Texto sobre Sol
MEUS PENSAMENTOS - Wanderley Lagreca
O POR DO SOL
Os raios solares desmaiavam no horizonte infindo.
Nuvens afogueadas, desconexas alinhavam-se, acomodando-se ao seu lado
No terminar de mais um preguiçoso fim de dia.
Bando de pássaros num multicolorido espetáculo deslizavam em vôos assimétricos emoldurando aquele pálido céu azul, em volteios mil.
Os montes verdejantes, e as fincadas árvores nas folhas esplendentes acompanhavam com seus olhos curiosos aquela vida natural.
Nossas vidas são também assim.
Uma jornada, um descanso, um prosseguir.
Os Sonhos, a Paz, a Esperança,
A espera, o Viver e o Reviver
Na busca do Amanhã, que se revigora num novo dia !
Por: Wanderley Lagreca
Fevereiro de 2014
A bela do mar
No céu azul infinito
O sol saiu radiante
O mar verde deslumbrante
Querendo anunciar
Aquela mulher sedutora
Tão linda, tão graciosa
Flutuava terna e garbosa
Na areia branca do mar
Seria encantamento?
Seria uma miragem?
Olhar aquela paisagem
Que não sai do meu pensar
Ó deusa linda da praia
Te ver de novo eu queria
E reviver a magia
Na areia branca do mar
PRA VOCÊ TER CERTEZA
Sabe o sol? Então quero que todos os dias quando ele nascer seja como prova que eu ainda amo você, e se o sol não aparecer, então a noite as estrelas irão as mesmas coisas te dizer, sim as estrelas também serão a prova de que ainda amo você e se elas também resolverem se esconder, então meu amor olhe pra baixo, a terra será testemunha do que estou a dizer, sim minha princesinha os astros serão o marco que te lembraram do meu amor por você.
E pra você não esquecer, lembre-se que em seu dedo estará a prova que vai te convencer, a aliança que fizemos, a qual vamos cumprir até morrer, no fim o que quero te dizer, te amo muito, muito mesmo, não pense que não vou amar você.
❤️❤️
20/02/18
Soneto Ao sorriso
Olho o sorriso esplendoroso
Teus olhos lindos de sol infindo
Como uma luz, vão espargindo
Por ser tão poderoso
E em teu regaço amoroso
Nosso amor vai fluindo
E de você eu vou fruindo
Me acalentando, dormindo
Amor meu, doce amor do meu coração
Nunca vi tamanha perfeição em teus traços
Que afeta a minha fala, e até minha respiração
E mesmo que eu esteja morrendo, caido, em pedaços
Por alguém que me dê, tanta inspiração
Se for pra morrer de amor, que seja nos teus braços
DO PLANALTO
Ó horizonte além do olhar atento
Onde agacha o sol na tua entranha
Escondendo o dia a teu contento
Rajando de rubro o céu que assanha
Chão de encostas e poeirado arbusto
Tal qual a composição de um verso tosco
És dos pedregulhos e riachos vetusto
De robusto negalho (cristal) luzido e fosco
Daqui se vê o céu com mais estrelas
Que poetam poemas que a ilusão cria
Debruçadas com a emoção nas janelas
De contos e "causos" que pela noite fia
Eu sou cerrado e sua rude serenidade
Eu sou da terra, e a terra é para mim
Dum canto que não tem início, metade,
e nem fim.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
Por entre a sombra do bambuzal
Vazam os derradeiros raios de sol
O lago vai sombreando
Os pássaros recolhem-se
O dia se acaba de forma tranquila
Vento calmo de chuva que vem
Certamente, pelos clarões ao longe
Cheiro de umidade
Traz boas lembranças
De quando se era criança
Pingos no teto
Canção de ninar
Acalma a alma
Facilita respirar
Abrigado então
Fecho os meus olhos
Vejo as folhas, as flores
Acenando à criança
Que sorri ao passar
Responde o adeus
Retornando ao lar
Na face o sorriso
Mais sincero
Sorte a minha
Presenciar
"Meu olhar azul..."
O seu olhar azul como o céu
É claro como a água ao sol
E se o sol mudasse para mais belo,
Pensar com quem anda a sentir com quem olha.
-
Na cara dos meus sentimentos
Eu fico confuso, perturbado, querendo perceber
A mão leve e quente da sua brisa
O que eu quero é flores e mais flores assim como você...
-
Para minha graças tenho olhos para de ver
A paz que sinto quando te vejo,
Que bate nas costas e me aquece...
Duvidas tenho até da verdade
Mas confio em meu amor.
No Recanto Abandonado
O sol ardido no meio da tarde pulsando sobre a cabeça despreocupada de quem anda pela secura do chão como se fosse um carneiro. Um caminho aleatório tomado em meio à grande planície vasta carente de vegetação, perdida entre serras e serrado, sob o céu azul sem nuvens estalando o capim marrom, que se mistura ao vermelho do chão qual o vento sopra poeira no horizonte camuflado pela distancia.
A boca seca, sedenta por um gole d'água, seca cada vez que o cigarro de palha é tragado insaciavelmente para dentro dos velhos pulmões batidos dependurados entre as costelas salientes da esguia figura andante. Muito ao longe ouve-se o ar calmamente balançando a fantasmagórica dimensão de terras infindáveis que estendem-se preguiçosas por quilômetros trazendo o som de alguns insetos perdidos e pássaros solitários á caçá-los.
Embriaga-se de espaço, de tempo e altas temperaturas. Cambalea-se pisando sobre as pedras soltas, esqueletos de outras terras, outros tempos. Vê turvamente uma sombra dançando à frente, uma pequena árvore avulsa tomando o eterno banho de sol do verão sem fim no mundo esquecido onde ninguém vai. Sentindo-se convidado a sentar-se à sombra, automaticamente tira mais um pouco de fumo e vai enrolando mais um longo palheiro, que é apetitosamente devorado em seguida.
Junto ao estreito tronco, sentado, magro, fumegando um rastro de fumaça aos céus, pensa que é capim, enraizado no solo árido onde nem rastos vingam. Como toda rara vegetação do lugar, deseja água, olha para o céu e não consegue ver nem uma nuvem, fecha os olhos e tenta apalpar as profundezas do chão, estica suas raízes até onde consegue alcançar, mas nada encontra. Torna a olhar para o céu, e fita a vastidão azul tão infinita e inacessível quanto a terra estendida ao longo das distancias incontáveis deste lugar nenhum.
O entardecer vai esfriando e entristecendo o coração de mato do pobre sujeito que adormece em meio a ventania que sopra areia sobre suas pernas como se fosse o coveiro dos sertões misturando-o, transformando-o em rocha, levando o pó de sua existência a se espalhar para além de onde se possa juntar. Adormecido, não vê a noite seca chegando aos poucos, matizando o céu profundo que se escurece atrás das cortinas de poeira.
Sonhando tão profundamente quanto suas raízes de capoeira, entra em contato com o pequeno grupo de plantas ao seu redor, aos poucos sintonizam-se e passam a relembrar das chuvas passadas, do alvorecer umedecido, do frescor da noite, das flores e dos pássaros. Logo protestam contra o clima, pois engolem seco o passar dos dias ouvindo chover nas serras ao horizonte na espera de que o vento traga algumas gotas, e morrem aos poucos pelo castigo da insensibilidade da natureza com aquele vasto recanto abandonado.
Passado algumas horas da madrugada tal manifestação foi surtindo efeito, os ventos cada vez mais fortes vieram varrendo ilusões das esquecidas planícies enquanto as nuvens relampiosas jorravam feches de luz escondendo toda escuridão embaixo dos pedregulhos. Em poucos minutos a água desabava ferozmente contra o chão fazendo levantar a poeira que era lançada pelos ventos em redemoinhos dançantes num espetáculo que aos poucos tornava-se medonho. Apavorado o homem desperta com os olhos esbugalhados, cheios de areia, e num pulo deixa de ser capim e passa a ser folha, flutuando pela tempestade, esperando pousar sobre um lago, se o acaso lhe desse esse prazer. Era a última coisa que desejava, para descansar em paz no fundo da água, tornando-se barro, alga, limo esquecimento.
Tarde
Tarde triste, ar seco,
céu incolor.
Olho as nuvens, até o sol
parece sem brilho,
sem calor.
Não sei o que aconteceu
assim o dia amanheceu.
Em breve a noite chega,
só não chega um recado teu.
A linha do horizonte,
é a linha do nosso amor,
duas paralelas são.
Uma divide o céu da terra,
a outra divide o nosso coração.
Paralelas, que só no infinito
se encontrarão.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da UBE
Quantos por de sol vivenciastes?
Quantos mais pretendeis?
Eu?
Nunca os contei e sei que jamais os contarei...
Prefiro desfruta-los,
Quanto aos nascer do mesmo?
Estes sim, ajoelho-me diante de todos que até hoje observei e vivenciei!
Incontáveis caminhadas dei à beira da praia sob o astro rei... Àqueles dias, sou-lhes grato e devoto-me a todos os vindouros.
Quanto mais vivo, mais grato fico.
Meu interior.
O galo vai pro poleiro
e o sol enfim descansa
a lua vira o ponteiro
e a escuridão avança
sem energia no canteiro
é pela luz do candeeiro
que eu enxergo a esperança.
Tem um povo acolhedor
onde a felicidade aflora
quando se planta amor
bem se colhe toda hora
quem nasce no interior
não tem tamanho de dor
que lhe faça ir embora.
Por aqui não tem maldade
povo humilde sim senhor
que sente a felicidade
até quando faz um favor
como é bom a tranquilidade
o amor e a amizade
que existe no interior.
Aqui a tarde passa lenta
o vento espanta o calor
na calçada a gente senta
para ver o sol se pôr
a paz ainda alimenta
o respeito que sustenta
a vida no interior.
O sol brilha forte no poente
Mas não cura a Terra doente
Ela grita:
-Porque essa correria, esse progresso? Não há razão. Eu fui criada para dar vida, encanto e emoção. Não me condene à poluição
-Reconheça-me como sua Mãe Terra
Pense com a cabeça, órgão do coração
-Eu nasci do Verbo, de uma explosão,
da idéia de Deus.
-Preserve-me como herança aos seus
-Que o meu apelo seja semente,
Que germina no teu ventre
QUEM ESTAVA COM VOCÊ
Hoje bateu uma saudade de você
Desde despontar do sol
Que revolucionou meu coração
E fiquei totalmente apaixonado
Quando te vi pela primeira vez
Fiquei louco de paixão
E meu corpo tremia de emoção
Quando o meu pensamento se dirige a você
Fico todo entusiasmado
A partir de encontro e reencontro
Que revigorar a minha vida
Cada momento que me lembro de você
ERRO DA LUA
A lua perdeu-se do céu
zanzou chorosa pela solidão
sem o sol, ficou pálida
não tinha mais a cor da prata
que pairava no seu coração.
A noite sem lua...
Só tinha escuros em suas sombras
o lobo, não urrava mais a sua dor
inebriado pela escuridão
sentia apenas o cheiro da sua flor
mas na visão...
Perdeu o tato, do seu grande amor.
Corujas sem rumo...
não via o trilho do seu revoar
em seus medos, ouvia apenas...
os batimentos dos seus corações
ficaram sem ventos, para planar
e perderam o timbre do cacarejar.
A noite com isso...
Ficou fria entristeceu, sem sua lua
chorou suas lagrimas de orvalhos
soprou ventos de medo nas ruas.
Que medo, que medo...
os silvos das serpentes
o choro na lata de lixo
os zumbidos das balas perdidas
que medo, que medo...
Que medo, dessa de gente.
Antonio Montes
CANÇÃO DO DESCABIDO AMOR
Você dá o tom, eu desafino amor
Você é o sol, eu sou dó
Nossa melodia, fez raiar o dia
Que tão logo se pôs
O meu coração é o teu jardim
Ele floresceu e secou
E de tanta melancolia, nasceu uma estrela guia
Que a noite se iluminou
Peguei o meu violão
Voltei para a boêmia
Cantei minha agonia, minha decepção
E agora eu vou seguir
A estrela que eu vi
Nascer só para mim, meu coração
E juro não voltar, a te desafinar
Você me deu o tom e eu te dou esta canção
Mas “se você disser que eu desafino amor”...
Para onde levou o sol?
Eu não sei mais Maria, o que fazer com estes dias que passam, mas nunca amanhecem.
É que eu estou sobrevivendo, mas não sinto mais intensidade e vitalidade, não sinto as gotas da chuva, e o sol para onde levou o sol?
Não me admiram, nem arrepiam-me mais as canções, tão débil parece o cheiro das flores agora, tão inconsistente o chão.
Seu corpo está distante do meu, abstenho-me então involuntariamente de amar qualquer coisa.
Perdi o juízo e as funções motoras, perdi a cabeça e a memória, não sei mais se seu nome é Maria ou felicidade, não sei mais o que fazer com esta saudade.
O POVO DO SERTÃO
Desanimado olha pra o céu esperando que vá chover
O Sol abre os olhos sem dó nem piedade
Não se compadece com tanta maldade
Dos bichos que vivem a sofrer...
É céu azul e lágrimas no chão
A água está se acabando
O homem fica implorando
Deus manda chuva pra esse sertão.
Aos poucos o verde que some
O povo já não sabe o que fazer
Se demorar pra chover
O gado morre de fome...
Adoro quando chove,
Odeio me molhar.
Sou fã do sol,
Detesto suar.
Corro na praia,
Não gosto de areia.
Adoro usar tênis,
Irrita-me usar meias.
Compro muitos livros,
Não gosto de ler.
Odeio engordar,
Adoro comer.
Sou assim mesmo,
Cheio de manias.
Adoro ser contraditório,
Toda noite durante o dia.
Quando o sol nasce negro; as cinzas dominam a razão. Da dor nasce uma flor amarga chamada experiência. Crescida, ela usa seus espinhos como proteção, onde antes era frágil, hoje é casca dura e sem cor.
Quando o sol nasce negro; o arco íris é invisível, toda arte se torna detalhe perante sua imponência, importância, relevância.
Seu corpo queima, chamas negras refletidas de seu próprio eu, somente você e o mundo. Pobre alma dança os sons do silêncio, pois quando o sol nasce negro, não há nada mais a se celebrar.
A noite está chegando ao fim.
O dia passou,
O sol se guardou,
A lua surgiu,
E meu rosto sorriu.,
Pois mesmo distante,
Em meio ao caos dançante,
Minha mente viaja
Naquele mesmo instante :
'Teus olhos eu vi
E meu ar perdi
Quando teus lábios encontrei.'
Minha mente viaja,
Naquele mesmo instante :
"Teu rosto toquei
E em meus lábios sorri,
Pois a simplicidade que vi,
Era o que queria para mim.".
Minha mente viaja,
Mesmo em meio a isso,
E com um bobo sorriso,
Finalizo o poema,
Com a esperança de ter
Novos instantes viver.