Texto Sobre Silêncio
"O Silêncio"
Não sei definir se como bom ou ruim...o silêncio me lembra omissão por exemplo, algo ruim...algo não dito as vezes pode magoar muito mais que palavras sinceras, mas o silêncio também pode ser muito bom, como naqueles momentos de um abraço, um beijo carinhoso onde só se escuta a batida do coração...
Em silêncio arrastada por lembranças que me seguiam,
Ainda lembro-me dos dias tristes... dos tristes fins de dia...
Onde minha alma falecia e minhas lágrimas em mim doíam,
Onde o corpo inerte não mais sorria... cruel agonia minha,
Me transformou em melancolia, tirou de mim a última gota de alegria!
Como vai?
O silêncio bateu em minha porta
Chamando-me de pai
Agora vi as diferenças
Entre o mundo e eu
Minha mente forte e sempre tenho idéias boas
Vira-se
Olhe em meus olhos
Não quero pisar em meus próprios pés
Grita se for preciso
Já trabalhei duro hoje para conquistar meu sossego
Em meu tempo de silêncio
Entendo meu coração
E eu também ficaria em silêncio
É até bonito ser assim
Caminhando sobre qualquer espinho
Não me importa o quão fundo fura
Continuarei pisando forte
Em passos leves
Que bom reencontrar a paz
Mas entenda, ela sempre terá que partir, para que haja evolução.
E ela sempre partirá quando você precisar
Esteja pronto para reconquistá-la
O silêncio me protege do caminho rumo à desintoxicação.
Os tempos de empolgação de meu coração acabaram.
meu silenciO
No silencio da noite eu caminhava
E sempre, na minha dor trazia.
O sereno daquela noite fria
Que o silencio sobre me deixava.
O silêncio da noite me fazia
Eu sentir da razão, a incerteza.
E a causa de toda essa tristeza
Era o vento, a brisa que trazia.
E eu, tão triste, contemplava a rua.
Sonolenta, no clarão da lua,
Que talvez dissia para mim:
Vai poeta, nesta longa rua.
Que pra mim, a vida continua.
Mais tua vida, estar chegando ao fim
O verbo naufraga em silêncio
[como de costume]
E eu, avessa a tudo
Levo comigo o cofre com os meus sete desejos
Não há vírgulas enquanto sigo viagem
Há um único e maldito parágrafo
Que grita sem misericórdia!
E eu! Eu hemorrágica!
Nada estanca os delitos
Que saem das minhas veias rompidas
Confesso meus homicídios, mas não peço perdão
Há lacunas, há culpa, há sulcos em minha testa
(e há vultos passeando pela minha sala)
Tempo, tempo, tempo
Lembro salmos, provérbios, versículos
Percebo que desenho minha própria caricatura
[e não vejo graça alguma]
Continuo sangrando e quase desfaleço
Apresento os polos da minha versatilidade
Enquanto volto atrás e lembro-me que azar também é palavra
(mas que não se pronuncia)
Tento a sorte, então
E pergunto por deus...
[que mudou de endereço faz tempo]
Vê, Senhor, o meu olhar de súplica!
Trarias de volta a alegria da minha inocência???
E minha alma? Levaria de vez contigo?
Resgata-me com teus tentáculos de piedade
Ou,
Marca pra mim uma audiência com Cristo
Fala que sou poeta.
E desejo que ele escreva o prefácio do meu livro
Livro da Morte
Onde falo das minhas únicas certezas:
Do fim
Da decomposição da matéria
Dos ossos secos
Das minhas mentiras atenuadas pela licença poética
Ai de mim! Ai de mim!
No Livro da Morte
É onde escondo o meu vocabulário chulo
E os meus medos, os meus enganos, e todo esse meu ódio por ser volátil!
E por estar em um caminho sem volta
Mas há consolo, mas há poesia, mas há canções de amor por toda a parte
Então prossigo
Naufragando com um meio sorriso
Vou reticente...
Sempre.
Até achar o ponto.
Os meus ciúmes gritam de forma extrema dentro de mim mesmo e desperta o meu silêncio de forma seca e cruel com quem realmente mereça;
Mas minha consciência faz com que o arrependimento surja inesperadamente para que me faça mal;
E minha morada chama com louvor pela minha história que me sucedeu nos dias de luta para agora me trazer os dias de gloria;
Eu sou um silêncio, a inércia do universo, o vácuo, reverso ao som, O que é o silêncio? Um milagre? Pra alguns um dom.
Posso ser tudo, mas sou um nada, sou um silêncio, nada além de uma possibilidade, complexo de entender, sou um nada, mas sou uma possibilidade, realidade abstrata, nada mais retrata senão a confusão, do nada, do silêncio. Sou um silêncio, sou algo, mesmo sendo nada.
Sonho de um Mundo Melhor
No silêncio da noite,
Na escuridão do quarto
Me deito, relaxo e adormeço
Viajo para outra dimensão
Meu espírito muda de endereço
Sinto uma grande força
Energia que me faz muito bem
Neste plano, o amor reina
A paz prevalece guerra não existe
Onde todos são irmãos
Um mundo sem ambição
Amanhece o dia
E ao despertar, um choque
Vejo que tudo foi fantasia
Fantasia que não é impossível
Se todos nós que sonhamos
Colocarmos em prática
Um sonho de um mundo melhor
Fabiana Cruz poetisa Salvador-BA
Férias de Verão
PARTE II:
Seguimos o caminho de casa em silêncio. Viramos algumas esquinas e chegamos em frente à nossa casa de praia. Entramos em casa em silêncio, para não acordar os demais.
- Então, boa noite. - ele me disse.
- Boa noite. - respondi.
Fomos dormir.
Na manhã seguinte, acordei e peguei o celular pra ver as horas. Eram 6:30. Achei cedo demais pra levantar, então fiquei acordada olhando para o teto. Então eu ouvi barulhos e vozes. Reconheci a voz do Diego e do irmão dele. Então levantei, troquei de roupa, e estava indo em direção à cozinha quando ouvi o meu nome e parei pra escutar o que diziam. Era a voz do Diego.
-...Sabrina me disse que não teve importância pra ela.
- Mas então ela não ela gosta dele. E também eles se conheceram na noite passada né. Acho que é coisa da tua cabeça, mano.
- É, pode ser. Mas ainda assim... Queria poder falar pra ela o que eu sinto. Queria que ela soubesse isso, mas não dá, não posso falar.
- E por quê não? O que te impede?
- Eu não sei, tenho medo de assustar ela, sei lá.
- Assustar?
- É, eu não sei se ela vai entender. Talvez ela se assuste com a ideia de ser alguém bem mais velho. E eu também não se isso é certo. Eu não sei se aceito isso mesmo, esse sentimento que tenho por ela. Ela é mais nova que eu, menor de idade, ainda por cima. Os pais dela talvez não aceitariam, nossos pais talvez não aceitariam, e o pior, é se ela não aceitar. Eu não sei se ela gosta de mim. Eu não sei como falar tudo isso pra ela.
- Sabe, Diego, eu acho que isso é tudo ideia da tua cabeça. Cadê aquele cara que sempre dizia que a idade não importa, mas sim o sentimento? Quê que tá "pegando" agora?
- Eu não sei. É difícil dizer.
Nesse momento meu estômago despencou e subiu e revirou tudo ao mesmo tempo. Então ele também gosta de mim. Meu Deus. Me acuda. Então eu resolvi parar de escutar, antes que alguém me descobrisse. Entrei na cozinha.
- Bom dia.
- Bom dia. - disseram em uníssono.
- Bom, eu vou sair com a Clarinha, dar uma volta. Até mais, gente. - disse Beto, já sumindo.
- Então, dormiu bem? - perguntou Diego.
- Sim, e você?
- Também. Teve bons sonhos?
- Não tive sonhos, e você?
- Também não.
Terminamos o café. Cinco horas depois já estávamos todos arrumando a mesa para o almoço. Então, mais tarde, fomos á praia. Diego e eu ficamos um pouco, acompanhando seus pais, seu irmão e sua sobrinha. Então Diego disse:
- Gente, eu vou levar a Sabrina pra dar um volta, talvez a gente vá na casa do Ruan, e depois no fim da tarde a gente volta, beleza?
Eu fiquei surpresa, mas acompanhei ele. Casa do Ruan? Fiquei ainda mais surpresa. Não sei se eu queria isso. Já no caminho, eu disse:
- Não sei se quero ir á casa do Ruan.
- Tá, tudo bem. Se não quiser a gente não vai. Também não sei se quero ver ele.
- Por quê não?
- Sei lá, não quero.
- Então por quê disse que íamos á casa dele?
- Só disse pra poder vir embora e ter uma desculpa pra dar pra minha mãe. Mas você queria ficar?
- Não, tudo bem, por mim tanto faz. A tua vontade é a minha vontade.
E dei um sorriso confiante. Então ele perguntou:
- Você é afim de alguém?
- Acho que sim.
- Acha?
- É. Na verdade já sou afim desse cara há um bom tempo.
Diego pareceu desmoronar aos meus pés. Fiquei com vontade de dizer á ele que esse cara era ele. Eu queria muito dizer, mas eu não sabia como.
- Diego... Eu tenho uma coisa pra te dizer.
- Pode falar.
- Algo importante.
- Ta o.k. Fala aí.
- Esse cara de quem eu tô falando, de quem eu tô afim um bom tempo... É você, Diego.
Nao é por nada que o primeiro som da vida é o choro
e que o último seja o silencio.
Nascemos desesperados num mundo débil.
Morremos perplexos ao ratificar a imprecisao da alma.
Nascemos sós
Morremos sós
Somos apenas um par de almas a travar linhas imaginarias
Um par a descrever todos os detalhes, a resolver todas as incógnitas, a seduzir as palavras.
Somos apenas um par de lembrancas, gravadas em um pedaço de jornal, ou mesmo em memoriais recém esquecidos.
Somos apenas um par de corpos, misturados a uma multidão de transeuntes apressados pelo badalar do tic tac, envolvidos pela perpetuação, pelo desejo.
Somos apenas um par.
Eu, e minha mente.
O Par mais solitario e mais completo que ja vi.
Nascemos sós e morremos sós.
Mas como o fizemos de forma tao fiel!
Casa majestosa e velha...
Melodia em silêncio provocada pelo vento
Folhas de todas as cores espalhadas pelo chão
Despertam qualquer lamento naquela casa velha
Escura e mal-acabada, outrora fora uma casa charmosa
Agora não tem cor, paredes gastas, descascadas
Apagadas pelo tempo, distante, sozinha, vazia
Já sem dono ou talvez tenha sombra de quem
Foi bela e amada, agora é escura, triste nesta noite
Chuvosa, sem meio, sem fim, destruída sem ilusões!
A noite avança com os olhos cansados
silencio da rua é medonho e tristonho
Madrugadas das memórias veladas
com lamparinas de azeite, onde não se vê
que se sente, "mas" sente-se tudo que se vê
Perderam a esperança dos bosques, das serras
nunca habitadas cada vez nascem menos deuses
duendes, escondidos entre as fragas, giestas,
sobreiros, choupos, cultivam os seus jardins floridos
Onde grita os ventos nos muros da noite
toca o sino da torre da igreja, almas em desespero
dos desafios, cansaços ,incertezas e destinos
de alguém que parte para nunca mais voltar.!!
Olha pra mim e me escuta..
No silencio da noite meu coração chama por você fico quieto no canto sentado observando.. o céu estrelado, sereno morgado ,olho a estrela que dei seu nome ,e a sua falta me consome, pensei que tudo era eterno, vi o meu castelo gigante e belo se desmoronar ante a profunda falta sua, toda essa dor e pior que o romance do sol e a lua, que passam a eternidade sem se ver separados pela noite e o amanhecer.
DESABAFO.........................................mel
Quero meu silêncio de volta
Teus gemidos me sufocam
Teu falar incerto me agoniza
Tua insistência me martiriza
Tuas repetições me derrotam...
Quero meu silêncio de volta!
Teu sorriso tão escasso
Não preenche meu espaço
Essa ansiedade desvairada
Deixa minha paciência minguada...
Quero meu silêncio de volta!
É que já não cabe mais em mim
Todo teu padecer incompleto
Que vem de angústias repleto
De vazios pensamentos sem fim...
Quero meu silêncio de volta!
Como vou de ti me distanciar
Se a tua fala só eu sei interpretar?
Deste seu “eu” quem irá cuidar
Se no silencio eu me afundar?
mel – ((*_*)) 10/01/2014
Silêncio feito de ausências, renovadas do caminho
palavras suspiradas embriagadas, desviadas da mente.
Continuidade do amparo de tantas decisões,
deixadas e esquecidas
à porta da igreja, fechada, perdida na dor da saudade.
Onde rejeita, pisa, mata, arrasta o tempo, suja,
urros de gritos, maldade vazia, lábios serrados, fechados.
Noite fria, onde a neve cai suspirando sem soluços adormecida
míscaros no chão, come o javali onde é caçado e comido.
Caçador furtivo, escondido como um animal selvagem
procura o lobo solitário perdido da alcateia no monte.
Velhos sabores, cheiros floridos de vários trajetos sentidos
inspiração de novas poesias, sem ilusões, sem murmúrios.
Noite gasta de risos, de lágrimas, promessas sem fôlego
ouve ao longe o sino tocar, a chamar a gentes da aldeia.
Rezar às alminhas com devoção de todas as incertezas
sem medo dos labirintos, receios da paz que invade a mente!
Nas horas difíceis
No silêncio, ouço cantos
Que acalma minh ‘alma
E levam-me a refletir
Partes da vida
Onde ocorreram feridas.
Em cada uma delas
Percebo que não estive sozinho
E mesmo, diante tanta dor
Contei com um amor
Silencioso, acolhedor
Um amor amoroso
Que me afagou
E ainda, no sofrimento,
Sua paz foi meu cobertor.
Imaginar o momento, menos agitado, sempre causa aquele medo por causa do silêncio de brigas. Mesmo na pior desgraça de palavras desajeitadas, mas bem surradas, não quero que esqueça nunca do que reina. Nada interferiu nesse nosso amor, nem mesmo tantas interrogações consideradas enciumadas. Respiro fundo e tento deixar pra trás uma cegueira que nem combina com os olhos abertos de uma alucinação que tem o dom da caligrafia. Nunca, mas nunca mesmo, vou te deixar escrever tristeza, mesmo que venha de palavras aconselhadas. É amor que sente a força do hábito, que se enxerga nas dificuldades e que franze a testa esperando as pazes.
Eu te amo nervosamente, eu te amo absolutamente, eu te amo agarrada no cós da calça…
… de todos os seus oitos deitados.
[EVIDENTEMENTE SUA]
~*Rebeca*~
-
PARA IVO RODRIGUES JÚNIOR
(in memorian)
Momentos de silêncio...
Mas sua voz, para sempre, reinará.
O seu, o meu, os nossos ventos,
Transmutados estão.
Agora já não há mais tempo ou espaço
Dias incertos, lobas, estepes, verduras,
No entanto, o cheiro do mato e o pinhão,
Já que o céu existe, aqui continuarão.
Hoje e sempre nossas palavras, serão suas.
A vida realmente é “Gozada”.
Não podemos lhe ver em presença física
Mas você era legal, nós sabemos.
Talvez em alguma estação do ano,
Pode até ser na primavera, nos reecontremos.
Então, Voe! Sobrevoe sutilmente o infinito
Já que o finito, ainda que nossos corações
Estejam contritos, não existe.
Pois agora, atemporal, é todo o seu tempo.
Entoe com os anjos as mais belas canções
Estrela que brilhando está, no firmamento.
A cada palavra dita suspirei
Pari cada desejo
Cada beijo
E me deti
No teu silêncio como resposta
Vou enterrar aqui
O toque de veludo das tuas mãos
O cheiro forte do teu corpo vivo
As mentiras ditas em favor do amor
E os enfeites usados nas palavras do poeta
Quando quer fingir
Se todo poeta é um fingidor
Finjo que era amor
O que entreguei a ti
E a dor do"meu" poeta que deveras sente
Deixa na alma da mulher sempre donzela
Que pintou um arco-íris em aquarela
Imaginando que seria dela
Um homem tolo,poeta falso
Macho que mente.
Sem ti é estranho
Sentir este silêncio
O ar deixou de circular
O relógio parou
O tempo passou ao desespero
As sombras
Vieram fazer-me companhia
Oiço os gritos
Sinto falta dos gemidos
Procuro-te nesta casa vazia
E nada encontro
Quero encontrar qualquer memoria
Que traga-te perto de mim
Apenas encontrei este silêncio
Em formas de sombras!