Texto Sobre Silêncio
Não é que o outro o incomode, é que tu se incomodas com o outro;
Não é que o outro seja mau, é que teus olhos não veem a bondade;
Não é que o outro não o ame, é que te falta amor por si;
Não é que o mundo seja sombrio, é que é essa a tua disposição em enxergá-lo;
Não é que não haja luz, é que tua visão ainda é turva;
Não é que te falte o suprimento, é que ainda não observaste a riqueza ao teu redor;
Não é que tu sejas solitário, é que ainda não olhaste para dentro;
Não é que tu não tenhas paz, é que não compreendeste a bênção do silêncio;
Não é que tu não tenhas conhecimento, é que não se permitiste a observação;
Não é que tu não sejas sábio, é que não sabes o que é ser vácuo.
PALAVRAS
Elas se perdem no ar,
Evaporam-se no espaço,
E tendo ouvidos de aço,
Podem p'ra sempre ecoar...
Não voltam, isso é certo,
Mas têm tamanho poder
De fazer ou desfazer,
Afastar ou trazer perto.
E há quem as faz refém
Fazendo tudo promessa,
Também quem as arremessa
Feito pedras, contra alguém.
E não se pode guardá-las
Porque quem fala se esquece,
Nem todo querer é prece.
Talvez por isso, te calas...
O som do silêncio
Às vezes penso que o silêncio de quem para nós se cala tem som, um som agudo que incomoda a alma e o espírito nosso, que sentimos saudade. Se assim não fosse, dormiríamos tranquilos, logo no chegar da noite, e amanheceríamos relaxados, depois de brilhar os primeiros raios do dia.
O silêncio de quem para nós se cala incomoda.
O silêncio de quem para nós se cala não nos permite o sossego, a tranquilidade nem a paz interior, sensações que não são sentidas apenas mediante o som agudo de melodias gritantes.
O silêncio de quem para nós se cala tem som. Sim! É certo!
O silêncio de quem para nós se cala tem o som agudo de uma melodia sem notas.
A Lua...
Ela está aqui...
Ela está aí ...
Ela está em vários lugares...
Ela é confidente de muitos, e sabe segredos que jamais serão revelados...Sua beleza encanta! Seu silêncio às vezes incomoda...
Ela seduz, é amiga! Trás recados imaginários... trás luz e brilho para a escuridão...
Olhando atentamente para o céu, fechei os olhos, respirei fundo, como um suspiro eternizado pelo momento, e fui conduzido pelo silêncio da imensidão do céu.
Uma imensidão alva como a neve, onde pisava com meus pés descalços, e era tomado por uma paz inexplicável.
Flutuava, o silêncio balançava meu corpo como ondas no mar, sem direção certa fui levado pelo silêncio, traçando um caminho de calmaria constante.
De olhos fechados, o tempo se eternizava naquele lugar, meu refúgio em dias de tempestade.
Deus é assim, é essa imensidão, essa paz, calmaria constante, refúgio bem presente, luz que resplandece.
Aquele momento que você não para de pensar naquela voz que te encantou,é a melhor sensação que já senti.
Eu enfrentaria o mundo todo por você,mas o seu silêncio está me deixando confusa,acho que não valeria a pena lutar por um amor não correspondido,não é mesmo?
Mas Deus planeja pra acontecer tudo na hora certa,então vou descansar o meu coração e só lembrar dos momentos bons que tive com você.
A Voz do Silêncio
(...)
Assim como há roupas para diversas ocasiões, vinhos propícios para diferentes pratos e copos para diferentes vinhos, há também silêncio com os mais variados propósitos e significados, oscilando entre o elegante e o inconveniente, entre os que geram benefícios e os que são nocivos.
Pensando nisso, ofereço uma pequena lista com alguns tipos de silêncio possíveis de serem observados, em variadas situações.
Silêncio Sábio, ou motivado pela prudência. É utilizado quando se percebe que os ânimos encontram-se exaltados, a descompensação se faz presente, o complexo assumiu a posse da consciência, a ira cegou a razão, a lucidez foi apagada, o ego encontra-se divorciado do Eu. Nestas circunstâncias, manifesta sabedoria quem se refugia em amoroso silêncio até que a "tempestade" passe, entendendo que "não havendo maldizentes cessa a contenda". Sabe que muito mais útil do que ter razão é ter bondade; mais importante do que um argumento forte é um coração manso.
Silêncio acolhedor, quando face à dor do semelhante, causada por perdas humanas ou materiais, evita-se argumentar, comparar, justificar, explicar ou aconselhar, restringindo-se a estar perto, em silêncio, esvaziado das pretensas verdades, totalmente disponível, para sentir e ouvir o que o outro experiencia. O silêncio acolhedor abre espaço em nós para que o outro se refugie. Nestas circunstâncias, um olhar encharcado de ternura, um abraço cheio de compaixão, estar presente de corpo e alma, é puro alento.
O silêncio extasiado. Quando, diante do que encanta e arrebata, quedamos em reverente silêncio, em prostração de espírito e de alma. Silêncio que nos assalta diante do mistério da vida e da morte ou da magia da Criação. Silêncio que relativiza todas as vozes e faz cessar todos os argumentos, ao sentir no coração a presença divina, ao ouvir na alma a voz de Deus, quando na mística da fé contemplamos o Eterno Mistério.
Silêncio imposto. Quando pelo uso da força cala-se a voz do mais fraco, do injustiçado, do discriminado, do oprimido, do marginalizado. Silêncio imposto pelo medo, gerado pelas armas do poder econômico, político e religioso que perpetuam a escravidão, a repressão, a culpa, o julgamento e a condenação. Silêncio de quem se tirou a voz e a vez.
Silêncio conivente. De quem se deixa calar por benefícios injustos, de quem possui a consciência estuprada pelo ganho ilícito. Silêncio comprado, fruto do desavergonhado diálogo entre o corruptor e o corrupto. Tem a verdade como mercadoria de troca onde o que é direito é silenciado em benefício da ganância; quando diante da oportunidade ilícita sobressai a falta de caráter e "vende-se a alma ao diabo".
Silêncio covarde. Quando diante da maldade, da corrupção, do estelionato, do desmando e da injustiça praticada nos domínios familiar, econômico, político e religioso, opta-se por manter-se a "língua presa" no céu da zona de conforto na qual medrosamente se abrigou. O silêncio covarde é o silêncio da omissão, aonde o maior dano não vem só dos malfeitores, mas também e sobretudo dos cidadãos de bem que se mantém omissos.
Silêncio que fere. É silêncio motivado pelo ódio, pela indiferença, pelo sentimento de vingança, pela incapacidade de perdoar, de acolher e de amar. Neste aspecto, lembrando Rodovalho, "o silêncio é um recado. É a pior carta que alguém pode enviar para o outro." Tal silêncio é capaz de infernizar e produzir enfermidade em quem o protagoniza, podendo ainda causar muito sofrimento ao alvo da aridez de tal comportamento.
Silêncio Buscado. Lembro aqui do silêncio praticado pelos "Nadistas" que sugerem desconexão de aparelhos eletrônicos por algum período, o que sem dúvida é muito salutar; além de potencializar a criatividade, pode evitar o "burn out", transtorno psíquico que mescla esgotamento e desilusão. O objetivo principal do silêncio buscado, no entanto, é nos conectar conosco mesmos, levando-nos a tomar consciência do próprio corpo, sentir a respiração, o coração, reencontrar a alma, mergulhar no nada grávido de criatividade. Tal silêncio nos liga à essência divina que nos habita, reconcilia o ego com o Eu, faz-nos íntimos de Deus, liberta-nos da aparência, redireciona e suaviza a existência. Harmoniza os pensamentos, sentimentos e relacionamentos, possibilita e potencializa a meditação, dá profundidade à oração, além de ser saúde para o espírito e para o corpo.
Há silêncio e silêncio, carregando cada um sua própria singularidade, linguagem, propósitos e resultados. Há o silêncio altruísta e o egoísta, o que fecha e o que abre, há o que constrói e o que destrói, o que abençoa e o que amaldiçoa, há o que gera paz e o que perpetua o ódio. Há silêncio que cura e que faz adoecer, há o que é fruto de amor e o que é fruto do ódio.
Lançar mão do silêncio, como instrumento abençoador, exige coragem, maturidade, esvaziamento, proatividade, autocontrole, sabedoria e auxílio divino. Que ao silenciarmos o façamos movidos por amor, com o desejo de abençoar sempre. Saúde e Paz!
Em meio a tantos ruídos, internos e externos,
Ter silêncio é um dom divino, é a paz em movimento;
Um mover sem forma alguma, sem tamanho, nem proporção;
A paz de estar completo, independente da situação;
É a consciência no controle da mente diante do corpo...
Silêncio. Ferramenta fundamental para uma boa comunicação, tanto consigo próprio como para com outros;
Condição indispensável do saber ouvir, sentir e falar.
Ah! O silêncio... é o templo em constante transformação.
Enquanto fico em silêncio
Sobressalta-me os batimentos cardíacos.
Tornando os ruídos tão ensurdecedores quanto o vento lá fora.
Insuportáveis tornam-se os olhos sobrepostos e recaídos sobre mim.
Anestesiada pelo vazio que habita em mim amontanham-se soberbas advindas de um mundo ao qual eu não queria pertencer.
Existem dias que o silêncio é nosso maior aliado...
Em silêncio conseguimos vencer a nós mesmos...
O silêncio as vezes, é aquele baú que vamos guardando tudo aquilo que é importante pra nós...talvez nunca usaremos....mas está ali...
Silêncio...sem dizer nada as vezes nos ensina muito.
As vezes desvia o furor...
Acalma a alma...
Afaga o pranto...
Da tempo ao tempo...
Nossas maiores conquista são conquistadas no silêncio.
- Tudo bem?
Silêncio.
- Estou bem.
Por um milésimo de segundos, penso em tudo o que sinto e quero gritar! Quero te responder que não está nada bem. Quero falar como tem sido dias difíceis e como parece que nada dá certo para mim. Por milésimos de segundos, sinto meus olhos encherem de lágrimas, mas me seguro. Por milésimos de segundos, penso em como queria um abraço e nele te contar meus mais profundos anseios, devaneios e desejos, mas...me controlo e só repondo que está tudo bem.
Silêncio.
Só me resta o silêncio, quando não há com quem dividir o que se sente.
Silêncio, o silêncio se faz companheiro.
Com ele não preciso usar máscaras. Não preciso esconder aqueles sentimentos que sinto, mas que me causam constrangimento por senti-lo.
Não preciso me preocupar em ser julgada. Posso desnudar minha alma. Ser completamente transparente, sem sofrer retaliações ou represálias.
Silêncio.
No entanto, no silêncio não tenho afago. Não tenho abraço, olhar e nem toque...
Silêncio.
Sou sentimento, preciso sentir e ser sentida por essência.
Silêncio
Nesse silêncio morro cada dia uma pouco mais. Me desfaleço até não sentir mais.
Silencio.
O SILÊNCIO
O silêncio as vezes é a melhor resposta quando o assunto é amor. Afinal, apenas com um olhar , Pode se mostrar o há no interior .
O silêncio as vezes é a proteção para o coração não se apaixonar.
Mais se for amor a primeira vista, nem o silêncio conseguiria negar.
O silêncio as vezes é necessário para não se magoar, Mas também é desnecessário se não for para pensar.
"Entenda meu Silêncio"
Não sei porque,mas já depreciaram o meu silêncio
Se cada vida soubesse,que escolho bem as palavras para não machucar o seu coração fazeriam o mesmo por mim
Palavras são erros que cometemos muitas vezes sem perceber
Tenho medo de um dia você chorar das minhas palavras,tenho medo de machucar seu coração e prefiro ficar nesse meu silêncio
Pareço que não aproveito a vida,mas eu sou um homem sensato,diga as respostas do seu coração,que eu agirei a favor das suas palavras sem eu dizer muitas palavras
Não tenha medo de mim
Não tenha medo do meu silêncio
Se sinta mais protegida por mim,quando eu te abraçar,sinta amada por mim quando olhar no meu olho,e ver seu coração escrito seu nome,fica orgulhosa de si mesma quando entender que você é o motivo do meu sorriso
Meu coração não aguenta mais esse segredo,vou dizer o que ele sente,vou dizer sem medo:Te amo
Fotografia
No silêncio da minha nudez
Solitária sofria, amava, repudiava, delirava...
Sua falta me consumia
Fantasmas atormentavam o meu ser
No silêncio da minha alma
Tua presença estava
Em todos os lugares
Tua falta me atormentava
Eu suplicava tua presença
No silêncio dos meus pensamentos
Eu vagava como uma folha seca
Sem rumo, sem direção
Sedenta me envolvia
Em simples fotografia.
"Silêncio da noite "
Quando chega a noite,e não encontramos ninguém para nos escutar,quando chega o silêncio da noite...podemos chorar
Às vezes entendemos
Já encaramos a realidade
Não perdemos a esperança,nunca deixamos de acreditar
Preferimos acreditar que o amanhã será melhor,nunca perdemos a esperança
No silêncio da noite,escutamos as ondas batendo nas pedras,no silêncio da noite não escutamos o barulho da cidade barulhenta,espero reviver o passado,nas minhas insônias penso em ligar para você,e dizer que esse seu silêncio faz eu perder a esperança de nós dois,esse seu silêncio maltrata minha pessoa,preciso entender a sua partida,não devo perder a esperança,essa noite eu morri e amanhã posso viver denovo,sempre morro ,ressucito e vivo denovo,esse silêncio da noite permitiu eu deixar você partir,não devo perder a esperança que o meu sorriso vai ser motivo da felicidade de outro alguém
Só as pessoas inseguras do amor que vivem, necessitam de gritar ao Mundo o amor que sentem. Escrever em todos os lugares vagos, como ele os preenche.
Só as pessoas tolas acreditam que se distanciam de todos os mortais ao amar e insistem... que precisam, gritá-lo! Mas se ao Amor nunca alguém, ouviu a voz. Não há emoção mais discreta! Que nasça espontânea, sem avisar.
Para quê gritar o que é nosso?! Tão nosso, especial e particular que devemos guardá-lo de devoradores alheios.
Todos os Amores são particulares a seu modo... para quem os experimenta. Como nenhuma desilusão amorosa é igual a outra!
Deixa gritar apenas os beijos...
E que cada carícia, abale o Mundo, em doce e cúmplice silêncio
No silêncio um anjo apareceu
Tranquei-me no silêncio com medo de me magoar,
Fingindo ser quem não sou
Para um dia, de lagarta e casulo,
Numa linda borboleta se transformar,
Voarei sem medo para a felicidade encontrar
De uma grande decepção
A uma nova amizade, encontrarei alguém que irá me amar
Com todos os meus defeitos, sem me questionar,
A felicidade irei encontrar,
Já que na minha maior tristeza
Um anjo apareceu pra mim amar
Uma pessoa que do nada surgiu para me mostrar
Que tenho em quem confiar...
SILÊNCIO
No silêncio tudo se ouve. Os pensamentos, os sentimentos, o medo, o coração. De olhos fechados, o bafo da morte ressoa por perto. Também os passos no assoalho, os latidos caninos e o vento pavoroso que não vem de lugar algum.
No silêncio a ansiedade cede espaço à calmaria, virtude quase sem voz durante o dia. Nela sossegam-se os ânimos, intensificam-se os cheiros, percebem-se os detalhes em pequeno, médio e grande plano. Silêncio é lugar de pensar antes de falar, se arrepender e confessar, sorrir sem se orgulhar. É nele que a culpa fala mais alto e a humildade ocupa seu lugar de dever.
No silêncio nós nos recuperamos após a morte de um amor. E reencontramos o pouco de nós que se perdeu com o outro que saiu pela porta. Vemos e ouvimos o que requer apreciação: uma flor, o mar, um gesto, uma ruga, um olhar. Somente no ato de não manifestar pensamentos é que olhamos de verdade. Olhamos sem falar nem julgar.
O silêncio é uma barreira invisível, atrás da qual nos escondemos. Nós nos ocupamos com ruídos a todos os momentos por medo de cair no vazio. Escutamos os barulhos sem ouvi-los, tratando tudo e todos como trilha sonora de um universo que nos rodeia. Aumentamos o volume da playlist, ligamos a tevê, entramos no Youtube, tudo porque quietude demais nos assusta.
No silêncio dois olhos se encontram para ver além dos olhos. Olham para um lugar dentro do outro onde há ternura, apatia ou desprezo. Também a pele ganha outro sentir no silêncio. Um toque de mãos muda de nome e um beijo... ah, um beijo são mil palavras não ditas.
No silêncio não falamos besteiras das quais nos arrependemos, mas refletimos sobre arrependimentos que não tivemos coragem de falar. Também nos constrangemos, irritamos, nos entediamos com a ausência de som. Isso porque confundimos a abundância da respiração, do fundo dos mares e do interior de nós mesmos, com o que chamamos de nada.
O silêncio é deus.
Silêncio é tudo.
Marcas do antigo sobrado,
nas soleiras pegadas e histórias
Cintos, correias, macas e correntes
Cacos de vidros das janelas quebradas
trazem a saudade da chuva
que por elas escorria e me levava
a um lugar qualquer, bem longe dali
Troncos secos espalhados pelo jardim
Mortas sensações escondidas atrás das portas,
trazendo de volta rostos mortos
e o ranger de portas e janelas
que o silêncio quebrava
Foram noites de desespero
testemunhadas pelas paredes do quarto
Hoje ando livre do medo de quem me
atormentava, e do que me acontecia
Longe das celas, dos quartos tenebrosos,
das noites intermináveis
no antigo sobrado
Eu Sou
Eu sou tudo aquilo que você renega,
Sou efeito efémero de uma causa ...
Sou o que se traduz e se reflete no espelho, sou o brilho apagado de seus olhos e quão belos olhos...
Eu sou aquilo que enxergo sou a causa de sua dor e de seu amor...
Sou o que lateja e grita, contido em seu sorriso de aparências...
Sou do tamanho de sua mente, o suspiro latente...
Sou única.
A sanidade vinda de uma insanidade mais que presente, de um silêncio esmagador caracterizado em alma.