Texto Sobre Silêncio
Finais Silenciosos.
A chama do meu espírito já não queima como antes.
A escuridão fria e cortante se apoderou dos campos mais iluminados.
O desespero gritante penetra mais fundo a cada dia.
A semente do desalento germina em meio ao caos.
Uma profunda e pesada tristeza reina.
Minha tempestade em sua silenciosa fúria, faz-me ter a certeza de um fim sem glória.
Ao longe se ver raios, mas não se ouve trovões, desperdício energético em espaço temporal.
Uma fúria tempestuosa necessita de barulho.
Onde foram parar os trovões ruidosos de outrora?
Uma tempestade silenciosa é o grito da alma.
Que o martelo bata e anuncie o fim de um ciclo de fins!
Anseio por outras terras.
Se a sorte me sorrir, que eu acorde lúcido em outro plano.
Começando um novo ciclo de futuros fins.
- PauloHSSantana -
Aos olhos da Lua
No olhar paralisado, uma esfera gigante brilha iluminando a noite,
o silêncio e a solidão se abraçam e choram,
madrugada a dentro a Lua cheia insiste em mudar de posição,
depois de mais um respiro profundo e a ultima lágrima, vêm o alivio,
o silêncio continua, o olhar é fixo no encantamento enluarado,
o passado ruim passou é tempo de renovação.
O SILÊNCIO DIZ TANTO
Meu Presente se abre em silêncio,
de pretéritos irresgatáveis.
A vida superposta em camadas,
recheada de sonhos desfeitos,
com seus encantos e desencantos,
entre as alegrias e tristezas.
Quando maceradas se fundem
num riso triste ( transparência? )
Cada despedida - uma ferida...
olhar resignado - farpas n` alma...
Sob a força de uma dor oculta,
quando nem a lua é testemunha,
enquanto o silêncio diz tanto,
com seus gestos lentos, sem vigor,
( instigante ), abre a janela d`alma.
Sem as rimas rígidas nos versos,
um poema brilha na vidraça,
escorre com suavidade
igual a um orvalho matizado.
QUANDO OS PROFETAS SE CALAM...
Quando os profetas se calam a terra geme;
Quando os profetas se calam o povo se corrompe;
Quando os profetas se calam as pedras clamam;
O silêncio dos profetas jamais poderá emudecer a voz da profecia. Enquanto houver o remanescente fiel na terra, haverá testemunhas da verdade até os confins do mundo.
JESUS NÃO PERDE TEMPO COM NADA
... MAS Jesus não responde a quem não ouve a sua voz
Os quatro versículos a seguir são a resposta silenciosa de Jesus, introduzidos cada um por uma conjunção adversativa, ou seja, refletindo o sentido de oposição àqueles que o acusavam injustamente porque ele sabia o que havia naqueles corações pérfidos.
“Mas Jesus ficou calado e não respondeu nada”(Mc 14:61).
“Porém ele nada respondia” (Mc 15:3).
“Mas Jesus nada mais respondeu” (Mc 15:5).
“Mas Jesus não lhe deu resposta” (Jo 19:9).
De nada adiantaria Jesus responder àqueles homens, pois eles já tinham premeditado tudo para providenciar a sua condenação; qualquer resposta que Jesus desse, não faria nenhuma diferença para eles.
Sabendo que as perguntas que faziam eram apenas por mera questão de formalidade, dolosamente, sem nenhuma intenção de o absolver, Jesus jamais compactuaria com seus atos de injustiça.
Quem não é da verdade não quer ouvir a voz de Jesus. Por isso, Jesus nunca deu pérolas a porcos e nos ensinou a fazer o mesmo (Mt 7:6) visto que pisam nas suas palavras e depois o atacam e o despedaçam. Portanto, não adianta falar a verdade de Jesus para quem não quer ouvir. É mera perda de tempo com a “casa rebelde”.
Mas, Porém, Todavia, Contudo, Entretanto, No entanto, Não obstante,
“Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz” (Jo 18:37d).
Uma pergunta que merece resposta:
— Quem é da verdade?
— Jesus o sabe!!!
Silêncio amigo.
Inebriante silêncio,
Silêncio saliente que mexe com meu íntimo,
Certos momentos dos meus dias
Apenas você tem a senha e a chave,
Criptografia de última geração,
Feito brasa queima adentro sem eu perceber,
Tão eficaz,
Que as vezes fico até com saudades quando não está comigo,
Delírioa que me fazem fechar a boca,
Perturbação que me deixa mudo,
Amigo meu nas piores tribulações,
És mesmo absoluto,
Aperta-me o peito machucado,
Trazendo-me a cura,
Único que tem o total acesso em minh'alma,
Único que é capaz de me dar paz,
Silêncio que ilumina,
Silêncio que determina,
Silêncio que não pede licença e se sente dono de mim,
Uma brisa que afaga,
Um sentido que abranda minhas veias,
Elas dilatam e retraem em milésimos de segundos ao mesmo tempo,
Silêncio parceiro,
Sem pedido meu,
Quando abro meus olhos,
Já dominou esse Poeta que é todo seu....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Silêncios inexprimíveis
Eu escrevi silêncios inexprimíveis...
eu gritei, te sacudi, tua cabeça bati...
tudo isso só por amor a ti.
Tu te fizeste silêncio
e não me ouviste,
minha dor não sentiste
e partiste...
e me partiste.
Onde andas tu
hoje em dia?
O silêncio ainda é tua companhia?
Os gritos ecoam
desde aquele dia...
Se tu nunca tivesses sido
eu ainda saberia o que um dia foi alegria?
Meu nome é solidão
Da mais pavorosa,
desde que nasci,
meio que em vão.
Cheguei sozinha,
tão mal-vinda
por entre escárnios
e desinteresses...
e muitas surras ainda.
Cresci sozinha sem guia,
falando apenas comigo.
desabafando em segredo
dor e medo - os conselheiros
da dor que me consumia!
Passei pela vida em silêncio
obrigada a calar a voz
para sobreviver
na vida passada a sós...
Em silêncio vivi
em solidão me recolho
olhando o nada em meu quarto,
quatro paredes sem nexo
jaula de uma animal doente
prisão de um inocente
sepulcro de quem não fez nada.
(Lori Damm)
BENDITO SEJA O SILÊNCIO
Vamos andar com passos leves, esquecer de nossas dores, não acreditar em fantasmas e procurar jamais deixar o medo nos dominar.
Vamos procurar ser sempre gentis e pacíficos, mantendo assim a nossa alma tranquila.
Vamos deixar que o carinho toque nosso coração.
Vamos aceitar todos por inteiro e lembrar a cada instante que todos cometem erros e que têm diversas imperfeições.
Vamos nos doar mais, perdoar mais e julgar menos.
Difícil para nós sermos iluminados, como um anjo, uma flor ou um passarinho, mas devemos acreditar que podemos voar e que temos a liberdade de ir ou ficar, estar ao relento ou construir nosso ninho.
E benditos sejam os verdadeiros amigos, aqueles que “ouvem” o nosso silêncio.
Silenciosa viagem.
Ah! A luz fugaz...
Minha primeira refeição do dia:
Uma taça de vinho da garrafa vazia.
Água da vida para um vagabundo?
Sopa de pedras para o jantar!
Maldita libido!
Antes um cigarro, agora um lago.
Grito mudo na porta de luar!
Amor? Mais amor!
A viajante solitária no encontro de si mesma.
Página a página.
Ei-los: A rosa - O vento (No jardim íntimo, onde cada solilóquio é confessado).
Harmonia e confusão.
Balão suspenso.
Bocas seladas, casas desabitadas.
Piada ou conto de fadas?
Aquele mofo por trás das cortinas.
O pó mágico que entorpece a língua.
Anestesia para as narinas cansadas.
Sem cheiro, sem pelo, nenhuma cor.
Amor e ódio na tela da TV.
Amor e ódio no jornal, na varanda e no quintal.
Na cama sempre é doce!
Meias verdades calçando sapatos de lã.
Ou será essa também uma laranja inteira?
A mulher piano certa nas mãos do pianista errado.
Mais uma folha de papel timbrado, amassado e rasgado.
Um mar de silêncio do quarto, grito mudo outra vez.
Loucura, remédio sem cura, lixo, fumaça, embriaguez!
Juízes equilibristas.
Deputados malabaristas.
Sorrisos de elástico vomitando dúvidas.
Alimentam bocas pela certeza.
E as calçadas estão repletas deles.
O vento que afaga meus cabelos, ele também me beija.
E a morte me belisca a cada nova piscada.
Ah! A luz fugaz...
Amor, mais amor.
Grito mudo na porta de luar!
Que a força do que sinto por você
Seja suficiente para ser eterno no meu ser
Que a eternidade pense e repense
Sobre um dia tirar você de mim
Que a saudade pense e repense
Sobre um dia você deixar de ser o motivo dela
Que a felicidade pense e repense
Sobre um dia os meus sorrisos não ser sobre você.
Que tudo que seja dito pelo meu coração
Seja eterno no teu
Que no meu silêncio seja dito
As mais belas palavras
E que você compreenda cada uma delas.
NÓS
Não há quem imaginar possa
o amor tido, em noites infindas,
vivIdo minuto a minuto,forte
incomum verdadeiro,
Amor sentido por inteiro um querer
que se tem,de corpo e alma,que passa
paz e calma.
No silêncio grita a sua força, poucos
o sentem assim,quando um falta a saudade,
é atroz.
A esse amor vivemos,nós dois, a sós.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista. RJ
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Acadêmico Acilbras - Roldão Aires
Cadeira 681 -
Patrono- Armando Caaraüra- Presidente
Somos seres expressivos, muito mais do que comunicativos.
Quando nascemos, antes de aprendermos a balbuciar, nossa comunicação acontece por meio dos gestos e pequenas expressões.
E mesmo quando não podemos ou não queremos dizer, nossas expressões figuram tudo o que foi calado.
Há um vocabulário que grita no silêncio!
O corpo fala o que não verbalizamos, e até revela a verdade oculta nas argumentações falaciosas.
De maneira voluntária ou não, o corpo entrega sinais e mensagens através das emoções.
Não é à toa que as relações mais fortes são aquelas em que as pessoas se compreendem somente pelo olhar.
Estesia
Entre suaves acordes musicais, escondo-me exausta
da lida da vida, recostada sobre almofadas macias.
Acariciada pelo zéfiro da madrugada luto contra a sonolência
que me esgalha e a monotonia que me abate tacitamente.
Tento fugir das mesmices, reinventando tangentes,
fugindo aos padrões, às normais e às secantes banais,
esculpindo as minhas mais íntimas emoções.
Refugio-me de mim, de tudo e de todos, enquanto o lápis
traça e retraça, estraçalha a minh’ alma abstrata
fazendo surgir diversos temas, oblíquos poemas.
Sinto florescer o ardente desejo de varrer o sofrimento
que me seca e estesia pronunciando um novo acento
uma nova leitura, uma vida nova brotando no âmago.
Por alguns instantes absolutos perco-me
nas vibrações sonoras e não sinto o passar das horas.
Sinto reinar o silêncio superno que vem povoar o afã
O ímpeto estoura um bramido e punge a veia poética e o elã.
Enquanto mergulho nas palavras e escondo-me
entre pontos e vírgulas, acende-se uma luz
à minha volta que transfigura integralmente o meu ser.
e nesse acentuado instante, inicia-se
a minha existência cromática e vertiginosa.
Umbelina Marçal Gadelha
O que guardastes?
Por simples curiosidade
O que guardastes de mim?
O tom enérgico?
A amizade? A ternura?
A solidão? A desilusão?
Que pena!
Por que não guardastes o meu amor?
Se foi por ter-me ferido a alma;
se foi por ter-me ouvido sem me escutar;
se foi por ter-me usado, me esnobado,
esqueça, para sempre, esqueça.
Para mim, o que realmente importa,
e encontrar-me muito além
deste mundo vil,
é saber que já não me podes alcançar.
E mesmo que desejasses,
os meus mortais silêncios
não conseguirias ouvir.
São surdos os ouvidos
e mudas as línguas
das paixões vencidas.
Umbelina Marçal Gadelha
Baseado na música "The Sound of Silence", escrita por Paul Simon e interpretada por Paul Simon e Garfunkel.
Olá solidão, minha velha amiga!
Preciso desabafar com você mais uma vez.
Por que uma visão me surgiu calmamente,
Deixando apenas suas sementes antes que acordasse.
E assim que essas sementes germinaram, cresceram violentamente em mim;
Dentro do som do silêncio.
Novamente em sonhos atormentadores, eu andava sozinho por ruas estreitas de pedras.
Sobre um fraca luz de um poste, ajeitei minha gola devido ao frio e a névoa.
Nesse momento minha visão foi totalmente ofuscada pelo intenso brilho da Luz de Neon que irrompeu na noite,
E tocou o som do silêncio.
Essa Luz passou a desnudar tudo a minha frente,
Então pude ver muitas, incontáveis pessoas que falavam mas nada diziam, pessoas que ouviam mas nada compreendiam; e ainda, pessoas que compunham canções que voz alguma irá cantar.
E mesmo assim ninguém ousava perturbar
o som do silêncio.
"Tolos", pensei, "vocês não percebem?
O silêncio é como erva daninha,que cresce a sua própria vontade?"
"Escutem", eu gritei, "Talvez eu possa ajuda-los. Segurem minha mão, talvez eu possa puxa-los."
Porém minhas súplicas ecoaram no silêncio, como uma leve chuva que só é ouvida
Nos profundos poços do Silêncio.
E as pessoas passaram a curva-se e rezar para o luminoso deus que elas mesmas criaram,
Mas a tal Luz avisava, nas palavras que nela iam se formando, dizendo:
"As palavras dos profetas estão registradas nas paredes, como dos metrôs e cortiços, e tais palavras são incessantemente sussurradas
Ao som do silêncio.
O silêncio
não bebo da fonte da superficialidade, sou originário dos ossos até as curvas minha face sem uma vírgula sequer. estou aqui construindo um castelo de areia em um chão solido mas sem ondas para derrubar , sera que isso o suficiente ? em um mundo que banaliza esforços.
todo meu silêncio é uma devoção do que eu poderia dizer mas que me falta palavras.
Meu silêncio é um grito de socorro
Minhas lágrimas são solidão
Meus sonhos são feitos de espinhos
Minha realidade é só escuridão.
Me tornei folha ao vento,
sem rumo e sem destino.
Que desatino - de homem a menino
No endereço de todos os perdidos:
Avenida dos Desesperados,
número zero à esquerda.
Renovações:
São necessárias, mas o respeito ao livre direito de escolha
é fundamental, toda e qualquer tentativa de cercear este, sera evitado
com dialogo, e as forças e/ou energias positivas se concentram para que
o mal que nos acomete hoje oriundo de escolhas erradas, seja banido da
sociedade.
Ideias retrogradas e narcisistas, teve sua evolução por vosso erro, mas a
tempo para corrigir e sermos novamente o centro, como bem disse
aquele, que na falta de motivação e incentivo, sejas o silêncio seu
maior triunfo.
Falar ou calar, eis a questão!
Muitas vezes, a gente fica pensando que foi medroso ou covarde porque não respondeu alguma coisa. Houve uma ocasião em que Jesus nada respondeu baseado na sua sabedoria:
“Jesus, porém, guardava silêncio. Nada respondeu. E nem uma palavra lhe respondeu. Ele não abriu a sua boca.” (Mt 26:63; 27:12,13; Is 53:7).
Nem sempre responder é a melhor alternativa. Às vezes, manter-se calado é sinal de sabedoria. Como também, às vezes, falar com coragem e autoridade é sinal de sabedoria. Como saber o correto no momento apropriado: falar ou calar?
Às vezes, não respondemos a algumas pessoas baseados na sabedoria que Deus nos dá, mas nem sempre é assim. Às vezes, podemos não responder por medo, por insegurança ou por qualquer outro motivo que acaba revelando uma fraqueza nossa.
Contudo, nem sempre esse medo ou insegurança tem um caráter negativo, pois muitas vezes o medo funciona como uma forma de precaução contra um mal maior. O medo pode prevenir que algo maior que o próprio medo aconteça. Por exemplo, uma pessoa arrogante pode apresentar seus dotes e qualificações para “se mostrar”, para “aparecer”, cheia de soberba, quando você também tem dotes e qualificações para mostrar, mas prefere ficar calado  por uma questão de insegurança qualquer.
Porém, esse medo acabou protegendo você de se tornar igual àquele arrogante, por querer disputar com ele as suas qualidades e o seus dotes, e nisso abundariam em seu coração sentimentos de presunção, de orgulho, de vaidade que só serviriam para te colocar no mesmo nível de soberba do seu interlocutor.
E, sabendo interpretar o medo, nem sempre ele é maléfico. Em muitas circunstâncias, o medo é benéfico porque previne contra um mal maior. Esse entendimento só é possível mediante a sabedoria dada por Deus. No exemplo de Jesus, no entanto, quando ele se calou diante das autoridades, ele o fez com sabedoria pelo conhecimento dos seus propósitos, e não por medo.
E mostrar as próprias qualificações nem sempre reflete arrogância, mas dependendo das circunstâncias se faz necessário, contanto que não seja pautado na arrogância de querer ser melhor que o outro; apenas mostrar os próprios dotes, sem qualquer intenção indigna, não é nenhum demérito. Afinal, prezamos por ser pessoas qualificadas justamente para sermos dignos diante da sociedade.
Lembremos de Eclesiastes 3:7b que nos ensina: “(Há) tempo de estar calado, e tempo de falar”.
Obrigada, Senhor, por proteger e guardar aqueles que te ouvem.