Texto Sobre Silêncio
O Paradoxo do Silêncio
O silêncio traduz um tanto da incompreensão, um quê do pecado de se permitir elaborar uma linha ou duas de discórdia, destas que condenam nossos desejos e expõem nossas limitações.
O silêncio que irrompe na madrugada, difere do que se esgota no torpor do sonho, quando a imagem define “o tom” da fantasia. É persuasivo, quase que personificado no contorno de nossos dogmas existenciais, muitas vezes pouco pragmáticos.
O silêncio desenha em sua sinuosa ilusão de permissividade, o sedutor intervalo de sobriedade que irriga o sangue de nossas derrotas e o consolo de nossas mentes desertoras.
O silêncio golpeia a indiferença de faca em punho, ainda que esta possa esconder-se sob o artifício de belas palavras. Estas, ele habita, instiga, investiga e por que não, PALPITA, permite que tomem forma, cede generosamente seu lugar para que pulsem.
O silêncio é um espaço que converge para as rimas, que abriga um tanto do sorriso contido pela ânsia de seu preenchimento ou dispersão. É um antídoto contra a ansiedade.
O silêncio é o representante legal da criação, a gênese do saber, o marco zero de nossa sapiência tão relativamente dialógica. É pacifista, tolerante, conciliador. É o que pode diferir o esperto do sábio: "quem cala NEM sempre consente", ainda que se sinta que já não se pode sentir.
Há quem o veja paradoxalmente como agente perturbador, ou porta-voz (?) da indiferença. Mas o silêncio porta-se como o tempo, senhor de si e de tudo que rege, ponderado e cabível além de nossas falíveis tentativas de mesurá-lo ou de julgar sua legitimidade.
O silêncio ainda que subjetivamente reconfortante, inscreve-se no coincidente da alma humana – o pensamento – que assim como o tempo, é sempre um relevante aditivo em nossa frenética descoberta, ainda que esta só revele-se na inexistência das respostas que tanto racionalizamos, em intervalos de pouca (ou nenhuma) sobriedade de nosso ânimos.
Sistema Único de Saúde (SUS)
O silêncio,
O estrondo,
A festa,
A ressaca,
O silêncio.
O grito,
A dor,
O tratamento,
A doença,
Os sintomas,
O exame,
O desconhecido.
O médico,
A cura,
O fracasso.
Os desesperos,
O gemido,
O silêncio.
A tentativa,
A fuga,
A solidão,
O resgate.
A esperança,
A decepção,
O sorriso,
O fingimento.
O mistério,
A mentira,
O choque,
O sangue,
O risco.
O inesperado,
O choro,
O silêncio.
O cansaço,
A verdade,
O segredo,
O impacto,
O silêncio.
O inevitável,
Os sentidos,
O temor,
A simulação,
O desencontro.
O tempo,
A ausência,
A luz,
A descoberta,
O especialista,
O doador,
O coração,
O transplante,
A batida,
O silêncio.
O susto,
A rejeição,
O remédio,
A pulsação.
A festa,
A algazarra,
A abstinência,
A lição.
A minha alma é um silencio
de cinzas, de mágoas deitadas ao vento
não sinto, não vejo, nem escuto.
O meu coração que bate baixinho
já não sou mais quem eu era..e talvez nunca venha a ser..
cansada da longa caminhada, mesmo com fé
Mergulhei na noite escura, sozinha, escondida
de mim mesmo à beira de um precipício
de onde a mão de um anjo socorreu-me
Andei perdida, esquecida de mim mesma
sem pressa de encontrar o caminho
ouvi uma voz e continuei sempre em frente.!
SILÊNCIO
Sim
Estou de luto
Mas a luta tem sido tamanha
Que me faltam pulsos
Para quedarem-me os braços.
Sim, eu soluço
Eu divago em vultos
Mas não caio de bruços
A absorver impactos
- nem brutos -
Minha fé tem mais soluções.
Mais fraco é o curso
Não toco meu barco
- Flutuo -
Apenas escuto
E desvio dos sons.
O silêncio é um culto
Ao deus dos pagãos.
APRESSE
A lua tem gosto
Súbito
de silêncio
A propagar distâncias.
Falam-na plena
Em seu altar adjacente
Mas o teto de vidro
Quebra-se aos olhos de estampido
E ensurdece.
Aos notívagos
Serve aos mais vagos e vastos motivos
Todos eles, santos
Todos eles, tantos...
Mas a deusa da clausura
Estanca os ouvidos
E ausculta cada prece
Até corar a noite
Em dia amanhecido...
Ser poeta
É ser bicho
De nenhuma espécie.
Já é tarde agora,e o silencio se faz em volta
mas o meu coração pulsa e a minha vontade era de te ver sorrindo
já se faz alguns anos..
tudo se foi tão depressa
hoje sinto saudades de coisas que fazíamos juntos
já se faz alguns anos..
eu hoje penso comigo,porque tudo acabou?
era intenso,era forte,era verdadeiro
já se faz alguns anos..
sinto sua falta,sinto vontade de pelo menos te ouvir
sinto o vazio que deixou em meu coração ao parti
palavras frias de Adeus,palavras que doeram quando disse até.
já se faz alguns anos..
lembro como se fosse agora,a realmente agora...
já se faz alguns anos..
como o tempo passa rápido,eramos unidos e fortes juntos.
nós fazíamos um par perfeito,um encaixe sem igual.
já faz alguns anos..
o que falar de você,sinto apenas muitas saudades
e sei que esse seu novo alguém que está ao teu lado
está a te fazer feliz,pois você está com ele e não comigo.
respeito mas não entendo.
ainda existe amor em mim,não sei porque...
mas ainda existe,existe lembranças,teu falar,teu sorrir,teu cantar,
ainda existe você.
Já faz alguns anos...que não vejo você,que não ouço você,que não lhe tenho
já faz alguns anos...........
O silêncio aterroriza a alma.
O silêncio vazio é frio.
O silêncio é veneno
Que mata lentamente.
O silêncio é dor gritante.
O silêncio sussurra o que não se houve.
O silêncio é o suicídio do amor.
O silêncio não é a melhor resposta.
Não ele não é. Tenha certeza que não.
O silêncio é nada mais que o fim.
Silencio
Silencio
O silencio é sofrimento é o medo,
Aceitação, o calar de um segredo
É o respeito ao direito de não ouvir
É ficar, mas é o mesmo que partir.
É a pergunta que cala, ausência é omissão.
É o abandono, o sofrer sozinho é desengano.
É a Paz a tranqüilidade e é a natureza
A resposta muda, fria e ferina
Um grito gritado em surdina.
É sossego é o fim da vida já vivida
O termino da jornada é o cemitério
É paz é a resposta ao deletério,
É o abraço da pessoa mais querida.
É ouro do provérbio é sabedoria
É o momento da meditação
É vida amor,alegria e paixão
O calar da noite o fim da jornada
A vontade calada é a redenção.
É expressão muda de uma realidade
De quem não veio, mas deixou saudade
Do tempo vivido e já passado.
É a indiferença, é o ódio e o perdão
Uma dor guardada um rancor contido
Uma paixão calada do esquecido é a solidão.
É o luzeiro da cruz
A esperar com paciência
De acordo com nossa crença
Para nos dar sua luz.
É mais que a mudez do sensato
É o aconchego, a voz do ego, um ato
Uma declaração clara e explicita
Uma repulsa que grita
Um consumar do fato.
Pressuponho que o teu coração me quer em silêncio, mas que de tão dinâmico não se permite render-se a mim;
Mas com minha tese exequível de conquistar-te de modo que não sejas leviano ao teu coração...
Entendo necessário a resolução dos sentimentos nascente em nossa alma e desviando das palavras levianas em questão;
O teu silêncio fala mais alto que qual quer distorção em barulho destemperado que venha conjugar a intensidade de um sentimento;
O teu silêncio é a arma mais complexa que uma mulher possa usar para se defender...
O teu silêncio tens a força que desconhece julgamento prático que causa medo ao coração alheio;
È o silêncio do pensar, olhar e sentir buscando o melhor para si...
Este silêncio
Ah, este silêncio!
Aflora minha solidão.
Mas, confesso
Que há um gosto de sol da tarde:
Perto do amanhecer noturno
Que me agrada a alma
Que me ilumina à luz ao ser renascente
Do que leve se torna opaca
Ao que foi instaneamente
Meu.
E de instante e distante,
Neste exato momento, nada me importa;
Talvez a saudade me consola num violão
Em tons de lágrimas de notas ausentes.
27092013
Eduardo Pinter
JANELA ACESA
A moça se inclina sobre o parapeito,
silêncio, flor branca guardada.
Perdida de mim, a moça ausente me olha.
É a minha alma que ela espreme entre os dedos ferozes.
A moça habita o azul,
entre nuvens, anjos e pássaros, seu rosto sem sol.
Suspensa nos olha, atrás da vidraça, seu nicho de santa,
sua vida que eu não conheço.
De longe eu a vejo, princesa do céu,
enquanto estou preso em mim.
AO CAIR DA TARDE
Agora nada mais. Tudo silêncio. Tudo.
Esses claros jardins com flores de giesta,
Esse parque real, esse palácio em festa,
Dormindo à sombra de um silêncio surdo e mudo…
Nem rosas, nem luar, nem damas… Não me iludo,
A mocidade aí vem, que ruge e que protesta,
Invasora brutal. E a nós que mais nos resta,
Senão ceder-lhe a espada e o manto de veludo?
Sim, que nos resta mais? Já não fulge e não arde
O sol! E no covil negro desse abandono,
Eu sinto o coração tremer como um covarde!
Para que mais viver, folhas tristes de outono?
Cerra-me os olhos, pois, Senhor. É muito tarde.
São horas de dormir o derradeiro sono.
A fé não acaba... Talvez analise em silêncio a melhor maneira da esperança se adaptar a coragem...
E a determinação entre em ação para que não sucumba a descrença vivida por falsos invejosos;
Mas contudo isso ainda há esperanças de que uma chance venha nas asas da nossa própria credibilidade para que tenhamos a tão esperada paz...
Me compreendas
Ou me lambuze com os teus
Lábios umedecidos...
Em meu silêncio me desatina
Seja indecente adentrando ao pecado
Demonstrando as suas malicias
E devore-me sem presa
Sem medo
Sem pudor
Seja quente
No gosto que for
Te quero com amor
Ou até mesmo com dor
Que sejas de prazer
Contudo quero aprender
Domine os meus sentidos
Nesse caminho nunca fui vivido
Teu cheiro me enlouquece
Mas não há desalinho
Ao quê se sucede
Só desejos de você
Se não me amar irei morrer;
Oraçao do Amanhecer
No silencio desse dia que esta inciando, quero entregar a
nova semana nas Tuas Maos querido Deus, abençoe e ilumina
cada um desses sete novos dias. Esteja à minha frente, me
protegendo, me iluminando, e abençoando cada uma das
minhas escolhas. As vezes, nao sabemos o que pedimos,
mas o senhor sabe de todas as coisas e so Ele tem
condiçoes de conceder nossos desejos, de acordo com os
propositos que Ele tem para as nossas vidas, que assim
seja, amém!
(~Silencio~)
Me recordo daquele dia em que estávamos brigados.
No dia em que fui atras de você.
No dia em que tudo se transformou.
No dia em que a chuva me pegou de surpresa.
No dia em que você estava com aquele seu sorriso sem graça.
No dia em que cheguei em você, nós dois sós, naquele guarda-chuva, não resisti a chuva, aos seu cabelos, aos seus olhos em câmera lenta, a seu sorriso, a sua boca, não resisti a você. Foi um momento magico uma cena de filme que ficara guardado e que vagara em minha memoria ao longo de minha vida.
O meu silêncio no amor é um tanto barulhento
E as minhas ansiedades nunca foram escondidas
Os meus sentimentos nunca me ensinaram
A guardar só para mim
Se me entrego pelo amor
Só se assusta
Quem sente dor...
Oh... Mulher inocente
Venha me provar
E me tenhas como
O seu homem
Que te darei
Evidências para viver;
Tinha um silêncio que gritava sonetos mudos e ecoava pelos varais da noite.
Banalizou a voz, mas falava desesperadamente com os olhos que, lacrimejavam sonhos e aquele sorriso que a boca entorpeceu fazendo carinho na alma até que, não tinha mais o que dizer...
Só sentir o que vinha de encontro com a nudez de suas amarras!
A UM POETA
E vozes interagem o que escrevo!
Na minh’alma o silêncio corta,
Dizendo o que sou e o que devo,
Dos meus olhos já de água morta!
Sussurros estranhos igual ao meu?
Deuses choram versos mortos...
Não sou de brado igual ao teu!
Só canto as mágoas que conforto!
Nuvens, Poeta, cobrem o meu dia!
O sol de esperança, me é fantasia
Como as preces que clareia e sente...
Os meus segredos, eu te desvendo:
Penso o que pensas d’alma lendo
O que sou à boca já de toda a gente!