Texto Sobre Silêncio
Sabe por que o teu silêncio me doi?
Por que é como se eu sentisse uma barreira entre nós, como se eu nao fosse boa o bastante pra saber o que se passa em tua mente, como se eu fosse frustrar os teus pensamentos.
É como se cada palavra que quisesse sair de sua boca estivesse presa por uma rede de sentimentos e que ao serem ditas só causarão ainda mais sofrimento.
A realidade é que quando você me fala sobre os seus sentimentos o meu coração pulsa em uma velocidade inestimavel.
Medo
Medo... Medo de não mais amá-la. De não poder ouvi-la mais em meu silêncio.
Medo de em meus pensamentos, eu não mais encontrar-la.
Medo de viver submisso há um sentimento desconhecido. De buscar, incerto da felicidade.
Medo de sonhar e minha mente fantasiar o impossível. De ficar doente e não mais te ter pra me curar.
Medo de ficar sem seus carinhos. De ficar sem seu abraço.
Medo de não mais sentir o doce delírio do seu beijo. De viver no intenso sofrimento. Medo da escuridão. De me perder no abismo sem sentido.
Medo da tempestade intensa em meu olhar.
Medo de tudo...
Medo da vida.
Medo...
Medo de viver sem seu amor.
Medo...
Medo de viver sem você...
O silêncio
Você saiu batendo a porta, praguejando alguma coisa, reclamando de mim. E eu fiquei olhando você ir, sem poder fazer nada, sem conseguir sair do canto. Você tava tão linda dizendo aquilo tudo pra mim. Gritava com raiva e doía ouvir, mas eu ouvi cada palavra que saiu da sua boca, fascinado. Tudo passava devagar e enquanto você andava, seus cabelos pulavam de acordo com seus passos e seu vestido parecia sambar – de um jeito meio aborrecido – no seu corpo. Eu não consegui parar aquilo.
Maior do que a dor de te ouvir dizer que tinha acabado de vez e que nada ia te fazer mudar de ideia nem mesmo se eu fosse correndo atrás de você, foi não conseguir sair do lugar. Eu simplesmente não consegui gritar o teu nome, pedir pra você ficar ou produzir qualquer gesto desajeitado que tomasse a tua atenção por alguns segundos. Meus olhos te acompanhavam e eu te via cada vez mais longe. Eu queria ter dito tanta, mas tanta coisa... só que nada saía. Onde mais eu ia arrumar palavras, quando todas tinham me sumido em plena madrugada?
Eu não conseguia ver nada mais do que seu vulto, agora caminhando tranquilamente, na beira do mar. Você molhava os pés e olhava para baixo, quieta, longe. Eu tinha tanto pra te dizer. Tanto, tanto, tanto. Eu pensava em você, em nós dois, em cada momento que passamos juntos e era tudo tão transparente, tão nítido. Mas eram apenas lembranças batendo forte na memória – e batiam com tanta força que minha cabeça doía, espalhando ainda mais a dor pelo meu corpo, me fazendo sentir por inteiro a sua perda - e agora eu estava sozinho, com minha paralisia e o mar.
Eu sei que você queria ter ficado, mas também sei que você não aguentava mais a minha teimosia de sempre, a minha mania de desobediência com a vida. Eu queria que você tivesse ficado ali comigo, pra que a gente pudesse ficar colado, como sempre fazíamos. A gente tinha essa mania de viver apertado, grudado, completando a metade que (antes) faltava um do outro. Mas do que eu mais vou sentir falta serão seus olhos implorando aos meus pra olhar lá no fundo... é que quando eu olhava, nunca me arrependia. Eu adorava olhar bem lá dentro e te ver. Adorava sentir seu coração voando, batendo rápido, quase saindo pela boca. Adorava quando te fazia sorrir com qualquer besteira; você ria tão fácil, sem sombra de dúvidas, verdadeiramente. Eu te adorava inteira. E é disso que eu mais vou sentir falta: você.
Dentro de mim, só passa o seu filme. Mas a gente acostuma. Em alguma hora passa – tem que passar. Agora, somos essa saudade que não cessa, que parece nunca esgotar. Só espero que você não esqueça o quanto fomos doces e como fomos duas vidas que se preencheram tão facilmente, sem esforços.
O mar silencia. As ondas quebram em meus olhos.
O amor é palavra.
O amor é sentimento.
O amor é imagem.
O amor é silêncio.
O amor é esperança.
O amor é espera.
O amor é paciência.
O amor é vivência.
O amor é experiência.
O amor é pai.
O amor é mãe.
O amor é irmão.
O amor é amigo.
O amor é conselho.
O amor é ouvido.
O amor é recordação.
O amor é beleza.
O amor é conhecimento.
O amor é realização.
O amor é aproximação.
O amor é compreensão.
O amor é entendimento.
O amor é conciliação.
O amor é satisfação com o outro.
O amor é entender o outro.
O amor é compreender o outro.
O amor é comemorar com o outro.
O amor é necessitar que os outros compreendam o amor e exercitar a paciência para esperar que isso aconteça.
O amor é um estímulo que nasce e quer que o conheçamos em todos os seus detalhes e realizações para sermos verdadeiramente felizes. É uma realidade que nos espera,sem pressa, dentro do nosso coração e dentro da nossa mente.
O amor é infinito e necessário.
Cale-se e me beije
No silêncio de uma boca
Que ainda beijo
Sinto o gosto do desejo
Dessa boca tenho medo
Quando ela começa falar
Vê lá o que vai dizer
Vê lá o que vai falar
Na vida tenho uma certeza
Uma palavra proferida
Nunca poderá voltar
Vê lá o que vai falar
A boca que ainda beijo
Mata meus desejos
Sem precisar falar.
Te conheci distante, no seu olhar encontrava um oi,
Continuávamos com a comunicação em silencio,
Tornávamos aos poucos participante do nosso mundo.
Tudo era chato quando superficial, e você dava profundidade a tudo.
Quero continuar aprendendo e descobrindo os passos da vida do seu lado.
Peço um favor, assim como amor divino nós conforta para todo o sempre;
Nunca deixe de ser assim, simples, sincera, perseverante e disposta a se recompor e refazer tudo novamente.
Em uma busca infinita de paz e reconciliação entre os que amam.
Jesus também me disse que gosta muito de você.
(Dedicado a Isabel Samanda da Rua José Eufrásio)
O SEU SILÊNCIO
Porque não fala comigo, anjo?
Porque não ouço sua voz?
Eu que tenho em ti todos meus sonhos.
Vozes me dizem não poder falar...
Primeiro foi um homem e agora uma mulher.
Não acredito em ambos e não desisto.
Fale-me, anjo!
Enquanto isso faço poesia do seu silêncio.
Mesmo quando não é voz, vem um som...
Um que se repete, ecoa em minha cabeça.
Enquanto isso faço poesia do seu silêncio
E esperança da nossa fé.
Apendi que se aprende a errar,
que crescer não significa fazer anos,
que o silêncio às vezes é a melhor resposta,
que amigos conquistamos sendo nós mesmos,
que os verdadeiros amigos estão conosco até ao fim,
que não se espera que a felicidade chegue,mas procura-se;
que quando penso em saber tudo,ainda não aprendi nada,
que a natureza é uma das coisas mais perfeitas da vida,
que amar significa dar por inteiro,
que apenas um dia pode ser mais importante que muitos anos,
que se pode falar com as estrelas,confessar-se à lua e viajar além do infinito,
que é necessario sonhar e procurar realizar esses sonhos é ainda mais necessário;
que se deve ser jovem toda a vida,
que o nosso ser é livre,
que o julgamento alheio nada importa, o que realmente importa é a paz interior,
que Deus nada proíbe em nome do amor e
que Deus sem mim é Deus,mas eu sem Deus nao sou nada...
CALMARIA
Horizonte calmo
Sem promessas
Mar sem riscos
O silêncio se contém
E não quebra um graveto.
O barco segue
Sem que se ouça
Os batimentos das águas
Cortadas nos dois lados
Da embarcação.
Tento e não consigo,
Cubro a cabeça com a camisa
E não consigo ouvir
Os batimentos do coração.
Com o cuidado de uma agulha
Vejo o meu lado esquerdo
Subir e descer.
Será minha respiração,
Será do meu coração
Quietos, silêncio das mãos.
UMA TENTATIVA
Revolva-se o bom do tempo,
Todo silêncio.
Estanque-se os batimentos dos corações,
As pancadas das águas no fim do mar,
Silencie a abelha em sua arquitetura
Doce, doce.
Clareia e o mundo guisa, e faz barulho.
Quando não se emudece com o teu grito.
Tempo, para o silêncio,
Ou dá uma trégua
Da comoção de se estar vivo.
Vivo e só.
Morto e vivo, uma contracena,
Mentiras reveladas ao vento. Deus,
Feridas sem o vermelho rubro,
Tampa que não cobre a extinta morada.
De vertentes escorra, repúdio –
Tal como acostumaram a morte.
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naeno*comreservas
Às vezes
Às vezes buscar palavras no silencio é a melhor forma de obter uma resposta.
Às vezes acreditar no inacreditável é uma forma de torna possível o impossível.
Às vezes o fracasso não é o fim, apenas o inicio de um futuro desconhecido.
Às vezes descobrir um segredo nem sempre é o fim de um mistério.
Às vezes o reconhecimento não quer dizer aceitação.
Às vezes a força é a maior fraqueza.
Às vezes o desanimo nos convida a ficar com a depressão.
Às vezes identificar não quer dizer reconhecer.
Às vezes não lembrar não quer dizer que esqueceu.
Às vezes entender não é compreender.
Às vezes viver não é necessário para se dizer que estar vivo, é preciso participar das atividades deste mundo seja elas insanas ou não.
Fria Madrugada
Nessa madrugada tão fria o silêncio consome a terra e o vazio que domina as escuras ruas e esquinas de cada lugar, da pra se ouvir o canto do silêncio, que surge como uma suave e tranquila melodia.
E como num passe de magica suje a luz do dia, que trás consigo todos os sons atordoantes da rotina do dia a dia.
E como por encanto vem o por do sol, ele se esconde para que possamos ver a beleza do luar. E depois lá esta ela de novo, a fria madrugada nos oferecendo o silêncio e o vazio das ruas e esquinas de todo o mundo.
MEUS OLHOS
Meus olhos não dão conta de vêem
O tanto de silêncio ajuntado
Encima de tudo, camada espessa,
Massa profunda, cheiro sem cor.
Meus olhos não cabem a visão
Dos teus, simulação de vertigem,
Porta fechada, desabrigo,
Corda fornalha, os meus tição.
E não dão conta da claridade
Luz de eletricidade,
Sem tamanho.
Nem choram o tanto dos teus,
Lembrança que me faz tentar,
Um choro, um pingo... Não sai.
Meus olhos não são do mesmo tamanho
Da solidão, sol a pino,
Quando de um galho de cima
Um passarinho me lembra
A calma do teu amor,
A lentidão do teu beijo,
O interesse regressivo,
Por ti, que já contei em resposta.
Por mais que eu abra os meus olhos
Tentando a visão do que sei,
Envolto em mim, passeia e queda,
Não, em altura, em largura
Em comprimento e fundo,
Eles decifram a visão do mundo compacto,
Que minha vida é.
Um alqueire, talvez menor,
Uma testada, talvez, menor,
A casa dos anões, talvez menor,
Mesmo em sendo, meus olhos,
Ainda são muito menores.
O SILÊNCIO
O momento esperado, o silêncio das ondas.
O sobressalto que o mar não tem mais para agora
Enseja com a minha coragem e minha própria tormenta
De navega-lo, remando o meu amor
Singrando, faltando-me a visão do porto.
Ainda não me digas
Se pernoito ou sigo
Deixa-me ver teus olhos na manhã
A minha pressa são a claridade nova
A tua boca falando por mim
E o mar não me diz nada assim
Do modo impenetrável
Como via a minha alma
Que já se alenta e se acalma, e se detém
Fintando a tua face docemente
Do que já virou fagulhas
O mar é só um refletor
Uma lembrança mais perto
De todas as manhãs que vão chegando
De todos os sins que de tua boca
Correm no vento e vão se espalhando
Pingando este céu de águas
Molhando os meus olhos de esperança.
UMA TENTATIVA
Revolva-se o bom do tempo,
Todo silêncio.
Estanque-se os batimentos dos corações,
As pancadas das águas no fim do mar,
Silencie a abelha em sua arquitetura
Doce, doce.
Clareia e o mundo guisa, e faz barulho.
Quando não se emudece com o teu grito.
Tempo, para o silêncio,
Ou dá uma trégua
Da comoção de se estar vivo.
Vivo e só.
Morto e vivo, uma contracena,
Mentiras reveladas ao vento. Deus,
Feridas sem o vermelho rubro,
Tampa que não cobre a extinta morada.
De vertentes escorra, repúdio –
Tal como acostumaram a morte.
Mais uma vez, o silêncio invadiu minh'alma...
Meu corpo pede...
Minha mente implora por silêncio...
É sempre um prazer viver este momento...
No silêncio eu me descubro...
Descortino a oportunidade de navegar em meio ao mar interior...
No silêncio, as fantasias se vão... restando apenas o meu eu...
Todas as armadilhas da mente me levam a uma profunda inquietude comigo mesma...
Menos decisões, mais reflexões...
Menos tumulto, mais calmaria...
Hoje, quero ouvir a linda sinfonia do meu eu interior...
Não tenha medo do silêncio.
Ele é a sua voz ecoando sem ser ouvida por quem realmente deveria.
Você!
FALA
Sei pouco do que pensam que sei
Se falo a evitar o silêncio
Que se veste das vestes da morte
É que temo estar morto, e sem saber
Falando sei que estou vivo,
Estando calado, quieto, forjo um sorriso
Só para verem que ainda estou vivo.
E por desatino assim determinei pra mim,
Que a vida é a fala. Tanto que o morto cala,
E o seu silêncio definitivo é escabroso,
Afigura-se uma vontade de não mais falar
Estampada no seu rosto.
Também não e dado a quem já foi,
Deixar sua voz, outras palavras
Que tinha por dizer.
A morte é uma surpresa
E se percebe quando a boca se fecha,
E o coração se cala, como se tanto fez,
O que fez e sentiu, e tanto faz
O que não resta mais.
Qualquer estória, em qualquer pé
É um bom motivo pra parar,
A sua história fica pra quem bem quiser,
Falar, contar.
Calou-lhe a voz, foi-se a foz
Que espargia palavras, vida,
Que vida é falar.
M O I S É S
Progressivamente o silêncio foi tomando conta do mundo, onde caminhavam com passos leves aqueles itinerantes que já procediam de vários lugares do mundo, e tinham passado pelos mesmos pontos, para de onde estavam, davam. O guia sumira do meio de todos e tomara a parte inclinada do cheia de cratera, do lado direto, que já fora confundido com o mesmo lado esquerdo em suas voltas atormentadas.
Todos quietos esperavam o retorno de Moisés, que fora ao encontro de Deus, se atualizar de novas instruções, de como deviam ser guiados a um lugar completamente distante e cada vez ficando mais e mais longe. Uns variavam e juravam que aquele ponto onde estavam assentados para aquele resto de dia e a noite inteira, ele já conhecera nas tantas voltas que Moisés lhes impusera darem, para que se cumprisse o tempo determinado por Deus que durasse a caminhada.
O que se considerava era o tempo não o vão caminhado. Mesmo que tivessem de dar várias voltas no mundo. O homem haveria de purgar-se dos seus erros, de suas de atos e coisas, so que Deus abominava. Por isso agora lhes castigavam duplamente. Todos estavam mais velhos, alguns mal conseguiam trocar um passo, outros nasceram e cresceram na ambulante e não sabiam ao certo como era o mundo que alguns lhes tentavam fazer entender. Para eles o mundo era uma gangorra sem controle, que nunca lhes davam parada para descanso e que o descanso que teriam seria o daqueles velhos lá de traz, chagas e poeira por todo o corpo. Falta de forças, voz rouca e só provavam do maná de Deus, por alguém sempre lhes trazerem, ordens expressas de Moisés.
De repente Moisés aparece por entre os blocos de barro, descendo com pouca habilidade, enquanto alguns abaixo, ficavam, muito ansiosos, fazendo os gestos que era para ele fazer lá encima, como que lhe ajudando a descer. De uma escorregada final, que levantou muita poeira, Moisés saltou no caminho plano onde se encontravam os outros, em condição de miséria.
Havia uma ala já praticamente dissidente de Moisés, que lhe lembravam, da preocupação que tinham, porque Deus só se preocupava com o maná. O leite e o mel. No entanto, diziam, que não haviam ainda visto por parte de Deus a preocupação com a saúde, o estado de ânimo de nenhum, e isto lhes deixavam em condições de desproteção, uma vez que nem só de comida vive o homem, expressão que Cristo viera a utilizar muito mais à frente, mas essencialmente da palavra de quem da boca de Deus. E Ele não lhes falava, não lhes aparecia, e havia uma distância muito grande entre a fila de desertores e o seu Deus. Muitos já ficaram abatidos pelas intempéries do tempo, pelos malefícios dos esforços repetidos, das dores sentidas dentro, muito profundamente.
Moisés se recompunha, pegara das duas bandas de uma laje que havia se partido na queda final do guia. E lá, estampado, de forma clara e magistral, uma forma de pena para aqueles coitados.
naeno*
NO SILÊNCIO...
Se eu pudesse nesse silêncio encontrar
uma mão que se entrelaçasse à minha,
um olhar que no meu se perdesse,
um abraço que me aquecesse corpo e alma,
alguém que me amasse como sou...
Se eu pudesse nesse silêncio encontrar
vibrações com sons de palavras sensatas e verdadeiras,
a verdade dos meus sentimentos,
a harmonia entre meus sonhos e a realidade,
o sentido que cerca a vida que vivo...
Se eu pudesse nesse silêncio encontrar,
interesses sem o ranço do mesquinho,
a forma verdadeira da imagem que reflito no espelho,
o início e o fim dos meus pensamentos...
Se eu pudesse nesse silêncio encontrar um sentido...
Encontraria a mim mesma.
NOITE...
Lua, estrela, núvens,
sonhos, desejos, ilusão.
A paisagem é escura
tudo é silêncio,
tudo é paz...
Uma paz irreal,
uma paz quieta, calma,
uma paz sem paz...
NOITE.
Momento de pensar, sonhar
recolher do ser.
Momento de confronto,
confronto entre sonho e realidade.
NOITE...
Momento de viver,
momento se sonhar,
momento de ser...
Ser da noite...