Texto sobre o Passado
►Pela minha timidez, te perdi
Com tantos arrependimentos convivo
E mais alguns outros, eu crio
Pensativo sobre eles, eu vivo
De um alívio, preciso
Afinal, quem não sente isso?
A necessidade de ter um abrigo
"É preciso viver, então sigo"
Mas mesmo que isso eu fale
Nada vai mudar, melhor que me cale
Um passado de erros me lembro
A contar sobre eles, eu venho
Tirá-los da mente eu tenho
Oportunidades desperdiçadas pela timidez
Escrevo isso lembrando daquela vez
A mentalidade de uma criança
A malícia não constava na lembrança
Essa memória hoje em meus pensamentos, descansa
Gostaria de voltar no tempo
Poderia ter aproveitado aquele momento
Das decisões feitas no passado, eu lamento
E agora, com papel e caneta, me sento.
Não deveria ter sido daquela maneira
Hoje porém, percebo que era uma bobeira
Não tive coragem de expressar, que besteira
Vejo que, do meu coração, fora uma hospedeira
Me aquecia como o calor de uma fogueira
O vento te levou, onde está?
Já não a vejo caminhar
"Será que no mesmo lugar estas a morar?"
As vezes penso no ocorrido
As vezes penso em como eu lido
"Será que teu amor eu devo ter tido?"
Isso me deixa um pouco abatido
Se sim, devo ter te ofendido
Aquela lição já devo ter aprendido
E confesso, apesar de tudo, estou arrependido
Relembrando minhas chances, fico constrangido
Lamento por não ter lhe dito
Talvez pela espera, seu coração ficou partido
Mas digo, parar mim foi sofrido
De ouvir tu dizer:"Só amigo" para mim era temido.
A primeira não dá para esquecer
Dou meu melhor, sobre ela, a escrever
Não consegui teu amor ter
Mas agora começo a entender
Os fatos e acontecimentos, compreender
Eu ainda não estava preparado
Seu coração à mim não era destinado
Eu sei que por ti era amado
Ao passar do tempo, aprendi
E entendi o que por ti senti
Quero que saiba que foras importante
Quero que saiba que não fui um farsante
Não importa, não lerás estes versos
Mas deixo aqui meus gestos
Quem diria que eu estaria assim
Quem diria que por ti estaria afim
Os versos estão chegando ao seu fim
E termino dizendo que sim
Gostaria de ter você perto de mim
Bem ali no jardim
Deitados sobre o capim
Obrigado J, sentirei falta de ti.
►Meu Mar
Não me lembro quando comecei
Foi por alguém, disso eu sei
Uma nova dedicatória, não farei
Talvez pelas rimas me interessei
Penso nelas como uma forma de me livrar
Pois assim vou me ajudar
Os problemas presentes superar
Escrevo de dentro do meu lar
Assim não há o que se preocupar
Desse jeito, de suporte não devo precisar
Mesmo não tendo a quem me apoiar
Sei bem que morrerei só
Mas não fiquem com dó
Irei mudar o assunto dos versos, rimas
Mas não falarei somente de coisas minhas.
Hoje eu me encontro perdido
Procurando um sentido
Querendo me envolver em algo
Desmoronou-se o meu palco
Disse acima que não falarei sobre mim
Meus versos são para todos, isso sim
Interessante como cheguei aqui
Neste mar de solidão eu cai
Devo ter me afogado bem ali.
Acho que sempre estive em depressão
Só pode ser esta a razão
E mesmo que eu diga não
Vou sempre querer escrever
Colocando nos versos o meu sofrer
E formando rimas,irei entreter
Pelo menos devo nisso crer
Farei versos mais animados
Farei versos melhorados
Desculpem se parecem abalados
Eles foram baleados.
Rir junto com minha criadora
Esta lembrando dos tempos da locadora?
Gratifico-te por me dar lhe uma vida
Isso aqui é para dizer que é a mais querida
Não há palavras para descrever
Assim lhe coloco em mais versos, sem querer
Este aqui não poderia faltar
De você é meu dever falar
Mesmo com o temperamento que tem
Isto só te fez me criar muito bem
Restou agradecer por me tornar um alguém.
Música
Em cada música uma história
Ao ouvir a canção, uma grande recordação
Como a música grava tanta emoção?
Ao tocar dá vida a imaginação
Tudo está gravado nela
momentos do passado,
sonhos do futuro
Somo nós quem fazemos sua interpretação,
com a liberdade da nossa imaginação
Na música somos personagens,
do sonho ou da realidade
Aquela ao ser ouvida
nos faz sorrir, nos faz chorar
Música que nunca será esquecida
se torna tem da nossa vida
Foi
Foi e não voltou
foi pra nunca mais
foi e nem ligou
foi e nem lembra mais.
Foi levando lembranças
foi levando saudades
foi carregado de dor
foi e deixou a felicidade.
Foi pra dizer que parte
foi pra levar a promessa
foi e tirou o socego
foi mas não foi depressa
foi devagar
foi como quem quer voltar
foi pra me avisar
foi bom e não volta mais
foi e me ensinou a lutar
foi mais não deixou arma
foi e me deixou atento
foi com um brilho no olhar
foi e disse "Aqui é meu lugar"
foi sentando na beira dos ramais
foi bebendo a água que lhe traz
foi e matou a sede voraz
foi assim que se levantou
foi falando a frase dita jamais
foi assim que se foi e não volta jamais
Falta-me ar
Penso mal, entre transparência e escuridão,
Mas é só a velha nostalgia de hoje,
Sufocando meus pulmões
Não sei de onde respirar
Penso bem, e acabo escolhendo o amanhã
Ao ontem empoeirado
Penso melhor
E percebo
Talvez a poeira do caminho
Possa me ajudar,
Caso eu me perca.
Passastes
Esqueço de ti, nem pelo meu pensamento passas.
Não que eu tenha vontade de o fazer, mas de mim
te afastastes, e eu nem senti.
Evidente é que me lembro de ti, teu sorriso,
olhos lindos, porém nada disso faz com que eu
volte aos teus encantos viver.
Foste um passado, que na realidade, completou-se.
Que possas dar alegria a quem a quiser de ti
recebê-la.
Mas no que diz respeito a mim, de há muito a única
coisa feita, foi te esquecer.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Moça
Estás presa em si mesma,
em memórias e dilemas.
Então porque não busca
agora, uma nova esperança?
Estás sem vida, moça agora,
onde esta o seu sorriso?
A felicidade que te cerca,
pode ser um paraíso.
Estás presa no passado,
um passado bem distante.
Fuja deste moça, agora!
Reencontre seu sorriso.
O passado que te cerca,
este não existe mais.
Fuja deste moça, agora!
e encontre outro rapaz.
Ela sorri,
Brinca e fala demais.
Mas ela não é realmente feliz.
Pois é, você pensou errado.
A garota mais sorridente,
Não tem mais brilho nos olhos.
O que deixou ela assim?
Um psicológico ferrado,
Um passado ruim,
E um coração machucado.
As pessoas machucaram-na,
"Gorda, feia e louca".
Apenas uma criança
Que tinha um futuro lindo,
Estava sendo xingada e humilhada.
"Se ame como você é"
Como ela irá se amar?
Se o que disseram pra ela
Está ecoando em sua cabeça?
Ela se olha no espelho
E deseja chorar.
A vida anda,
As cicatrizes de seu coração
Estarão ali pra sempre.
Mas ela continuará a viver.
As vozes nunca irão se apagar,
E ela continuará a fingir e sorrir.
(Deixo aqui registrado e tiro do peito e das páginas o que já não deve estar lá, que não deve ser lembrado e nem esquecido.)
Era uma vez um amor.
Foi assim que dois acasos acaso viraram um caso e casaram como nunca um caso casou assim.
Foi assim que um meia boca foi pra boca inteira e arrumou seu par de meia mesmo em meio a toda multidão.
Foi assim que a meia lua virou lua cheia, dobra a lua volta e meiabem no meio do meu coração.
Nada de amor a primeira pista naquele inusitado dia.
Nossos olhos matracavam enquanto a boca pouco dizia.
Fomos feitos de bobos por tudo que nos parecia.
Partimos sem nos despedir, e olha só, quem diria onde o desencontro chegaria.
E o reencontro foi rendição
Foi vislumbre e paixão
Foi uma festa surpresa
Foi batuque no coração
Foi cartas sobre a mesa
Foi problema e solução
Foi explosão de represa
Foi o meu galardão
E então, de gota eu fui pra mar que encontra o céu da sua boca, e a voz do meu coração que era pouca, agora vive a cantar.
E assim toda razão perdeu a lógica
Porquanto um mais um deu um
E não há engenheiro que tenha uma resposta.
E se alguém perguntar para mim
Qual é a definição de amor?
Direi:
As nossas manias de estimação
Os filmes da nossa coleção
Brincar de passar sabão ou agua na cara do outro azarão
Botar nas palavras sua acentuação.
Fazer barulhos com a boca
Já é nossa aquela minha touca
Fazer alguma coisa louca
É um abraço surpresa enquanto lava a louça
Mudar palavras de lugar
Deitar naquele estreito sofá
Fazer dueto pra cantar
Deixa a vergonha pra lá
Jogar o truco que te ensinei
Falar em códigos que a gente entende
Te falar tudo o que eu já pensei
E imaginar a gente no futuro.
Pois não há ninguém no mundo todo que tenha mais de mim
E eu sinto que era pra ser assim, meu amor.
E o que for meu é teu até o fim.
Não tenho um real no bolso para te dar, por hora dou só o meu coração
E essa canção.
E se alguém disser que isso tudo é besteira, eu digo
Prefiro um amor pra vida inteira
Do que ser feliz de saideira.
E se me perguntar se é de verdade verdadeira direi até o fim da nossa vida.
Que é de verdade verdadeira verdadeiríssima verdadeiramente verídica.
Ao Olhar para Trás
Ao olhar para trás, vejo o quanto de mim ficou
Nas pessoas que encontrei
Nos amigos que fiz por onde passei.
E o quanto de mim deixei nas dores que senti
Nos tombos que levei
Nos amores que amei.
Como posso esquecer tudo aquilo que me fez ser o que sou?
Não quero esquecer
Não quero seguir sem os fragmentos
Que me fizeram viver.
Ao olhar para trás, não deixo de pensar
No quanto dele em mim ficou
No quanto nele de mim ficou
E no que vale a pena deixar.
Sigo adiante, na busca incessante
De me encontrar
Num rosto, num gesto, num olhar
E na recíproca de amar.
►Diário das Rimas
Não acredito que já são cem rimas agora
Não pensei que escreveria tanto depois daquela hora
Talvez a quantidade não importa
Mas me conforta saber que escrevi tantas palavras
No começo elas eram tão vagas, mal amadas
Na verdade, por mim elas eram um pouco ignoradas
Mas peguei um pedaço de papel de uma agenda
E com um pequeno lápis escrevi com a mente serena
Lendo-a agora, vejo como fora uma rima pequena
Escrevi como se estivesse encontrado a tal "alma gêmea"
Pois então, naquele momento fiz o humilde poema
Talvez eu colocasse até um problema, não sabia no dia
Mas lembro que estava sentindo uma certa alegria
Sei que estava pensando em uma menina
Que por ela escrevi várias linhas
Motivação amorosa eu tinha
Que um futuro de casal com ela, eu pressentia.
Os próximos poemas foram escritos na mesma agenda, sobre amor
E, depois a rima se transformou em um poema sofredor
Almejar ser um escritor, um autor
Mas estar longe de ser um pensador
Talvez caia bem ser chamado de sonhador.
Foi incrível, naquele dia foram escritas seis rimas
Sobre tudo que na época eu sentia
Mas dentre todas, ainda possuo aquela favorita
Mas ela não havia sido aceita de formar compreensível pela sua receptora
Foi debochada em toda sua simplicidade
Porém eu estava com tanta vitalidade que superei os risos
As rimas passaram a não serem mais vistas
Dos olhos da receptora elas foram escondidas.
Mas a felicidade fica por conta do caderno completo
De versos e lembranças ele está repleto
Me alegra em saber que, a qualquer momento ele pode ser aberto
Da agenda para o caderno, do caderno para a rede
Mais e mais versos eu possuo sede, afinal sinto prazer
Em poder descrever o que eu desejo
Nas madrugas, sentado no chão com a caneta na mão, me vejo
São esses momentos que sinto apreço, e quando eu penso
Minutos depois está tudo no papel
Tornando a mente o limite, assim como o céu
Tantas recordações, tantas dedicatórias doce como mel
Se existisse, gostaria de apenas um presente ao Papai Noel
De fazer surgir um sorriso em um rosto triste
E eu sei que tal poder realmente existe
Os palhaços o possuem e eles conseguem transmitir um sentimento
Eles conseguem fazer sorrir quem está abatido.
Acredito que, de tão simples, meus versos são entendidos
Não há necessidade de perguntar aos pais, "O que é isso?"
Mas não é intencional, mas sim por não ser profissional
Desde aquele dia, escrever tornou-se crucial
Dizem que quem possui um diário é uma pessoa sentimental
Eu possuo cadernos com textos, nada muito excepcional
Não enxergo muita diferença entre os dois, a rima e o diário
Vejo como sendo o peixe e o aquário
A rima torna-se o conteúdo das folhas
Onde podem ser guardas memórias boas
Onde são registradas as escolhas
Não sei quando elas irão terminar
Não sei quando as folhas irão acabar
Mas enquanto isso, estarei a dedicar tempo
E escrever contra o vento, com mais poucos versos me contento.
REALMENTE... O troco vem com o tempo.
Quanto mais o tempo passa .
Eu presencio fatos pelo quais fui julgado no passado.
O engraçado é que as mesmas pessoas que me julgaram, hoje estão no meu lugar de vergonha.
Porém eu só passo e olho, não julgo, apenas penso, e lembro, de antes e de como fui punido mesmo sem merecer.
Não vou julgar, irei apenas olhar, e vou deixar que elas se lembrem por si só que eu já estive no mesmo lugar...Porém depois de muito ... EU CRESCI.
TEMPO DE RAPINA
Tempo de rapina que me impressa
Monções com ampla velocidade
Onde o segundo não se interessa
Em passar na queixa da saudade,
Mesmo que passe com muita pressa
Nos dias com certa dificuldade
Pois não há nada que me impeça
Em tempo transir amenidade!
Pois, a hora fria que se importe,
Vou ao encontro do inusitado
Nos versos cálidos que me aquece,
Porque poesia como suporte
Que leva a um mundo ilimitado
Pára o tempo e a gente o esquece.
Há! se o tempo voltasse ! Eu te beijaria de novo
Há! se o tempo voltasse ! Eu faria tanta coisa diferente
Há! se o tempo voltasse ! Eu dormiria direito
Há! se o tempo voltasse ! Eu aprenderia engenharia
Há! se o tempo voltasse ! Eu me surpreenderia
... bem já faz mais de meia hora e o tempo ainda não voltou! Que chatice ! Antes que a fome volte !
O melhor é comer uma sandes!
O tempo passa e está sempre tudo bem
Até quando não está
Na sua boca eu vejo as palavras
Que esqueceu de falar
Você esqueceu de se importar
E agora o que restou, nada
E eu não sei mais porquê
Eu me contento com o pouco que você me da
E eu não consigo entender
Minha fraqueza pelos seus meios sorrisos
Que aparecem só quando você quer
Pra me acalmar
Você me olha e está sempre tudo bem
Mais eu sei que não está
Eu me esforço pra ser o que você quer
Você esqueceu de notar
Você esqueceu de se importar
Eu me contento com o pouco que você me da
E eu não consigo entender.
De palavras bonitas o meu coração está cheio. Ele formula frases e despedaça sentimentos com palavras, palavras lúcidas que mentem e comparam o tempo todo. O meu exterior emana bom juízo, faz imagem pra cada um de um jeito. Mas eu me conheço, ah, e se conheço!
Eu, somente eu, tenho a capacidade de me desvendar. Sei bem que estou ficando para trás e que logo tão cedo o passado já tanto me faz falta. Sei de cor sobre o que me faz querer chorar e o que me dá nojo e repulsa.
Sei muito sobre meus sentimentos, meus gostos, meus desejos e o que os meus picos de humor significam.
E hoje, mas hoje, o meu corpo se colocou em situações maltrapilhas e eu senti saudade e inveja. Não foi com intuito ruim, sei que não, mas assim senti porque a água virou vinho, e apesar do milagre ser bom, a única coisa que consigo é me embebedar.
Eu só queria saber, ter uma imagem,
uma foto qualquer do período em que
tudo começa a dar errado. Lembro dos
quartos sujos, dos azuis, dos
parques e cidades distantes. Lembro
do orgulho de ter algum sentimento.
Eu sei definir maus momentos,
irritantes gestos, mas não o primeiro
instante em que tudo teve início. Deixa eu colocar assim, como
uma desgraça cósmica que pairou
sobre todos nós. Queria zerar o
placar e trocar um eu, sedentário, por
atleta de verdade. Deixa eu
afastar os mundos logo um do outro
que talvez seja melhor. Eu não tenho
que pedir desculpas ao mundo pela minha loucura, eu não tenho que pedir
permissão pra poder ir tentando se
acertar em meio a tantos erros de
cálculo óbvios e tiros no coração de
raspão. Opostos, negativo e
positivo, extremos distintos, juntos
nunca dão ‘mais’. É sempre um ‘menos’
preciso que a gente vai encontrar no
caminho, é sempre um ‘menos’ frio que
vai bater na nossa cara não
importando pro lado que a gente
vire.
E não importa o quanto eu tente.
Nada rima, nada combina com Lobos-Cinza da Polinésia.
Jonas Greco.
E esse sentimento zerou, sem chances de marcar mais um ponto no placar, sem mais ter de me importar com um orgulho.
Orgulhos são pedaços de vidro dentro da garganta:
Se engolir morre, se cuspir fora cada palavra, cada momento... sangra, sangra muito.
Não estou tentando parecer poeta, até porque poetas não amam. Só tentando explicar que sua definição "uma desgraça cósmica" me acertou, um ponto, no placar. Ainda.
E se opostos se atraem, porque me sinto tão igual á você? Será mesmo que extremos distintos nunca dão ‘mais’?. Isso aqui é jornada, não um jogo, que quanto mais matamos e ganhemos vida, no final o velho ‘chefão’ estará lá.
Não querendo ser mórbida.
É verdade, nada rima com Lobos-cinza da Polinésia.
Brena Lobo.
Durante a nossa vida, conhecemos uma infinidade de pessoas. Algumas nos marcam, por diferentes motivos. Quando eu estiver velhinho ainda me lembrarei da sintonia assombrosa que temos. Os opostos se.atraem por representar um mundo diferente um ao outro. Porém, esses casos, geralmente, estão fadados ao tédio quando passa a empolgação da novidade. E sobre o "chefão", eu me identifico. Sinto-me como ele quando vejo uma ex-namorada/ex-amigo feliz.
Jonas Greco.
Lembranças de amizades curiosas
É neste humilde verso que as resgato;
É como a fonte que dá vida às rosas
Adormecidas pelo tempo ingrato.
Situações inocentes, carinhosas,
Da nossa infância no momento exato.
Imagens da lagoa, bichos, prosas...
Na memória, belíssimo retrato.
Relembro cada lance motivado
Pela saudade, no contexto puro
Da emoção e constante aprendizado.
Dez anos passam em segundos, juro.
Nossas cartas escritas no passado,
Nossas vidas, distantes no futuro.
Quero chegar lá na frente, viver muito, e em certo instante parar,... eu quero olhar pra trás e ver tudo que construi através do amor, do trabalho honesto, da solidariedade, do perdão, da fraternidade,da HUMILDADE,da amizade,das lições retiradas dos meus erros mais profundos;dos sofrimentos mais intrínsecos em mim,das pessoas que de certa forma me ajudaram a ver a vida por outra ótica,mesmo que para isso tenham me magoado ,quero olhar pra tudo isso e afirmar convicta de meu esforço valeu a pena,minha vida fez sentido,sem mim muita coisa seria diferente !
E todo esse SENTIDO, encontrei no momento que reconheci que existe um DEUS, maravilhoso que me protege de todo e qualquer mal, que não existe nada capaz de deter aquilo que é feito com o coração
Contas ao Vento
Vagos sonhos desbotados
Projetos abandonados
O que fazer com o amanhã
Se o ontem não se vai?
Desespero invade as noites
Revolvem tristes momentos
Gélidas paredes emolduram
Dispersão do pensamento.
Em círculos se arrastam vidas
Banhadas no sal das lágrimas
Caçam a esperança perdida
Frágeis fios, sopros de vida.
Tão imensos quanto às noites
Mostram-se os leitos vazios
Abraços largados ao vento
Longas contas de agonia...