Texto Sobre Silêncio
Silêncio
Quero o silêncio
onde se cria o impossível
quero o silêncio
onde se esconde o medo.
Quero o silêncio,
onde tudo é calma
onde tudo é alma,
e sem Deus e sem culpa.
Quero o silêncio
onde o vinho é doce
e o sangue esfria
e o trabalho é livre
sem suor nem lágrimas.
Quero silêncio
pois estou cansado
de ouvir mentiras
de um oráculo errado.
Quero o silêncio
do desassossego
do amor perdido
do perdão negado.
As horas passam vagarosamente,
fazendo do silêncio o meu fiel companheiro.
Diante do relógio mudo,
ouço apenas o ressonar do tempo ao meu ouvido...
No filme, escondido na fita cassete,
registros das lamúrias e dos sorrisos
perdidos no tempo timoneiro,
que já cansado voa em direção ao infinito.
CONTRASTE
Com silêncio e admiração
olho as paisagens
e tudo me faz lembrar você,
um dia lindo em sua homenagem!
A natureza se choca contra mim
ela é calma e eu estou nervosa
ela se cala enquanto eu grito seu nome
ela é perfeita e eu cheia de erros.
Natureza,
seu mistério me envolve e sua beleza me atrai
Natureza,
exijo que nos perdoe
e que esta noite fria limpe minha alma e
apague da minha mente o passado!
... que queima diante de meus olhos
afogados em lágrimas de ilusão
afogados em esperanças já mortas
afogados em seus olhos.
Ipês do Vale colorem a natureza
O silêncio da madrugada nos convida para uma profunda reflexão do tempo; escrever, buscar inspiração nas construções literárias; o simbolismo do tempo, calmo, reflexivo; nasce uma nova contribuição social e jurídica na mansidão; noite suave, a leveza do colorido dos ipês amarelo; a beleza faz refletir o brilho na retina dos olhos; ronco d’água que faz explodir a beleza da natureza; no espelho a luminosidade que ecoa paz e lhaneza; néctar do prazer; suavidade que encanta; Afinal, é tempo de promover a união dos povos por meio da expressão poética.
Marcas
no grito do silêncio desabafa a dor no percorrer as emoções que já são, mas ainda virão
sentimentos deste peito meu e morada sua
antes o inospito o converteste em lugar habitável e o adorna com suas doces mãos
ainda que seu olhar as vezes me fuja tremendo de medo de morrer na entrega
não podes negar aquilo que carrega sua alma
contemplo-te
contempla-te
não és a Poesia que não pode dar voz ao proprio verso, que não sangra, visceralmente
leio-te
leia-me
sangra aqui nesta boca que te beija, beberei cada gota, não se baste ser em mim somente em palavras
sopra sobre mim tuas tempestades, lambe essas chamas que te ardem, reduz-me a cinzas, não se baste ser em mim somente em emoções
dança ao meu redor, rasga-me a carne que devora-te; e penetra-me a alma, não se baste ser em mim somente em sentimentos
deixa que gatos miem
cães ladrem e lobos uivem
é a loucura da noite
o desvirtuar do sagrado
a conversão do profano
o arder das almas proibidas que se erguem no desejo das suas entranhas, o borbulhar fervente de suas visceras
o colo suave, uma canção
tuas marcas em mim
para a eternidade..
"Um novo cenário".
Grito no silêncio mais profundo, aquela vontade estagnada, aquela força calada, oh amado meu, que me impulsiona, que tira me da lona, reviravolta, realça, prepara, gira esse leme, permita que eu reme, aquece as turbinas da fé esperançosa, desata as vias embaraçosas, refrigera nos barulhos da chuva, nos raios estelar, tic tac, aves, canário e pássaros, desenvolva novo cenário, edifique os laços, um dia caído malandro e otário, zombado e ferido, oh amado querido, neste filho faça, suplico na vida, da vida minha um novo cenário.
Giovane Silva Santos
N o i t e
No silêncio da noite,
acendo as estrelas
que iluminam teu olhar.
Aninhada em teus
braços, refaço - me
do cansaço.
No teu abraço,
sinto paz.
No silêncio da noite,
o amor é música doce
que com alegria
meu coração ouve.
No silêncio da noite,
o amor nos transporta
para um lindo lugar.
Contigo irei dançar
à luz do luar.
Além do horizonte,
para sempre hei
de lhe amar.
No silêncio da noite,
minh'alma floresceu!
Obrigada por todos
os meus sorrisos,
Meu Amor...
Na hora pagã
Dos soluços meus
Deslizo em silêncio
Dos olhos de Deus.
Esta dor não é Dele.
Esta dor não é minha
É dor que não cabe
É uma dor que não sabe
Da dor que eu já tinha.
Na hora pagã
Do acerto de contas
Dou as costas à vida
- Ela sempre me encontra.
Esta dor não é dela
Esta dor é sozinha
É dor que tem raiva
E por raiva não caiba
Nas noites sem sono
Da vida que é minha.
Lori Damm, "Hora Pagã"
Aqui -
Aqui
encostado à madrugada
e ao silêncio
todo o meu ser se encontra
nú
cheio de brocados
cheio de sonhos
cheio de abismos e nostalgias!
Aqui
frente a frente com o mar
não sei o que me espera
nem tampouco se viverei
perdi-me da infância
perdi a juventude
mas a vida ainda está Aqui!
Exercer o silêncio em inúmeras ocasiões é sinal de sabedoria. Pois, nem sempre temos todas as palavras necessárias, e nem sempre todas as palavras vão ser eficazes de modificar um evento.
O que precisamos é ter em nosso coração a certeza de que estamos fazendo o melhor, seja através de um abraço ou uma oração à distância, mesmo que ao nível de pensamento.
Por isso que muitos dizem que, o silêncio, não tenhamos dúvida, realmente cura.
Ouça o silêncio.
Tem muito á nos dizer.
Sinta o coração serenar ao som dos pássaros á cantar.
Sinta o vento lhe acariciar.
Palavras lhe sussurrar que a paz há de lhe guiar.
Ouça o silêncio
Tem muito á nos dizer.
Que o amor alimenta a alma, nos dá força para viver.
Que o amor em nós floresce a cada amanhecer.
O que as pessoas pensam ao meu respeito, são problemas delas. Enquanto pensam, em silêncio vou construindo o meu império.
Em minha alma carrego o que sou e memórias de tudo que já vivi. Sei de cada coisa sobre mim, que muitos nem sonham.
Em um diálogo, você conhece mais da pessoa que vos fala, ao contrário da que o nome é citado.
Todos cometem erros!
Então, se queres me conhecer verdadeiramente, me convide para tomar uma cerveja ao invés
de mergulhar em conteúdos rasos onde me relacionam.
PS: Se você não gosta de cerveja... Fique sabendo de quê, amo vinhos também.
Muitas vezes choro em silêncio apenas com a solidão
As noites se tornam eternas, com pensamentos da saudade
Uma saudade que dói, uma falta inexplicável de se conter
Faço das noites dias em lembranças
Tento apagar um pouco com as lembranças de estar com você
Sei que tudo isso é temporário e vai passar
Mas enquanto não te abraço novamente
Me afogo nas lembranças de estar com você
E poder te dizer o quanto eu te amo
Imagino a todo o tempo
A hora que entrar por aquela porta e dizer voltei, e voltei para ficar
Porque aqui é o meu lugar
Saudade, saudade, saudade.
E no silêncio da noite
o amor fala através do nosso olhar.
Tão bom foi lhe encontrar.
Ter o teu coração para meu amor se aconchegar.
Terás sempre o meu coração para repousar das batalhas que porventura enfrentar.
Em mim terás sempres um lar.
Deito ao seu lado, o céu está estrelado,
a brisa sopra mansa trazendo - nos paz.
Inspiração tu és para o verbo amar.
Teu sorriso faz - me de amor transbordar.
Passam - se os verões, os invernos e os outonos para nos fortalecer.
Pois de primavera somos feitos.
As tempestades veem para nós um no outro se abrigar, para que as flores possam desabrochar perfumando os caminhos que vamos seguir.
As tempestades veem para que possamos recomeçar...
Recomeçar é transcender no que faz a gente feliz...
Como sentir você! Você, eu e o amor que nos acolheu.
Você e eu somos o amor que em nós amanheceu.
Você e eu somos a poesia que Deus docemente escreveu.
Você e eu somos a força do vento que leva para longe os tormentos.
Você e eu somos o amor que transcende o infinito, aquele amor bonito que faz abrir as janelas para deixar o sol entrar, e tudo ao redor se iluminar.
Ao teu lado sempre hei de estar, as tuas mãos hei de entrelaçar e juntos vamos contemplar o infinito que é o (a) mar...
E no silêncio da noite os nossos olhos hão de falar de amor enquanto o mar beija o luar.
E no silêncio da noite meus olhos hão de lhe falar que eu vim para ficar.
E no silêncio da noite, o amor nos embala para um lindo lugar...
Você em mim. Eu em você.
O amor em nós há sempre de florescer.
Vem! Vamos viver!
O sol logo há de renascer para nossos sonhos acontecer.
O SILÊNCIO DOS ANJOS
Hoje, o manto negro predatório ameaça campos e cidades deixando nossos sonhos parecer mais tísico.
Meu corpo sangra, mas Minh' alma em bulício aplaca os quatro ventos que sopram rumo à primavera.
Ah, eu quero ver o que vai acontecer quando o novo sol chegar!
Do que adianta falar a linga dos anjos e, não ouvir a voz dos oprimidos.
Morte das Ilusões -
Silêncio! Calem-se as vozes!
Perfilem vossos corpos
façam silêncio ... "chora" a ilusão!
"Acendam cirios que passa a minha dor!"
Dor-de-Amor nascida de esperanças vãs
num bulício de esperas infinitas!
Ilusão que gera ilusões de ilusões
prisioneiras na teia obliqua
de um Coração "frio".
Projecção limite sem limite
de um "vazio" interior...
Teia solitária, ofensiva, defensiva,
precária ... nascida do efémero,
iludida no Eterno, reduzida ao banal.
Teia por mim tecida onde a "presa mortal"
sou Eu. Assim é a dor que "promove" a morte
das ilusões.
Dor que "arrefece" a paixão que projecta
no outro uma ilusão de absoluto.
Não é Amor, é desejo, isso que manipula!
O desejo não Ama, possui!
Desejar o Amor e não Amar o desejo
é a percepção final da dor-de-"desamor"
nascida da ilusão precária de querer "agarrar"
alguém a quem se "perde".
Alguém que vai e não vem,
alguém que vai e não torna!
Apaguem os cirios! A ilusão morreu!
A dor já não é dor, é Consciência ...
E a Consciência de "desamor" é a percepção final
de que o Amor Renasce na iluminação de cada dor!
Novas Cores
Quero ficar aqui sentada,
Entender este meu silêncio,
Esta vontade de não
querer fazer nada,
Mas odiando isso tudo
Que estou sentindo por dentro.
Lá no fundo Contudo,
Confio nesta espera
Que tanto quanto esperei,
Onde meu mundo pálido
Por um adeus flácido,
Receba novas cores e
Esgote-se em um abraço
Ou um beijo de alguém.
Jorge Jacinto da Silva Junior
Lisboa Oculta -
Caminhei p'la noite no silêncio
da Cidade oculta adormecida!
Lisboa sonhava com o Tejo,
e na Mouraria, um fadista,
cantava ainda à dor da despedida.
Ouviu-se então
o rumor dos passos d'um Poeta
que também chorava a desventura
do Amor ...
Ninguém passava!A noite velava!
Ninguém estava! Só eu restava!
E depois de muito ter andado, reparei então,
que a Cidade adormecia oculta sob o Tejo
abraçados num só Leito ...
Óh Lisboa, o Tejo, será sempre teu Amado!
Este dia eu escolhi :
Por viver devagar
Por ouvir o silêncio e enxergar no escuro e profundo dessa alma leve e devassa.
Por alimentar belas, deliciosas, prazerosas e sinceras saudades.
Por agradecer pelas experienciações do passado.
Por aguardar pelos mistérios e vivências que ainda virão e estão bem guardados.
Neste novo amanhecer eu me encontro com a calma, faço as pazes com a alma, acolhendo toda a minha subjetividade.
Deixo o Lobo sedento adormecido, aguardando pacientemente seu despertar para o momento de suas andanças e vivências profanas.
Mas por hoje optei por viver bem devagar...
P Lopes
SILÊNCIO TAMBÉM FALA.
Um certo dia um jovem chamado Sávio, resolveu ir a uma das visitas com seu pai ao pequeno Sitio de seu Tio Otávio. Sávio um jovem com 13 anos de idade, porem muito inteligente e observador. Resolveu acompanhar seu pai seu tio em umas das caminhada pelo Sitio. De repente os param e lhes faz uma pergunta. O SILÊNCIO TAMBÉM FALA? O pai um homem muito sábio, olhou firmemente para os olhos do filho e o falou. Sim amado filho, o silêncio nos fala. Mas para que isso aconteça, precisamos está preparado.
Ao voltar para casa, o jovem com a cabeça encostada no vidro da porta do carro, com olhar firme sobre a natureza e muito pensativo com que só seu pai tinha lhe falado. Uma certa manhã de domingo o jovem resolveu visitar seus avós que morava próxima a sua casa. Levando em sua sacola, um estilingue e umas bolinhas de barros que tinha feito no quintal de sua casa para matar pássaros e insetos.
Ao caminhar pela estrada viu uma Mangueira frondosa e resolveu parar para apanhar algumas mangas que caíram na beira da estrada para seus avós. Ao olhar para os galhos da mangueira pode observar em meio ao balanço das folhas de uns dos galhos da mangueira um belo ninho de pássaro. Onde sob as asas da ave se encontravam dois filhotes.
As pressas o jovem tirou o estilingue da sacola e o armou com uma bolinha de barro , procurou vários ângulos para acertar o ninho.
Mas parou e ficou a observar por muito temo o quanto da felicidade dos pássaros ao receber a comida do bico de sua mãe.
De repente o jovem baixou o estilingue em seguida jogou as bolinhas de barro, pegou a sacola com as mangas que tinha apanhado e foi embora cabisbaixo.
Ao chegar à casa de seus avós encontra seu pai sentado em uma cadeira na varanda conversando com seus mesmos.
O jovem se aproxima do pai com lágrimas nos olhos o abraço agradecendo, O Pai sem saber o que estava acontecendo o abraça e lhe pergunta o que está acontecendo. com a voz tremula lhe respondeu . O senhor tem toda razão papai. “Se Soubéssemos parar para ouvir o que O SILÊNCIO tem de tão precioso a nos dizer., Certamente seríamos mais sensatos em nossas atitudes”.
Reflexão:
Se Soubéssemos parar para ouvir o que O SILÊNCIO tem de tão precioso a nos dizer. Certamente seriamos mais sensatos em nossas atitudes.