalho. Porém, tem grandes dificuldades para usar o conhecimento para desenvolver a inteligência: aprender a percorrer as avenidas da sua própria mente, conhecer os limites e alcance básicos da construção de pensamentos, regular seu processo de interpretação através da democracia das idéias e tornar-se um pensador humanista, que trabalha com dignidade seus erros, dores, perdas e frustrações, e aprende a se colocar no lugar do "outro" e a perceber suas dores e necessidades psicossociais.
Procurar a si mesmo é explorar e produzir conhecimento sobre os processos de construção da inteligência, ou seja, sobre os processos de construção dos pensamentos, sua natureza, cadeias psicodinâmicas, limites, alcance, lógica, práxis, bem como sobre a formação da consciência existencial, da história intrapsíquica arquivada na memória, as bases que sustentam o processo de interpretação e as variáveis que participam do processo de transformação da energia emocional.
Quem sai do discurso intelectual superficial e procura "velejar" para dentro de si mesmo, e vive a aventura ímpar de explorar sua própria mente, nunca mais será o mesmo, ainda que fique perturbado num emaranhado de dúvidas sobre o seu próprio ser. Aliás, ao contrário do que dizem os livros de auto-ajuda, a dúvida é o primeiro degrau da sabedoria.
Quem não duvida e critica a si mesmo nunca se posiciona como aprendiz diante da vida e, conseqüentemente, nunca explora com profundidade seu próprio mundo intrapsíquico. Quem aprendeu a vivenciar a arte da dúvida e da crítica na sua trajetória existencial se posiciona como aprendiz diante da vida e, por isso, tem condições intelectuais de repensar seus paradigmas socioculturais e expandir continuamente suas idéias e maturidade psicossocial. Todos os pensadores, filósofos, teóricos e cientistas que, de alguma forma, promoveram a ciência, as artes e as idéias humanistas foram, ainda que minimamente, caminhantes nas trajetórias do seu próprio ser e amantes da arte da dúvida e da crítica, enquanto produziam conhecimento sobre os fenômenos que contemplavam.
O homem que aprende a se interiorizar e a criticar suas "verdades", seus dogmas e seus paradigmas socioculturais estimula a revolução da construção das idéias nos bastidores clandestinos de sua mente. Assim, sai do superficialismo intelectual e, no mínimo, aprende a concluir que os processos de construção da inteligência, dos quais se destacam a produção das cadeias psicodinâmicas dos pensamentos e a formação da consciência existencial do "eu", são intrinsecamente mais complexos que uma explicação psicológica e filosófica meramente especulativa e superficial, que chamo de explicacionismo, psicologismo, filosofismo.
O homem moderno tem vivenciado, com frequencia, uma importante síndrome psicossocial doentia, a qual chamo de "síndrome da exteriorização O ser humano, nos dias atuais, frequentemente só tem coragem de falar de si mesmo quando vai a um psicólogo ou a um psiquiatra. Tem uma necessidade vital de que o mundo gravite em torno de si mesmo. Para ele, doar-se para o outro sem esperar a contrapartida do retorno é um absurdo existencial, um jargão intelectual, um delírio humanístico. O mundo das idéias dos portadores da síndrome da exteriorização existencial tem pouco espaço para uma compreensão psicossocial e filosófica da existência humana.
Aprender a interiorizar-se é uma arte complexa e difícil de ser conseguida no terreno da existência. O homem moderno tem sido um ávido consumidor de idéias positivistas misticistas, psicologistas, como se tal consumo cumprisse, por ele, o papel inalienável e intransferível de caminhar nas trajetórias sinuosas do seu próprio ser e de aprender a expandir sua consciência crítica e maturidade intelecto-emocional.
As letras deveriam servir às ideias e não as idéias às letras e às regras gramaticais, como não poucas vezes acontece. As letras e a gramática deveriam libertar o pensamento; ser um canal de veiculação das idéias. Porém, nem sempre as frases e os textos mais compreensíveis são mais justos para expressar as idéias de um autor, embora facilitem a vida do leitor. As letras reduzem inevitavelmente as ideias; os labirintos gramaticais, às vezes, aprisionam os pensamentos. A linguagem tem um grande débito com o pensamento, principalmente com o pensamento psicológico e filosófico.
Para termos uma idéia da deficiencia do discurso literário para expressar a ciência, basta dizer que os pontos finais das frases, embora úteis para a compreensão da linguagem, são uma mentira científica. Na ciência, não há pontos finais. Tudo é uma seqüência interminável de eventos que mutuamente co-interferem. Por isso, não há resposta completa em ciência e, muito menos, há resposta completa na aplicação dos pensamentos procurando examinar suas próprias origens, seus próprios processos de construção, limites, alcance, práxis, enfim, compreender a própria fonte que os gera. Na ciência, cada resposta é o começo de novas perguntas...”
(Inteligencia Multifocal)
Amar
E como Van Gogh, penso que não há nada mais artístico do que amar verdadeiramente as pessoas.
E foi com você que aprendi que uma obra de arte não precisa ser pintada sobre uma tela, você por exemplo, é uma obra de arte viva.
Os seus defeitos, tornam ainda mais linda essa obra de arte.
Pois com eles eu vejo o que e quem eu realmente amo.
A claridade de seus pensamentos, mostram o quão intensa e verdadeira você é.
E como esse sorriso belíssimo, mostra o quão sou fraco, pois me vejo perdido nele e em seus profundos olhos castanhos e cheio de amor.
Nosso amor poderia ser pintado ou moldurado
Mas não para ficar em paredes de salas ou quartos
Aquela obra de arte tão linda que não para nem em museu
Fica de um lado para o outro, rodando o mundo
Nem mesmo o pintor mais nomeado
Pintaria uma obra tão linda, quanto eu ao seu lado
O nosso amor, é do tipo raro
Me faz sonhar acordado, viver alucinado, estar nas alturas com os pés nos chão
Eu ouço o teu nome nas batidas do meu coração
Beleza rara
A sua beleza é rara,
única e exclusiva.
A sua formosura
está nos seus olhos,
na sua face
e até no seu corpo,
mas também na sua voz,
no teu coração
e na tua alma.
A sua perfeição
está em não precisar
se parecer com ninguém,
nem em seguir
qualquer padrão.
Você é exclusiva
e possui características
que a tornam
incomparável.
Você é a mais especial,
e será sempre reconhecida
pelo seu nome
e seu modo de agir,
e não pelas suas roupas
ou cor dos cabelos.
" Subia eu sempre com confiança em um palco pronto para mais uma cena. No grupo, eramos claro, todos atores talentosos e confiantes, e junto a nós havia sempre uma platéia deslumbrante que se contentava com tão pouco. Seres errantes!
Atuávamos do palco e eles de longe.
Quem diria, é exatamente assim que acontece atualmente na realidade, a gente encena o drama, a comédia e até a felicidade! mas quem agora assiste já não se contenta, mas se conforma.. Já não precisa-se de palcos nem platéia, tais atores agora formaram essa tal de " sociedade" que mais parecem marionetes de cordões invisíveis, trocam risos fáceis,fingem com frieza em tudo acreditar, fingem até o amor, uma pena para nós que amávamos de fato amar. Permaneço aqui hoje fora dos palcos esperando que um dia o teatro volte a se reapresentar em forma de arte como costumava ser de verdade."
- Sr. Artista
Na moldura do mundo...somos apenas uma obra abstrata.
Que aos poucos vamos tomando formas e definições..
A cada dia que se passa aprendemos um pouco mais.
Aprendemos..que tudo que sabemos..ainda é pouco.
Para sermos uma verdadeira OBRA DE ARTE..temos que aprender muito.
Só assim deixaremos de ser ABSTRATOS, e tomaremos a forma de uma verdadeira OBRA PRIMA.
Carta de amor
A coruja traz o belo recado
Versado dos sentimentos cuja
Alma escreve com plena calma
Uma carta de sua união
Senão a mais farta
Emociona muito e menciona
Quanto é grande o amor
Fervor de riso e de pranto
A razão de sua salvação
Diz que por toda a vida
Querida, serás muito feliz
No ardor eterno do amor.
"Vida em Branco."
Você não precisa de artistas?
Então me devolve os momentos bons.
Os versos roubados de nós.
As cores do seu caminho.
Arranca o rádio do seu carro, destrói a caixa de som.
Joga fora os instrumentos e todos aqueles quadros, deixa as paredes em branco, assim como a sua cabeça.
Seu cérebro cimento, silêncio, cheio de ódio.
Armas para dormir, nenhuma canção de ninar, e suas crianças em guarda, esperando a hora incerta para mandar ou receber rajadas.
Você não precisa de artistas?
Então fecha os olhos, mora no breu.
Esquece o que a arte te deu, finge que não te deu nada. Nenhum som, nenhuma cor, nenhuma flor na sua blusa. Nem Van Gogh, nem Tom Jobim, nem Gonzaga, nem Diadorim. Você vai rimar com números.
Vai dormir com raiva, e acordar sem sonhos, sem nada.
E esse vazio no seu peito não tem refrão para dar jeito, não tem balé para bailar.
Você não precisa de artistas?
Então nos perca de vista. Nos deixe de fora desse seu mundo perverso, sem graça, sem alma. Bom dia para quem tem alma!"
O amor caminha em sentido anti-horário
O amor não cessa
É o sopro do vento
É o cantar do silêncio
É o caráter lendário
O amor caminha contra o tempo
É o desejo diário
É a lança que atravessa
É o passo alento
O amor caminha em consentimento
É o carmesim do calvário
É o íntimo que interessa
É o real acontecimento
O amor caminha de modo extraordinário
É o protagonista da peça
É o dom literário
É o valor 100%
É o elemento primário
O amor é a arte da vida;
Que eu sonho vivo e invento.
Esperando
O trem chegar
À beira da ferrovia
Ansiosamente
Nos trilhos
Esperando
A morte chegar
Voltei ao meu livro imaginando qualquer outra coisa
Não pude imaginar que aquele velho realmente havia morrido bem ali
Simplesmente infartou, ao atravessar os trilhos, caiu sobre eles
Assustador, bizarro
o barulho
da queda
um corpo
subitamente
sem vida..
Muitos foram os curiosos que cercaram o recém falecido, estudando a situação
Logo retiraram-no dos trilhos, o deitaram no chão
Tentaram ouvir o coração e a respiração
O pulso
Não pulsava
Ao chegar o trem
Ouvi alguém gritar
-Foi infarto!
Sobrecarregou o coração
Pereceu de tanta emoção
Ao atravessar a linha
Esperaria a chegada do trem
Pois neste dia havia
Prometido reencontrar alguém
Que lhe fazia sentir tão bem
Quem diria
O mundo passa diante da janela, tudo parece ficar para trás
Entorpeço-me observando sem parar
Trago à tona o livro novamente
Pra tentar continuar
Escrever meu ver
Meu imaginar
Minimizar
A vida
Breve
Em
Si
Torna-se então desconsertante a ansiedade saltante de que logo chegará o fim da linha,
a hora de saltar e seguir adiante em passos precisos acompanhados de preciosos pensamentos passados à pegadas no papel amassado impregnado de palavras borradas escritas tão apressadamente que não serão lidas e sim esquecidas num lamento impresso às pressas num grito de solidão.
Sei que a intensidade da arte pode levar ao infarte
Um velho romântico e eterno apaixonado
Fez de tamanha devoção seu sentimento
Que não pôde conter as lágrimas ao cair
Desfalecidos, os olhos do desvivido
Desejava ter trazido
As flores que imaginara
Que a pressa
Impediu-o
de comprá-las
Foi tamanha beleza sua partida
Tão terrível e marcante
Pincelada precisa
Profunda
Na tela
Tenaz