Textos Amorosos
ARTE DA ESCRITA
Escrever é uma expressão humana
Sobre aquilo que nunca se teve
E talvez, sobre o que nunca se terá
É manipular, influenciar e modificar
Escrever é explorar a magia
Manifestada em fantásticas descrições
Uma forma de esquizofrenia
Que é aceite socialmente.
É um resignar-se ao mundo ilusório
Onde invade a realidade.
Escrever é viver
É sentir a liberdade tantas vezes desejada
Sonhar com ou sem violação da própria vida.
É uma forma de falar sem ser interrompido.
Onde as palavras, as letras, tantas vezes
Ganham vida própria, uma vez que são impressas
Escrevendo descreve-se enquanto arte
Afinal escrever é emprestar as nossas mãos
Para que os nossos sonhos possam falar em liberdade.
Eu te amo noite e dia, dia e noite, todos os dias.
#11;Eu te amo sem palavras, no olhar e no sorrir.#11;
Eu te amo nos meus sonhos ao dormir ou no acordar.#11;
Eu te amo na tua presença e na tua ausência.
#11;Eu te amo na dureza da realidade e na leveza da alegria do verão.#11;
Eu te amo a cada batida do meu coração.#11;
Kedman, 01/12/14
O mais doido foi que eu aprendi que consigo esperar. Acho que te amo. Não vamos nos ver mais mas conversamos uns minutos, olhei pra você e gostei da sensação. Olhei pra você todo o tempo e sorrio ao lembrar.
Vamos nos ver novamente e disso tenho certeza, acontece que o tempo tá sendo mais rápido mas a linha de chegada vai continuar lá.
Não sei se vamos ter isso novamente mas, talvez um dia aconteça... E eu vou estar esperando.
"ALMA DE PRANTO"
Quem foi que viu
A sua alma a chorar
A própria dor agoniada
De noite as almas passeiam
Sombrias pelos caminhos
Pelas estradas, becos e ruelas
De véu escuro, nas noites em claro
De noite, quando as almas passeiam
E todos os ruídos, revertem-se em refúgio
De um corpo rasgado, remendado de dor
Vela acesa, no desabafo, vinho doce do desafio.
De uma promessa de passos entre os silêncios
A mordaça irônica aumenta no último refúgio do oprimido
Por isso que Deus proteja todas as almas de pranto e lamento.
"ESCANINHOS"
Perspectiva em fúria
Saciada eternidade
Consumistas mutilados
Abutres feitos em momentos
Provérbios refletidos
Devoram os escaninhos
Tantas vezes ocultos
Verdades inversas
De quem cala
E não consente
Na vastidão do corpo
Do mistério da alma
Por lapso do tempo
Compasso de espera.
Mesquinho vizinho
Enlouquecido crepúsculo
Candeeiro ilumina o cemitério
Tristeza, choro, mar de infelicidade
Saudade, dor insignificante
Medo sobressaltado
Indiferença de quem não tem
Descaminho desalinhado, espinho alinhado.
Não... eu não te amo... não
que decepção...
eu que esperava ouvir as palavrinha mágicas - sem o 'não'
perdi o chão...
Me deu uma vontade louca de chorar
mas consegui me segurar...
fiquei parada... tão parada... emudecida
só o coração batia descompassadamente dentro de mim...
era o fim.
E aqueles olhos me olharam fundo
chegaram até a minha alma
eu já estava acostumada com aquele olhar
mas, desta vez, pareceram me olhar tão devagar...
Eu não te amo... eu te superamo...
Eu não te amo menos
do que sempre te amei...
e eu... eu quase chorei...
essa minha mania de não esperar que as pessoas terminem o que começaram a falar...
isso ainda vai me matar.
"HÁ UM CORAÇÃO"
Há um lugar em mim
De onde mais ninguém tem acesso
Há um sitio, onde não me ausento
Há um cantinho, que eu não saio
Há um sitio, que é intocável
Há um coração, onde eu não quero sair
Onde é tudo intocável
De onde mais ninguém tem acesso
Que não me ausento, de onde permaneço
Esse lugar és tu, meu amor
Há um lugar no teu sossego
Do nosso desassossego
Que nos teus braços, nos teus beijos
Que me transportam para longe
Para as tuas mãos perdidas em mim.
Num afago lento, numa paixão declarada
A minha pele é tua, a tua é minha.
Certa vez em um retiro de casais, o padre deu a missão aos homens de contar quantos "Eu te amo" eles eram capazes de dizer em apenas um minuto.
O primeiro disse:
_Contei 100 em apenas um minuto!
o segundo todo sorridente:
_Eu contei 200!
e todos começaram a dizer o seus cálculos como se fosse uma dádiva realizada.
Mas apenas um homem que estava de cabeça baicha, se quer abriu a boca.
O padre observando-o perguntou:
E você meu rapaz, quantos Eu te amo você contou?
O rapaz levantou a cabeça, e com os olhos cheios de lágrimas respondeu:
Nenhum padre, ainda estou na palavra Eu!
e olhando para sua esposa todo emocionado disse:
_EU TE AMO!
Dedica-me no fim.
E bem no fim
Antes que houvesse tempo de te perceber
Dedica-me a poesia em forma de canção
A mais bela que se pode ler
A tua doce inteligência misturada com sabedoria
Transforma os pantones em quatro cores
Os símbolos decifraveis
Dando adeus a minha antiga melancolia
Tuas roupas sem sentido outrora
Faz olhar-te com admiração
A bela paisagem torna-se comum
Acho que me rendi agora
Naquele dia só tinha virtudes.
Atrás da palavra havia o sonho, o desejo.
Meu sonho, teu desejo.
No dia seguinte, me ardia em desejo e você sonhando.
Você me deu o pecado, doce pecado, puro mel.
Eu completamente me encontrando, e você maravilhosamente perdida.
Nos encontramos. Soma das partes.
Como te amo!!!
FRAGAS NO RIO
Sinto saudades do cheiro a capim
Da terra molhada, de barro, de lama
De andar na rua com o meu vestido de chita
De andar descalça pelo campo.
Saudades das tranças no cabelo
Do meu riso inocente sem ver a maldade
De comer o folar de carne saído do forno
De estar à lareira em família a rezar o terço
De ouvir as histórias que contava a minha mãe
De brincar com os meus irmãos
De voltar a ser criança simplesmente
Reflexo com cor...Tempestade sem vento
Sol desbotado....Esculpido indolor
Verdade escondida....De uma alma sem medo
Dor intempestiva....Na ausência do amor
Sem tempo sem sonhos...Erva rasteira de gotas de dor
Fraga esquecida no rio imenso...Sopro do vento,areia sentida
Peito dor rido perdido no tempo..No deserto do nosso amor
SILÊNCIO DAS FRAGAS
No silêncio da noite vazia
É donde vem a inspiração.
Ouço apenas os sons do vento
Da chuva que bate na janela
Hoje vivo no silêncio das fragas
Gastadas por lágrimas de dor
Invadidas pelo musgo do tempo
Nas lembranças que insistem em ficar
No silêncio da noite vazia
Ouço apenas os sons do vento
Num quarto escuro, numa cama fria
Onde descansamos o corpo
A nossa mente, a nossa alma
Os nossos lençóis de cetim ou linho
Escondem segredos, vividos
Sofridos e talvez esquecidos.
"SOU TUA A TUA"
Sou uma mulher que ama e sente desejos
Não sou feita de pedra, tenho defeitos
E os meus pensamentos não são como as estações
Gosto de sentir o pleno desejo de viver, de amar
Não sou feita de regras que a sociedade exige
Amo quem me ama, com sentimentos na alma
Tu sabes que sou a lua e o sol no teu olhar
Sou o vento a tempestade a tocar nos teus lábios
Sou o amor assolapado a invadir teu coração
Somente o tempo que não passa como eu gostaria
Que passasse e as lembranças ficam para sempre
No compasso do passo, do meu sentir
Sou a tua mulher que te ama e sente desejos
"VESTES DA NOITE"
A noite cai, é noite de lua nova
Sozinha no meu quarto, olho para o teu retrato
A saudade é como uma espada que dilacera o meu coração
Despi as minhas vestes, vesti-me de solidão
Deixaste-me com uns restos, no corpo, na alma, no coração
Um olhar triste, lágrimas, choro
Mãos vazias, aflitas, coisas mortas, ideias soltas.
"SENHOR OBRIGADO"
Senhor, há noites em que suplicamos
Para que a manhã chegue depressa.
Hoje foi uma destas noites
Obrigado pelos meus olhos, porque posso ver
Que vêm o céu e o mar
Obrigado pelos ouvidos, ouvidos que ouvem
A chuva a cair no telhado, que eu tanto amo.
Da melodia do vento... Nos ramos da oliveira.
À muitas lágrimas que serão derramadas
Dos olhos......De todo mundo.
São muitos aqueles que chorarão na escuridão.
Obrigado pelo meu lar..pela minha família.
É maravilhoso ter um lar.Ter em casa alguém que nos ama.
Obrigado porque creio em Ti. Obrigado pelo Teu amor Senhor.
"CANÇÃO QUE CANTA"
Das canções que o vento canta
Das frias e longas manhãs
Das noites escuras e poderosas
Dos sussurros dos teus lábios
Grita hoje rio, que já não tem margens
Nem a alma, nem fronteiras
Embrulho-me no meu xaile do tempo e parto
Nesta gelada de eterna madrugada
Ouve-se o vento em forma de poesia
Onde a minha voz, cansou-se de chamar por ti
Meu amor, minha paixão
Meu amor, não me peças para calar este amor
Ele grita dentro de mim, neste grito agudo de felicidade
O meu amor atravessa, mares, montanhas e rios
Não me peças para calar este amor
Ele não me ouviria, está ensurdecido, louco de paixão.
"SENHOR NESTE DIA"
Senhor, mais um novo dia a nascer
Com um sol luminoso, cheio de esperança e de vida
Ninguém mais do que tu sabe da nossa fragilidade
Quanto é difícil e penoso, caminhar no dia a dia
Ao longo da vida, por mais obstáculos que encontre
Encontro sempre o teu amor, tu estás sempre comigo
Eu sei que tu amas-me de verdade
Tua misericórdia e imensa por todos nós
Sem ti não sou nada, eu adoro-te meu Deus
Tu sabes que muitas das vezes
Eu não sou digna do teu perdão e digna do teu amor.
Santifica a minha vida e a minha família Senhor.
"ÉS TU SÓ TU"
As velas e as flores, rezam na areia da praia
Escutam os versos, que o mar conta
De sonhos de amor, de desespero e de dor
Cansado que nem a poesia floresce
Das estrelas encantadas, ouve-se o choro no mar
Do barco sem vida atolado deixou de navegar
Tu és a minha luz, nas noites de solidão
És tu quem me seduz, a mente, o corpo
Tu és a minha alma, que brilha no escuro
És tu quem me acalma o meu coração
És simplesmente tu meu amor
SENHOR
Senhor, quero começar o meu dia em paz contigo
Comigo e com os meus filhos e o meu marido.
Hoje não me apetece rezar
Vou fechar a minha boca e abrir o meu coração.
Hoje vi que a minha oração
Seria inútil e um ato de hipocrisia.
Sinto-me gelada e vazia, por dentro como este dia
Sobretudo hoje sinto, uma necessidade imensa de ti.
A minha oração de hoje e só para te dizer
Que me sinto abatida e sem vontade de rezar.
Aumenta esta minha Fé muito fragilizada.
"NAVEGAR NAS ESCOLHAS"
Sinto-me muitas vezes refém das minhas escolhas
Onde distraio-me com a solidão
Às vezes tenho vontade, de não pensar em nada
Nada esperar, apenas num silêncio absoluto.
Quero conhecer a paz de uma nuvem
O silêncio de uma planta
Enquanto invento o final da história deste poema
Guardado na dor, onde guardo todas as estrelas
Todas as lembranças dos risos
Que deposito na luz da manhã, no tempo
Em que brinca na neve, num frio relance azulado
Sou refém de minhas escolhas, onde distraio-me com a solidão
Vou voltar a navegar, com os meus olhos junto ao mar
Num dia de frio e chuva, onde a força das ondas
Salpicam o sal das águas. Vou voltar a navegar
Num dia de mar bravio é porque as águas do rio
Voltam sempre para o mar, vou voltar a navegar porque
Tu meu amor voltas sempre, para mim, como as águas para o mar.