Texto sobre Pobreza
[miséria diz]
Aflora, dignidade,
pois quanta maldade eu vejo aflorar
a noite afora
no frio, no vácuo
morre na ponte
cai do telhado
queimado, sem teto
Aflora, dignidade,
pois toda a miséria é indigna
em casa, a forra
no seco, coberto
digno de gestos
cai da boca migalhas,
todo o pão
Eu insisto em esperar
Mais do que mereço
Mais do que é ofertado
Mais
Frustração
Quando vou reconhecer o meu lugar
Para que não precisem mais apontar
Fiz tudo o que esteve ao meu alcance
Pra mudar
Mas cada um tem aquilo que merece
Afinal, castas existem na Índia
E eu existo no Brasil.
Hoje minha vaca deu leite
Tá sol
É verão
Não tem sombra
Nem capim.
Mas chove,
E, na chuva,
a gente se molha,
mas a gente não bebe água
a gente se afoga.
A água desce morro a baixo
Mas a gente tá abrigado
Opa, caiu um ali
Acho que não tem mais casa
Porque foi levada
Ladeira a baixo.
Com a chuva
Não há mais casa
Talvez haja capim
Mas vamos ter que dividir
E nem vai nascer a jato.
Porque é Verão
Faz Sol
Não tem sombra
E nem trato.
Rico quando é sortudo
Inventa a sorte Chutar
Assim se apega a tudo
Para dos pobres xingar
Mais quando ver que já era
Começam se lamentar
Não sei quem fez a probeza
Pra de muitos se aproveitar
Mais sei que a natureza
Tem muitas lições a dar
Por isso morro pobre
Sem dos outros se gabar
Temos o suficiente.
Provérbios 30:8 e 9. “Afasta de mim a falsidade e a mentira, não me dês nem a pobreza nem a riqueza, dá-me o pão que me for necessário, para não suceder que, estando eu farto, te negue e diga: Quem é o Senhor? Ou que, empobrecido, venha furtar e profanar o nome do Deus.”O suficiente c equilíbrio e contentamento, é tudo que precisamos. Sempre que inclinarmos para os extremos, influenciados por nossa cobiça, tanto na esfera carnal ou material, temos que considerar esta inclinação como termômetro de quê estamos perdendo nosso contentamento. Nesta hora, precisamos retroceder e considerar o que nos seja suficiente. Para isso, teremos que acionar a gratidão pela abundância do que possuirmos. Se compararmos nossas vidas com um queijo fatiado em pequenos pedaços, e nomearmos cada pedaço como uma dádiva recebida por Deus, veremos que foram muitas as conquistas no Senhor. Temos o suficiente. Precisamos tão somente de um coração grato para andarmos com contentamento. Por isso a Bíblia diz: Sede agradecido!!!
Narcizo Mendonça Freitas
Balada dos desempregados
Nem vivo nem morto, em estado catártico.
O desemprego àquela altura os imobilizava completamente.
Muitos de seus planos já haviam sido abandonados. Deixados de lado. Simplesmente.
A frustração e o sentimento de impotência invadiam seus corpos, tomando-os de assalto por completo.
A insônia, a impaciência, a desesperança já eram uma constante em suas noites/dias.
A escuridão que lhes afagava a face, também os confundia um tanto.
Face a face com a versão mais cruel de suas vidas, via o número de iguais se multiplicarem dia a dia:
- Por todo o bairro, por toda a cidade, muitos desocupados, precarizados, sambando pra desenrascar o feijão com arroz e o leite das crianças antes de o sol se por. Dia após dia.
Muitos ainda não haviam apreendido o real tamanho do problema que, feito um iceberg tendo apenas uma pequena parte à mostra, despontava de forma aterradora.
Mais de quatorze milhões de desempregados... Greves múltiplas. Revolta nas ruas. Educação na UTI. Saúde em total colapso. A população da periferia sendo dizimada pela criminalidade e pelas drogas. E o país imobilizado. Desgraçados...
Há de haver punição pra tanta maldade, se não aqui na terra, em algum lugar há de haver uma mão pesada o suficiente pra parar essa gente que não sente empatia por qualquer um que seja.
O filhinho da minha vizinha morreu ontem de sarampo. SARAMPO. Pois é... Inacreditável não é mesmo?
O vizinho da rua de cima se enforcou. Não aguentou o acúmulo de tantas dívidas e por isso se matou.
Aqui no bairro não é novidade ver gente mendigando alguma coisa pra comer. A fome como todos pensavam também não foi erradicada. Por aqui parece epidemia. O alcoolismo quadruplicou. Os andarilhos e moradores de rua são inúmeros.
Pequenos e constantes furtos aos comerciantes são frequentemente relatados, repetidas vezes os poucos comerciantes que ainda resistem de pé são vítimas de espertalhões que não querem se enquadrar na dinâmica cruel de agora.
Pelas ruas do bairro tem gente vendendo de tudo:
- Ovos, picolé, cigarros do Paraguai, abacaxi, vassouras, panelas, produtos de limpeza, balas e doces, derivados de milho, amendoins torrados, pizza de dez...
A vida está difícil mesmo. Os preços aumentaram muito.
Nos supermercados as sacolas estão quase sempre vazias. Até o macarrão instantâneo e o milho para pipocas de micro-ondas foram reajustados em mais de trinta por cento em menos de uma semana.
O preço do botijão de gás é hoje praticamente um assalto a mão armada.
O que fazer com tanta desesperança senhor prefeito? O que fazer senhor governador? Senhores deputados? Senhores senadores? O que fazer senhor presidente? Acabou o milho, acabou a pipoca. É isso?
Dos 12,9 mil trabalhadores piraporenses, 4,6 mil fecharam o ano passado atuando na informalidade e 2,7 mil desempregados.
No geral, mais de 4 mil cidadãos sobrevivendo com até 1 salário mínimo mensal, segundo números do IBGE e do CAGED.
Aumento do desemprego, subemprego, pobreza e uma campanha eleitoral se aproximando...
Durante este período de quarentena
pude reforçar uma ideia através da
leitura: uma das razões pelas quais
os pobres de um país continuarão
pobre é que metade deles priorizam
os livros de romance ao invés de
finanças e negócios. O que acaba os
fazendo acreditar que os ricos nascem
em berço de ouro.
"O homem sem discernimento, gasta sua vida trabalhando para conquistar as riquezas e o poder na terra, sem saber, que tais coisas, não passam de uma ilusão. Há coisas muito maiores, reais e duradouras, e, àqueles que as descobrirem, jamais irão querer saber de outras."
~ Suellen O. Jones ~
Ficar rindo do pobre por causa dos aumentos é o fim da picada.
Não se ache rico por ganhar dois salários mínimos, a tendência é todos ganhar um mínimo.
O pobre estava tirando o status do rico, tendo casa própria, veículos e frequentando lugares que até então era só deles.
Brasil não é lugar para igualdade social!!!!
💩 🇧🇷
HUMILDE AMANHECER
Se o café requentado
Vem em caneca de lata
O pão velho sem manteiga
Num prato meio quebrado,
Ache graça, faça graça,
O sorriso tudo arremata!
Põe um solzinho no rosto
Deixa o dia iluminado,
Bota flores sobre a mesa
Colhidas pelas estradas
Das pequenas, mirradinhas
- estas são flores de fadas!
Abre a janela confiante,
e em prece bendiz o mundo
E tuas dores, num segundo
Serão pouco, quase nada!
Bota um sonho no alpendre
E uma esperança na porta
Faça um jardim bem na frente
Nos fundos plante uma horta...
E deixe Deus povoar tua casa
De amor e de alegria
Pois maior que o alimento,
A magia do bom pensamento
Enriquece o café aguado,
Faz de teu pão iguaria!
Ama contente o que tens,
Muito além da adversidade
E mesmo na triste pobreza
Viverás em doce nobreza
No seio da felicidade!...
FELICIDADE É UM ESTADO DE ESPÍRITO
É preciso CARPE DIEMar. Então, carpediememos!
E foi assim! Duas horas 🕑 perdidas! Perdeu, perdeu! Não dá para recuperar o tempo perdido.
Fiquei muito chateada 😠 porque me levantei tarde da cama 🛌 apesar de ter acordado muito cedo 🕠
A nossa cachorrinha 🐕 é o nosso despertador diário ⏰ Enquanto a gente não acorda, ela fica chorando. Mas eu escolhi permanecer deitada com preguiça de me levantar apesar da consciência sobre a necessidade de estar de pé bem cedo para cumprir minha missão e demais atividades, pois o tempo urge e é curto.
Se na hora que eu acordei eu tivesse me levantado para cumprir as minhas tarefas, eu teria ganhado pelo menos duas horas de produção.
Então, perto da nossa cachorrinha, orei ao Senhor pedindo perdão pelo desleixo com meus compromissos diante dele e do meu trabalho pessoal.
Fui tomar o meu café da manhã ☕️ e depois abri a caixa de entrada do celular para ver os e-mails e me deparei com a seguinte mensagem de Let God Be True (Provérbios Diários) baseada em Provérbios 6:11 — “Assim virá a tua pobreza como quem viaja, e a tua necessidade como um homem armado” —, falando sobre a preguiça, sobre acordar tarde e os males provenientes dessas ações.
Com isso, entendi que Deus ouviu a minha oração e que me perdoou, mas eu tomei diante de Deus a decisão de nunca mais me deixar levar pela preguiça porque eu não quero nenhuma pobreza espiritual tampouco material, mas quero ser rica diante de Deus, ter os meus tesouros garantidos por ele tanto os ministeriais quanto os pessoais, lembrando que a seara é grande e são poucos os ceifeiros para fazer a obra de Deus de levar a sua palavra a todos que ele quer salvar.
Caso queira conhecer o teor da mensagem que recebi, leia a seguir. O texto é grande, mas vale a pena a leitura.
🥸
“A sua pobreza é o seu futuro certo - se você encara os seus deveres com muita preguiça! A pobreza é uma força irresistível - se você gosta de dormir! Acorde! Levante! Comece a trabalhar! Agora! Mantenha a pobreza longe dos seus deveres de hoje (e possivelmente alguns do dia de amanhã), agora!
O Pregador ensinou ao seu filho a importância da diligência (Pv 6:6-11). Em primeiro lugar ele disse para considerar a formiga, que trabalha vigorosamente todo o verão para armazenar comida para o outono que se aproxima (Pv 6:6-8). Veja os comentários de Provérbios 6:6 e 6:7. E a formiga trabalha sem um professor ou dirigente, pois as formigas têm arranques automáticos! Eles não precisam ser arrancados da cama e mandados para o trabalho!
Em seguida ele zomba do sono para envergonhar o seu filho que dorme demais (Pv 6:9-11). Ele perguntou, "Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado?" Ame este pai perfeito enquanto ele zomba da abordagem da vida que é popular no dia de hoje! "Um pouco para dormir, um pouco para tosquenejar, um pouco para encruzar os braços em repouso." Ame esse sábio sarcasmo! Você vai descobrir o que ele pensa a respeito dos botões de soneca dos nossos despertadores!
Um viajante sempre chega ao seu destino. Mesmo que a viagem dure algum tempo, ele eventualmente chega ao seu destino escolhido. Isso acontece por etapas, mas logo você está lá. Assim é também com a pobreza. Pode levar algum tempo para chegar e puxar o homem para baixo, mas certamente chegará! E ela, certamente, o puxará!
Um homem armado não teme resistir, pois ele está armado. Ele vai onde bem entende, e entrará em qualquer prédio que queira. Você não vai impedi-lo, pois ele está armado. Assim é com a pobreza. Você não pode impedir a sua chegada. Suas defesas desmoronarão diante de sua irresistível aproximação. Seus esforços para evitá-la, serão vãos. Você vai descer!
Seu preguiçoso vadio! Seu dorminhoco efeminado! Odeie a cama! Considere-a um mal necessário. Salomão afirmou, "Não ames o sono, para que não empobreças; abre os olhos e te fartarás do teu próprio pão" (Pv 20:13). Chegue cedo ao trabalho! Trabalhe depois do horário - da manhã! Quase tudo que você faz depois da hora normal de trabalho, pode ser realizado antes do início do trabalho no dia seguinte!
Você acha que você está bem? A pobreza está se aproximando a cada dia. Você vai tomar emprestado para financiar as suas necessidades? O crédito desaparece com o avanço da pobreza. Você vai pedir um aumento? Não vai conseguir tendo em vista a sua reputação. Você vai mendigar? Homens de bem vão deixar o preguiçoso morrer de fome (Pv 20:4)! Ela está chegando. Vai trabalhar!
A pobreza espiritual também é real, mas muito mais custosa do que a pobreza financeira. Se você é complacente e preguiçoso a respeito dos seus deveres espirituais, a sua pobreza para com Deus e a sabedoria será logo revelada. A hipocrisia de sua riqueza fingida desaparecerá diante das duras provações de Deus. Vá trabalhar!”
Nota explicativa sobre a expressão CARPE DIEM:
"Carpe diem" é uma expressão latina que significa colhe o dia, aproveita o momento. Foi usado pelo poeta latino Horácio (65 a. C.-8 a. C.), que na linha do epicurismo, exorta a sua amiga Leuconoe a aproveitar o presente, antes que este seja passado, pois a vida é breve, a beleza perecível e a morte uma certeza.
O poeta Horácio, no Livro I de Odes, escreve: "Dum loquimur, fugerit inuida / aetas: carpe diem, quam minimum credula postero." (De inveja o tempo voa enquanto nós falamos: / trata pois de colher o dia, o dia de hoje, / que nunca o de amanhã merece confiança." – trad. David Mourão-Ferreira). (Infopédia)
Está escrito:
“Não se preocupem com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã cuidará das suas próprias preocupações. Para cada dia bastam os seus próprios problemas” (Mt 6:34).
Ou seja, viva o dia de hoje, aproveite o dia de hoje, pois o futuro só Deus sabe. Aproveite o presente, o dia de hoje é o presente, e é o presente que Deus lhe dá 💝🎁 Aproveite-o sim, com sabedoria; aproveite-o bem, como convém.
A política assistencialista é uma abordagem que visa atender às necessidades imediatas das pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social. Ela se caracteriza pela oferta de programas sociais que garantem acesso a serviços básicos, como saúde, educação, moradia e alimentação.
Essa abordagem tem sido amplamente utilizada no Brasil como forma de combater a pobreza e a desigualdade social. No entanto, ela tem sido criticada por alguns especialistas, que argumentam que ela não é suficiente para resolver os problemas estruturais do país.
A política assistencialista pode ser eficaz no curto prazo, mas não é capaz de gerar mudanças duradouras na vida das pessoas. Para que isso aconteça, é necessário que sejam adotadas medidas que promovam o desenvolvimento econômico e social do país.
Além disso, a política assistencialista pode gerar dependência e desestimular o trabalho, uma vez que as pessoas passam a depender dos programas sociais para sobreviver. É preciso, portanto, que haja um equilíbrio entre o atendimento às necessidades imediatas das pessoas e a promoção do desenvolvimento econômico e social.
Em resumo, a política assistencialista é uma abordagem importante para garantir o acesso a serviços básicos às pessoas em situação de vulnerabilidade social, mas não pode ser a única estratégia adotada para combater a pobreza e a desigualdade no país. É preciso que sejam adotadas medidas estruturais que promovam o desenvolvimento econômico e social de forma sustentável.
Em meio a um sistema que ilude e cala,
estar adaptado degenera a alma,
Te curvas ao homem, sem resistência,
Mas esquece no tempo sua essência.
Em um mundo doente, o cifrão é o destino, sua vida passa em triste desalinho.
Pobre dos seres que de extrema pobreza irão morrer, e dessa política e suas mazelas nunca irão entender.
PAZ ARMADA
Eu quero a paz mas quero a paz pra todo mundo
Vivem dizendo na tv que existe paz na favela mas que balela só vejo gente morrer
Pena de morte mesmo que seja ilegal a bala da conta desse juízo final
E morte se modernizou largou a foice e agora usa o fuzil ceifando qualquer pobre que ousa dar um piu
E se eu vivo a paz alguma coisa tá errada é porque dentro da favela ainda se vive a paz armada
Num olhar inevitável, como a morte e sutil como um ponteiro que se move lentamente nas horas de tédio, a química inicia o seu processo. E, então, ela vem à tona: a paixão, aquela ilusão que não mente, mas queima o coração do pobre ser humano como brasa incandescente, emoção que o pobre coração não consegue explicar, apenas sentir, todavia a mente persiste em conceituar pra depois reduzir em palavras, o que não é hábil de sentir. Ó, pobre mente! Com demasiado orgulho, não consegue abdicar-se da infeliz racionalidade como os sujeitos, tão pobremente, desiludidos.
Na dança das engrenagens, o futuro se molda,
O brilho do progresso, no céu, se desenrola.
A tecnologia avança, incansável, inabalável,
No olho da tempestade, o homem é vulnerável.
Os empregos se desvanecem, como neblina ao amanhecer,
Na sombra do progresso, o trabalhador a sofrer.
As máquinas, incansáveis, usurpam a mão do homem,
No teatro do mercado, a humanidade é apenas um nome.
A pobreza, silenciosa, se espalha, feroz,
O avanço tecnológico, uma maldição atroz.
No templo da inovação, o ouro se acumula,
Enquanto o homem, esquecido, na miséria se oculta.
Porém, na face sombria da moeda do progresso,
Surge a necessidade de um novo acesso.
Uma transformação que abrace a todos, sem distinção,
Onde a tecnologia é aliada, não a destruição.
Nas linhas de código, no pulsar das máquinas,
Há espaço para todos, em novas páginas.
Porque o avanço não deve ser a sentença do homem,
Mas o trampolim para um futuro onde todos têm nome.
Vivemos um uma sociedade que um continente sangra em guerra e o outro preocupado como comemorar seus folclores e rituais.
será que falhamos como humanos? Ou ser humano é mais uma fantasia que criaram pra nossa espécie se orgulhar?
Somos a espécie que destrói vidas, corre atrás do relógio, e é oprimido sonhando em oprimir.
Somos o verdadeiro lobo em pele de cordeiro.
Humano engolindo humano.
Nessa dança sem ritmo e sem graça.
Onde poucos tem dignidade e a maioria vive abaixo da linha da mediocridade.
Em um mundo onde a riqueza é frequentemente medida por cifrões e posses materiais, esconde-se uma verdade sutil e profundamente velada. Frases ecoam, sussurrando que a pobreza não reside apenas na escassez de recursos monetários, e que a verdadeira prosperidade não se confina à opulência financeira.
O paradoxo revela-se na compreensão de que ter dinheiro, por si só, não é sinônimo de riqueza e prosperidade. Essa é uma máscara que esconde uma realidade mais ampla, uma realidade que transcende os limites do ter e possuir.
Para sentir-se verdadeiramente rico, propõe-se uma contagem singular, uma enumeração de preciosidades que o dinheiro não pode comprar. Uma riqueza que reside nas relações humanas, na saúde, nas experiências enriquecedoras e nos momentos que transcendem o efêmero.
Assim, as palavras veladas apontam para uma verdade submersa: a verdadeira riqueza está na apreciação das coisas que escapam à moeda corrente, na celebração das experiências imortais e no entendimento de que a prosperidade é um tecido intricado, no qual o dinheiro é apenas um fio entre muitos outros.
Barraca
Naquela grande cidade
Embaixo do viaduto
Havia uma barraca …
Quem ali moraria?
Teria tido alguma vez?
Teria tido alguma voz?
Qual seria o seu nome?
Teria sede ou talvez fome?
E quanto à sua família,
Por onde é que ela andaria?
Naquela grande cidade
Embaixo do viaduto
Havia tantas barracas…
Naquela grande cidade
Quantos viadutos havia?