Texto sobre o Passado
A Madrugada
Na madrugada pessoas morrem por dentro
Se lembrando do passado
Ou até se perdendo
Na madrugada segredos são contados
Paira uma verdade na fria brisa
E tudo oque queriam era serem libertados
Na madrugada amores morrem
Podem nascer
Mas sozinhos se destroem
Na madrugada a paz está no silêncio
Lá fora e não aqui dentro
Na madrugada as coisas se unificam
Ainda sim
As almas se purificam
Na madrugada se perde a vontade de viver
E aumenta a vontade de morrer
A madruga é um prelúdio para um novo dia
Para mim uma perdição
Para vocês uma alegria
LEMBRANÇA (4)
Te esquecer seria um passado
Te esquecer seria uma solidão
É como ter que viver magoado
É como não ter coração
É como não ter sentido
É igual não ter idade
É como não ter vivido
É igual a não lembrar uma saudade
Você é a LEMBRANÇA que jamais está ausente
Você é minha era inesquecível
É o futuro de um presente
É como nascer para uma vida
Uma vida de muitas esperanças
Em que fiz varias amizades
Despertando inúmeras lembranças
Coroadas com flores de saudade
Lembrar de ti é só o que eu quero
Nem que passe várias eras
Pois mesmo assim eu te espero
E sei que tu também me esperas
LEMBRANÇA (3)
Não me esqueço mais do passado
Que contigo eu ficava
E mais rápido que o vento
Eu logo te abraçava
Você que trouxe lembrança
Do seu sorriso e do seu olhar
Hoje tenho até esperança
De outra vez te encontrar
Eu que andei pelas ruas da solidão
E ao pensar em você, via em minha mente
Como se fosse uma grande visão
Você sorria pra mim alegremente
Mas eu sei que serei feliz na vida
Não ficarei mais amargurado
Você voltará para mim querida
E te amarei no futuro como amei no passado
O saudoso passado...
Durante muito tempo ouvi, como um mantra enfático, a afirmativa: “Saudade do passado! No meu tempo era muito melhor...”. Repetidas vezes isso me provocou a revolta adolescente de quem gostaria de convencer que o meu presente também era bom, seja pelas tecnologias, avanços, mudanças histórias, conquistas, .... e até pela minha presença. Por mais que o desafio de mudar esta frase motivasse, era uma realidade irredutível. Contudo, como o bêbado que retoma a sobriedade, a maturidade trouxe uma capacidade analítica de enxergar os problemas da minha época, admirar elementos do passado e repensar certos conceitos. Apesar da “minha tecnologia” ser surpreendente, de fato no meu presente faltava muita coisa, que não justificavam mudar esta frase. As minhas críticas foram revistas, ganharam novos pontos de vista, interpretações, ... e só me restou tentar mitigar as lacunas do meu tempo. Até que um dia, as lapidações da vida, como em um ciclo previsível, me fizeram repetir o mesmo discurso de meus antepassados. Penso que ...
Talvez, com o tempo as luzes naturalmente se apaguem, como as estrelas no céu que perdem o brilho te deixando em um vazio sem orientação ...
Ademais, é provável que a inversão dos polos magnéticos esteja de fato ocorrendo, pois, o Norte não está mais evidente. Todos os elemos norteadores da vida começaram a desaparecer fazendo com que precise caminhar sem referenciais, como em um quarto escuro ....
Talvez as cores percam a intensidade e naturalmente o mundo pareça monocromático, como os clássicos do cinema mudo, que apesar de antigos trazem felicidade para a vida ...
Os meus exemplos, formadores de caráter, retidão, honestidade, hombridade, .... os meus inspiradores não estão mais aqui para me aconselhar ...
E por mais mórbido que pareça, lápides trazem de volta um passado de lembranças, plenitude, alegrias legítimas, conselhos, aconchego, orientação, sinceridade ... . E para quem não tinha arrependimentos, o maior passou a ser a vontade de ter construído mais lembranças ...
As memórias viraram o melhor destino de boas viagens ....
Os atos criticados, por quem queria mudar o mundo, passam a ser repetidos como uma herança de família ...
Os diálogos que traziam serenidade e paz, desapareceram. O “olho no olho”, os sorrisos com volume e intensidade, tranquilidade, ... deram lugar a figuras que tentam representar emoções, de alguma forma, na tela de um smartfone. Talvez por isso tanta depressão ...
Os elementos que tinham função de retroalimentar a vontade de andar, desapareceram e ninguém reparou, pois somos carregados pelo fluxo ...
Os nomes dos meus grandes mestres já não estão mais nas grades horários de aulas, em apresentações de congressos, .... os que não posso mais visitar, encontro nos velhos livros e artigos amarelados ....
A leitura de um livro deixou de ter o som das folhas, o cheiro característico, o peso do conteúdo e a criatividade de improvisar marcadores ...
O museu que influenciou sua vida foi queimado, as salas de cinema enormes deram lugar a espaços pequenos com uma pipoca de gosto estranho, os lugares que gostava de visitar já não existem mais, ...até a pizza que marcou a infância virou um gosto exclusivo da memória ....
Não existem mais “renascentistas” dotados de visão holística e integradora. Na saúde, deu-se lugar aos tratamentos específicos, segregados e especializados a ponto de não existir mais correlações; agravado por alguns profissionais que podem nem entender a fundo suas especializações ...
As músicas não ofereçam mais a mesma carga de emoção arrebatadora, falam em uma linguagem diferente e seus cantores prediletos não tem mais como gravar álbuns inéditos ...
O amor não é mais o mesmo da época onde o simples “cheek to cheek” conseguia prover fortes emoções como impulsionar ao paraíso...
Perdeu-se a magia de cantar na chuva para fazê-lo em chuveiros apertados ...
Os heróis, não eram personagens com superpoderes, mas mortais com atitudes que qualquer um poderia ter. Não viviam em cavernas ou esconderijos mirabolantes, estavam em seu convívio, família, ...
As pessoas não tinham medo de se comunicar, nem estavam demasiadamente ocupadas com seus celulares.... Elas davam bom dia sem nem mesmo conhecer e assim funcionavam as “redes sociais”, ... “like” era um sorriso, as notícias eram “compartilhadas” com boas conversas nas portas das casas ou na mesa do bar ...
Os pais se tornaram filhos, a ponto de passar a ver suas “malcriações” ...
Era possível ter aula de história pelos livros, com um professor, ou ouvindo o relato de quem viveu aqueles momentos ...
O telejornal não se assemelhava a apresentação de um catálogo criminal ...
A textura do papel do jornal era suave e a tinta soltava nas mãos ...
O GPS eram as paradas sequenciais para pedir informação, deixando a viagem mais longa e divertida, conhecendo lugares pelo caminho, com mais expectativa ...
Havia mais honestidade que Interesse, a ponto de até o vendedor do mercado aceitar a “pendurar a conta”, esperar ir buscar o dinheiro em casa ...
Os alimentos não faziam mal, tinham mais sabor ...
O tempo das coisas era mais devagar que da geração “fast”; até as células não tinham tanta pressa em se dividir ...
Os políticos pareciam mais honestos ...
As novas piadas, mesmo com todo seu conteúdo apelativo, não têm mais a mesma graça ...
O ar não tem mais o mesmo cheiro, assim como a água o sabor e ...
Não existem mais palmeiras, primores e sabiá, ... e talvez por isso, os “mais velhos”, se sentissem no exílio do tempo novo ...
... mas posso afirmar categoricamente que no meu tempo era muito melhor, porque existiram pessoas insubstituíveis que deixam uma saudade irreparável. Aqueles que sentiram um amor legítimo, hoje ocupam um espaço inabalável, como em um relicário junto ao peito onde posso visitá-los nas melhores memórias.
Com os pés presos ao passado ninguém anda pra frente. É preciso desatar os nós que apertam e incomodam. Desfazer o laço, soltar os braços, abrir em asas e, com o sol no rosto e o coração tranquilo, com a vida limpa e a página em branco, seguir em frente sem medo. Jamais deixar de olhar pra trás, pois, o passado é seu mestre, é por causa dele que você chegou até aqui, mas voltar atrás é enfrentá-lo duas vezes, e você sabe o quanto é fraco para isso. Sorrir pelo que te espera e agradecer pelo que já esteve em suas mãos. Saber que de tudo se filtra um pouco. De tudo se faz bagagem. De tudo se aprende algo. É através de tudo que te acontece que você se transforma no melhor que poderá deixar algum dia. Vá e seja feliz! Entorne amor por onde passar. Ensine o máximo que puder. Aprenda a viver de suas fraquezas. Abra seu coração sem medo. Retribua abraços. Empreste o ombro, e sem medo algum entregue seu coração a quem precisar. O mundo é muito grande, e te espera sorrindo.
Ricardo F.
Se as queixas e injustiças matasse, a geração do seculo passado tinha sido extinta ,e foram muitos os sequelados .
... e no entanto a maioria venceu e prosperou!
Agora no contemporâneo prevalece a sul realeza do comodismo angular paradoxal; onde boa parte dos seres agem como a peste negra nos dias atuais...
entardeceu
a manhã já se foi
ficou no passado remoto
busco sempre a luz
vou em direção ao sol
ele marca o rumo
me ajeito
me aprumo
me aceito
me consumo
recomeço
me refaço
estreito o laço
me despedaço
não sou de aço
então eu faço
um novo caminho
sem destino
lá na frente
me realinho
me dou carinho
me levo no burburinho
bem de mansinho
e no fim
me descontrolo
não enrolo
preciso de colo
se eu caio e vou ao solo
tenho um ídolo
que também é símbolo
de amor e de perdão
que levo em meu coracao
é Jesus com seus apóstolos
são benévolos
me tem compaixão!!!
Meu caminho é alagado
Cheio de lama
Jogada sobre meu passado
Que me condena
De alguma forma
Ou de todas as formas possíveis
Cabiveis
(In)admissíveis
Inconcebiveis
Terríveis aos olhos alheios
Aqueles que julgam
Condenam
E ainda jogam pedras
Mal sabem eles
Que estas mesmas pedras
Calçam o meu caminho
Ora reto, ora tortuoso
Ora liso, ora pedregoso
Ora limpo, ora tenebroso
Não posso fazer muita coisa
Apenas seguir o destino
Seguir a rosa-dos-ventos
Ou o mapa da mina
Pois o tesouro aqui
Está a caminho da luz
E eu hei de me encontrar
Nem que seja no mar de lágrimas
afogarei no meu amor-próprio
Salvar-me-ei nas ondas das emoções
Na maré cheia de auto-estima
E a vida vem e me faz respiração na alma
Me enche de energia
Me revigora
Ante a lua de outrora!
Libertando-se de um passado machista,
surge garbosa a Mulher da Nova Era...
SAÚDO A MULHER DA NOVA ERA
Marcial Salaverry
A Mulher da Nova Era,
Não é mais aquela que antigamente era...
É uma mulher atualizada,
totalmente modernizada,
que sabe viver todos os momentos da vida,
e não foge da luta pela sobrevida...
Certo que tem bons e maus momentos,
e sabe vive-los sem tormentos...
Sabe que existem momentos
para esquecer lamentos...
Esquecer saudade,
pensar na felicidade...
Se momentos houveram de tristeza,
outros virão só de beleza...
Saúdo essa Mulher da Nova Era,
que, abandonando a quimera...
Ressurge pronta, reciclada...
Para ser por alguém amada...
Que obstáculos não teme,
ante às dificuldades da vida não treme...
Sabe ser companheira,
mas não admite besteira...
Seu maior defeito?
Exigir do companheiro muito respeito...
E que sabe viver sozinha,
não se submetendo a uma companhia mesquinha...
Estéril Espiritual
Pela fé Sarah. . . teve um filho quando tinha passado da idade. - Hebreus 11:11
Abraão teve fé para deixar sua terra natal e se estabelecer em uma terra desconhecida (Hb 11: 8-9). Mas mesmo que Deus lhe tivesse prometido que faria dele uma “grande nação”, dando-lhe filhos tão numerosos quanto a areia da praia (Gênesis 12: 1-2), sua esposa Sara permaneceu estéril por muitos anos. (16: 1).
Por causa disso, Abraão aceitou a sugestão de Sara de ter um filho com seu servo Hagar (vv.2-4). Mas Deus reafirmou Sua promessa de que daria a Abraão e Sara um filho próprio (17: 15-22). Eles tiveram que aprender a esperar pela fé que Deus cumprisse Sua promessa (Gênesis 21: 1-3; Hb 11:11).
Os crentes em Cristo enfrentam uma prova semelhante de fé. Sabemos que Deus quer produzir filhos espirituais através de nós, mas podemos ser espiritualmente estéreis - às vezes depois de anos conhecendo o Senhor como Salvador e tentando testemunhar por Cristo. É como se disséssemos: “Eu sou estéril. Não posso ter filhos. ”Podemos ficar desanimados e ter tão pouca fé que nem testemunharemos para os outros.
Falar por Cristo é, em última análise, uma questão de fé. O mesmo Deus que prometeu a Abraão que teria um filho nos disse para proclamar o evangelho (Mt 28: 19-20; Atos 1: 8). Ao fazermos isso, podemos confiar nele para os resultados.
Você será ousado em seu testemunho,
dando aos pecadores perdidos a Palavra de Deus?
Jesus honrará seu serviço,
e certamente os pecadores serão despertados. - Bosch
Semeamos a semente, mas Deus dá a colheita. David C. Egner
Meus dias são passados em um passado...
a realidade não importa mais, quanto o passado deixei.
vendido com minha vida meu coração despedaçado...
com vento tudo foi levado ate infinito da tua alma,
um beijo profundo nas minhas profundezas...
seja o desprezo infâmia temorosa um gosto
dessa solidão fronteira sem fim... ate olhei...
o profundo do seu olhar... foram as estrelas...
da tua alma tocaram meu coração...
assim respirei tua nudez...no imenso vazio...
meu coração perfurado de tantos sonhos...
minhas lagrimas são um grito na tempestade...
do meu coração sentindo o vazio em extremo
de um beijo deixado na solidão.
deixou tempo passar com um beijo profundo...
como flores que cobrem tua alma...
complexo veneno do teu corpo esta no meu coração...
nesse punhal de medos e solidão está meu amor.
tento pensar nessa aventura de uma noite...
o sabor da sua boca é um paraíso...nessa escuridão...
me mostrou a visão do paraíso...sabia exatamente...
aonde estava meu coração... no profundo...
permaneceu ate dia que olhei o céu vazio.
por celso roberto nadilo
Temos no dia a dia vários momentos...
passado o susto de um problema, o perigo ou o desafio na vida , todos os processos voltam aos níveis normais e a satisfação pessoal se restabelece, repondo a energia “queimada” no incidente.
Mas, o que acontece quando a situação ameaçadora se prolonga ou uma cascata de acontecimentos detona descargas sucessivas de adrenalina?
É aí que o excesso pode ter efeitos desastrosos.
Intermitente
Saudade do presente
Não há, certamente
Porque, nesse tempo
Tudo é passado
Insanamente
Há quem transporte para frente
Mas como transportar para o inexistente?
Certamente, um demente
Num desarranjo mental
O enfermo morreu
Transpondo na faísca do presente
Um passado de futuro idealizado
Incólume da realidade externa
Não percebeu suas projeções
Resgatadas no sopro da vida
Imediatamente devolvidas ao passado
Falemos, então, dos vivos-ainda-vivos
Com a centelha do presente divino
Acessam os registros dos retratos do passado
E criam a expectativa de mais uma chispa para si
Dentre estes, os prudens
Detentores do elementar dos sábios
Em constante aspiração
Potencializam a expectação
Agora, falemos do hoje
O hoje não existe; alias, nem o presente
Quimera para unir a fagulha da vida
E os recentes registros do passado
A saudade… sublimes lembranças – mera abstração
Gatilhos à espera de um estímulo
A droga é liberada
Passa; surge então a abstinência
Os tempos verbais são artifícios
O passado, passou
O presente é um presente – é a centelha divina da vida
O futuro é a expectativa de um novo presente
Na eternidade, o permanecer cessa
Quando cessa a centelha
O retornar surge
Quando surge a centelha
Talvez sejamos vaga-lumes
A piscar numa constante
No apagar de cada instante
Infinitos flagrantes.
Saudade
Saudade é aquele passado gostoso
Que tirou o nosso fôlego
Com o desejo de voltar
Saudade daquele olhar que me mata
Que com o olhar já me fala
Aonde eu quero estar
Saudade é o presente olhando para o passado
Daquele beijo estalado
Querendo no futuro reencontrar
Saudade dos momentos vividos
Que jamais serão vencidos
Se no futuro não ficar
Saudade é o presente instante
Da lembrança reluzente
Do clima quente que ficou no ar
Saudade é aquele suspiro
Da lembrança trazida
Daquele segundo olhar
Saudade é aquele abraço dado
Que hoje não está presente
Quem sabe no futuro voltará
Ariane Hendges
Se eu não tivesse errado, quebrado a cara, ter sido traído, passado fome e algumas dificuldades. Nada do que me tornei e conquistei, teria tanto valor.
Não me arrependo de nada do que vivi e enfrentei, mesmo tendo derrotas na maioria das vezes. Levantei e prossegui para desespero e críticas de alguns, que presenciaram minhas vitórias e me veem hoje aqui.
Ricardo Baeta.
Ai, ai de mim...
Enquanto caminho eu já sou o passado...
Todos os momentos que nos coroaram...
Todas as estradas que abrimos
irão achando seu fim...
Dessa procura extenuante e precisa...
Não teremos sinal senão o de saber que iremos, por onde formos, de encontro de um para o outro...
Cinzenta é a cor do céu... Decerto vai chover...
Soa um cântico antigo no vento dessa tarde...
Nos bancos tristes que há na cidade...
Sobe em mim próprio como um desejo
Ou um remorso da mocidade…
Gente igual por dentro...
Gente igual por fora...
Não sei qual abismo temo...
Salvo, apenas, o meu sonhar...
Sandro Paschoal Nogueira
NOSSA MARCA
Não importa as tristezas
Que o passado te lançou ,
Das quedas, as lutas que
Você enfrentou.
O que valeu a pena, foi a sua
Determinação,
Sem desistir de seus objetivos,
Sonhando de pés no chão.
O ano velho se vai ,
Pra que o novo possa chegar,
Com cheiro de belas flores
Nossas vidas Perfumar !
Adeus velho ano,
Bem-vindo seja o ano,
que em nossas vidas
estar por chegar ,
Com cheiro de rosas vermelhas
Impregnado no ar ,
Vamos fazer diferente,
Neste novo ano a nossa
marca deixar !
Marcas de felicidade,
Objetivos concretizados,
de Sonhos realizados ,
Seguindo em frente
Sem olhar pra trás,
Sem nada reclamar.
Ano novo, Vida nova
É Tempo de recomeçar !
Maria Francisca Leite
Direitos Autorais Reservados sob a Lei -9.610/98
Ela aprende rápido
Ela é como gente que não vive no espelho do passado.
Ela aprende rápido com o que deu errado.
Ela ri dos seus passos atrapalhados.
Ela sabe que com um beijo cura seus joelhos arranhados.
Ela levanta sempre a cada tombo...
não importa, na alma, o tamanho do rombo.
Ela pede pro seu gato lamber o leite derramado.
Ela não lamenta o que a vida lhe tem tirado.
Ela joga de novo o dado...
e de novo... e de novo...
Ela anda mais uma milha.
Ela aspira o perfume das flores na sua trilha.
Ela segue em frente...
sem maximizar a dor que sente.
Ela é forte, determinada...
Não é mesmo apenas uma brisinha de nada.
A URGÊNCIA DO HOSPITAL DE ÉVORA NÃO É O QUE DIZEM ...
No Passado dia 14 de Janeiro quando ao final da tarde fui chamado pela mãe para regressar a casa porque a avó Clarisse de 92 anos estava estranha não imaginava o que se viria a passar. Quando cheguei a casa encontrei-a apática, pálida, sem qualquer reacção. Fiquei apavorado. Note-se que esta avó me é muito importante. Aflito e depois do conselho de uma vizinha Médica, que imediatamente e sem pestanejar acorreu a minha casa, a quem muito agradeço, chamei o INEM. Ágeis, três Bombeiros de Arraiolos trataram a avó com enorme delicadeza e amabilidade prestando-lhe os primeiros socorros levando-a de imediato para a Urgência do Hospital do Espirito Santo de Évora. A eles o meu muito obrigado. Acompanhei-a. No Hospital foi atendida, encaminhada, devidamente medicada. Todo este processo durou alguns dias e as minhas idas ao hospital eram constantes. Vi ali de tudo. Mas o que vi não abona em favor dos familiares dos doentes. Como é possivel que pessoas que tem os seus familiares debilitados os levem para a Urgência para serem tratados por quem lá está com essas funções e mal tratem as pessoas que os vão tratar?! Poucas vezes lhes ouvi sair das bocas as palavras, por favor, com licença e se faz favor. E atenção porque eu estava nas mesmas condições, era familiar de uma doente. Vi falta de macas, de lençois, de camas, de espaço, exames que levam tempo a dar resultados porque é mesmo assim, médicos e enfermeiros a fazer turnos de 24 horas, funcionárias de recepção esgotadas a lidar com doentes, médicos, familiares por vezes dificeis. E as familias a atrapalharem ainda mais quem queria trabalhar para lhes salvar os entes queridos. Bizarro! E de quem é a culpa de todas estas faltas de condições? Do hospital? Dos médicos? Dos enfermeiros? Dos funcionários em geral? Não! E nós sabemos que não! As politicas que nos governam e dizem que está tudo bem só querem votos. Mas isso já sabemos (é pena é que andemos aqui a votar em partidos em vez de votarmos em pessoas).
Mas afinal quem é que é acusado destas faltas? Aqueles que estão à mão. Os que por graça ou ironia precisamos que tratem os nossos familiares. Mas estamos todos loucos? Então atacamos e mal tratamos quem precisamos que ajude os nossos doentes? Vi ali tanta coisa desagradável. Entre a impotência de médicos, enfermeiros, funcionárias de recepção, triagem, seguranças, auxiliares, senhoras da limpeza, todos sem poderem fazer nem melhor nem mais rápido porque estão limitados pelo espaço e pelo tempo e os sucessivos ataques de quem precisa dos doentes tratados disparando aleatóriamente acusações despropositadas. Ouvia constantemente aos gritos: "Na semana passada, há dias ou ontem, ouvi dizer que vocês iam deixando morrer aqui ..."
Mas passa pela cabeça de alguém que numa urgência um médico ou enfermeiro deixe morrer propositadamente outro ser humano naquela situação?! Fiquei horrorizado!!!! Por vezes vi funcionários chorarem. Ficarem desolados. Ao que nós chegámos! Pessoas que afirmo estarem a dar o seu melhor e afirmo porque vi, experienciei na pele.
Pois venho aqui dizer que ninguém sabia quem eu era nem quem era a avó quando ali entrei. E desde a porta da entrada, do segurança ao médico, passando por todos os funcionários da urgência do Hospital do Espirito Santo de Évora só posso reconhecer e agradecer tudo o que fizeram pela a avó e por quem lá estava a ser tratado. E estava lá muita gente doente. Ninguem nos privilegiou ou escolheu pelos nossos olhos. A delicadeza, a disponibilidade, a amabilidade com que fui recebido, tratado, encaminhado ajudou-me muito a ultrapassar este momento dificil que durou quase oito dias e que sei que ajudou nas melhoras da avó. Fui tratado como um ser humano e talvez porque os tenha trado igual no principio. Estou grato a todos e venho aqui publicamento dize-lo porque merecem que o diga, que o publique, que se faça saber. É necessário ser-se mais compreensivo com quem precisamos que trate dos nossos doentes. E assim o quis e tentei fazer desde o inicio talvez porque a avó sempre me tenha ensinado que reconhecimento e gratidão geram abundância. Abundância em caridade e amor com quem nos está próximo em cada minuto de vida ainda que não saibamos quem é. Quanto a avó já está em casa a recuperar.
A quem trabalha no Hospital de Évora, essecialmente na Urgência, estou-vos profundamente grato por muito, por tanto porque reconheço o vosso mérito e vejo as dificuldades em que estão imersos numa profissão que se tornou tão ingrata. Rezo por todos para que Deus vos conceda a capacidade e a paz interior mais do que tratar dos doentes saberem lidar com quem os leva ao hospital porque a Urgência do Hospital de Évora não é o que dizem.
Um neto grato e reconhecido
Apaga a luz e acende as velas,
vamos voltar para o passado.
Sim o passado, quando o amor era mais valorizado, quando o amor não era só um sentimento mais sim várias ações para mostrar o quanto amamos aquela pessoa, quando o amor não era só diversão, e sim, pensamentos e planos para o futuro ,
Quando o amor não era só uma fase, algo incerto, mas sim a certeza de que queremos passar a nossa vida ao lado dessa pessoa,quando o amor não era só a aparência mas sim as qualidades dessa pessoa.
No entanto paga as velas e acende as luzes, vamos voltar para o presente, vamos refletir o passado e vamos dar passos no nosso amor vamos pensar no nosso futuro juntos, amor.