Texto Sobre Silêncio
(D)ENTRO DO SILÊNCIO
Foi o silêncio quem abriu a porta
Era um silêncio
com muita melodia lá dentro
Apetecia entrar nele,
semear afetos,
pendurar sorrisos
em linhas horizontais
abraçar detalhes
despir ruídos, perder-me
nas notas musicais
Apetecia correr, alar sem fim,
viver dentro daquele silêncio,
sentir a sinfonia estelar
o som do Universo
na voz do vento,
guardar o tempo dentro de mim
És uma mulher interessante,
uma rica poesia,
cada trecho de ti é relevante,
então, triste daqueles
que não te apreciam atentamente,
por não saberem ler nas entrelinhas,
por ficarem presos àquilo
que lhes é explícito
como a magnitude da tua beleza
e as palavras que saem da tua boca carnuda,
não percebem que, muitas vezes,
falas com a alma pela expressão
dos teus lindos olhos, que nem sempre brilham de felicidade, tendo em vista que há momentos que estão brilhantes
por causa de lágrimas que foram derramadas ou têm o brilho ofuscado por uma noite mal dormida,
o teu silêncio demorado
também tem muito a dizer,
pode ser teu espírito dizendo
que está cansado,
quando o teu sofrer fica contido,
mas o teu íntimo está agitado.
Claro que não sou melhor do que eles
e, talvez, eu esteja equivocado,
pois é provável que eu também
não consiga compreender todos os teus significados,
entretanto, percebo que o teu sorriso sincero é muito precioso,
sendo assim, nem todos são dignos
por não estarem dispostos,
assim, o pouco que eu conseguir,
já terá valido o meu esforço.
Ôh, vida tão efêmera quanto expressiva, feita de suspiros, palavras, silêncio,
encontros e despedidas,
desapegos, afetos, desagrados,
atos impulsivos, calculados,
falsos e verdadeiros,
então, mesmo que não acompanhe
o ritmo do tempo, não pára um minuto sequer, está em constante movimento,
por isso que o viver deve ser intenso e contínuo, do contrário, será desperdiçado e a vida perderá seu sentido.
"Nada me perturba,
O silêncio que rasga meu peito
Em pura oração,
Se transforma em grito
De desespero e louvor
Ao meu Deus!
E Ele estende Suas mãos sobre mim,
Seus braços me abraçam num amor
Incondicional,
Sem limites,
Sem fronteiras...
Porque o Deus que há em mim
Transporta montanhas!"
Quando a noite chega e o dia termina… vão adormecendo as esperanças, silenciando os sonhos, acalmando os passos…
➖As vozes se tornam calmas e serenas, tranquila e mansa; os menores ruídos se fazem ouvir;
➖Cada toque, cada ruído se torna melodia para acalmar qualquer coração…
➖Permita que Deus te acompanhe, embale seu sono, deixe que silenciosamente você vá desaparecendo para a noite te recuperar para um novo dia!
➖Sim! É a noite que reconecta todas as emoções e permite que o novo dia seja de vitórias e conquistas, cada um seguindo seu caminhar e caminhando com Deus!
Eu te desejo Boa Noite!
Frases são apenas frases.
Criadas por fases.
Atitudes são feitas, por isso não tem nada melhor do que relembrar em frases.
O que não é dito pode ser escrito.
Mas nem tudo na vida tem um veredito.
Calar é como navegar.
O mar parece não ter fim.
Mas você sempre chega em algum lugar.
Ou ele te leva, ou você conduz seu destino.
A escolha é sempre sua❣
ღ✫ღ✯♪
Negar a lei natural não adianta,
Pois mais você falará, falará, sem fim,
Então fale, seja voz exultante,
Alto, forte, no vazio não, só no sim.
Como ondas na praia, quebrando com arte,
Palavras trazem sorte, ecoam na mente,
Alcançar quem ouve, tocar a parte,
Do coração, da alma, eternamente.
Pouco ou muito, não deixe no vácuo,
No silêncio, que a mensagem não cale,
Na busca de conexão, deixe fluir o suave,
Fale, sempre fale, pois tua voz é seu aval.
Poesia do silêncio
Psiu, cale-se.
Não exponha ao tempo os teus rompantes, vaidades, tristezas ou qualquer coisa que faça a tua lágrima sangrar em olhos inchados.
Não esqueça de guardar para ti a desilusão, nem tampouco faça dela a morada constante.
Já é dia. O sol nasceu de novo.
As flores trazem as gotículas da madrugada, e ao meio dia, já não mais existindo, sufocam-se de calor pedindo água.
O tempo passa, a cidade grita, e na alma turbilhões de pensamentos loucos ensurdecem a razão, florescendo a angústia dos tempos de agora.
Não há o que fazer, a não ser calar-se. Moer-se; viver como se o Oz fosse aqui.
Chegada a noite, arrefece-se a rotina, e o grilo inquieto é a sinfonia divina.
O silêncio perdura, antes dentro e solitário na alma, agora, por todo canto.
“O poeta escreve pra si.
Foi assim que compus meus silêncios.
Na letra exponho meus estados.
Lá não tenho armaduras.
Não tenho pele.
Tudo que me toca, toca no osso.
Tudo é letal.
Quem me lê, vê que oscilo do incrivelmente feliz para o dramaticamente melancólico.
Sinto, e muito!
Viver, para mim, está intrinsecamente ligado ao sentir.
Quem não sente, não pode estar realmente vivo.
Noto que habito numa terra povoada por zumbis.”
Quantas horas alguém leva para ser expert num assunto?
Foram milhares as horas que dediquei ao meu silêncio.
Hoje é a língua que possuo maior fluência.
Descobri que quando a boca cala outros sentidos se sobressaem.
Os olhos começam a traduzir os lábios,
o olfato passa a beijar o tato,
os ouvidos leem a voz.
Foi assim que fiz poesia meus sentidos.
Versos tecidos no silêncio
Quantas horas leva alguém para se tornar expert em um assunto?
Foram milhares as horas que dediquei ao meu silêncio.
Hoje, é a língua na qual possuo maior fluência.
Aprendi a escutar o tempo,
a respirar o compasso de cada segundo.
Ao respeitar sua dança, percebi:
o silêncio não é ausência,
mas uma fonte infinita de compreensão.
No silêncio, as palavras ganham novos contornos,
como se cada sílaba fosse esculpida pela quietude.
A ausência de som cria melodias invisíveis,
e os sentimentos nascem, livres,
sem a limitação da fala.
Uma sinfonia espacial.
Descobri que, quando a boca cala,
outros sentidos florescem.
Os olhos traduzem o que os lábios calam,
o olfato beija o tato,
e os ouvidos, ah, eles leem o murmúrio do mundo.
Na quietude, encontrei a língua do sentir.
Foi assim que fiz poesias com meus sentidos.
Com Suor e Com Silêncio
(Letra inspirada em "Com Açúcar, Com Afeto" de Chico Buarque)
Aguentei o peso do mundo,
pra te dar leveza e paz.
Qual o quê
Teus olhares me diziam
Que eu valia o que eu tinha
E o amor ficou de lado
Eu lutei pra ser escolhido
Pra ser abrigo, ser porto, ser chão
Qual o quê
Teu desejo era aventura
E eu, na minha loucura
Te esperei de coração
(Refrão)
Mas tu voltas, já cansada
Com histórias na mão
E promessas amassadas
Eu, que aprendi a ser forte
Te abraço em corte
Sem nada dizer
Te escuto, mesmo sabendo
Que sou só tua opção
Que sou tua última escolha
Eu, que sonhei ser teu homem
Te amo em dores
Mas sem você
Eu vesti os fardos do mundo
Trabalhei dobrado, paguei cada conta
E no fim do mês sou cobra
Se me atraso numa sobra
E não tenho quem me afronta
Eu chorei sem ter quem visse
Sem colo, sem verso, sem força, sem ar
Qual o quê
Pois tristeza de homem é muda
Só se escuta quando é culpa
Ou quando é hora de pagar
(Refrão)
Mas tu voltas, já cansada
Com histórias na mão
E promessas amassadas
Eu, que aprendi a ser forte
Te abraço em corte
Sem nada dizer
Te escuto, mesmo sabendo
Que sou só tua opção
Que sou tua última escolha
Qual o quê
Eu, que sonhei ser teu homem
Te amo em dores
Mas sem você
Era uma vez um homem que amava uma mulher... e o sorriso dela era um mistério ao qual ele desejava dedicar toda a sua vida desvendando. Cada curva daquele riso iluminava sua alma, como se o universo o convocasse a eternamente buscar essa resposta doce e infinita.
Mas o tempo, com seus desentendimentos e desencontros, os separou. Ainda assim, ele manteve sua promessa, gravada nas linhas do seu peito. Possuiu outros corpos, é verdade — breves respiros de uma ausência que nunca se curava — mas jamais os amou. Seu coração, teimoso e fiel, permanecia ancorado naquele amor primeiro, que nem a distância dos anos conseguia apagar. Amar aquela mulher não era uma escolha, mas um destino que o tempo não soube desviar.
Eu insisto em te ver, porquê, meus olhos não mentem como a minha fala.
Eu insisto em te ver, porquê, o sorriso, da alegria em te ver, irão te falar sem palavras tudo aquilo que deverás sinto por você.
Eu insisto em te ver, porquê, o teu silêncio está ferindo a minha alma e quem sabe teu sorriso, tua fala me acalente.
Eu insisto em te ver, porquê, nosso tempo está acabando a ferida não fecha.
O amor está nos detalhes
Não é sobre palavras grandiosas, juras eternas ou gestos cinematográficos. O amor está no jeito que você segura minha mão sem perceber, no seu sorriso sincero quando conto algo bobo, no silêncio confortável que só existe entre nós. O amor nunca precisou de palco, apenas de verdade.
Eu escrevo, mas as palavras parecem mais pesadas do que eu esperava. Cada uma delas carrega um fardo que eu não consigo carregar sozinho. Tento organizar tudo o que sinto dentro de mim, mas elas se entrelaçam, se confundem, se distorcem. A cada frase, uma dor, uma angústia que me acompanha sem pedir licença, e o medo de ser mal interpretado me consome. Eu tentei falar, tentei explicar, mas parece que o mundo só consegue enxergar a fragilidade de um ser humano quando ele está caído, já exausto de lutar.
Talvez o meu maior erro tenha sido acreditar que alguém poderia entender. Porque, a cada palavra que eu entreguei, fui tratado como se fosse fraco. Meu ponto fraco foi justamente a tentativa de ser entendido. Mas ninguém viu o quanto essa tentativa me destruiu por dentro. Cada conversa que tentei, cada expressão de dor que revelei, me distanciou ainda mais de quem eu sou. Agora, resta apenas o vazio de um coração que se fechou, com medo de mais uma ferida.
Escrevo porque é tudo o que me resta. Não posso mais falar, porque as palavras já foram mal interpretadas demais. Não posso mais expor meus sentimentos, porque já não sou mais visto como alguém que sente, mas como alguém que só se lamenta. O silêncio se tornou o meu único refúgio, mas mesmo ele não é suficiente para curar a dor. Sinto-me só, mais só do que nunca, e talvez, quem sabe, em algum momento, alguém encontre esses pedaços de mim que restaram em um bloco de notas, e entenda tudo o que eu fui e não pude ser.
E, no fundo, é isso que me assusta. Talvez, quando me encontrarem, será tarde demais. Talvez, quando virem minhas palavras, já não haja mais nada para ser dito, porque eu terei me perdido entre elas. Isso me dilacera, mas é o preço que se paga por tentar sentir demais em um mundo que não sabe mais como ouvir.
Que a tua Alma dê ouvidos a todo o grito de dor como a flor de lótus abre o seu seio para beber o sol matutino.
Que o sol feroz não seque uma única lágrima de dor antes que a tenhas limpado dos olhos de quem sofre.
Que cada lágrima humana escaldante caia no teu coração e aí fique; nem nunca a tires enquanto durar a dor que a produziu.
Estas lágrimas, ó tu de coração tão compassivo, são os rios que irrigam os campos da caridade imortal. É neste terreno que cresce a flor noturna de Buda, mais difícil de achar, mais rara de ver, do que a flor da árvore Vogay. É a semente da libertação do renascer.
Te Amo Em Silêncio (poema)
Eu escolhi te amar em silêncio
Porque no silêncio não encontro seu desprezo,
Onde minhas palavras não se perdem ao vento
E meu coração encontra um pouco de alento.
No silêncio, meus sentimentos são inteiros,
Não há rejeição, apenas um sonho verdadeiro.
É na quietude que a alma se revela,
Sem medo, sem pressa, pura e bela.
Amo-te em segredo, como as estrelas amam a noite,
Sem promessas, sem espera, apenas um açoite
De emoção que pulsa em cada batida,
Num amor que vive, ainda que escondida.
Silenciosamente, guardo teu sorriso,
Nas memórias que cultivo com cuidado e juízo.
E assim, te amar em silêncio é minha escolha,
Pois no silêncio, o amor nunca se esvai, nunca se escoa.
Casulo do Silêncio
O silêncio da madrugada,
avassalador,
me leva a reflexões
sobre a beleza da vida.
O tempo se esvai,
tenro e belo,
enquanto a solidão
convida à contemplação.
Meus pensamentos viajam,
cruzando eras,
deixando marcas indeléveis,
sintomas de ternura,
resquícios de um dever
cumprido com zelo.
Na excelência do existir,
desperta o anseio
de abandonar o mundo das maravilhas
e aventurar-se em dimensões infinitas,
misteriosas e imprevisíveis,
onde a vida eterna habita.
O Olhar do Mundo
Não, não é fácil ser lido.
O mundo vê-me passar
e já decidiu quem sou
antes que eu tenha dado um passo.
Se fico, sou pedra imóvel.
Se ando, sou vento sem raiz.
Se espero, sou indeciso.
Se escolho, sou rígido.
As sombras que se movem nos muros
não são minhas,
mas o mundo insiste em vê-las em mim.
Os gestos que lanço no tempo
mudam de forma ao tocar outros olhos.
E assim me perco nos reflexos,
na dobra das interpretações,
na lente de quem vê o que já esperava ver.
Mas talvez valha a pena seguir,
deixar que o dia corra o seu curso,
que a poeira assente,
que o próprio mundo reveja o que viu
e, quem sabe, um dia entenda.