Textos Arte
A contemporaneidade na arte percorre novos rumos em total respeito e liberdade, afasta se das formalidades das antigas escolas, das usualidades das técnicas e das plataformas tradicionais, em si rompe a barreira da visualidade impactante em uma só direção, convida nos a novos sentidos da mesma forma que eleva se a tridimensionalidade.
O 4RT3 é a arte em desconstrução da palavra escrita na nova constituição tecnológica alfanumérica. Assim como OV00, que voa com mais agilidade como algoritmos na lógica de programação. Na verdade um novo dialeto informático se constrói e atende mais rápido como idéia o que significa.
A arte, a cultura e a educação politicamente correta devem estar sempre aliadas ao convite para um novo universo, das cores, das musicas e das palavras e proporem novas oportunidades de trabalho a todos mas principalmente aos que vivem invisíveis e esquecidos no patamar mais baixo da pirâmide social.
A arte indígena no Brasil revela seus primeiros passos na contemporaneidade, quando se afasta da colonização aritmética européia religiosa e vai em busca de sua verdadeira mítica ancestral. As historias contadas, a terra, os rios, a mata são elementos mágicos e sagrados. Assim como os sonhos oriundos de uma atmosfera sagrada. Na verdade não tem como dissociar a arte indígena do sagrado e espiritual. Uma faz parte da outra, arte e espirito.
Desde bem pequeno sei, que a arte dos artistas populares e a arte nativa indígena devem vir para ocupar espaços nas grandes metrópoles brasileiras e do mundo inteiro. No entanto os artistas, não. Cada um deve permanecer na atmosfera de origem, pela produção em si e pela integridade de sua vida simples e de seu pensamento.
Moacyr Andrade, meu grande mestre sobre a arte e a cultura amazônica sempre foi forte e gordo, tinha muita fome em comer generosamente as cores, os sons e os mitos da Grande Floresta. Uma fome gratuita e bela, onde o coração de quem ama é bem maior que a barriga, o comer de conhecimentos para generosamente passar para quem aprendeu a amar também por respeito e liberdade. Hoje sei que quem sabe verdadeiramente distribui o que sabe. O mundo ainda não reconheceu o valor da extensa cultura amazônica deste grande pesquisador e artista. Moacyr Andrade e Manoel Santiago foram meus mestres por graça divina e devem ser considerados os maiores expoentes desta rica cultura regional brasileira.
A ignorância e a insensatez junto com o não conhecimento das técnicas no mercado de arte no Brasil, deve ser considerada, imensa. Como ocorre no caso do mundialmente famoso artista Roberto Burle Marx. Além dos renomados projetos de arquitetura, paisagismo e urbanismo, o artista se dedicou ao desenho em varias técnicas das quais não conhecia. Entre elas a cerâmica, a vidraria, a estamparia e a joalheria. Esta ultima por sinal tão valorizada, as famosas jóias Burle Marx, ele só desenhou e nunca fez. Quem fazia era o renomado joalheiro da família, Haroldo Burle Marx ou H. Burle Marx, que tinha o contraste Burle Marx, que teve uma loja comercial de jóias, na rua Rodolfo Dantas, numero 6, no bairro de Copacabana e mantinha uma oficina no centro da cidade, em um dos andares do edifício Odeon. Sim o Roberto nunca fez jóia alguma só o Haroldo e o Veneziano, com seus ajudantes que fizeram. Eu particularmente fui a esta oficina por diversas vezes pois tinham por habito adquirirem gemas brasileiras para lapidarem. Nada errado, assim como a serie das jóias do Roberto Burle Marx, desenhadas a giz em papel "canson" preto, confeccionadas por contrato pela famosa joalheria H. Stern, no Rio de Janeiro, O mercado, por ignorância sobrevive de mitos que ele fez, mas outros grandes nomes também não as fizeram como Picasso e Salvador Dali, e nem por isto as jóias valem menos.
Desde sempre, na verdadeira historia da arte e da cultura, possuem muitos segredos, que nunca estão acessíveis, para o observador comum. Alguns destes grandes segredos, só passam a fazerem sentido aos olhos e mentes dos iniciados e muitos deles não são reveladores mas sim pistas de direção para que norteiem as pesquisas por onde devem ser encaminhadas.
Os mestres das culturas populares ribeirinhas, uma rica junção entre a arte e a cultura indígena, branca e a cabocla são as verdadeiras bases da arte, das festas dos mitos da cultura amazônica. Todo centenário legado imutável repassado de forma oral para seus descendentes, entre as brincadeiras das cheias e as vazantes do grande rio, fazem parte dos movimentos naturais de renovação da vida, livre e bela da Grande Floresta.
Em 2022 no Brasil, celebra se o primeiro centenário da Semana de Arte Moderna de 1922. Mais uma vez o ícone cultural deste movimento de brasilidade nas artes advém da nossa cultura ancestral indígena, são para mim carinhosamente, as filhas da figura masculina do Abaporu, do "homem que come" do período antropofágico de Tarsila do Amaral, que hoje vive no exilio. Elas chegam a nos pela Bienal, pelas belas artes indígenas, as nossas meninas indígenas, as Bonecas Carajás os ritxòkò, licocó, titxkòò ou litjokê vem revalidando a antropofagia cultural do original manifesto de Oswald de Andrade de 22 na promoção da brasilidade e do necessário canibalismo da cultura estrangeira cada vez mais neste período vivido hoje, entorpecido e agressivo da falsa globalização e das "fakes" da internet.
A arte e a cultura devem sair dos templos de pedras dos saberes eruditos. A arte e cultura brasileira deve ir para as ruas pela educação e cidadania, em uma linguagem mais popular e acessível pois pertence a toda nação comum brasileira que felizmente não é só composta de vários pernósticos falsos eruditos. A arte é do povo e a cultura nossa melhor tradição tudo que aprisiona elas, estará sempre na contra-mão da verdadeira liberdade, igualdade e democracia..
A arte cusquenha andina dos séculos XVII, XVIII e XIX é o que existe de melhor na arte colonial latino americana. Por ser tão boa, importante e valiosa no mundo inteiro e item quase obrigatório de acervos de importantes museus e coleções privadas de alto valor, existe um mercado consumidor muito ativo e com isto geram diversas falsificações e copias realizadas nos séculos XX e XXI mas que são apenas decorativas.
A arte é uma filosofia de vida, uma plataforma criativa e expressiva escolhida como linguagem de dialogo e de comunicação entre a ideia, o pensamento, o espaço, a dor, o prazer, emoção, tempo e dimensão de quem cria e aqueles que veem. O registro ou a materialização da ideia criativa que é a obra, em tese se completa e exingue se na performance da exposta realização mas pode ser estendida e comercializada por valores atribuíveis, na repetição. Quando isto acontece a original linguagem ecoa, transforma e permanece a falar se significando e inter relacionando com novos paramentos da própria vida, de novas ideias, novos tempos e pensares.
Quando produzimos a arte acendemos luzes em nossos olhos e boca, seremos vistos como alguém estranho, até por quem se julga amante das artes, não raro surgem críticas ou elogios vazios, de quem não tem saber poético para criticar ou elogiar. Devemos, no entanto, não nos incomodar com estes que nos invejam ou nos admiram sem conhecimento daquilo de fazemos por amor e ofício.
Arte e cultura às vezes se confunde com loucura, no bosque encantado todo azul e rosa uma nuvem negra se espalha e junta as cores, num tapete vermelho, sem fama, ficção ou drama, numa realidade crua e nua na era onde o café está nas alturas, a inspiração foi para o brejo e só sobrou essa rima de nostalgia e tédio!
Tão incompleta, mas calma! Você é uma obra de arte sendo criada, a cada dia de aprendizado e conquista, a cada traço desenhado no corpo, a cada sorriso dado e cada pessoa inspirada, vc completa um pedacinho da criação do teu legado, você sem dúvidas é tão incrível, inteligente, elegante e tão perfeita, que nessa vastidão da criação se preenche e se renova como a maior e mais perfeita obra de arte do mundo, te admiro muito, tu és a mulher mais incrível desse mundo! Que espetáculo!
João Moura Júnior, em sua obra Maiêutica, a arte de fazer nascer as ideias, reforça que a linguagem questionadora é o oposto do discurso vazio. Segundo o autor, “a boa pergunta é aquela que inquieta e obriga o espírito a se mover para além da zona de conforto conceitual” (MOURA JÚNIOR, 2023, p. 45).
Arte é um sentimento tanto que, por estarmos cheios dele, o deixamos transbordar. Agora, não mais por dentro — fora: o invisível que ganhou forma, transportado de dentro pra fora e, assim, sensorial, “controlada”; esvaziando-se, e não mais ressentido em seu esplendor. É o poder de expor aquilo que é subjetivamente nosso em algo subjetivo para o outro.
O olhar humano é algo tão misterioso e enigmático que às vezes parece até arte abstrata. Não se pode ler ou entender completamente o que está nos olhos das pessoas, pois cada um dos nossos olhares contém uma carga emocional e significativa que pode ser difícil de decifrar. É por isso que o olhar humano é tão fascinante. É mais do que o simples encontro de duas pessoas - é uma conexão verdadeira que não pode ser explicada em palavras.
A mulher é uma obra de arte, um livro de poesia. Seus traços delicados são tão bonitos que nenhum pincel seria capaz de capturar a sua beleza. Ela foi criada por Deus com tanto cuidado e perfeição que nenhuma outra criação seria suficiente para descrever sua magnificência. É como um anjo caindo do céu, cada detalhe criado por Deus é único e especial. Nenhum pincel seria capaz de capturar toda a sua beleza.