Textos Amorosos
A MINHA SAUDADE
A minha saudade tem lembrança tua
Que já não tem a poética como antes
Tem a tristura no peito que não recua
E silêncios tão ruidosos e constantes
Não sei pra onde ir, nem aonde vou
Só sei que dói, corrói o meu coração
Minha emoção, tua sedução roubou
Carregou e me deixou na vã solidão
A minha saudade tem muita saudade
Tem insônia, loucura, é sentimental
A minha saudade ao sossego invade
Saudade, meu aperto, por ser amador
Em um tempo muito, duro e integral
É saudade minha, por ti, ó meu amor!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
27/09/2021, 04’55’ – Araguari, MG
MINHA POESIA
A minha poesia já não é mais triste
Que chorava as agruras de outrora
Pois no meu verso a ventura existe
E o agrado, mora na estrofe, agora
Cada versar de dor, outro arrojado
Apagando as sensações sangradas
Não mais quero verso abandonado
Que sejam as emoções iluminadas
Em muitas prosas sozinho versei
Numa cena em vão, triste cenário
Porém, outra poética ao verso dei
E deste modo rompe nova fantasia
E todo o amor de antes, necessário
Aqui se encontra na minha poesia...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Setembro 30/2021, 13’50” – Araguari, MG
Adeus, meu amor, logo nos desconheceremos. Mudaremos os cabelos, amansaremos as feições, apagarei seus gostos e suas músicas. Vamos envelhecer pelas mãos. Não andarei segurando os bolsos de trás de suas calças. Tropeçarei sozinho em meus suspiros, procurando me equilibrar perto das paredes. Esquecerei suas taras, suas vontades, os segredos de família. Riscarei o nosso trajeto do mapa. Farei amizade com seus inimigos. Sua bolsa não se derramará sobre a cadeira. Não poderei me gabar da rapidez em abrir seu sutiã. Vou tirar a barba, falar mais baixo, fazer sinal da cruz ao passar por igrejas e cemitérios. Passarei em branco pelos aniversários de meus pais, já que sempre me avisava. O mar cobrirá o desenho das quadras no inverno. As pombas sentirão mais fome nas praças. Perderei a seqüência de sua manhã - você colocava os brincos por último. Meus dias serão mais curtos sem seus ouvidos. Não acharei minha esperança nas gavetas das meias. Seus dentes estarão mais colados, mais trincados, menos soltos pela língua. Ficarei com raiva de seu conformismo. Perderei o tempo de sua risada. A dor será uma amizade fiel e estranha. Não perceberei seus quilos a mais, seus quilos a menos, sua vontade de nadar na cama ao se espreguiçar. Vou cumprimentá-la com as sobrancelhas e não terei apetite para dizer coisa alguma. Não olharei para trás, para não prometer a volta. Não olharei para os lados, para não ameaçá-la com a dúvida. Adeus, meu amor, a vida não nos pretende eternos. Haverá a sensação de residir numa cidade extinta, de cuidar dos escombros para levantar a nova casa. Adeus, meu amor. Não faremos mais briga em supermercado, nem festa ao comprar um livro. Não puxaremos assunto com os garçons. Não receberemos elogios de estranhos sobre nossas afinidades. Não tocaremos os pés de madrugada. Não tocaremos os braços nos filmes. Não trocaremos de lado ao acordar. Não dividiremos o jornal em cadernos. Não olharemos as vitrines em busca de presentes. O celular permanecerá desligado. Nunca descobriremos ao certo o que nos impediu, quem desistiu primeiro, quem não teve paciência de compreender. Só os ossos têm paciência, meu amor, não a carne, com ânsias de se completar. Não encontrará vestígios de minha passagem no futuro. Abandonará de repente meu telefone. Na primeira recaída, procurará o número na agenda. Não estava em sua agenda. Não se anota amores na agenda. Na segunda recaída, perguntará o que faço aos conhecidos. As demais recaídas serão como soluços depois de tomar muita água. Adeus, meu amor. Terá filhos com outros homens. Terá insônia com outros homens. Desviará de assunto ao escutar meu nome. Adeus, meu amor.
Acredite no amor, lute com determinação e nunca desista. O verdadeiro amor é um presente divino concedido a poucos. Certamente, haverá prestação de contas por parte daqueles que desistirem ou fraquejarem ao longo do percurso. Deus é amor, e devemos buscar nossa santidade por meio desse presente que Ele nos concedeu. Ame profundamente e empenhe todo o seu coração na busca da felicidade. Afinal, ninguém nasceu para viver na infelicidade!
Amor. O que é o amor? Não creio que se possa relamente pôr em palavras. Amor é entender alguém, se importar, compartilhar as alegrias e as tristezas. Isso pode incluir o amor físico. Você compartilha alguma coisa, dá alguma coisa e recebe algo em troca, seja ou não casada, tenha ou não um filho. Perder a virtude não importa, desde que você saiba que, enquanto viver, terá ao lado alguém que a compreenda e que não precisa ser dividido com ninguém mais.
Não é isso que todo mundo acha super divertido? Beber e fumar, e beber, e fazer sexo sem amor, e beber e fumar e dançar e chegar tarde e envelhecer e não sentir nada? Sabe Zé, no começo doeu não sentir nada. Mas eu consegui. Eu não sinto nada. Nada. Uns vem, uns vão. As garrafas tão lá, ao lado do lixo. As cinzas saem dançando por aí. As minhas vão junto. No dia seguinte eu acordo, tomo um banho, passo protetor solar, sento na minha varanda com o meu jornalzinho e ó: nada. Nadinha. Nem pena do mundo eu consigo mais sentir. Minha pureza era linda, Zé, mas ninguém entendia ela, ninguém acolhia ela. Todo mundo só abusava dela. Agora ninguém mais abusa da minha alma pelo simples fato de que eu não tenho mais alma nenhuma. Já era, Zé. É isso que chamam de ser esperto? Nossa, então eu sou uma ninja. Bate aqui no meu peito, Zé? Sentiu o barulho de granito? Quebrou o braço, Zé? Desculpa.
Nota: Trecho da crônica "Zelador".
A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: mas é imprevisível. Jamais espere ouvir “eu te amo” num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir “eu te amo” numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. Idealizar é sofrer. Amar é surpreender.
Nota: Trecho da crônica "A Impontualidade do Amor" de Martha Medeiros
O que me interessa no amor, não é apenas o que ele me dá, mas principalmente, o que ele tira de mim: a carência, a ilusão de autossuficiência, a solidão maciça, a boemia exacerbada para suprir vazios. Ele me tira essa disponibilidade eterna para qualquer um, para qualquer coisa, a qualquer hora. Ele apazigua o meu peito com uma lista breve de prós e contras. Mas me dá escolhas. Eu me percebo transformada pelo que o amor tirou de mim por precisar de espaço amplo e bem cuidado para se instalar. O amor tira de mim a armadura, pois não consigo controlar a vulnerabilidade que vem com ele; tira também a intransigência. O amor me ensina a negociar os prazos, a superar etapas, a confiar nos fatos. O amor tira de mim a vontade de desistir com facilidade, de ir embora antes de sentir vontade, de abandonar sem saber por quê. E é por isso que o amor me assombra tanto quanto delicia. Porque não posso virar as costas pra uma mania quando ela vem de uma pessoa inteira. Porque eu não posso fingir que quero estar sozinha quando o meu ser transborda companhia. O amor me tira coisas que eu não gosto, coisas que eu talvez gostasse, mas me dá em dobro o que nunca tive: um namoramento por ele mesmo. O amor me tira aquilo que não serve mais e que me compunha antes. O amor tirou de mim tudo que era falta.
Existem amores... e existe um amor especial, apenas uma vez em nossas vidas... este tipo de amor pertence ao Céu, é incondicional e ele será para sempre... como uma marca cósmica, uma infinita lágrima de alegria e um abraço sem fim! O difícil é descobri-lo, discerní-lo, em meio às tempestades do nosso coração.
Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura, o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, são veementes labaredas. As muitas águas não poderiam apagar o amor, nem os rios, afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens da sua casa pelo amor, seria de todo desprezado.
O amor é um fenômeno tão primário como o sexo. Normalmente, sexo é uma modalidade de expressão do amor. O sexo se justifica, e é até santificado, no momento em que for veículo do amor, porém apenas enquanto o for. Desta forma, o amor não é entendido como mero efeito colateral do sexo, mas o sexo é um meio de expressar a experiência daquela união última chamada de amor.
Amor não acaba. Filmes acabam, balas acabam, dias acabam, beijos acabam, noites acabam, chocolate acaba, o assunto acaba, a paciência acaba, a vontade acaba - desejo diminui. Mas o amor não. Ele entra em coma, fica fraco, doente e, se for o caso, morre. Amor não é um sentimento, um fato, um objeto. Amor é uma vida, é algo que sai da compreensão humana, científica, racional. Amor não começa e acaba. Amor nasce e morre.
Considero-me um "modificador", modifico a alegria em tristeza; o ódio em amor; barulho em silêncio; aperto de mão em beijo. Acho que posso modificar quase tudo, a única coisa que não consigo modificas é a cabeça das pessoas que não me entendem. Pois essas são muito fortes para perceber seus próprios erros.
"Eu te amo" tornou-se patrimônio cultural da humanidade. "Eu te amo" é domínio público e particular ao mesmo tempo. Quem quer que diga um "eu te amo" com sinceridade, tornou-se seu legítimo dono e a autoria jamais será desacreditada. A quem importa saber quem disse a primeira vez? Quem inventou o "eu te amo" pensou e amou não só a si mesmo... Ao herói que morreu esquecido: suas palavras são eternas!
Sou única no que faço, penso ou na maneira de agir. Amo cada gesto, cada olhar, cada parte de meu ser. Porque cada centímetro de mim conta um pouco da minha história. Se as pessoas me olham, me valorizam, me observam ou concordam que bom, caso contrário eu me amo primeiro e o que vier além disso é lucro.
Amo incondicionalmente! Amo sem cobrar, sem esperar, sem machucar. Apenas amo! De uma forma indescritível, inimaginável, inenarrável! AMO! Com todas as minhas forcas, com todos meus ideais, com toda minha cumplicidade! Amo, como deve ser, como posso ser, como jamais fui! Sinto que amo porque me amas, mas te amaria ainda mais se eu fosse mais generoso!
A paixão é um sentimento egoísta, cuja a sua essência é um sentimento de posse onde se acha que o outro só será feliz junto a ti, porém contrapõem isso o amor, onde sua essência é a generosidade onde você quer o outra junto a você, mas no amor é preferível ver o outro feliz, a sua satisfação é a felicidade daquele que você ama independentemente de estar com você ou não, o amor muitas vezes é abdicar de algo, para ver quem se ama feliz!
Entendi que te amo. E por ter esse entendimento, constatei que o meu coração sente, que os meus olhos sorriem e os dias cantam em pura harmonia com a natureza. Você foi preenchendo o vazio e em seu lugar deu luz às desilusões, brilho às sombras e voz aos silêncios. Tudo é como um imenso candeeiro que tem o poder de iluminar toda uma floresta, de mudar a órbita do universo, trazer todos os caminhos que me levam a você. Para eu falar de tudo que você é, basta ouvir o meu coração sentir você, os meus olhos sorrirem pra você e os meus dias cantarem em pura harmonia, só por ter você em mim.
Hoje eu acordei sentido o seu cheiro, seu beijo, seu abraço e sua companhia. Aí me dei conta de que não era real, será que é tão difícil você entender que ainda te amo ? Eu te amo e não posso fazer nada para mudar isso apenas amar. É uma amor tão quente tão aconchegante tão carinhoso que não consigo deixar ir, preciso de você e pela forma que me olha acho que precisa de mim também. Só queria poder te dizer isso, dizer que ainda te amo, mas não só para você,mas para o mundo todo.EU TE AMO !
O "eu te amo" será mesmo o eu te amo realmente ? Se amamos só uma vez, como sair vários eu te amo para pessoas diferentes em situações semelhantes, ai surge a dúvida: amamos agora❓, ou o eu te amo do passado foi por impulso? E como saber se o eu te amo de hj é realmente o eu te amo verdadeiro? Kkkk é realmente o eu te amo é na vdd uma incógnita...