Texto sobre Sol
PRETA
Lembra de quando nos conhecemos,
eu penso nisso várias vezes,
o sol batia em seus cachos,
brilhava em sua pele preta
um olhar profundo
seu sorriso tímido trazia um encanto,
delicada como flor, ria tanto,
seu olhar me domina
agora mulher, as vezes menina.
guerreira, as vezes princesa,
sabe onde ir, sabe o que quer,
carrega o mundo, se cobra de mais,
vai além dos seus traços,
vem da história, vão se os anos,
viva o agora
sua beleza infindável
cabelo cacheado, as vezes trançados, solto, afro,
tem um poder incondicional, é forte de mais,
minha preta te quero tanto,
Eu nunca trocaria você por ninguém mais.
No sertão
O céu sem nuvens, e lá no alto o sol quente escaldante.
Depois de muitas e várias pequenas jornadas,o caboclo sem embargo da fome e sede que
sofreram, caminhando de pés inchados, sobre um solo ardente, até chegar no terreno, que seria sua futura plantação
A cavadeira caiu de novo, cavando fundo, enquanto pela face do sertanejo duas
lágrimas desciam vagarosamente, lembrando Maria.
Houve novo silêncio.
Caía a noite.
O caboclo tomou o mourão
depositou na cova com o mesmo cuidado como se o fizesse numa cama.
No fim da tarde já quase noitezinha.
Caboclo
dirigindo-se para o rancho, pensava em Maria.
Não era, entretanto, só o sentimento de compaixão que agora oprimia a alma
generosa do caboclo.
No seu entender, parecia estar estonteado por uma coisa feita.
O lindo semblante da Maria e o seu olhar de uma doçura infinita exaltavam a
imaginação do serrano com tal intensidade que o obrigavam a evocar a lembrança
do olhar da Nossa Senhora mãe de Jesus.
Se visse de novo a Maria, pensava ele, perderia de todo a cabeça e
casar-se-ia com ela.
Como devia ser amorosa e boa! No mais, a miséria é que não a
deixava parecer mais bonita.
Quando assim meditava o caboclo, ouviu um dos seus camaradas, que voltava
da arrumação, cantar de voz solta, na toada dolente, uma canção triste que vinha do fundo do coração, eu cá fiquei a imagina, será que esse sertanejo ama igual a meu amor por Maria, ah eu duvido meu senho!!!
Amor igual o meu ninguém amara não meu senho.
Chegado ao rancho, o caboclo José não pôde cear.
Tomou apenas um golezinho de
café, acendeu um cigarro de palha, que o amigo lhe deu, e estendeu-se na velha rede.
Apesar de toda a energia
empregada para calcular os negócios, e pensar nas riquezas sertão, ali só tinha miséria, mas sonhava com um parreiral , e de repente só uma
idéia sobrenadava, a obsidiar-lhe a mente.
Maria surgia-lhe do fundo da memória,
cada vez mais formosa.
Levanta e segue, senta num banco, à beira do fogo, ralhava na violão.
Ao longe ouviam-se rezas de velório em um rancho de retirantes.
Somente pela madrugada o caboclo adormeceu.
Ao alvorecer, caboclo estava de pé.
Em tempo de verão, é a hora mais
aprazível do dia, na região das videiras.
O ar fresco e puro, o aroma silvestre e
indefinível, que se respira, restituem ao organismo combalido as energias precisas
Ao levantar-se vai ao banheiro, e sua mão trouxe-lhe água para o rosto, lavar e, após, o
Bule de café, que ele, como paulistano de gema, sorveu vagarosamente, aos
goles poupados, como pratica o experimentador de vinhos. Após o último gole,
levantou-se do banco, deixou , puxou da bainha faca,
picou fumo, que esfarinhou entre as palmas, prendendo a faca, de ponta para cima,
entre o polegar e o indicador; depois do que, apertando o fumo picado na mão
esquerda, cortou uma palha de milho e pôs-se a alisá-la, demoradamente, como que
absorvido num pensamento profundo. Não era acostumado a isso na cidade, mas fazia com fosse um cortejo religioso, para esquecer Maria que era de outro na capital.
Dominava o silêncio do ermo. Os vizinhos meio distante dali, tinham partido a campear,
desde as primeiras horas do dia.
Para caboclo e o esse silêncio era apenas interrompido pela
fervura do caldeirão da feijoada com toucinho e pernil que ali preparava p o dia de sábado.
O caboclo continuava a
meditar.
Depois de sorver algumas fumaças do cigarro, sentiu certa lassidão, que o
obrigou a sentar-se.
Quando os primeiros raios do sol iluminavam as cristas das serras do poente,
ouviu-se o som de um pássaro o inhambu e as conhecidas vibrações do solo, indicando um novo dia.
Em poucos momentos ouviram-se assobios e gritos longes, dos
camaradas, tangendo a tropa.
Depois continuo a narrativa de um homem da cidade que virou um caboclo, perdido no sertão.
Autor desconhecido
O sol a cada manhã é a maior de todas as mensagens.
Não só do ciclo da infinitude, mas como ela é bela justamente pelas transformações do caminho que nos fazem orbitar pelos seios emocionais, nos ensinando o poder da sintonia com a serenidade e o amor.
Consentir a condição de aprendiz nos coloca no lugar de humildes alunos da criação, com livre-arbítrio exato de também fazer parte da edificação de um novo mundo.
Busto de Celeste -
Ó Celeste que nasceste ao Sol-poente
por caminhos, estradas ermas a cantar,
quero ouvir um fado na tua voz ardente
que me leve pela vida a pairar!
Canta um Fado ao Sol-nascente!
Tua vida é um poema à beira-mar,
teu olhar é uma seara reluzente
e teu rosto traz a formosura do luar!
Levas no olhar a presença dos Poetas,
como o Sol que tomba, sempre, junto ao mar
ou as rosas que espalham mil matizes pelo ar!
Canta Rosa-Branca esse canto de Profetas
que a tua voz dissipa a tristeza mais agreste
e dá ao Sol-nascente aquela força que nos deste!
(Para Celeste Rodrigues)
Quatro coisas que eu tenho certeza na vida:
1: Um dia todos nós vamos morrer.
2: O sol vai brilhar amanhã outra vez.
3: O amor infinito de Deus por todos nós.
4: A lei do retorno.
Analisando a quarta certeza que tenho, me fiz essa pergunta:
As pessoas estão tão cheias de verdades de si próprias, porque será que existe a lei do retorno que é certa?
Não faça mal aos seus semelhantes, para o mal não voltar para você.
Faça o bem a quem precisa, para o bem voltar pra você.
É hora de revermos nossos conceitos.
Despertar é uma dádiva
Amanhecer é um evento que acontece em nossos corações
O sol quebra a escuridão
Ele nos faz amanhecer
O dia nos possibilita a visibilidade de uma vista ampla
Mas a noite tem seus encantos
Tem seu mistérios
Tem seus romances
Tem seus segredos
A noite é longa e só acaba cedo
Luz maior
Quem acorda cedo ver o sol revelando as cores das nuvens.
Ainda surgem o vermelho-cinza e amarelo espelho estagnado no aberto céu...
E a gente ver parte do próprio coração voando entre os pássaros na contra mão.
Que ensina nossa imaginação a se comportar delicadamente,
vendo o amor vindo na nossa direção...
A gente reza pouco antes de tudo começar.
Preces que o coração faz todo dia...
Com alegria do seu sorriso encontrar.
Aquela arte que nossas mãos deseja pintar.
O seu corpo divino no meu a flutuar no quadro pintado de meu poema agora.
E quem é de imaginar o que vem lá fora?
O vento de outono sopra as folhas caem...
E tudo parece feio parecido com a morte.
Mas para nossa sorte o inverno vai passar.
Eu no seu corpo vou me abraçar
E coladinho no seu coração jurando verão.
Amor gostoso não mata...
Mas acerta as flores e perfuma a primavera.
E lá vem ela pequena bonita espaçosa e bela...
Penso jamais partir para nenhum lugar.
Eu só quero ficar mais um pouquinho de tempo com você.
Nas tarde e nas madrugadas
E ao seu lado em eternos amanhecer.
Café e tudo que tem direito
Um sorriso aberto bolo e brigadeiro
Leite quente torrada e seus olhos por inteiro...
E a vida é esse doce alimentar da sua presença a inocência santa.
A esperança da realizaçao e da benção de Deus!
Rodeio na Madrugada
Levantei antes do Sol
ouvindo o Galo cantar,
Rodeio na madrugada
inspira uma linda poesia
de amor para te encantar.
Ainda está escuro e da luz
do amor puro que vem
do teu peito amoroso
só tenho o quê agradecer
porque brilha como o sol
sobre o Médio Vale do Itajaí.
Levantei antes da escuridão
cair e ouvindo os pássaros
em coro a cantar a poesia
da criação sobre este lugar
que não cansamos de amar.
O amanhecer vindo lento
e a chuva leve no momento
mantém brando o pensamento
que a tempestade vai passar
e a vida voltará ao seu lugar
na nossa Bela e Santa Catarina
que dá sempre razões para inspirar.
“Liberdade”
— A melancólica invade o entardecer
— Ainda posso ver e sentir o sol, antes dele se esconder
— Pensamentos sobrevoam
— Me permitindo visitar longínquas instâncias, tão belas lembranças
— Histórias…
— Lugares vividos quando eu ainda era uma criança.
— Ah, que saudade
— Daquela liberdade
Indomável igual o vento
— Tantas e felizes recordações, tenho memorizadas com tanto afinco.
— Euforia, poesia, tudo era entusiasmo e contentamento
— Nenhuma preocupação povoava o pensamento.
— Sinfonia da liberdade, era a doce melodia
— Desde o amanhecer, até terminar o dia.
— Tudo era tão simples
— Tanto esforço, mas sempre com alegria
— A ansiedade pela maioridade, (ilusão de liberdade)
depois nos vemos assim; melancólicos sem ter como regressar, numa saudade sem fim.
— A memória me leva a esse refúgio
— Tenho tão boas lembranças guardadas, como se estivessem na pele tatuadas!
E o sol é quente, como todos os dias
e isso me faz tão em casa
O tempo se passa pela janela
e a cada metro um novo mundo
Talvez não te reconheça em uma outra outra vez
mas não há como te esquecer
Um novo caminho, andado vacilante
com novos olhares, jeito e sorrisos
Não há como não ser marcante
Conversa frívolas entre desconhecidos
que um olhar desatento acredita serem irmãos
As malas um pouco mais cheias
O coração um pouco mais preenchido
Voltamos pra casa
mas não somos os mesmos que foram
Rodeio trazendo
Entre os morrinhos
o Sol vai se despedindo
sorrindo e a noite
chegando em Rodeio
trazendo este versinho
acolchoado de nuvens
sobre nossa cidade
trazendo tranquilidade
para nós e para todo
o Médio Vale do Itajaí,
e assim recordo de ti
e deste sorriso que
na vida jamais esqueci.
Os pores do sol não serão os mesmos sem você.
O brilho da lua se apagará.
A chuva se transformará em granizo, gelado e como pedras caindo do céu.
Os dias se moverão tão lentamente quanto uma preguiça.
O céu perderá o seu azul belo e dará espaço ao cinza.
A vida se tornará menos esplêndida de viver.
Talvez o amor seja como um morto-vivo, mas no momento tudo está morto.
Depois terá espaço para a vida de novo.
Dias de sol ou dias de chuva
o seu dia sempre será iluminado
Para ser um anjo de luta...
Abençoado seja o seu dia
dia de festa, dia de alegria
Que mais uma primavera
você alcançou...
Parabéns pelo seu dia
e pela mulher que você se tornou!
Sei que por causa de tantas lutas
cicatrizes você acumulou...
A sua resistência como uma guerreira
foi Deus quem lhe abençou!
Amor completo
Sou a água que te rega, o sol que te amanhece, o fogo que insistindo em ser soco, te aquece.
Sou a estrela que aparece, o favo de mel que te derrete, e o doce, o doce na boca que o seu delírio apetece.
No final da tarde sou sopro, vento que acalenta, abraço que estremece.
No fim do dia, sou negrume, o mais belo dos perfumes, seu desejo reconhece.
Que seja tudo para ti, o que teu corpo implora e pede, seja fogo e também água, que enternece e te deságua, na mais bela namorada.
O esperançar do sol, em nossas vidas, é como se estivéssemos a caminhar pelas quatro estações do ano, cada uma com sua peculiar coloração...
Todos nós esperamos o raiar do sol em nossas vidas, queremos, sempre, que o dia seja ensolarado, esperamos ser felizes...
Esperamos pelo sol, pois suas cores nos atraem, emanando alegria...
MARILINA Baccarat de Almeida Leão Escritora brasileira. No livro Esperando o Sol pg. 25
À noite, quando cai o sol, esqueço-me.
Esqueço quem sou, porque não me convém.
Esqueço o que tenho ao pensar no que vem.
Me choco ao futuro, e o futuro é mau.
De tão mau é novo, ao encará-lo chovo.
Uma chuva fina, de razões perdidas, de amores em falta.
De tristeza contida, de descrença em alta.
Perdido em alguém que já não conheço mais,
Pensando em tempo que ficou para trás.
E quando acaba a chuva, fica o vazio.
A ele me apego, de olhar cansado e inquieto.
Quente,
E frio.
Rodeio no Natal
Acordei antes do sol
raiar sobre o lindo
Médio Vale do Itajaí
e o badalar do sino
da nossa Igreja Matriz.
As ruas da cidade
estão vazias, as casas
e os corações cheios
de agradecimentos.
De braços dados
com a inspiração
escrevendo poemas
e sendo oração
também agradeço.
Morada abençoada
de belezas mil,
pedacinho de terra
do nosso amado Brasil.
Rodeio no Natal
mesmo nublada
com o Pico do Montanhão
encoberto é a criação
em festa e descanso.
Badala neste instante
o sino da Igreja Matriz,
a luz do dia se levanta
ainda mais radiante
e a fé que não se cansa.
Rodeio no Natal
eu celebro com o coral
dos pássaros a cantar
pedindo pela paz mundial.
Rodeio depois do Natal
Rodeio depois do Natal
o sol veio nos visitar,
O jardim do tempo
começou a se movimentar
trazendo as suas nuvens
de algodão escuro
no finalzinho da tarde
enfeitando o céu
do Médio Vale do Itajaí
para a noite chegar.
Agradecendo as dádivas
do céu e da vida,
Escrevo poesia para quem
sabe um dia te entregar
e a vir nos decifrar;
Com os celestiais cantos
dos pássaros deste
nosso Hemisfério Sul
tenho o privilégio
de ter como me inspirar.
Rodeio depois do Natal
com a percussão delicada
das folhas embaladas
pela brisa vespertina a refrescar,
Estou em meu silêncio austral
com uma intuição inabalável
serenamente a contemplar
a previsível rota que irá nos colocar na hora certa e no mesmo lugar.
Tempo
A lua guarda segredos
As estrelas saudades
O sol os medos
O dia as vontades
O caminho guarda lição
A menina o amor
A noite as lágrimas
O tempo a dor
O jardim guarda sentimentos
A estrada a coragem
O sonho a esperança
A vida a bagagem
Poema autoria de #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 27/12/2022 às 21:30 hrs
Manter créditos de autoria original _ Andrea Domingues
Simplesmente
Há uma luz, em meio a escuridão
Pode acreditar, a tempestade irá passar
O sol brilhará, o tempo passará
E dias melhores virão.
Vou devanear com a paz,
Alastrada por toda nação
Desejo ter bondade e nada mais,
Do fundo, do meu coração.
Simplesmente acredito,
Que tudo pode acontecer
Acredito no impossível,
Ele acontece, se a gente crer.
A vida é cheia de mistérios,
Um deles, é o viver
Hoje você pode, está apenas imaginando,
E amanhã, talvez, vendo
O que parecia impossível, acontecer!!!