Texto sobre o Passado
"EU E O PASSADO"
Olho para você e vejo que não somos a mesma pessoa. Te desconheço e tenho raiva de você.
Porque você fez isso, porque fez aquilo? São perguntas que já foram feitas. Onde eu estava com minha cabeça, não somos mais a mesma pessoa. Você me fez perder coisas boas que conquistei, você perdeu muito tempo com coisas insignificantes.
Tenho raiva de você porque me fez carregar por tempo a culpa, mas agora, a cada dia aprendo mais sobre mim e você está ficando sem forças. Eu estou a cada dia te vencendo um pouco.
Eu sei que você é o ontem e eu sou o hoje. A cada dia estou mais londe de você, mas a cada dia do dia que comecei a mudar, não quero esquecer que eu estava voltando a ser EU.
*** Diga Sim! ***
Não pense no seu passado, ele não me interessa, apenas faz parte da sua história...
Não pense no seu futuro, ele esta distante, há muita coisa a ser vivida!
Pense no presente, no hoje, no agora...
Porque estou aqui, do seu lado, observando suas suaves reações...
O tempo é um recurso que podemos utilizar pra descrever algo perdido, não vivido.
Podemos usar contra ou a nosso favor...
O bom é não perder tempo... Viver as oportunidades que estão ai... Hoje!
Esperando apenas um “SIM”...
Sua presença faz a diferença em meus planos…
Tenho passado noites em inteiras pensando em você, e imaginando com seria se você estivesse ali comigo. Que vontade de dormi contigo, sem nenhuma malícia, apenas com a sensação de proteção em seus braços. Queria sentir sua respiração em minha nuca, e sentir a temperatura do seu corpo junto ao meu, numa noite fria, onde dois corpos em atrito produzem energia suficiente para manterem-se aquecidos. Queria poder acorda de amanhã e ver você ao meu lado, dormindo tranquilamente, e ficar te observando até você despertar, e em seguida beijar sua boca, e dizer “bom dia, meu amor.” Me faria feliz, segurar sua mão e sair andando por ai, sem rumo, sem destino, sem caminho, andar só por andar, ao seu lado. Eu não me importaria de discutir com você para ver com quem ficaria o controle da televisão, se bem que eu não discutiria contigo por isso, eu deixaria ficar com você, mesmo eu odiando o que você iria ver, ao seu lado se tornaria o melhor programa do mundo. E quando você estiver aqui, eu vou te levar ao cinema, para assistir um filme bem legal, no qual sua atenção fique toda voltada para a tela e quando você menos esperar roubaria um beijo seu, mesmo você não querendo, e te pedindo atenção, e quando você se desse conta o filme teria terminado sem ao menos eu ter deixado você ver o final. Depois eu te levaria para casa, onde ficaríamos horas jogados no sofá, falando um monte de coisa sem sentido até anoitecer, e quando o sono chegasse, nós iriamos nos deitar, e eu lhe daria um beijo da testa de boa noite, e adormeceríamos de conchinha[…] Eu tenho tantos planos, para mim, para você, para nós, amor. São tão lindos, e você os embelezam ainda mais com sua presença. Então, que tal “eu” e “você” nos transformarmos em “NÓS.”
Para isso tudo acontecer, basta você querer.
Certas coisas me fazem pensar sobre o que aconteceu no passado...As vezes olhar para o passado não é uma coisas ruim.
Do passado vemos que o tempo passa, as coisas acabam e começam. E assim percebemos que o mundo gira á seu favor, que a males que vem para o bem , que sempre que acaba uma felicidade começa outra. E assim a vida segue !
Reminiscências...
Ontem fiz uma viagem de volta ao passado. Uma viagem com passagem de ida e volta. Sentei-me no quarto das minhas memórias, esvaziei as gavetas das lembranças, arrumei com cuidado no baú das ilusões e na estação do presente, peguei uma carona no trem do pensamento e parti de volta à minha história. Trilhei caminhos planos e tortuosos, peguei atalhos, construí desvios no afã de me desvencilhar da realidade, refiz obstáculos, ri outra vez meus risos, derramei outra vez minhas lágrimas, amei, perdi amores, folheei um livro do qual não pude destacar sequer uma página, trilhei outra vez meu caminho feito de nanquim. Nada consertei, nada pude mudar. A borracha do tempo não havia apagado meus erros , as oportunidades que perdi adormecidas à beira do caminho... Algumas sementes que espalhei a o longo da minha estrada já haviam se tornado frutos, outras haviam sido mortas pelas intempéries da vida. Poucas foram as flores que vi na minha estrada de volta... Nesse amargo regresso, os espinhos me feriram novamente os pés e sequer pude ver as pessoas amadas que perdi... No meio do percurso cansada do peso da bagagem que levava, sentei-me na estação dos saudosistas e acenei para os devaneios, que seguiam conduzidos pela nostalgia, que presto pararam e indagaram o meu destino. Falei-lhes do meu desejo de voltar no tempo para fazer novas escolhas, rever pessoas que haviam passado por mim sem serem notadas, quem sabe o primeiro amor...Estender a mão a algumas que eu havia deixado sentadas à beira do caminho, encontrar outra vez a minha infância perdida, queria falar com o tempo, pedir-lhe outra chance, recolher migalhas de alegria que porventura houvessem caído da minha vida, sonhar outros sonhos, mesmo que fosse por alguns instantes... Ter a ilusão de que poderia fazer tudo outra vez e melhor e diferente. Mas nesse momento o tempo passou muito apresado e me disse que o seu itinerário era o futuro que era impossível que ele retrocedesse comigo, pois em sua companhia viajavam os que estavam deixando para sempre o passado. Eram os que olhavam horizontes muito além dos meus, que eram muitos, pois andavam leves, que não carregavam nos ombros o peso de lembranças, mágoas e amarguras e recordações como eu carregava..... E mesmo sabendo que o tempo jamais voltaria, parti sozinha ao meu destino final. Continuei minha jornada mais de lágrimas que sorrisos, num caminho mais de pedras que de flores... Passei por ilusões perdidas, por lembranças já quase esquecidas, vi de longe, muito longe a paz acenar com seu lenço branco na estação das despedidas e prossegui... Chegando à casa do passado, encontrei –a cheia de sombras e fantasmas, a saudade sentada à porta, me estreitou num forte abraço. Arriei minhas malas e parei. Encontrei-me criança inocente e sem pressa, em balanços de alegria, contando estrelas e transformando em pássaros, anjos e monstros, nuvens que passavam junto com a vida sem dizer para onde estavam me levando... mas o tempo, implacável, seguia seu caminho sem volta e corria muito rápido, roubando-me a inocência, a pureza. Agora já cheia de anseios e planos, o meu maior desejo era que o tempo continuasse mesmo a correr... Comecei a pedir-lhe que passasse e eu o fustigava para que voasse, dei rédeas a ele e galopando sobre vales e transpondo montanhas, e passando por cima de tudo, cheguei ao mais belo lugar onde se pode estar: À minha juventude. Mas nessa parte da vida, também não estava o que eu buscava. Muita coisa me prendia, muitos me dominavam, eu não poderia viver assim. Necessitava ser livre, queria as asas da liberdade sobre mim... Pedi então ao tempo que corresse mais depressa. Precisava me livrar das amarras que me prendiam ser adulta, encontrar um grande amor, fazer novas descobertas, desvendar os mistérios da vida, fazer tudo aquilo que sentisse vontade e finalmente ser dona de mim... E o tempo obediente, correu, correu, voou... Cheguei ao presente, lugar onde estão todas as oportunidades, onde moram o agora e o hoje, mas sequer olhei para eles. Passei a me preocupar o que viria adiante e não tive tempo de desatar os laços dessa caixa preciosa, que tantos a deixam num canto, sem ao menos desembrulhar, dado a pressa de chegar ao futuro e ver o que a vida faria . Precisava ser urgentemente alguém importante, com muitas histórias para contar, vencer todas as batalhas e finalmente ser independente. Então, na minha ânsia insana, gritei com o tempo, reclamei dos dias que pareciam não ter fim, das estações que nunca mudavam, das luas novas que nunca se iam, adiantei o relógio do destino. E a corrida continuou e o tempo voava e me levava pela mão e me arrastava com ele, até que me encontrei velha e sem forças e quis descansar. Agora já não precisava mais pedir ao tempo que passasse. Eu estava quase à sua frente... Comecei então pedir que parasse, ou pelo menos que andasse mais devagar, pois a louca corrida em busca de realizações me tornara cansada e saudosa do presente que não vivi. Mas ele se fez surdo, inclemente e implacável passou muito mais velozmente, e viajando nas suas asas ele me trouxe e me fez pousar onde estou. Um lugar chamado velhice, outono da existência para quem soube aproveitá-lo e inverno dos corações para quem o desperdiçou sem ter vivido a primavera!
Construção
Nasci ontem comparado ao imenso tempo da terra,
Nostálgico passado,
Felicidade às vezes não aproveitada,
Primeiro dia num lugar estranho, vendo mais pessoas iguais a mim,
Primeiros amigos, primeiras brincadeiras, danças,
Primeiro amor, cujo inocente é,
...
Segundo dia num lugar diferente,
Segundos amigos, ou talvez os mesmos,
Outros sinceros amores,
...
Terceiro dia, novo lugar, outras perspectivas,
A malícia começa a fazer seu trabalho,
Amigos por coisas fúteis,
Inexistente de sinceros amores,
Inicio de desejos alheios,
...
Quarto dia,
Fase de construção de talvez amizades para a vida toda,
Amores, paixões, tristezas,
Preocupamo-nos em não mais nos agradar,
Esqueçamos a si, enxergamos os outros,
Inicio da decepção..
...
Quinto dia,
Em futura construção.
HOJE ACORDEI DE CORAÇÃO APERTADO, DEPOIS DE REVIVER O PASSADO, SONHEI COM O O ÚNICO HOMEM QUE AMEI COM TODAS AS MINHAS FORÇAS, AQUELE QUE FEZ TUDO POR MIM, QUE ME COLOCAVA NO COLO, MAS ME DAVA TANTA BRONCA, BRONCA BOA CLARO, E TORCIA PELA MINHA FELICIDADE COM UNHAS E DENTES; DAVA CONSELHOS QUE , MUITAS VEZES, NÃO SEGUI, E SEMPRE ME ARREPENDI. O MELHOR DO AMOR É TER A CERTEZA DA RECIPROCIDADE.
MESMO LONGE DOS MEUS OLHOS, NÃO PODENDO MAIS TOCÁ-LO, SINTO SEU CHEIRO, SUA FORÇA, SUA PRESENÇA EM TUDO.
TODAS DECISÕES QUE PRECISO TOMAR, ELE ESTÁ ALI, ME DANDO A DIREÇÃO, E SE EU ERRO, A CULPA FOI MINHA DE NÃO TER SEGUIDO ESSA VOZ INTERIOR, QUE VIVE PRESENTE DENTRO DE MIM.
VELHO "MOA", MEU PAI, MEU ETERNO AMIGO.
DE ONDE VC ESTIVER, PERDÃO PELOS ERROS COMETIDOS , E SAIBA QUE FOI SEMPRE TENTANDO ACERTA.
ATÉ UM DIA.
"Temores passados - alegrias presentes"
No passado, eu não tinha medo
De não conquistar uma namorada,
Mas tinha medo de arrumar alguém
Que de amor não entendia nada.
Graças a Deus que te encontrei,
E se do assunto amor eu pensava,
Que dele algo sabia, com você,
Namorada, aprendi que amor
Combina também com alegria,
Conjuga-se com harmonia,
É companheiro da verdade,
E amor, é primeiro amizade.
É tão difícil pra mim me ver novamente confusa em algo que jurei ser passado, estava tudo bem; mas foi só tocar a nossa musica que eu senti uma lagrima fria e gelada escorrer no meu rosto.
Depois disso, apenas vi em pensamentos todos os momentos bons que passamos; era só eu e você; não existia ninguém; não imaginava que tudo iria acabar tão rápido.
E foi questão de pouco tempo pro meu medo, se tornar realidade; presenciei o meu pior pesadelo; e foi assim que vi você partindo sem poder falar nada.
Não posso dizer que fiz de tudo pra você ficar comigo; pois não é verdade. Faltou o principal; eu só precisava olhar nos seus olhos e dizer tudo o que eu sentia; mas parece que eu tive medo de dizer uma verdade.
E hoje; tantas coisas passam pela minha cabeça; será que se eu tivesse dito tudo não seria diferente? Ou será que eu disse no silencio de um olhar e você não percebeu?
Talvez fosse isso que realmente aconteceu; mas era difícil entender; era como os mistérios do céu.
Fazer um busca em sua cabeça
Reencontrar o seu passado
Buscar e fazer fantasia incrivéis
Lembranças de sua infancia
Em abundancia do seu conhecimento
Procurar achar os seus desejos
Colocar em pratica os sonhos
Viver e ser feliz a cada momento
Nem que isso seja em sua cabeça
Não deixar suas buscas invão.
Tenho sentido um certo medo de arriscar. Medo de deixar o passado voltar a tona na minha vida. Preciso de força para enfrentar essa fase. Seja em questões de relacionamento, como profissional. Tenho muita fé em Deus, mas desta vez, estou precisando ter mais fé em mim. Acreditar que eu posso tudo o que quero. Ainda mais quando Deus está me dando oportunidades para realizar os meus desejos. Minha vida, minha rotina, mudou muito de uns tempos para cá. Mas ainda estou em um momento de buscar mais mudanças, apenas essas não são o suficiente. Já sou uma mulher, mas diferente de antes, agora tenho pensamentos de mulher, vontades de mulher, objetivos de mulher. Existe uma musica que fala: Jeito de mulher e olhar de menina, me sinto assim.
Este meu amadurecimento foi muito rápido, e eu mal tive tempo de perceber o quanto era preciso correr para concluir essa minha fase. Ainda bem que posso desabafar escrevendo. Este é um momento muito sagrado para mim. Um momento onde reflito sobre a minha vida, sobre as minhas mudanças. E depois de algumas palavras, minha mente se abre. Consigo ter um pensamento e uma visão mais ampla dessa minha fase.
Preciso acreditar mais em mim e é isto que vou fazer. Insegurança nunca foi meu forte e não será agora. Vou conseguir resolver todas a pendencias da minha vida. Vou enfrentar e vencer este momento que estou passando. É isso ai, agora é só botar em pratica.
Olhando o passado, percebo o quanto me enganei com a vida.
Quando criança, nunca acreditei em papai Noel, coelhinho da páscoa, bicho papão... Mas acreditei no amor. Sempre acreditei que, por mais que eu nunca o visse, ele existia. E hoje, mais de onze anos depois, percebo que troquei símbolos ilusórios de datas comemorativas por uma ilusão bem maior.
Onde está aquele amor em que eu acreditava?
Por onde anda aquele sentimento puro, verdadeiro, sincero, irreal... Aonde?
É. Talvez por ser irreal, ele realmente não exista.
Hoje percebo que aparência importa sim. Que status influem sim. Que palavras importam sim. E que algumas palavras, textos e canções, por mais lindos que pareçam, são apenas tentativas de descrever um sentimento que na realidade nunca existiu. Não na sua essência.
Esse despertar é doloroso. É triste. Me confunde.
De tanto a vida tentar, sinto que ela conseguiu destruir minhas ilusões de ser feliz. Ela conseguiu abrir minha mente para o que estava bem diante dos meus olhos durante todo esse tempo.
Mas eu estava cego. Estava fechado no meu mudinho com o pensamento de que eu poderia escrever minha própria história e terminá-la com o clichê: “E foram felizes para sempre.”
Que pena! Isso acabou. Hoje percebo que finais felizes só existem em alguns filmes e livros. E que na vida, a solidão é a única certeza que eu posso ter.
Se você pensa que esse é mais um texto de uma pessoa desesperançada, está muito enganado. Essas palavras são um raio x do meu interior.
Acredito que você nunca saberá como eu em sinto ao escrever isso, mas se essas palavras te tocar, saiba que a minha tristeza é dez vezes maior do que você possa imaginar.
Não sei se estou equivocado em minhas opiniões, mas a verdade é que eu estou destruído por dentro.
Mas se eu estiver errado, espero que alguém chegue e junte esses cacos que restaram das minhas ilusões e consiga reconstruí-las. Enquanto ainda há tempo.
As pessoas acham que pelo tempo ter passado e estarmos no seculo XlX, tudo tem que mudar!
Antes tudo era mais valorizado, as mulheres, os homens, os idosos, as pessoas em geral... se dava mais importância nas coisas simples, tantas descobertas se deram pelo esforço e pela curiosidade! hoje tudo esta tão fácil por causa do relaxamento da sociedade em esperar sempre que o outro haja com atitude, devemos levantar e assumir um lugar, sermos corajosos e ter nossos nomes reconhecidos!
le está marcado por sombras do passado que cravou uma farpa em seu coração de forma que bate e sangra, pulsa e sangra, e insiste em sangrar até quando não percebe. E ele sorri porque acha que deve pensar positivo, esconde a dor e carrega olhos baixos, se confortando, tentando se entender. Cruzando suas mãos e abraçando seu próprio corpo.
E diz: "Eu queria tanto que ela aparecesse. Sabe? Essa pessoa que vai fazer tudo por mim, tudo que deixaram de fazer, tudo que se negaram a tentar. Eu quero que ela chegue, com qualquer roupa, qualquer jeito, qualquer sorriso, mas que chegue. Vou levá-la em festas country no interior onde a única coisa interessante são as cervejas baratas, música ao vivo e aquelas danças esquisitas. Vou levá-la num parque de diversões pequeno, pra atirarmos em latinhas e sorrirmos ao sentir o friozinho na barriga descendo de uma montanha russa. E vou fazer isso, porque são esses pequenos detalhes que cercam o amor. É disso que sempre vamos lembrar. Mas ela não chega, não vem me fazer acreditar de novo em tudo isso. Que existe alguém destinado pra mim. Que irá me abraçar no meio duma chuva, festa, cama solitária que carregará dois corpos que, de fato, se amam. Um épico momento, onde nada mais importa além de mim e ela... E no meio duma praia deserta, quando o vento está tão frio que nossa pele aumenta e os pêlos se enrijecem, eu vou abraça-la e agradecer aos céus por estar vivo, e por tê-la encontrado."
E apesar dos murros que a vida lhe dá, ele não desiste, volta a desejar o encontro tão esperado. Mas não sabe, que é naquele dia em que ele estiver completamente desarrumado, desajustado e moribundo, é que o amor o encontrará... Sem data marcada. E enquanto isso, torço pra que ele consiga passar os dias, se divertindo com pessoas erradas, enquanto a certa tarda...
Mas por favor, que não falhe!
É apenas tudo que ele sempre quis.
Eu preciso me acalmar, deixar algumas lembranças, meu passado...
É engraçado que eu sei o que não me faz bem e ainda insisto, permaneço, comento os mesmos erros, me submeto aos mesmo sentimentos, as mesmas situações mas depois quando tudo passa, quando penso, analiso tudo, eu vejo claramente as coisas. Minhas ações vivem em um circulo, são sempre as mesmas, são repetitivas...
Se eu não enxergasse, talvez eu colocaria a culpa em outra pessoa, mas tudo isso são consequências das minhas escolhas....
MEMÓRIAS DE UM NATAL PASSADO
Quando era criança, na noite de Natal, eu e o meu irmão partia-mos nozes e avelãs no chão de cimento da cozinha, à luz do candeeiro, enquanto a minha mãe se ocupava das coisas que as mães fazem.
Depois, quando o meu pai chegava, jantava-mos como sempre e seguia-se, propriamente, a cerimónia de Natal. Naquela noite o meu pai trazia um bolo-rei e uma garrafa de vinho do Porto.
Sentados à mesa, abria-se a garrafa de vinho do porto e partia-se o bolo em fatias. O meu irmão e eu disputava-mos o brinde do bolo-rei comendo o mais rápido possível na expectativa de nos calhar em sorte não a fava, mas sim o almejado brinde!
Eu não gostava daquele bolo, mas naquele tempo a gente “não sabia o que era gostar”, como dizia a minha mãe quando nos punha o prato á frente. Assim acostumada, engolia rapidamente as fatias para não sentir o sabor e ser a primeira a encontrar o brinde.
O meu pai, deleitava-se com o copito de vinho do Porto e observava calado as nossas criancices.
Depois, vencedor e derrotado continuavam felizes, na expectativa da verdadeira magia do Natal. Púnhamos o nosso sapato na chaminé, (eu punha a bota de borracha, que era maior), para que, á meia-noite o menino Jesus pusesse a prenda.
Íamos para a cama excitados, mas queríamos dormir para o tempo passar depressa e ser logo de manhã. Mal o sol nascia, corria-mos direitos ao sapatinho para ver o que o menino Jesus tinha la deixado.
Lembro-me de chegar junto á chaminé e encontrar o maior chocolate que alguma vez tivera visto ou ousara imaginar existir. O meu irmão, quatro anos mais velho, explicou-me que era de Espanha, que era uma terra muito longe onde havia dessas coisas que não havia cá.
O mano é que sabia tudo e, por isso, satisfeita com a resposta e ainda mais com o presente, levei o dia todo para conseguir comê-lo a saborear cada pedacinho devagar!
Depois, não me lembro quando, o meu irmão contou-me que não era o menino Jesus que punha a prenda no sapatinho, mas sim o nosso pai. Eu não acreditei e fui perguntar-lhe.
O meu pai, que gostava ainda mais daquilo do que nos, respondeu de imediato que não, que era mentira do meu irmão, que ele sabia lá, pois se estava a dormir…
Com a pulga atras da orelha, no Natal seguinte decidi ficar de vigília, para ver se apanhava o meu pai em flagrante, ou via o Menino. Mas os olhos pesavam e, contra minha vontade e sem dar por isso, adormecia sempre e nunca chegava a apurar a verdade.
Na idade dos porquês, havia outro mistério á volta da prenda de natal. É que eu ouvia dizer aos miúdos la da rua, que eram todos os que eu conhecia no mundo, que lhes mandavam escrever uma carta ao menino Jesus a pedir o que queriam receber. Maravilhada com tal perspetiva, apressei-me a aprender a ler e a escrever com a D. Adelina, que era uma senhora que tomava conta da gente quando a nossa mãe tinha que ir trabalhar e que tinha a 4ª classe, por isso era muito respeitada sobre os assuntos da escrita e das contas.
Antes de entrar para a escola primária já sabia ler e escrever mas isso não era suficiente.
Faltava ainda arranjar maneira de fazer chegar a carta ao seu destino. Para mim, aquilo não resultou: da lista de brinquedos que eu conhecia, não estava nenhum no meu sapato.
Questionada, a minha mãe, que tinha ficado encarregue de dar a carta ao Sr. Carteiro, disse-me que o menino Jesus só dava prendas boas aos meninos que se portavam bem. Mas eu já era uma menina crescida, já tinha entrado para a escola primária (em 1974) e sabia que os que recebiam brinquedos eram diferentes de mim noutras coisas também.
E foi então que, depois de ler a carta dos Direitos da Criança que estava afixada na porta da sala de aula, soube de tudo. Senti-me triste, zangada e confusa: Porque é que escreviam coisas certas e as deixavam ser erradas? Eles eram grandes, podiam fazer tudo! Se estava escrito ali na porta da escola era porque era verdade e importante, igual para todas as crianças como dizia na Carta. Que tínhamos direito a um pai e uma mãe lembro-me. A partir dali todas as coisas que a que a criança tinha direito, eu não tinha, e isso eram por culpa de alguém. Experimentei pela primeira vez um sentimento que hoje sei chamar-se injustiça.
Tranquilizei-me com o pensamento de que um dia viria alguém importante e faria com que tudo aquilo se cumprisse. E eu aí esperar. Era criança, tinha muito tempo: nascera a minha consciência cívica.
Compreendi que os adultos diziam as coisas que deviam ser, mas não eram como eles diziam. Nesta compreensão confusa do mundo escrevi nesse primeiro ano na escola a minha carta ao menino Jesus e deixei-a eu mesma no sapatinho. Era um bilhete maior que o sapato e dizia assim:
“Menino Jesus
Obrigada pela prenda.
Vou pensar em ti todas as noites mesmo depois do natal passar e espero por ti no natal que vem. Gosto muito de ti.
Adeus.”
E rezei a Deus que, houvesse ou não menino Jesus para por a prenda no sapatinho, me trouxesse todas as noites o meu pai para casa.
Nisa
Setúbal, 29 de Novembro de 2012
Descobertas - 05/12/2012
"Descobri dentro do meu ser
Lembranças do futuro
Um passado arrependido
Dentro do que sou
Reinvento maneiras de viver
Amando meu ego e orgulho
Ao mesmo tempo me vendo a morrer
Além do que sou, não vivo
E longe do que deveria ser
Só consigo existir, não viver
Estranhamente, reconheço onde estou
Um lugar onde todos devem seguir a perfeição
Porém, perfeição esta sendo desumana
Está perdida e ninguém a pode achar
Sendo eu um mero mortal nada posso fazer
Senão corrigir alguns tropeços e aprender sempre mais."
As veses,
Bate aquela vontade,
Com sinceridade,
De modificar,
Apenas voltar no passado,
E a minha vida aperfeiçoar,
Corrigindo os meus próprios erros,
Rescrevendo tudo aquilo,
No qual eu fiz,
Só assim tenho certeza,
Que podia ser tornar,
Muito mais feliz.
Fazendo tudo realmente,
Parecer completamente,
De um modo diferente,
Talvés até mesmo,
Confundir a sua mente,
Embora eu tenho defeitos,
Eu assumo,
Eu não sou perfeito,
Porém ficaria satisfeito,
Pois todas as minhas conquistas,
Nessa vida curta devemos alcançar.
O Cristo que caminhou pelas ruas poeirentas da Galiléia era o Deus que havia passado pelas trilhas das galáxias. O Cristo que ascendeu o fogo à beira do lago para preparar o café da manhã para os seus discípulos
cansados e famintos, havia ascendido bilhares de estrelas, pendurando-as pelo céu da meia-noite. Ele que pediu de beber à mulher excluída, havia enchido de água cada rio, lago e oceano. Cristo se fez a própria
revelação de Deus. Em Jesus, Deus adentrou à humanidade. A
eternidade invadiu o tempo.
A milhões de anos o arquiteto do universo resolveu criar o Planeta Terra. Passado mais alguns bilhões de anos, ele resolveu dar de presente para o ser humano um anjo chamado Jesus, passados mais 1.907 anos ele resolveu dar mais um presente para a humanidade, aí nasceu o arquiteto do Planeta Terra; Oscar Niemeyer.
E depois de mais de quinhentos projetos fenomenais resolveu o Grande Criador, que estava na hora do grande gênio da arquitetura lhe auxiliar a completar o universo.
(15 de dezembro de 1907 — 5 de dezembro de 2012)