Texto Sobre Silêncio
Covid-19
"O Anjo da Morte"
Caiu a noite sobre o Mundo!
Dias vestidos de silêncio e solidão ...
O Anjo da Morte passeia pelas ruas;
invisivel, discreto, cauteloso;
predador astuto sem piedade.
E aonde vai?! O que deseja dos Homens?!
De onde os tira? Para onde os leva?! ...
Espalhou-se um vazio desolador ...
Caiu a noite sobre as ruas!
Há cadáveres no alto da madrugada ...
... abandonados ... sem familia.
Revemo-nos temerosos, perdidos, frágeis,
sem destino! Criaturas débeis!
Praças ... ruas ... cidades ... tudo suspenso ...
... em contratempo, num inesperado sopro de silêncio que veste a Humanidade de palavras
nunca ditas ou pensadas .
Porque a Morte espreita, sussura, gesticula
a cada esquina da vida teimando em separar-nos.
Então, põe os teus olhos na Cruz!
Sinaliza o umbral da tua casa para que o Anjo a não procure.
Abre os braços e abandona-te à verdade que um dia nos salvou.
Do Céu, descerá então uma Luz que fará brilhar o Dia sobre o Mundo , a vida renascerá e o Amor triunfará!
Em Évora no exílio de Casa
P.S./ Podemos perder tudo menos a Fé, a Esperança e a Caridade...
Nossa pequena cidade
Foi afetada com a pandemia
O silêncio dos palhaços
Estampou nossa Alegria
O vírus em cada Avenida
O aperto de mão agora
É um gesto de dor e agonia
Mortes em noticiários
Fome em casa de família
Falta do pão de todo dia
Lotações em hospitais públicos
Pais entrando em surto
Sociedade não respeita
O surdo e chama o
Cego de inútil
Nossa Bandeira manchada
De vergonha e dor
A escravidão terminou
Mas o preconceito só aumentou
Mais o tempo bom nascerá outra vez
Temos que acreditar em nossa nação
Existem pessoas boas
Com um bom coração
O amor tem uma porta aberta
O amor nascerá em plena primavera
O amor será arma contra pandemia
As crianças irão apertar nossa mão
Com harmônia e alegria
Espere por mim ainda
O dia não acabou apenas
É um recomeço vamos voltar
Em Janeiro e pensar Grande
Não briguem apenas ame.
Murilo Soares.
Quebrado
Noite obscura
Nada perdura
Além de sentimentos de amargura
Silêncio pairando
Tempo encurtando
Flores murchecendo e coração sangrando
Temperatura alta
Endorfinas baixas
Calafrios no corpo e dor na alma
Céu cinza
Espírito escuro
Na solidão encontra-se o refúgio
Humano súdito
Destino pútrido
Um oceano de pensamentos sujos
Noite estrelada
Criatura desalmada
Sonhos em pedaços e solitude acalorada
Sábado Santo -
(... de Aleluias)
Sábado Santo! Dia de silêncio ...
Jesus morreu por nós! Meditemos ...
Tudo está fechado em redor - ao redor
de cada um!
Foi traido pelo mundo.
Negaram-lhe uma estrela.
Mais longe foi seu grito d'infinito ...
Os tumulos estão fechados!
Os mortos em suspenso!
Tudo parado à meia luz ...
E onde está Jesus?! Onde?!
Eu não gosto de Sábados!
Sabem a despedida ...
Porque lhe chamam santo se nele
somos impotentes?!
Já não sei a quem rezar!
Não há gaivotas nem marés ...
Jesus mandou-nos esperar.
A espera é tranquila, porém, triste.
Não lhe vejo ter um fim ...
De que valia dizer-lhe que não fosse,
era seu, o destino de ter que ir ...
Não gosto deste Sábado!
Quero um amanhã mais cheio de poesia
sem morte nem silêncio.
Porque esta é a noite em que a vida gera
Vida!
A morte é decepada ...
O negro cortejo de sombras desvanece ...
Aleluia! Vai-se a noite, virá o dia ...
A praça São Pedro vazia
Fria
Num silencio profundo
Gemia as dores do mundo
Os cantos pareciam rogar
Oriundos do homem que chora
Que sofre
Mas ali estava Francisco
Prostrado
Aos pés do crucificado
Rezando por mim
Por ti
Devolvendo para a humanidade
A esperança no Ressuscitado
É Páscoa, é Libertação
Somos todos irmãos!
Silêncio.
Venha e me beije,
pegue está canivete a sua frente,
me olhe nos olhos, eles me incentivam a isso.
Eu sei que você quer, você sabe que eu quero.
Não me diga que é tarde, não me faça voltar atrás,
apenas me ajude a fazer isso,
você me beija em silêncio,
e crava em meu peito.
Mas eu não sinto dor,
não sinto arrependimento,
não sinto tristeza,
não sinto paz,
eu apenas lembro de você nos meus pensamentos,
todas as brigas, os momentos,
cada um deles passando como filme em meus olhos,
você não está ali comigo,
estou sozinha no chão coberta de sangue,
você apenas esteve em minha mente,
e todas as brigas foram um incentivo,
mas minha loucura me fez pensar,
que você me ajudou a cometer o que eu não tinha coragem de fazer.
Fecho meus olhos,
e lembro dos seus olhos pela última vez.
Eu não tenho medo da morte,
eu apenas quero um abraço,
quero o conforto de um colo,
e sei que ela é a única a me fornecer isso...
Dentro de mim
No silêncio letal que me persiste;
Há um mar de quietude;
Meus vagares são plenitude;
É a fuga só d’um homem triste;
Por vezes, chego a ser rude;
Quando interrompido ou indagado;
meus pensamentos, não pergunteis;
São abstratos, só em mim existem.
Minh’alma se divide em paz e disputa;
Mas, em meu silêncio, alguém me escuta;
Não se cansa de ouvir, nem de mim desiste.
Em fiel atenção interior;
É onde despejo a minha dor;
Na certeza que não seja propagada.
É paciente, nem se quer reluta ou indaga;
Minhas angústias ou estórias de amor.
Afinal, quem sou eu, quando me escuta;
Na minha fortaleza interior?
Um brilho escuro na escuridão clara
Um barulho silencioso no silêncio barulhento
Um tempo corrido sem ter passado um momento
Uma vida vivida sem ter estado vivo...
Buscando um futuro estando preso ao passado
Esqueci de lembrar, lembrando do não-recordado
Uma vida dura sendo uma vida flexível
Uma vida impossível mostrando que é possível.
Assim É o meu mundo sem ser meu
Assim é minha mente fora de mim estando em mim
Assim sou eu sem saber se sou eu
Assim é minha vida confusa estando orientada.
É no silêncio da madrugada que posso ouvir as batidas do meu coração, até posso sentir o fluxo de sangue nas minhas artérias, veias e vasos.
É na escuridão da madrugada que vejo o oculto e imaginável.
É na calmaria da madrugada onde minha mente mais trabalha, transformando sonhos em planos reais.
O Silêncio
Temer o silêncio, temer a quietude,
Sentir-se incomodado quando calado perto de alguém. ..
E difícil suportar o silêncio.
Vem a ânsia em falar e preencher o vazio,
para ficar tudo bem.
O silêncio remete a solidão, abandono, rejeição.
É comum preencher o vazio e conversar,
Buscar o bem estar no falar.
Somos desacostumados com a quietude.
Contudo, silenciar é importante,
Ouvir a voz dos anseios d’ alma,
O sussurrar dos desejos,
Ouvir os sons do entorno e o silêncio do outro,
Suportar o inquietante.
Dar espaço para novidades e possibilidades,
Não viver o mesmo que antes.
Ah silêncio, Como preciso de você!
Vc me diz tanto, me ensina em demasia me tira o véu de minha própria essência.
É quando sou mais eu do que nunca, faz desnecessária toda companhia fútil e fulgaz que um dia erroneamente julguei ideal.
Mas o ideal não existe, não pra mim
Talvez só o silêncio chegue perto
A priori assusta vendo nossa alma desnuda sussurrar a verdade
Porém chega uma hora que a falsidade já não tem lugar a mesa e somente o real, tão somente a verdade nos sacia
Oh como te apressio
Agora me conheço, temos uma boa relação, meu corpo e mente.
Do meu futuro almejo a plenitude sem a expectativa da tomada de amores avassaladores
Apenas a graça e a paz de caminhar ao entardecer
Que minha liberdade transborde em meus escritos e a dança incessante das palavras nunca acabe
Que a cada regresso o silêncio aprecie minha chegada e me faça companhia
Ao fechar os olhos ainda espero que a velha estrada esteja lá e que eu descubra aonde ela enfim me levará
Em Agosto
Ouço as vozes que cantam
E em silêncio elas derramam
Lágrimas quentes pela manhã
Por horas é o para sempre
E por horas penso em te ver
Simplesmente para abrir a boca e falar
Em agosto eu toquei os céus
Com as mãos em chamas
Voltei de um dia claro e frio
Quando se vive a verdade
Belas palavras são só palavras
No fundo de um precipício
É o que eu sinto antes de tudo
Amor, paixão ou o que tiver que ser
Realidade é a cor dos meus sonhos
Diga o que tiver a dizer
Quando estamos juntos
Atenção é o seu sobrenome
Aonde cada suspiro é um poema completo
Respiramos como recém-nascidos
Assobiamos como pássaros
No laço dos seus braços
Diga que ainda vai me proteger
Quando o dia tiver partido
Nos olhos me perco
No perfume me enveneno
Em tudo e em todas as coisas em que te vejo
MINHA PESSOA INGRATA
Em rua deserta me encontro.
Solidão. Silêncio. Sofrimento.
Tudo em mim é tão muito!
Tudo em mim é intenso!
Nenhum som me ensurdece.
Nenhuma luz me encandeia.
Vazio. Ausência. Falta.
A cor de uma vida cheia,
Que outrora corria em minhas veias,
Agora se sente exausta.
Falta de ar me sufoca.
Peito em chamas me queima.
Passado já não tem mais volta.
Presente a mim trapaceia,
E a sina de quem já fui tantas
Agora é viver-me alheia!
Que fazer de mim, que não sei
Quem fui e quem já não serei?
Se tudo que me alegrava,
Já não faz sorrir quem amei:
Essa minha pessoa ingrata
Que fui e que não mais serei!
Nara Minervino
Mãos do meu Destino -
Há em mim um grito de infinito
no silêncio que me veste a solidão
há qualquer coisa de vento
numa voz que me fala ao coração.
E há um suspiro feito de água
num olhar que me toca o pensamento
há um gesto ferido e meigo
que pesa triste sobre o tempo.
Há um adeus de asas paradas
junto às mãos do meu destino
que me acena com um lenço,
desde sempre, no caminho ..
"Bom dia"🌹
Amanhecer contigo.
O silêncio é tão bom.
Nada a dizer que o olhar não diga.
Não digamos nada.
Podemos fazer tudo.
O que te a mim apetece.
Seja feita nossa vontade.
No prazer do nosso silêncio.
É tão bom teu corpo sobre o meu.
É tão bom te ver ainda sem vestir.
Olhar e em silêncio dizer tudo.
Seu olhar é um desejo que eu sinto.
Como me desejas, eu nem acredito.
Como é bom ter você aqui.
És um tudo!
Que minhas mãos tocam.
Escreverei sobre ti.
Não serás um livro,
Não quero que te fechem.
Mas um poema e vários.
Te amei e te amarei.
Na escrita do teu sentir.
Assim!
A te, com o mundo divido.
Em silêncio.
Basta que sintam.
Que sintam amor.
E se não quiserem chorar.
Que não as leiam.
Pois na tua escrita eu choro.
E nessa escrita estão minhas lágrimas.
A felicidade fostes tu,
O prazer fostes tu,
O amor ainda és tu.
O silêncio ficou em mim.
Nele eu tenho você.
Não digas nada!
Não digas nada!
Teu silêncio e um abraço.
E podes tudo.
Tudo que há em mim.
José Henrique 🌹
Eu vejo você!🌹
Você não pode me ouvir,
Meu "te amo" é no silêncio.
Não podes cobrir-me de beijos,
Só eu sinto como sinto o teu abraço.
Foi revelado só a mim,
Tu não sabes e não saberás por mim.
Deves por ti saber,
Assim como foi-me entregue,
Assim tu saberás ou fim.
Não tens culpa deste amor,
Que sem ti ainda é dor.
Eu te vejo perdida,
Eu te vejo chorar,
Eu te vejo amar
E nem posso chorar.
E enquanto tuas lágrimas caem,
Por alguém que não te vê,
Eu te vejo amar,
Eu sinto o tamanho do teu amor,
E como é lindo teu amor,
Cego ainda não me vê,
Mas é lindo teu amor.
Estou eu na tua frente,
Teus olhos não podem ver o meu amor,
Cobertos por lágrimas,
Não são minhas.
Teus sorrisos sim, estes são meus.
Eu sei!
O amor pode machucar
Mas é o que eu tenho
É só o que tenho para dar
Mesmo que leve uma vida inteira
Eu só te darei amor
Ele te fará me ver.
Guardarei você para mim,
Quando estiver no teu olhar,
Quando em teus olhos,
Eu puder me ver.
Quando o amor te tocar.
Ou fim!
José Henrique 🌹
No silêncio de suas cores .
E quando a noite enfim pousou
Não envaideceu, assim percebeu
E era o mesmo assim anoitecido
Não esmoreceu com a escuridão
A vontade de viver não empobreceu
E mediante o olhar da noite
Viu que não nem sempre era a luz do dia que a trazia com a mais bela visão.
Era a escuridão de seus olhos fechados e silenciosos que a trazia com perfeição.
Tinha de ser de forma pura e distante,
Apenas a lembrança de que ainda e sempre existirá.
Doce você, doce e silencioso amor que resiste ao tempo e a feriados sem destino.
Se ao olhar os quadros em um stand não vejo cores é porque não há cores ali para mim.
Olhar para todos e não ver ninguém, é que não há ninguém para mim.
Ver a mim assim no sempre eu comigo mesmo.
Não esmoreceu, não envaideceu e não empobreceu o que aconteceu.
Não me recordo o dia que parti, pois sinto que nunca o fiz.
O rosto da chegada é bem mais claro na minha lembrança e assim fica.
E apesar da solidão, é o silêncio mais prazeroso de alguém.
É nele que pinto os diversos quadros de sua lembrança.
Todos em todas as formas e cores, sentimentos e dores.
Com tons suaves e fortes misturados as cores de um amor que só a vida pode colorir.
E por mais distante, noite ou dia,
Escuro ou claro, continuo a pintar quadros de muitos sonhos .
Do amor que calado apenas sente,
O silêncio de suas cores.
José Henrique
Nesta Noite!!
Senhor!!
No silêncio desta noite, venho agradecer- te pelo cuidado, pelo seu amor e proteção,pelo seu amparo aos meus e a mim.
Que possamos preservar-nos, sempre na fé e na esperança, e na caridade
Que estejamos firmes na simplicidade e na humildade,no amor e na solidariedade
Que possamos estar sempre com os nossos corações limpos e livres,para que possamos caminhar com serenidade, e levar o amor
Que possamos através de cada gesto e de cada palavra, exalar o seu amor e darmos testemunho da nossa gratidao.
A gratidao traz a humildade ,traz a consciliacao, a prudencia,e a prudencia traz a ordem, o que lhe agrada o coraçao.
Quem caminha na luz, obtem mais recursos e sabedoria,e tem a sua presença constante e a alegria do Senhor
Que possamos ser melhores a cada dia ,caminhar rumo a evolucão
Venho pedir- te luz e paz para mim e para os meus,para a humanidade
Pedir-te pela união de todos os povos
Obrigado senhor por sempre me escutar
Obrigado pelo seu imenso amor.
Gratidão ,Gratidão Senhor .
Simone Vercosa
Eu me sentia vazio,
A solidão me consumia,
Era só eu e o silêncio sombrio,
Eu chamava e ninguém me via.
Foi então que no meio de muita insegurança,
Surgiu para mim uma luz de esperança,
E preencheu o vazio do meu coração,
Acabou com minha solidão
Era você,
Era o amor,
Era simplesmente incrível
Era tudo que me faltava.
E sem dúvida,
Você coloriu minha vida,
Preencheu o meu vazio.
Obrigado,
Por ser esse amor de pessoa,
Uma pessoa brilhante.
Espero que a sua companhia seja eterna,
Mas se não for,
Não importa,
Podemos aproveitar o agora,
Por que com você a minha vida se tornou mais bela.
BARULHO
Um minuto….
A cada três
Um minuto…
de silêncio,
pela mãe pretaSeverina
Que encara de frente,
mais uma vez,
A sua sina
Quinhentos,
Quinhentos anos de silêncio
Sob o jugo do capitão do mato
Os grilhões,
as correntes
Cento e trinta
Quem aguenta?
Quase um século e meio
De tormenta
Livres das correntes de ferro
presos às correntes sanguíneas
à miséria da favela
asfixia!
Moral, letal!
Vão-se Pedros, Joãos, Marias, Anas
Silvas com suas histórias interrompidas
...“pow”
Três ou treze,
A bala
Sempre perdida
Só se recorda do caminho errado
E, de três em três
Minutos
Lá está
Um minuto de silêncio? Por quê?
Apenas mais um,
Somado a uma vida
Que se findou
Calada
Somado ao grito calado
De um coração materno arruinado
Pela sede de vida e de morte
Que levam às polarizadas
Extremidades
Correntes elétricas
O desespero...
Alocado ali, entre o peito e a garganta
Junto a tudo que jamais se pôde dizer
Não!
De silêncio…
Basta!
É preciso barulho
É preciso muito barulho!
Para que, das entranhas da devastação
Reverbere a igualdade
A voz com gosto de sangue
Retida
Barulho que desnude
O gosto amargo
Da falta de sabor
Da vida de milhões…
Que, vivos
Morrem um pouco
a cada minuto de silêncio
Muitos...
Muitos Minutos de Barulho!