Texto Sobre Silêncio
Meu respeito e admiração pelos meus pacientes e demais pacientes! Meu silêncio por cada emoção sentida e palavras ditas. Meus ouvidos instrumento capazes de gravar e arquivar suas histórias narradas a cada encontro. ...
Meus olhos observam cada movimento gestual, analisando gentilmente seus pedidos e desejos de ir além. Desafiantes para si mesmos, distintos pela coragem em poder se olhar e se melhorar, lapidando-se, pouco a pouco, para assim permitirem-se perceber o seu libertamento de sua própria face, desnudada de personas e estereótipos. Limpos das misérias que os habitava, e que manchavam sua áurea, que agora, reluz sem vendas, no sinuoso turvo devaneio, gerando muralhas por seus monstros.
Algemar os medos parece uma boa pedida pela assertividade!
Eu gosto de ouvir o silêncio.
É nele que se se faz presente a voz de Deus.
Eu gosto de olhar para o céu,
A imensidão azul onde um dia vou morar.
Eu gosto de me deitar na areia ouvindo as ondas vindas do mar,
Gosto do cheiro das gotas de chuva que caem como numa sinfonia regida por aquEle que um dia me criou,
Gosto do som de cada nota dedilhada ao violão,
Mesmo que desafinado, parecendo sem sentido, expressa o que sinto numa canção,
Gosto de cada palavra escrita a mão, rascunhos em lápis ou caneta, mesmo que depois se transformem em papeis amassados no chão,
Gosto dos sonhos de olhos fechados, mesmo acordado achando que não.
Gosto de olhar da janela do oitavo andar, quando o sol se escondendo atras das montanhas faz o azul se alaranjar.
Gosto das mãos levantadas para que em Tua presença eu possa estar
Gosto da paz e da beleza de em Teus caminhos andar.
NOSTALGIA
Deito-me na solidão
Coração na mão
Desvario ansioso
Peito ferido
Silêncio sem sentido
Suspiro na contramão.
Não há outro lugar para ir
a não ser me assistir
de perto na caverna
vazia de mim.
Um grito sufocado doma
meus sentidos
e me faz refém .
E todos os cantos espelham
sobre meu corpo
o murmúrio
o cansaço
o desaprumo
o enredo nostálgico
de um amor puro
que um dia desenhei
Mas que por um destino atroz ...
Não vivi .
Sob espinhos adormeci .
Devolver uma ofensa é muito fácil...
Mas oferecer seu silêncio
é uma excelente maneira
do ofensor perceber que você
não tem intenção de revidar seu rancor...
Ele até poderá não compreender no momento
mas, sempre se lembrará
que você não responde ofensa com ofensa.
Cika Parolin
O silêncio grita poesia...
Da lugar a inquietação, a dúvida, ao desconhecido por traz da escuridão que olhos e ouvidos não sentem!
O silêncio é uma prece, mas também é cólera, é o sentimento mas misterioso... É o curioso!
Quando a silêncio a pensamento... Não saber o que o outro pensa... E por fim tentar adivinhar no imaginário que fatalmente findará nas hipóteses falhas e arrogantes de quem pensa saber sobre quem se olha no instante calado!
Poesia!
VINHO DOS AMANTES
O silêncio dos amantes
É um vinho do sabor a paixão
Mas a tolerância é o vinho dos fortes
A reação impulsiva é a embriaguez dos fracos
E a razão que me prende ao seu doce sabor
São os delírios envoltos num só querer
Talvez só quer que sejas tu só quer que seja eu
Vinho do sangue quente da paixão sentida
Mesmo assim pregada ao pecado da luxuria
Nesta cruz só nossa deste calvário distante
De onde emerge a luz da felicidade de quem aguarda
A mais linda história repleta de tantas surpresas
O silêncio é dos amantes deste néctar dos deuses
Sempre tolerante entre os fortes e fracos amantes ou não.
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Cais, às vezes, afundas
em teu fosso de silêncio,
em teu abismo de orgulhosa cólera,
e mal consegues
voltar, trazendo restos
do que achaste
pelas profunduras da tua existência.
Meu amor, o que encontras
em teu poço fechado?
Algas, pântanos, rochas?
O que vês, de olhos cegos,
rancorosa e ferida?
Não acharás, amor,
no poço em que cais
o que na altura guardo para ti:
um ramo de jasmins todo orvalhado,
um beijo mais profundo que esse abismo.
As vezes
No silêncio da noite
Quando fico sozinho
Só lembro de você
Sim, de vc mesmo
Qd eu olha pra você vejo algo diferente
Eu sinto algo diferente
Sinto que você é especial
Sei lá o que é isso
Mas não dá pra explicar
É uma coisa única
E toda vez que te olho
Me perco nos seu olhos
E me enrolo no teu sorriso
Mas fico com medo
Medo de me apaixonar
E de você ser como as outras
Não ligar pra mim
Me desprezar
Me esquecer
Sinto o receio de você não ser a pessoa certa
Mas acho que não estou enganado
Acho que é realmente você
E é só você
Não consigo pensar em mais nada
Apenas em ti❤
¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤ curvas de um sentimento.¤¤¤¤¤¤¤
O silencio sufocou as palavras,
O sentimento foi quase um instante.
A vida ensinou o que precisava,
E assim como uma nada, nada bastou.
Sentimento perdido esqueceu do que foi.
Caminhos de beijo, jornada sem paixão,
atalhos que contornam o coração.
DEMÊNCIA SENIL (soneto)
Nos fios brancos do silêncio, a quietude
Nubladas recordações, escura solidão
Horas lentas no tempo, e vazia emoção
Que tateiam o que outrora foi plenitude
E nesta distância do devaneio e o são
O mesmo mutando numa outra atitude
Tremulando o olhar numa lacuna rude
Sorrindo sem riso e andando sem chão
E no papel sem margem, a negrutude
Que esgaça a ilusão sem dar demão
Onde tudo é vagar e pouca amplitude
Assim, neste empuxo sem ter tração
Se não reconheço, sabes do que pude
Então, assiste este sóbrio senil coração
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano
À meu velho pai
Em silencio.. no meu quarto..
Alma desalmada...
Inconformado..
Eu rezo.. eu choro.. imploro..
Sua volta...
Sera que e isso que eu mereco?
Desprezo... silencio..
Tudo era tao perfeito...
Ahhhh como me roubam por dentro..
Nem cantando essa cancao eu me alegro..
Pois me falta tudo.. me falta vc..
E tao estranho ... e tudo tao estranho..
Num dia tenho o mundo..
No outro me falta tudo..
Sem chao.. sem vc ..
E eu fecho meus olhos..
Vejo nos dois nos amando..
Sinto o calor do teu corpo..
Teu cheiro ainda esta aqui..
Como pode? Vida injusta ....
Me tirar assim de vc..
Eu respiro.. eu tento..
Compreender.. mas nao compreendo..
Sem chao.. sem vc..
E como me sinto...
Alma de mulher...
Tenho alma imensa... gigante
Feita de medo e coragem
De silêncio, amarras e voz
Amarras em laços, não em nós
Colorida, perfumada, bem cuidada
Dessas que sorri por bobagens
Que faz coro até pr'um bom desaforo
Que adora cartões, flores e mensagens
Minha alma caminha, salta, dança
É inquietantemente quieta
Mas só quando a noite parte
De dia, é quente... às vezes fria
É dada aos avessos e aos contras
Mas concorda com o que é certo
Tem hora que sai... vai embora
Mas não passa da porta e corre de volta
Minha alma nada entende
Além de ser só alma
Tá de bom tamanho assim
Porque quando ama, ama em mim
Só queria alguém que me entendesse
Alguém que me abraçasse em silêncio
Palavras não são nescesárias
Só queria gente verdadeira
E um abraço sincero
Queria uma vez na vida
Ter REALMENTE alguém ao meu lado
E não precisar mais dar sorrisos sem vida
Pois o mundo, o mundo na verdade, pertence aos falsos...
Brincadeiras, risadas e piadas deram lugar ao silêncio mórbido de uma sala de estar ainda cheia e ao mesmo tempo tão vazia, interrompido por barulhos frenéticos de dedos em telas, para fugir da realidade que os envolvem; enquanto moscas batem insistentemente no vidro em uma tentativa frustrada de se libertar.
Acentos de sofás que antes eram reservados aos mais velhos passaram a ser posse das crianças inquietas vidradas na tecnologia, que começaram então a viver em função ilimitada do vício que são cedidos sem pensar para ter um pouco de tranquilidade.
Para os adultos e jovens, inúmeros retratos entre os que estão presentes e o alimento que muitas vezes não é ingerido, apenas um acessório da mesa farta para um álbum mais farto ainda. Nenhuma troca de palavras apenas sorrisos forçados. Uma tentativa iludida de demonstrar para quem não se importa, o quão feliz é.
A comunicação em si é escassa, embora hajam tantas formas de se comunicar; a expressão é livre, desde que fira os princípios alheios e não os seus. Defecam pelos dedos com tamanha facilidade, que não deixam a dúvida da estupidez que um cérebro é capaz de abrigar, a antipatia é cultivada com eficiência, cada semente da discórdia é plantada e regada todos os dias. Como cães pequenos que aparentam ser corajosos atrás das grades, por trás da máquina, humanos praticam o mesmo.
As características da face que será demonstrada para o número extenso de "amizades" são selecionadas com cautela. Embora quem a veja saiba como as coisas são de fato, um conto de fadas solitário.
Mais uma dose
Embriagado no silêncio da noite, me pego viajando em turvos pensamentos sobre a raça humana, e tragicamente começo a sentir que já estou ficando sóbrio.
Dizem que sou louco, mas meu único medo é acordar e notar que sou normal como eles dizem ser.
Se for o caso, permita-me continuar vivendo em meio a minha doce loucura, não faço parte da sua gama de hipócritas normais.
Controversas
NOCAUTE
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Eram gritos demais pra pouco eco;
meu silêncio chegou a ficar rouco;
fui um louco incurável por você,
pela minha insistência em ficar são...
Foi usura sem bens, nenhum valor,
porque sempre sonhei lhe ter do nada,
sem falar desse amor trancafiado
no meu medo; na minha timidez...
Muita espera pra nenhuma procura,
tanta era e nenhuma ocasião
pro desvão dos meus olhos inibidos...
Deveria ter dado som aos gritos,
corpo ao mito, equilíbrio ao coração
que bateu até ser nocauteado...
"Observa em derredor de ti e reconhecerás onde, como e quando Deus te chama em silêncio a colaborar com Ele, seja no desenvolvimento das boas obras, na sustentação da paciência, na intervenção caridosa em assuntos inquietantes para que o mal não interrompa a construção do bem, na palavra iluminativa ou na seara do conhecimento superior, habitualmente ameaçada pelo assalto das trevas.
Sem dúvida, em lugar algum e em tempo algum, nada conseguiremos, na essência, planejar, organizar, conduzir, instituir ou fazer sem Deus; no entanto, em atividade alguma, não nos é lícito olvidar que Deus igualmente espera por nós."
SILÊNCIO RASGADO
Rasga-me o meu silêncio
Num profundo corte
De inquietação na alma
E me penitencio na dor
Que enrolada me devora
Neste soneto doloroso
De um mar cheio de lágrimas
Na solidão de tanto silêncio
Rasga-me o peito, fere-me a alma
É o silêncio que doí, que corroí
De tantos sentimentos escondidos
Perdidos, achados, esquecidos
Não, não quero sentir a escuridão
Quero apenas sentir-me no silêncio
Para tomar conta de mim em ti amor.
❤*•.¸.•*♡*•.¸.•*❤❤*•.¸.•*♡*•.¸.•*❤
Mais uma noite sem conseguir dormir.
O silêncio grita...
(...) então choro.
Choro por mim, choro por você, choro por nós...
Choro porque lembranças vieram me visitar...
Choro porque a dor está aqui, machucando, dilacerando.
E finalmente quando amanhece...
O dia me encontra no chão...
Mas Deus de uma maneira linda me resgata...
Então adormeço nos braços do Pai!
Dentro de nosso silêncio elaboramos
o que de melhor em nós existe.
O tempo passou e saímos do casulo,
e com persistência rompemos a barreira
que nos separava de tudo e de todos.
Cada qual com seu colorido peculiar,
e sinais de tempos difíceis enfeitando
nossas asas.
E no voar suave e delicado trouxemos
as cores aos jardins, matas, cidades,
lares e até em cavernas escuras; onde
seus habitantes recusam o adentrar da
luz.
E no refletir do sol sobre nós reluzimos
cores que desconhecem.
É no transformar resignado que tudo
muda de verdade, pode até doer, mas
depois de mudança nada será como
antes.
Chega de cinza, preto e branco; tente
ser a borboleta de sua vida e certamente
as cores lhe mostrarão o melhor da vida.