Texto sobre o Passado
Talvez eu tenha passado por lá, na inocente vontade de querer te encontrar. Mesmo sabendo que já não está mais lá, mesmo sabendo que isso pode machucar.
Ver a recepção me faz pensar: será que essa não pode ser a minha nova memória favorita? Ao invés de só lamentar, sobrepujar uma memória na outra. Sorrir ao pensar em como subia as escadas do prédio só para ver teu olhar brilhar.
Talvez eu nunca mais suba aquelas escadas de novo e seja só algo em que vou me lembrar daqui a alguns anos.
Mesmo assim, é bom lembrar.
Talvez eu devesse procurar outras escadas, fazer novas memórias.
Talvez um dia eu esbarre em você em alguma escada da vida, alguma rua logo após sair do bar, igual a essa aqui.
Mais histórias para contar.
Olho pro meu passado e choro
Porque eu sei que as coisas não vão voltar a ser como eram antes
Risos, abraços, pessoas, momentos que jamais teremos de novo aqui
E dói pensar mais mesmo assim eu penso que se eu pudesse por um segundo dizer algo para o meu eu do passado seria, fique por ai
- Passado
Somos fragmentos de sonhos arquivados,
Carregamos involuntariamente marcas do passado.
A vida já estava escrita antes de chegar,
Com ódios, dores, valores e até o amar.
Para hoje sermos um, muitos caminhos foram trilhados,
Os mais amargo já foi outrora enfretados.
Fortes lutas são travadas entre o coração e a razão,
A luz persiste brilhantemente em vencer a escuridão.
Aos famintos, levar alimento sem cessar,
Cuidar dos loucos sem deixar de amar.
Às vezes deixamos de agir por medo ou dor,
Mas o sol não deixa de brilhar, nemperdeacor.
Vida idealizada, rotina consolidada,
Passado suprimido, sentimentos adormecidos,
A calmaria que mais parece monotonia,
Um coração em anistia, oculto e em dessintonia,
Contato inesperado...
...sentimentos aflorados
deixando extasiado, eufórico demasiado;
A alegria que se desperta, coração em frenesi que flerta,
Emoções que há muito nem sentia, felicidade que já nem existia,
Fantasias...
...Fantasias que não duram,
Alegria que se esvai,
Coração que gela, dói e se destrói,
Lembrança que traem, machucam, desvaem,
Afeto manipulador, produz Tristeza, solidão, dor,
Sensação que cresce, consome e esmaece, um coração que padece,
rotina uma saída,
Vida que segue, Vida que segue.
" Se um dia quiser me encontrar, me procure no seu passado, me procure quando eu tentava falar com você, tentava fazer a relação dar certo, aquele que tanto tentou, aquele que tanto insistia, aquele que quando passou mal eu estava do seu lado, quando quiser me encontrar, lembre da sua escolha fria que foi a antiga vida, falava tanto de "tempo certo" e não teve a atenção de ver que o tempo certo tinha chegado e era hora de se desfazer das coisas antigas, o homem que tanto amou-a e você destratou dia após dia, o colocando em último lugar, saiba que nesse mundo dinheiro,prata,carro,festa, contatinhos, isso é ilusão, pois no final o que vale é quem estará ao seu lado na velhice" JP
josé pedro de carvalho alves da silva
No silêncio de São Luís,
O pin-hole revela segredos,
Poemas datilografados,
Um passado que o futuro carrega.
Entre ruas de saudade,
A máquina Hermes Baby dança,
Letras como memórias antigas,
Marcadas nas páginas do tempo.
Celso Borges entrelaça versos,
"O futuro tem o coração antigo",
Uma ode à nostalgia, ao encanto,
Onde a poesia abraça a imagem pin-hole.
No Instituto Federal do Maranhão,
Estudantes, fotógrafos da alma,
Capturam instantes com pinças de luz,
Diálogo entre texto e imagem se faz.
No livro, o projeto gráfico é trama,
A estética crua do pin-hole ecoa,
O digital rende-se à máquina,
Uma sinfonia de passado e presente.
Nas páginas escaneadas, a cidade
Respira poesia, respira história,
Um livro que sussurra segredos,
"O futuro tem o coração antigo".
A máquina do tempo na ponta dos dedos,
Em São Luís, onde o passado se faz segredo.
Ruas que respiram o pulsar do tambor,
Blocos tradicionais, dança que encanta com fervor.
Cada tecla pressionada é um portal aberto,
Nas letras digitadas, o tempo é descoberto.
A cidade é palco, o bloco é poesia,
No ritmo do tambor, a história se inicia.
Na palma da mão
Na palma da mão cabe o passado, o presente e o futuro.
As linhas traçadas constroem pontes de afeto
entrelaçadas,
emaranhadas
de energias
de mil tons.
Na palma da mão acolhe-se o desconhecido
o infinito
o vento
escapando lentamente
entre as inúmeras histórias
misteriosas
cobertas pelo véu da saudade.
Na palma da mão repousa a esperança
de um lar
embalado num sonho
plantado no jardim da vida
enfeitado num ninho de passarinho cantador…
Valnia Véras
O figurante
O passado me mata, constantemente, me massacra. E por que? Seria fácil falar que é por causa de um amor, mas é muito mais complexo que isso. Quando você ama alguém, você se entrega. Você não se coloca em primeiro lugar. Você deixa aquela pessoa ver cada linha sua. A vulnerabilidade, As dores, Tudo. Tudo o que você pode ou não oferecer e ser rejeitado é normal, mas ser rejeitado por todos a vida toda, te coloca em um mar de inferioridade gigantesco como se somente por você nascer, você já está errado. Você se vê perdido, como se realmente todo mundo mente pra você, como se você realmente não existisse e é só parte de uma novela, onde você é o figurante, sabe? Ninguém liga pro figurante, ninguém leva a sério o figurante, ninguém se importa com o figurante.
Numa noite qualquer, deitado a pensar,
O passado me chama, o futuro a espreitar.
Pensamentos perdidos, tirando-me o sono,
Pergunto-me em sussurros: "Será que abandono?"
Estou no caminho certo? Devo voltar atrás?
Mas logo um sentimento forte me faz lembrar:
Já venci tantas lutas, tantas ainda virão,
E a resposta parece clara – não devo parar, não.
Meu coração está em pedaços, será que devo juntar?
Mas quem saberá me encontrar, se eu nem tentar?
Mais uma vez, aquele pensamento,
E no silêncio da noite, perco-me no momento.
Confusão e escuridão me envolvem devagar,
Minha mente cansada insiste em não descansar.
E assim se vai, mais uma noite,
Deitado na cama, à espera da manhã.
Por favor, amor, não faça mais isso.
Não é como se os dias nunca tivessem passado tão rápido. Minhas emoções me dão um sinal, me dizem que não estou bem. Você me deixa nervoso para falar, então prefiro não dizer nada.
Eu sinto uma vontade imensa de liberar tudo, mas você continua pedindo para eu segurar. Você me deixa inseguro para agir, então eu não consigo entregar nada para você. Estou girando em torno de mim mesmo, tentando ser quem você precisa, mas...
Silêncio, amor, por favor.
Não diga mais nenhuma palavra. Por favor, fique quieta. Silêncio, amor, não diga mais nada, porque cada vez que você fala... eu só acabo machucado.
Cure sua ansiedade,
Não sofra pelo passado...
Não sofra pelo futuro...
Cale a lingua hoje,
Não inveje hoje,
Não ofenda hoje,
Não seja ganancioso hoje,
Não seja violento hoje,
Não maldiga hoje,
Seja companheiro hoje,
Seja generoso hoje,
Seja simples hoje,
Seja sincero hoje,
Seja paciente hoje.
Seja solidário hoje,
O hoje comecou as 00:00:00.
Aproveite,
E para tudo isto, vigie!
Quando me procurar me encontrarás nas lembranças de um passado que o tempo jamais apagará da memória
Quando me procurar me sentirás no estômago a ansiedade de um breve futuro me reencontrar
Quando me procurar estarei no pulsar do teu coração provando o tempo todo que o amor não para e não morre facilmente.
Relato Tupi
Fui guerreiro, no passado
da grande "Nação Tupi"
Um tronco dos mais fortes
na grande terra de Pindorama
Não lutei contra a opressão
aceitei a dominação
Os jesuítas, "homens bons"
me ensinaram a rezar
Orei a seu Deus
e me esqueci dos meus.
Eu bebi do aguardente
e livrei-me do cauim.
Minha lingua esquecí
nem sei mais o que é "JACI".
Não quero tangas de sapé...
quero é terno de cetim.
O chão desta terra era sujo
botaram sandálias em mim.
Meus cocares e colares
troquei por um crucifixo
pois, com ele sou cristão
fora isso...sou pagão!
Sei que pago até hoje
pelos erros do passado
pois, naquele dia lindo
quando avistei as caravelas
eu devia é ter corrido
lá pro meio da floresta
reunido o meu o meu povo...
e ter conquistado o branco!
GINO PEDRO
Sussurros do Abismo
Diante do reflexo sombrio de seu passado, debrulhada em sangue e lágrimas, a mente humana, desprovida de esperança, vagueia em um abismo de desespero. As culpas pesam como correntes invisíveis, arrastando a alma para um ciclo interminável de autocrítica e dor. As dívidas emocionais acumulam-se, transformando-se em fardos que esmagam o espírito, cada memória um lembrete cruel das promessas não cumpridas e dos sonhos desfeitos. A esperança, outrora um farol brilhante, agora esvai-se como fumaça ao vento, inalcançável e distante. Nesse vazio existencial, o ser se perde, apegando-se apenas ao eco de uma humanidade desvanecida, tentando encontrar algum sentido no caos interior.
With pain, Lunosat.
Tirar as pedras da mala afetiva é uma das maiores conquistas que uma pessoa pode ter.
O passado já foi. Quem fica constantemente remoendo o passado, não consegue vivenciar o presente e encontrar esperança no futuro.
Para o indivíduo conseguir se livrar dessas pedras, precisa conhecê-las e falar sobre elas, assim naturalmente elas vão evaporar.
Por não saber ou lembrar-se do seu passado espiritual, o ser humano sofre brutalmente. É condicionado, domesticado a viver como um escravo das crenças morais de uma sociedade hipócrita e covarde. Agir como um "robozinho" é o que querem.(Poder oculto)
Programado para não pensar, não sentir, não refletir sobre, não amar, não agradecer, não sorrir e não buscar a verdade.
Passado, Presente e o Futuro são família do mesmo laço, mas cada um desempenha funções diferentes.
OPassado passa a vida armazenando histórias que são contadas no presente, eo presente passa a vida analisando histórias que foram criadas no passado, para terem bons resultados no futuro.
E no futuro só existe presentes, pra quem aprendeu com o passado.
CHÃO DO MEU PASSADO
Nada mais existe
O curral foi desmanchado
Nem sinal do umbuzeiro
Saudades do passado
Aquela casa grande
Rodeada de avarandado.
Não vejo mais nada
Acabou-se por ironia
Não tem mais a fonte
Nem a cerca que existia
Um sonho destruído
Junto foi a alegria.
Lembrando do terreiro
Com galos e galinhas
Pato, peru e gansos
E também as porquinhas
Ficou tudo estranho
Não tem mais as estradinhas.
No lugar onde morei
Tudo está mudado
Serrote não é o mesmo
Meu sonho foi plantado
Hoje só lembranças
Do meu eterno passado.
Ali passei a Infância
Escrevi a minha história
Passei a adolescência
Tudo está na memória
Hoje, mesmo distante
Tempo de paz e vitória.
Irá Rodrigues.
Sofrer de tudo
Os abraços que não dei mais cedo
E que ficaram num passado proibido
Na ânsia de um amor não vivido
Mataram-me hoje um pouco mais.
A lembrança que vai opalescendo
Pelo dúbio amor que me divide
Refresca meu sentido que insiste
Em ocultar um lume no seu tempo.
E na falta, coisa má e soberba,
Teço fé, vontade e pecado
Na trama de quem também é amado
Em segredo, no sutil sofrer de tudo.