Texto sobre Paz
Policromia da Paz
Céu azul,
nuvens brancas,
ao fundo,
a exuberância das palmeiras.
No âmago,
a irresistível vontade
de voar em sonhos,
além da realidade.
Com o véu da paz
estampado no peito,
o sangue jorra descompassado,
faz pulsar o coração tenso
de sentimentos bons
e alvissareiros.
Cores vibrantes
acendem ternura,
vida plena,
salutar e revigorante.
A solidão,
em harmonia com a paz,
transcende o amor verdadeiro,
real e fiel à doce Elizabeth.
Dona do domínio,
com as consequências do direito
de usar, fruir
e navegar nas ondas
DOUTRORA
Naquele tempo em que a benevolência era abundante e a paz reinava em todos os confins da terra, a felicidade por ali pairava. Não é uma síndrome saudosista nem um amor platônico pelo passado. Refletindo de modo fidedigno, verás que naquele tempo por mais primitivo que às pessoas fossem, elas eram capazes de manter alguns minutos de diálogo sem entrarem em contradição. A vaidade, o status e o poder se apequenavam diante da titânica luz divina que entre os povos predominava. Mas hoje são só vestígios de um glorioso passado.
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Para se viver em paz, e saber lidar com os fatos abissais da vida, precisa-se compreender o poder da mente. Liberte-se do inferno produzido pelos pensamentos destrutivos, compreenda a ti mesmo, tenha atitudes positivas, e abra o espaço necessário para a receptividade dos bons pensamentos.
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PENA
Sensação renhida, deixai-me na paz
Livrai-me do mal e suas dores rasas
Que não rasteje e sege mais capaz
Com sentimentos de alongadas asas
Ou me faça, mais, mais sorte voraz
Onde meu olhar queime em brasas
Leve a desilusão e o amor perfaz
Quando a estima e a alegria casas
Satisfação, de cintilante claridade
Que iluminas a alma e traz sabor
Sê também aquele amigo abrigo
Ó boa sensação! Tem de piedade!
Não me condene tal a um pecador
Ordenando a aflição estar comigo!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04/01/2024, 16'31" – Araguari, MG
DESATINO (soneto)
Ó melancolia do cerrado, a paz me tragas
Solidão em convulsão, aflição em rebeldia
Dum silêncio em desespero, e irosa agonia
Ressecando o coração de incautas pragas
Incrédula convicção, escareadas chagas
De ocasos destinos, e emoção tão fria
Do horizonte de colossal tristura sombria
Que rasga o choro em lacrimosas sagas
Ó amargor do peito engasgado na tirania
Duma má sorte, e fatiadas pelas adagas
D'alma ao léu, tal seca folha na ventania
Pra onde vou, nestas brutas azinhagas
Onde caminha a saudade na periferia
Do fatal desatino em pícaras pressagas?
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano
SONETO DA FÉ
Da devoção, o devoto em ser
Tenho Deus Pai na fé demais
Que paz no coração me traz
Virtuoso, no meu lhano crer
Se suscetível, desistir jamais
A tua palavra robora o viver
Tua ternura absolve o perder
Onde o teu amor nunca trais
É fé que supera, e no faz ter
Inabalável indulgência sagaz
Que liberta e bem vem trazer
É apoio nesta crença e tais
Que encoraja o robustecer
Da fé em meus sinceros ais
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
Que todos tenhamos um dia de paz e de correntes para o melhor das pessoas!
Enquanto escola, passamos por mais um período de turbulência, se não bastasse todo aquele período de pandemia sem vacina.
Enquanto escola, precisamos fazer com que cada comunidade entenda que estamos com políticas públicas efetivadas (Educação Infantil, fundamental, EJA e Educação Especial, merenda e transporte).
Enquanto escola, temos os profissionais institucionais sendo valorizados.
Enquanto escola, somos evolução e levamos pra nossos alunos e alunas possibilidades para desenvolvimento cognitivo e, consequentemente, vida adulta com mais dignidade.
Enquanto escola, temos a obrigação de pensar de forma social e deixar de uma vez por todas, todo ódio que emerge dos egoístas, daqueles que torcem pelo pior da sociedade.
Continuemos sendo escola, continuemos gerando conhecimentos, Povo Bom!
CRISTO JESUS (soneto)
Todo o louvor, a Ti, exaltar procuro
Em Ti a paz, no Teu verbo de pastor
Nos cuidados o que há de mais puro:
verdade, o perdão, a caridade, amor
Fonte límpida que sacia do escuro
Alento nos caminhos desesperador
És a perfeição no imperfeito perjuro
Debalde não crer, que és o Salvador
Tua infinita bondade, Pai Amoroso
A Teus servos perfeição colossal
Aos homens doaste afeto caloroso
Cristo Jesus, na vida, nosso degrau
Volva a tua face ao pecado danoso
E assim nos faça livrar de todo o mal! (Amém!)
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Quinta feira Santa
Cerrado goiano
ÚLTIMA VEZ (soneto)
Tal dia, marcado, será derradeiro
Sem eco, sem contenda, e paz
Tão segredado, de saber ineficaz
Que bom é se manter cavalheiro
E neste exato momento, fugaz
Que o é, no silêncio de mosteiro
Apagarás da vivência tal letreiro
E o já, egresso, não suspeitarás
Um dia, o gesto será só roteiro
Instantes do palco, por detrás
E na pena a tinta sem o tinteiro
Última vez, suspirada cor lilás
Desfeito e desnudado useiro
Nada mais terá regresso, jaz!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
Na casa do Pai,
A gente vive e reina.
Reina na paz do Pai,
Que nos une na palavra.
Vive na paz do Senhor,
Que nos ilumina e acalma.
Na casa do Pai,
Nos unimos na fé.
Nos unimos reunidos,
Abençoados pela fé.
Nosso Pai nos ama.
Só a Ele temeremos.
Só o Pai para nos preparar.
Só o Pai para nos abençoar.
Só o Pai para nos guiar.
Só o Pai para nos chamar de filhos.
Pai, agradecemos tanto, tanto.
Por sermos educados na tua palavra,
E por termos a oportunidade de vivermos na fé.
Eternamente Juntos
Há uma paz...
Há uma
Eterna paz agora!
Antes,
Depois que
Tu foste embora...
Eu remetia em sonhos
Nossas lembranças,
Mas, eu precisava
Colocar para fora…
Primeiro,
Filosofei
Em prosas
Nossos universos!
Agora,
Ascendida
Nossa paz,
Declamarei
Esses versos:
Tu morreste isso eu sei...
Até então, apenas
A toquei abraçando-a,
Sonhando contigo
Pela madrugada…
Eu também sei
Que um dia morrerei…
Por que não,
A abraçando e beijando-a,
Fazendo de ti na vida
Uma amante,
E na morte
Uma eterna
Namorada?!
Jeazi Pinheiro, in “O Último Poema”.
Mensageiros
Quem nunca quis aceitar em deleito
Uma Mensagem avinda da Infinita Paz
Para dizer que na vida a natureza faz
Um Fim Fenomenalmente Perfeito?
Quem sem medo por dentro do peito,
Em desentranhas disse uma mensagem:
“A vida é curta — é só uma passagem?”
“A vida é breve — é o seu próprio leito?”
Uma Mensagem Obscura avém da sorte
De quem viver até perguntar-se: “quem sou?”
“De onde vim?” “qual meu fim?” “para onde vou?”
Uma Mensagem Oriunda da Eterna Escuridão
Avém dizer ao mundo: "Todos Morrerão."
Quem nunca foi Um Mensageiro da Morte?
Nova semana, novas oportunidades.
Que esta semana traga paz, força e conquistas para você. Que cada dia seja uma chance de recomeçar, aprender e crescer. Mantenha a mente positiva, o coração cheio de gratidão e a determinação de ir além!
Acredite em você, confie no seu caminho e faça desta semana a sua melhor até agora!
GUERRA E PAZ NUMA PERSPECTIVA CRISTÃ
As guerras evidenciam a bestialidade humana e, igualmente, a compreensão de que os que a promovem, desvalorizam em muito a vida do outro e das nações.
Deus criou a humanidade para a paz e não para a guerra.
A guerra é feia; a paz é linda!!!
Guerra é sinônimo de morte; paz é sinônimo de vida!!!
Guerra é sinônimo de desarmonia, ao passo que a paz é análoga à harmonia!
A guerra, ao provocar intranquilidade, insegurança, medo, carestia, escassez e muitos outros males, enferma o ser humano psíquica, física e espiritualmente. Já a paz é o inverso de tudo isto, resultando em vida de qualidade.
Deus combateu a inimizade entre Ele e a humanidade, não nos atacando e destruindo, mas encarnando e entre nós vivendo na pessoa do Seu Amado Filho Jesus, que se deixou ser por nós condenado e morto na cruz. Em vez de nos matar, Ele morreu em nosso lugar. A paz foi conquista pela morte vicária de Cristo na cruz, seguida de Sua ressurreição, três dias depois! Cumpriu-se o que o próprio Jesus havia profetizado antes de ser morto: “E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim”. (Jo 12.32). O amor venceu a inimizade, a paz venceu a guerra! O amor nos trouxe de volta ao Criador!
Deus odeia tanto as guerras que quando a humanidade se tornou violenta nos dias de Noé, Deus enviou o dilúvio como forma de juízo e contenção da violência.
O mundo está se autodestruindo com as guerras.
“Não matarás” (Êx 20.13), ordena Deus nos Dez Mandamentos. Tomar a iniciativa de tirar a vida do outro, por motivos vis, entre eles as guerras, atenta contra o Decálogo Divino e, portanto, contra o Autor da vida!
As guerras revelam o espírito ambicioso, egoísta e dominador que caracterizam os conquistadores e as nações sob seus comandos.
Quem faz da guerra seu instrumento de autopromoção, conquista e sustentação no poder, já é um derrotado pelo mau.
Guerra não é sinônimo de força, mas de fraqueza.
A guerra só deve ser vista como legítima para a parte atacada que reage com guerra como sua legítima defesa e, ainda neste caso, se houver tempo de tentar a paz por meio do diálogo, deve fazer.
Quando a guerra é para tomar o que é do outro é clara ambição. Quando é para defender o que é seu é legítima autodefesa ou proteção.
As guerras e rumores de guerras são um sinal da volta de Jesus Cristo para buscar a sua igreja.
A guerra é um pacote do mau. Com ela vem a violência, as mortes, a destruição, a fome, os bolsões de refugiados, a perda de membros da família ou até de famílias inteiras, o apropriar-se das propriedades e bens alheios e até de uma nação inteira, a violação de direitos humanos fundamentais, os traumas psicológicos profundos, etc.
A guerra é dispendiosa, enquanto a paz é generosa.
A guerra é um contrassenso: para vencer é preciso destruir, e isto só é possível mediante altíssimo custo, mas uma vez vencendo, é preciso reconstruir, e isto de igual modo demanda altíssimo custo.
Promover a guerra custa muito caro; promover a paz requer a fé em Deus, a prática da bondade, do amor, da verdade, da tolerância, do altruísmo... e da justiça.
Existem diferentes tipos de guerras: bélicas, econômicas, religiosas, raciais, ideológicas, filosóficas, do tráfico de drogas... e todas resultam na alienação dos bens e direitos do(s) outro(s), incluindo o bem maior: a vida!
Neste mundo pós-moderno e globalizado, o mau da guerra foi potencializado, pois uma guerra entre dois países ou grupos de países, não prejudica somente a eles, mas as nações do mundo inteiro.
Muitas guerras são promovidas em nome de nobres justificativas, quando na verdade não passam de motivos abomináveis, encobertos por mentiras disfarçadas de verdades, amplamente divulgadas por mídias oficiais e até privadas, por governantes compradas, subornadas.
Quem, pela fé, disse sim a Jesus Cristo, o Príncipe da Paz, tem o dever de ser um promotor da paz, em claro combate aos que promovem a guerra.
Uma das razões por que o mundo atual odeia tanto a Jesus Cristo e aos cristãos é por causa da compreensão pacifista da vida, seja nas relações pessoais, seja nas relações internacionais. O pacifismo cristão atenta contra o espírito belicoso do mundo atual.
É incompatível com uma nação que se fundamente em princípios cristãos ser beligerante e ambiciosa em relação as demais nações!
A história testemunha que todas as nações que alimentaram um espírito belicoso e expansionista, mais cedo ou mais tarde vivenciaram a queda e a humilhação. Então, de que vale a guerra?
Os dominados, explorados, subjugados, humilhados... um dia reagem. Mais do que isto: quem clama ao Criador, tem a certeza de ter ouvido o seu clamor, vista a sua dor, e o socorro Divino estendido em seu favor!
“Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai por ela ao SENHOR; porque na sua paz vós tereis paz”. (Jr 29.7 ARA)
Diga não a guerra, e sim a paz!
PAZ
Que a paz se faça morada no íntimo e leve a serenidade em harmonia aos corações. Que seja leve como a brisa na natureza. É sagrado cuidar do templo interior e dos feixes de luz que habitam no intrínseco da alma. Que a energia conduzida seja sempre em busca do equilíbrio e o caos "inluz" do outro não afete a luz motriz divina que habita dentro doSER. É importante transformar o depósito de negatividade em fonte de positividades.
A escolha de elevar o padrão vibratório é individual. O perdão segue olhando para frente por entender que não cabe julgar ou apontar o dedo, mas compreender que sempre há uma razão pra quem se perde no caminhar. Quando insistimos, querendo mudar ou ajudar quem não quer ajudar, o problema está conosco. Não podemos nos anular para existir no outro. A paz é uma decisão particular.
É no silencio que a lamparina de força interior propaga a sabedoria da resistência, resignação e resiliência. Acendendo a paz que faz jogar fora os acúmulos de lixos sentimentais, soprar a poeira que impede a visão evarrer do coração as terras que cobrem o perdão. São nos erros próprios e dos outros que ficam as lições de que é preciso cultivar a paz.
Seja você a paz que tanto procura. Não importa o que te dão, mas o que ofereces.
ATO DE CARIDADE (soneto)
Que eu tenha o Bem, e Paz. Assim eu faça!
Que a mão posta ouça as preces, alce voo
Maria, Mãe, volva tua face para essa graça
Que eu seja caridoso sem louvar que sou
Se muito ou pouco, que tudo me satisfaça
Não importe ou doa o quanto me custou
Não deixe que o orgulho seja uma ameaça
E a minha fé seja o troco que me sobrou
Que o riso e abraço, seja pra quem vier
De onde vier, onde estiver, assim seja!
Ó Deus Pai! Me abençoe nesse prover
E, no viver, sempre tenha amor e laços
E no pão de cada dia, bênçãos, eu veja
Partindo com o irmão em dois pedaços
© Luciano Spagnol -poeta do cerrado
22/07/2020, 09’52” - Triângulo Mineiro
paráfrase Djalma Andrade
ESSE AMOR...
Há um olhar cumplice entre nós. É sentimento
De ventura e de paz. A nossa direção continua
Cada dia maior, sem você a falta é sofrimento
É uma terna paixão que no peito arde e estua
Você é sempre presente no meu pensamento
Meu ser ávido se comove em cada caricia tua
Em meus versos é presente a todo momento
Só posso crer, que o amor, o destino insinua!
Me lambeia como sempre imaginei. É exato!
E a nossa poesia é tal uma noite de lua cheia
Integral. E por este meu agrado lhe sou grato
Todos... mas um é mais: - quando te tenho!
E vejo em teus olhos que então me anseia
Assim, sou mais feliz e, neste amor lenho! ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
09/02/2021, 13’29” – Triângulo Mineiro
branca flor
flor branca,
da pureza, ingenuidade banca
paz, assaz, arranca o espanto
encanto em qualquer recanto
suavidade, harmonia traz
alvas esperanças, satisfaz
o olhar, a magia do amor
és leveza, beleza, branca flor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04 de maio, 2021, 10’19” – Araguari, MG
Primavera
Florescem os lírios com o branco da paz
Brotam gardênias com o seu colorido fugaz
Em cada rosa transfigura o perfume do beijo
No movimento das margaridas o aceno do desejo
É o romantismo brindado na tulipa vermelha do amor
São os caminhos tapetado com violetas, delicada flor
As camélias perfumando com seu aroma inebriador
Raro como a papoula a vida se faz com poético teor
É a natureza oferecendo sorrisos com boca de leão
São as horas marcadas pelos girassóis em posição
Com copos de leite branco, a pureza, doce perfeição
Um azul hortência que tinge a primaveril estação
É época primeira anunciada pelas trombetas de anjo
São sacadas e floreiras vestidas das cores do gerânio
Aveludada como as begônias amanhece cada aurora
A solitária vitória régia desfaz a nostalgia de outrora
Sempre vivas bradando a temporada em anunciação
De manacá em manacá se orna a serra em floração
Em cada pingo de ouro a densa natureza persevera
Assim, bela como a orquídea é toda a primavera...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21/09/2008, domingo, 07’00” – Rio de Janeiro, RJ
Prosa de Natal
Na matriz toca o sino
Pobrezinho, nasceu em Belém
O Deus menino
Veio pra paz e o bem
Na palha dum cocho
Nasceu. Amém!
Divino, predestinado
Seu sofrer avém
Na cruz, amado
Jesus o teu nome
Por todos clamado
Nosso Deus genuíno
Glória lhe é dado
Louvemos, Jesus menino!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24/12/2021, 17’05” – Araguari, MG