Texto sobre Sol
RAIO DE SOL
entre nuvens e terra
quente, sem direção
seu brilho bate cada instante
o tempo é inconstante
nas montanhas e colinas
energia radiante
percorre meu corpo
até o fim do horizonte
um feixe de luz
me desperta para amar
será ele ou ela
que vai me transformar
ao amanhecer sinto seu calor
agora já não lembro
se era sol se era amor
Intencionalmente
Seus olhos, meio vagos
Ocupados somente pela lua
Se perdem na noite escura
Distraidamente
Acendem a trilha dos que te seguem
Sem saberem que apesar do seu brilho
Seus caminhos são inseguros
Escuros
Escolhe iluminar com luz roubada
De um satélite farol
Escondendo seu resplendor
Sol
Por medo de queimar
Resistindo a quem possa suportar
A luz da estrela que guarda
''O brilho que perpassa
A grande escuridão
Que o Universo abraça
Não como um trovão
Que nos ares passa
As formas tão simples
Que giram pelo tempo
Nas deformações não males
Surgidas no tecido, como passatempo
Sem o brilho que o rei tem
A princesa não teria o seu
A escuridão do nada vem?
Como a noite, um ateu?''
O sol
É o primeiro vestígio de luz do dia e o último vestígio de luz do mesmo
É o astro maior de uma galáxia entre as milhões de galáxias existentes num universo que exala imensidão
É calor, é intensidade, é força, é a natureza em uma das suas formas mais belas se fazendo presente
Encanto sublime quando nasce, transcende o belo quando se põe Envolve todos os corpos, enriquece a melanina, enobrece o mais simples dos olhos, cativa o mais simples dos olhares
Ora bem vindo, ora não desejado, linha tênue entre o acalento e o descomedido
Enaltecido dos tempos antigos aos atuais, inspirou canções, pinturas, em todos os idiomas um substantivo forte, em todos os corações um sentimento profundo e em todas as memórias presença marcante
Remete ao fim mas também remete ao começo, recomeço
O sol dança com todos os seres de um jeito que a lua nunca saberá, melodia para a alma, inundando os espaços, se manifestando sobre a terra e banhando de luz todo e qualquer lugar, do oriente ao ocidente
No entardecer, recolhendo se em sua grandeza, transforma a paisagem em ouro, céu se torna aquarela no auge do crepúsculo, obra de arte pintada pelo universo da forma mais delicada e precisa, vezes despercebida pela correria que a rotina impõe
Mesmo que as vezes nem sempre seja notado esteve, está e estará lá, noção de horizonte, regente das horas
Noção maior de grandeza e certamente, a mais bonita demonstração do infinito.
Estava preso
Durante um tempo
Amaldiçoado
Em um encantamento
Seu perfume
Ficava no ar
Seu toque
Nas águas do mar
Sua falta
Na escuridão da rua
Seu olhar
Na luz da lua
Seu calor
No raio de sol
Minha sina
Peixe e anzol
Hoje livre
Fugi disso tudo
Vou andando
Andar vagabundo
Sem destino
Achado e perdido
Onde passo
Vou sendo acolhido
Não cobro amor
Nao peço esmola
Passarinho
Livre de gaiola
Com migalhas
Só marco o caminho
Estou livre
Mas nunca sozinho
"[...] não há tempestade que dure para sempre. Não há tanta água no céu que, um dia, não venha a se acabar. As tempestades cedem. E, cedendo; e, estando, lá, o sol disposto a reinar, é aí que surge o arco-íris"
(trecho de "Parece Dezembro: romance inspirado nos versos de Chico Buarque")
NAS ESTRELAS
Juntos entre estrelas,ficamos.
Sobre as nuvens,caminhamos.
Na sombra da lua,namoramos.
Os astros nos viram, e nós,
pouca importância dávamos,
nem ligávamos
Nos amamos muito.
A luz do sol, nos despertou.
Fora sonho? Não sei.
Sei que te amar, é entre
estrelas ficar,
astros ver,e em nuvens
passear.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista.RJ
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B,E
PREPOTÊNCIA
Ela foge de mim
tal como a lua
corre do sol.
Ela foge de meus
convites e se esquiva
como a escuridão corre da luz.
Ela foge mesmo se projetando,
foge mesmo se abrindo,
foge como se fosse louca,
mas mal sabe ela
que eu venero loucura.
Quanto mais ela foge,
mais me apego e...
me pego pensando
em nós dois.
No fundo mora um medo
em mim, deixo-o em segredo.
Nela, não sei, acho que ela
gosta de mim, talvez.
Ela é nova e talvez não viu
que comigo é mais fácil
embora bem pueril.
Há tanto para falar
Mas nada posso dizer
Do meu segredo de amor
Você não iria entender.
No silêncio frio e solitário
Vou sufocando o sentimento
Mas sua presença faz despertar
A felicidade de cada momento.
É a luz que a tudo transforma
É a paz que embala o meu viver.
Você nada sabe desse amor
Mas é o sol que aquece o meu ser.
quero mergulhar no teu mar
envolver-me sobre as ondas de tuas curvas
sentir tua maresia
este sereno orvalho que ressalga neste ar insípido
deixar a temperatura elevar
aumentar
até amorenar esta pele cinzenta que ganhou mais cor
desde que no sol de tua pele pude explorar
desde que banhei-me com teu calor
e fiz de teu universo
meu lídimo lar
O sol nasce de trás do horizonte e entre nuvens
Densas banha as águas revoltas da imensidão do mar.
O pescador adentra no mar e lança longe a linha de pesca
E pacientemente fica a espera de mais uma fisgada.
Entre o silêncio e a espera sempre haverá uma nova
Possibilidade e sonhos que poderão ser realizados.
O homem e o mar se conectam de alguma forma
E entre eles serão revelados segredos inimagináveis.
O rumor é forte e a maresia deixa o ar impregnado.
O voo rasante e o grito das gaivotas quebra o silêncio.
O céu encoberto deixa a manhã de janeiro pálida e a
Brisa canta suavemente deixando o momento impar.
Eu penso
Quando o sol nasce,
Transbordando sua luz,
Nunca sendo o mesmo dia.
Eu penso.
Quando a lua brilha,
Iluminando a noite,
Nunca a mesma noite.
Eu penso.
Quando a chuva cai,
Infiltrando na terra seca,
Nunca molhando o mesmo broto.
Eu penso.
Quando o dia encerra,
Nunca será o mesmo dia,
A mesma noite,
A mesma existência.
Eu penso.
GARIMPANDO OS PRIMEIROS RAIOS DE SOL
Lourdes Duarte
Garimpando os primeiros raios de sol, envolto em meus pensamentos, conclui que o passado é como uma cortina de vidro, que nos dá a dimensão de como devemos caminhar no presente, nos preparando para o futuro.
Recolho meus pensamentos, pois a vida me chama aos afazeres, como se desejasse guardar minha alma e o meu coração, com o desejo de que ao acordar dos meus devaneios, as pessoas do mundo estivessem diferentes, mais humanas , menos preconceituosas, amasse ao próximo como a se mesmo... fossem mais felizes.
A vida não é como em sonho, mais podemos transformá-la começando a nos transformar por dentro.
Por isso, desejo dias mais calmos para deitar meu olhar sobre os canteiros da esperança e encher meu coração de felicidade, para que possa irradiar felicidade ao meu redor.
Que Deus alcance nossos sonhos e os tornem realidade.
Abraços
Colar de Prata
Colar de prata
cai sobre o pescoço
de princípio é um pouco gelado
Mas a pele viva
com seu calor aquece o colar
Ele cai sobre a pele
balança de um lado para o outro
e as vezes quando esta exposto a luz, ele brilha
e quando esta escondido por entre a roupa
ele fica guardado em secreto
De alguma forma se torna algo tão
parte da pele e do corpo
que na sua ausência,
o corpo sente falta do colar
Pois se tornou algo tão cotidiano
que mesmo durante o banho
ele fica pendurado no pescoço
Faça chuva ou faça sol
e não importa qual é a estação
o colar estara sempre pendurado ao pescoço
em movimento sobre o coração
fazendo tic-tac
No dia do nosso encontro,
pedi a lua pra brilhar mais os seus olhos.
Acertei com o sol pra radiar em seus cabelos
e com as estrelas para dançar.
O vento suave me concedeu a ternura,
e os pássaros entoarão o canto.
E o tempo, pedi pra parar...
Viverei cada instantes, eternizando o tão sonhado momento do Amor.
Perseguido pelo calor
Sinto uma brisa quente chegando
Carregando um mormaço inebriante
Que castiga esse pobre viajante
Que enfrenta o poder desse sol causticante
As nuvens amigas o abandonaram
O céu límpido azul é sinal que a temperatura só vai aumentar
O alívio de uma sombra é coisa rara por aqui
As horas passam e o calor só tende a elevar
Sua armadura o proteje dos raios do sol
Evitando um desgaste ainda maior
O calor é tão grande que o faz transpirar
Suas costas encharcadas de suor devem estar
Água gelada é uma luxo que ele não tem
Se contentando com a natural que carrega em sua bolsa
Hidratando seu corpo para continuar a resistir
Ao sol escaldante que não vacila
Ao final do dia, ele procura um alento
Deitando-se ao chão para relaxar por um momento
Na esperança de fugir desse calor fugaz
Que insisti em persegui-lo sem o deixar em paz
As estrelas piscam e brilham,
pequenas luzes distantes,
ilumina os meus instantes,
nos instantes que neblinam.
Essas luzes delirantes,
que no brilho da lua se homizia,
onde está os amores apaixonantes,
que desejei e que amei algum dia?
Perambulando no horizonte,
de leste a oeste,
a procura do acalanto,
onde o sol escurece e traz um novo dia.
"É facil notar que as pessoas tem medo de não serem aceitas e criam suas próprias barreiras indissolúveis. Digo, por se furtarem do direito de dizerem, sou eu, assim, desse jeito. Ocorre que ninguém nos frustra, todos somos plurais. O que segrega é a forçosa desconstrução. Entretanto, sem impactos ao sorriso da alma, características pessoais imutáveis. O que nos torna seres distintos, reside na possível má percepção do que se faz necessário. Do resto, apenas o sol que brilha todos os dias, querendo ser visto!"
(Mettran Senna)
Esta noite meu corpo parou
a pele fria, com tom azulado
o sangue pouco bom
mas os olhos este chorou e meu travesseiro se molhou com gotas de remorso
O sol insistia com seu calor
pronto sempre desperto
entre ele e eu só há uma semelhança
ambos existimos
Tá certo que um de nós
serve para alguma coisa
o outro fica lá em cima parado no céu
Aonde estou, como cheguei nesse estado mental? até ontem estava tudo normal
Ah pronto, me recordo
mas que saco
tive uma recaída para o maldito álcool.
"Há dias que vem e não deveriam ficar.
Há dias que vão e deveriam, para sempre, continuar.
Quando 'cê me vem, me sobra nada e até me falta o ar.
Sua presença me faz sobrar a paixão, só o amar.
Fito seus olhos, me pego com o coração, à palpitar.
Desejo te abraçar.
No teu beijo, me adoçar.
No doce da voz, me deliciar.
Quisera eu, não te sonhar.
Nessa paixão, não me aprisionar.
Você é o meu Sol, quiçá o meu luar.
És meu rio, o meu mar.
Na imensidão da tua alma, eu hei de me afogar.
Infelizmente os dias de saudade vem, mas não deveriam ficar..."