Texto sobre Música
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Nodoa no corpo
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Lateja
Tatuagem no pensamento
Alma...coração !
Leônia Teixeira
25/03/2017
EXISTE VIDA APÓS VOCÊ
Foi depois de você que fiz novos amigos
Foi depois de você que aprendi a viver
Foi depois de você que entendi o caminho
Foi depois de você que entendi que era comigo
Foi depois de você que me interessei
Pela vida, pela música, pela poesia
Foi depois de você que descobri
Que existia vida após você!
Larissa estava sozinha na casa. Era um sábado, em meados dos anos noventa, e seus pais saíam às compras: ela tinha quinze anos de idade e fazia a sua prática de piano. Pedira emprestado o despertador de seus pais e colocava-o em cima do piano para que o tempo passasse. Tantas lições de vinte minutos para fazer, parecia ter de ficar lá para sempre. Enquanto ela estava tocando, muitas vezes olhou para o relógio, querendo forçar o tempo passar. Às vezes ela apenas olhava fixamente para o relógio, deixando seus dedos vagarem ao acaso ao redor das notas.
Pensava que nada neste mundo pode tomar o lugar da persistência. Nada é igual a uma pessoa perseverante. Talento? Não. Não haveria de ser: nada é mais comum do que os homens sem sucesso esbanjando talento. Gênio? Gênios não são recompensados e isso é quase um provérbio. A educação: o mundo está cheio de educados negligentes. Persistência, tenacidade e determinação, sozinhas, são onipotentes.
Ela estava trabalhando com os exercícios em um livro de Arnold Schoenberg sobre harmonia, mas Larissa gastou toda a esperança que sentiu quando começou as aulas de piano naquele livro. Ela sabia que não era particularmente boa, e que o piano não era a resposta que ela esperava para o que não estava resolvido em si mesma.
Havia alguma coisa em que sua mente estava conectada com os sons que seus dedos estavam fazendo. Além disso, a sua professora de piano, que era gentil e sensata, gostava de Larissa em primeiro lugar porque estava disposta a tocar peças modernas e atonais: a maioria de seus alunos preferiu ficar com Bach. Amargamente, ela se dirigiu a si mesma, as linhas do cenho franzidas entre seus olhos, para uma das peças de criança de Bartók, quebrando-a como devia, praticando a mão esquerda primeiro, repetidamente.
Houve um alívio em bater os acordes repetidos, que não eram satisfeitos nem repousavam. Sua mão direita estava enrolada em seu colo, palma para cima, uma coisa inútil. Sentimentos despertados pelo toque da mão de alguém sob o piano, o som da música, o cheiro de uma flor, um belo pôr do sol, uma obra de arte, amor, riso, esperança e fé: todos trabalham tanto no inconsciente quanto nos aspectos conscientes do eu. A música possui consequências fisiológicas também.
Com quadra violência súbita, Larissa sentiu frio. Ainda estava fresco dentro de casa e ela desejava um casaco curto de lã que emanasse estilo, beleza, cores, formas, texturas, atitudes, caráter e sentimentos.
Pensava que quando as grandes concepções melódicas e harmônicas estavam vivas, as pessoas pensantes não exaltavam a humildade e o amor fraterno, a justiça e a humanidade, porque era realista manter tais princípios e estranhos e perigosos desviar deles, ou porque essas máximas estavam mais em harmonia com a seus ritmos folclóricos e sincopados. Sustentavam-se a tais ideias musicais porque viam nelas elementos de verdade, porque os ligavam à ideia da realidade, fosse na forma da existência de algum deus ou de uma mente transcendental, ou mesmo da natureza como um princípio primevo.
Este quarto na frente da casa era sempre escuro, por causa das castanheiras para fora da janela. Eles o chamavam de sala de jantar, embora o usassem para jantar apenas em ocasiões especiais, ou quando sua mãe tinha alguma ideia um jantar sedioso; um certo programa gastronômico. Principalmente, eles assistiram televisão aqui. De fato, naquela noite estava planejado um jantar, e a sala parecia estar preparada antecipadamente: as notas que Larissa tocou caíram em um silêncio alerta. A televisão estava em um canto, em frente a um sofá baixo coberto de algodão verde oliva. A mãe de Larissa tinha feito as cobertas do sofá e também as cortinas do chão em veludo amarelo-mostarda. Todo o piso térreo - a sala de jantar, a cozinha e o salão - estava assentado com azulejos pretos e brancos, presos a chapas de madeira pregadas sobre o velho assoalho de mogno.
Os pais de Larissa ensinavam em uma escola secundária moderna. Muitas pessoas naquela época não gostavam de viver nessas casas geminadas em ruínas, de modo que um professor e sua esposa podiam pagar uma, se tivessem imaginação e pudessem fazê-lo sozinhas. Eles haviam contratado um construtor para derrubar uma parede entre a sala de jantar e o salão, mas o resultado exasperou a mãe de Larissa. Ela tinha uma visão da casa que ela queria, elegante e minimalista. Uma lâmpada em um globo de papel branco japonês foi suspenso em um flex longo do teto alto. Larissa tinha acendido esta luz quando desceu para fazer a sua prática, e à luz do dia brilhou fracamente e nada hospitaleira.
Acima da lareira da sala de jantar havia um espelho de moldura dourada que sua mãe encontrara em uma sucata e reparava. Ela também tinha feito lâmpadas com velhos garrafões de vidro e garrafas de cerâmica, com seus próprios tons de seda. Seus efeitos parecem esparsos, hemostáticos e raquíticos, amadores, em comparação com a maré volumosa de gastos e decoração que veio mais tarde. Mas essa inocência é atraente, e não incongruente com os quartos georgianos de teto alto, sempre pintados de branco.
Letra Bacana
Por: Alexandre d’ Oliveira
Meu poema é livre, minha bossa
é prosa e com isso eu faço que você
sem drama entenda aonde
eu quero chegar.
Que seja de qualquer maneira
assim consiga dentre acordes
maviosos no meu violão
te acompanhar.
Meu ritmo nobre numa letra bacana
enquanto encanto no samba.
Por isto faço prumo
para ouvir você dizer que me ama
e assim entenda o que quero
mostrar morena da cor de jambo.
#alexandrrpoeta.com
Às vezes eu queria amar alguém tanto quanto amo a letra de Stop Crying Your Heart Out do Oasis. Assim como amaria flutuar em nuvens de quadros impressionistas.
Às vezes me flagro cantarolando com um violão invisível entre os braços. Eu desconheço os acordes. Mas ele os conhecia.
Ah, ele! Todos os clichês do amor cabiam nas suas sete notas. Ele repetia os refrões enquanto fitava o dia nascendo através da janela. Seus dedos brincavam em meio ao caos. Nunca começava antes do primeiro cigarro. Criou as suas próprias regras.
Seu violão era a sua máquina de escrever. Compositores são poetas que a vida esqueceu de presentear com a arte do silêncio. Os seus sentimentos têm tons e harmonias; pausas e bis.
Eu me acostumo! Mesmo sabendo que não duraríamos mais do que um álbum inteiro do Pink Floyd. Serei mais uma história, mais um balançar de cordas. Terei cinco estrofes e dois refrões. Meu nome vai ser ocultado. A canção irá servir como uma recordação boa para alguns; insuportável para outros.
Enquanto isso - do outro lado da cidade -, estarei me reestruturando aos pouquinhos.
Eu só preciso do barulho que vem do meu peito para estampar o papel. Eu só preciso lembrar-me do cheiro de cigarro mentolado para naufragar no mar branco das folhas. Porque poetas são compositores sem ritmo. Meus dedos são ágeis, assim como o músico nas cordas. Minha alma grita, pois precisa. Meu coração ritmado cria todo o tipo mirabolante de melodias.
Eu o conheci no meio das minhas incertezas. Nossos bloqueios criativos se atraíram. Esse era o nosso nível de igualdade. Um não era superior ao outro, havíamos cicatrizes iguais.
Não é o que dizem? Por onde passamos deixamos um pouquinho da gente. Pessoas que assinam as nossas peles; carimbam as nossas vidas. Eu sei que na vida dele muitas outras se tornarão canções pelo que não deu certo. E voltaremos ao recomeço, uma vez que o ser humano tem a necessidade de pertencer. Seja a uma música, a um poema ou lembrança.
E ele é todo sentimento. Eu sou toda pedra. Ele sempre viveu todos os momentos; fumou todos os cigarros; cantou todos os refrões. Mas aprendeu a duvidar das palavras e dos poetas. Nós queríamos ficar juntos, ao mesmo tempo em que todos os versos diziam ao contrário.
Mas eu nunca o amei!
Mesmo ficando com a mania de curtir os álbuns dos anos 70, de criar regras, de anotar as coisas em um bilhete na geladeira para não esquecer o que fazer. Mesmo esperando silenciosamente o fim do primeiro cigarro, em seguida o pigarro seco e, por fim, os graves e agudos do violão. Eu não o amei nem quando fiz o meu melhor poema dedicado aos amores que perdemos no meio do caminho. Ou os caminhos que perdemos em meio aos amores ilusórios.
Ele nunca soube me dizer o que era impressionismo, eu nunca quis aprender a tocar violão. Ele não gostou dos meus poemas; eles eram indecisos - porque lua em libra é o meu segundo nome. Eles eram tristes, pois eu sabia que nunca seria o seu Wonderwall, do mesmo modo em que ele nunca seria aquele que poderia me salvar.
Nossos mundos colidem, nossos karmas se cumprimentam como velhos amigos de uma vida cansada. Por isso preferi amar Stop Crying Your Heart Out do Oasis. É mais fácil. Aceitável.
Assim como a música, tivemos o nosso tempo cronometrado. Assim como um poema, seremos eternizados em pequenas estrofes do passado que resignamos.
“Aguente!” – diz a música – “Não se assuste! Você nunca mudará o que aconteceu e passou...”
E isso me conforta até a próxima manhã, sem ninguém cantarolando refrões na janela...
-NICOTINA
Desde que cê foi, eu perdi a seleção. Aceito tudo que vem, escancaro o coração. Não passou de ilusão. Alimento a fantasia. Não te esqueço noite e dia, mesmo entendendo a condição.
Esquecer-te, sempre foi preciso. Ainda mais, depois de agora. Que de fato, foi embora. Sem ao menos dar aviso. Queria que fosse comigo, te fazer a mais feliz. Perturbador é saber que por um triz, essa missão não foi a minha. E hoje, você caminha feliz com outro sorriso.
Admito! Sempre foi difícil olhar pra frente e seguir. Pior é saber que ele vai viver aquilo que eu não vivi. Vixe! Dói partir. Porém, não existem opções. O que resta? Recordações. E a saudade daquilo que não escrevemos. A esperança grita, dizendo: AINDA PODEMOS! Mas a maturidade me manda ir.
Às vezes, queria que você não tivesse existido... Mesmo sabendo que foi bom pra mim.
AMOR ESCONDIDO
Quando preso eu estou junto aos medos
Confuso, perdido
Você decifra os meus segredos
No pulsar de volta o meu coração...
Quando eu estou à luz do teu olhar
Em meio aos teus sorrisos me faz provar
Que o amor não é feito de ilusão...
Meu amor, tudo é lindo em você
Seja em tudo o que for
Eu não sei seguir sem o seu amor
Eu não sei viver...
No caminhar desta vida eu prometo
Quando de volta aos teus braços eu estar
Meu amor, eu te prometo
Quando deixar em mim de ser segredo
Os nossos desejos, a nossa paixão
E deles eu puder deixar os nossos medos
No amor de volta, eu e você
Tudo em mim será a viver, sem solidão...
CANÇÃO FALSA
Por que você não vê
O grande amor que te sinto?
A esse sentir infinito
Tudo me eleva a você...
Mas se transforma em paz
Quando não penso em nada,
E na minh’alma desfaz
Esse sofrer que me amarga...
Por que você não sonhava
Com o meu amor ao dormir?
Tudo em mim já maltrata
Desde que a foi de partir...
Agora em meus braços
Só carrego os meus sonhos...
Que tanto me foi de cansaços
Esse amor que a disponho...
Por que me vem despertar
Essa paixão que é dor?
Se não me quer contemplar
O seu coração, meu amor?!
Quem pode ver o vento quando ele chega?
Pode-se sentir e ouvir seu canto em forma de assopro igual a música tocada em uma flauta
Ver sua irreverência quando ele brinca com as folhas das árvores fazendo as voar ou em qualquer lugar realizando uma coreografia de dança com um papel a voar
Chega de repente para colocar em desalinho os cabelos de quem estiver em seu raio de ação
Ele parece sempre querer nos chamar a atenção não apenas da chuva que sempre anuncia
Mas também para algo que ainda não temos a capacidade de entender...
Mais quando se está em um barco a vela em alto-mar
Sentimos sua imponência conduzindo o veleiro com segurança para um porto seguro.
Estudo do dia.
Treinando e aplicando o Modalismo.
Não adianta conhecer inúmeras teorias se você gasta tempo filisofando sobre elas sem aplica-las.
Não basta ter conhecimento, de nada adiantará todo saber desperdiçado no campo da falsa mente, Se você não expressa-lo na prática.
Saber e tagarelar não é o bastante; é necessário fazer.
Tacar a guitarra não adianta; é preciso senti-la como a mulher amada, se der como um filho à sua mãe.
De nada adianta conhecer, se você não faz.
Nossas notas
Do, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si
Você é a mulher Fá,
Eu sou o homem Sol.
Por vezes estou Lá,
Por vezes vem você de Ré.
E juntos estamos
Na dor, no amor e na fé,
Sem "si", sem dó,
Sem mi mi mi,
Com lá lá lá,
Mudamos de lugar.
Você é clave de Fá,
Eu sou clave de Sol.(Maykira/16)
Faith (Tradução)
Eu acho que seria legal
Se eu pudesse tocar seu corpo
Eu não conheço ninguém
Que tenha um corpo como o seu
Porém, eu tenho que pensar duas vezes
Antes de entregar meu coração
Eu conheço todos os jogos que você joga
Porque eu os jogo também
Oh, mas eu preciso de umas férias daquela emoção
Tempo pra pegar meu coração do chão
Quando o amor baixa sem devoção
Bem, isso requer um homem forte, baby
Mas eu estou te mostrando a porta
Porque eu tenho que ter fé
Tenho que ter fé
Sim, Tenho que ter fé, fé, fé
Tenho que ter fé, fé, fé
Baby, eu sei que você está pedindo para eu ficar
Dizendo "por favor, por favor, por favor não vá embora"
Você diz que eu estou te deixando triste
Talvez cada palavra que você diz seja verdadeira
Não consigo evitar de pensar sobre o passado
E uma outra que me arramou às regras de amante
Antes desse rio se tornar um oceano
Antes de você jogar meu coração do chão de novo
Oh, querida, eu reconsidero minha noção idiota
Bem, eu preciso de alguém para me abraçar
Mas eu vou esperar por algo mais
Porque eu tenho que ter fé
Antes desse rio
Se tornar um oceano
Antes de você jogar meu coração do chão de novo
(Porque eu tenho que ter fé)
Eu reconsidero minha noção idiota
Bem, eu preciso de alguém para me abraçar
Mas eu vou esperar por algo mais
Porque eu tenho que ter fé
Outside (Tradução)
Me cansei do sofá
Me cansei do corredor
E da mesa da cozinha, meu bem
Vamos lá p'ra fora
Sob o sol
Sei que você 'tá a fim, mas não concorda
Vamos lá p'ra fora
Sob a lua
Leve-me aos lugares que prefiro
Aí meu anjo diz para não me preocupar
Com o que andam dizendo, yeah
Não tenho nenhum amigo influente
E o jogo que você entregou
Nem valeu a pena fazer
Vamos lá p'ra fora
Sob o sol
Eu sei que você quer, mas não pode dizer sim
Vamos lá p'ra fora
Nesse meio tempo
Leve-me aos lugares que prefiro
Sim, fui mal
Doutor, não quer fazer comigo o que quiser?
Sabe, eu fico pensando nisso todo o tempo
Vinte e quatro horas por dias, sete dias por semana
Você diz que quer e tem
Na verdade nunca havia dito isso
Não há nada aqui além de carne e osso
Não há nada mais, nada mais
Não há nada mais
De volta à natureza, só natureza humana
Voltando para
Me cansei do sofá
Me cansei do corredor
E da mesa da cozinha, meu bem
Vamos lá p'ra fora
Sob o sol
Eu sei que você quer, mas não pode dizer sim
Vamos lá p'ra fora
Sob a lua
Leve-me aos lugares que prefiro
Sim, fui mal
Doutor, não quer fazer comigo o que quiser?
Sabe, eu fico pensando nisso todo o tempo
Eu poderia servir a comunidade
(mas já fiz isso, sabe?)
Na verdade nunca havia dito isso
Não há nada aqui além de carne e osso
Não há nada mais, nada mais
Não há nada mais
Vamos lá p'ra fora
Cair na dança no d-train, meu bem
Quando a lua estiver lá em cima
E a grama está alta
Vamos lá, continue dançando
Continue dançando, continue dançando
Last Christmas (Tradução)
No Natal passado eu te dei meu coração
Mas no dia seguinte
Você jogou fora (você jogou fora)
Este ano, para me poupardas lágrimas
Eu vou dar para alguém especial (especial)
Depois do primeiro fora, fiquei traumatizado
FIco longe, mas você ainda chama minha atenção
Diga-me baby, você me reconhece
Bem, já faz um ano, não é de me surpreender
Feliz Natal
Eu embrulhei e enviei
Com um bilhete dizendo "Eu te amo"
Eu estava falando sério
Agora eu sei como fui tolo
Mas se você me beijar agora
Eu sei que você vai me enganar novamente
No Natal passado eu te dei meu coração
Mas no dia seguinte
Você jogou fora (você jogou fora)
Este ano, para me poupardas lágrimas
Eu vou dar para alguém especial (especial)
Oh, Oh Baby
Uma sala lotada, amigos com olhos cansados
Estou me escondendo de você e da sua alma de gelo
Meu Deus, eu pensei que você fosse
Alguém em quem confiar
Eu, eu acho que eu era um ombro para chorar
Um rosto num amante com um fogo no seu coração
Um homem disfarçado, mas você me destruiu
Oooh Ooh
Agora eu encontrei um amor real
Você nunca vai me enganar de novo
No Natal passado eu te dei meu coração
Mas no dia seguinte
Você jogou fora (você jogou fora)
Este ano, para me poupardas lágrimas
Eu vou dar para alguém especial (especial)
Um rosto num amante com um fogo no seu coração
Um homem disfarçado, mas você me destruiu
Talvez no ano que vem
Eu vou dar para alguém
Eu vou dar para alguém especial
você vai lembrar de mim!
Não sei o que faço
para parar de sofrer
o peito aperta
o coração doí
E eu aqui nesse quarto escuro...
Sem você
Fico vendo as fotos,
escutando as musicas
chego a aspirando seu perfume
exalamdo no ar
Estou imune a esse amor...
Que você quando foi
só deixou dor..
Mas você vai lembrar de mim
quando seu telefone tocar,
quando a tarde passar
e você vai estar sozinha
vai caminhar do quarto para cozinha
e não me ver na casa vazia...
mas assim estamos
cada um para um lado
sofrendo calados,
eu pensando em você
e você lembrando de mim...
Ela vai pro baile das santinhas. Ela dança e desce até o chão. Explode o sorriso e grita ao mundo a sua alegria. Ela é Bahia, é fé e é afoxé. Ela é o dendê
queimando tudo aquilo que lhe faz mal pra transformar em um delicioso abará
completo e axé. Sim, ela vai de joelhos subir a as escadarias do Bonfim. Vai, sim, amarrar a fitinha e fazer quantos pedidos ela achar que tem o direito de fazer.
Santinha. No baile, na vida e no amor. Beijando e dançando. Rebolando e rodando a baiana que existe dentro dela.
Maravilhosamente linda e fascinante.
E entenda uma coisa:
Ela é santa, porque ela é livre.
►Para Ela ♫
Meu amor, me diga por favor
Por que causar-me tanta dor?
Eu já não sinto o seu amor
Agora não vejo cor.
Meu amor, me diga por favor
Por que causar-me tanta dor?
Veja só como eu estou
Eu quero sentir seu calor
Vamos nos encontrar
Naquele lugar que costumávamos ficar
Te beijar sobre a luz do luar
Eu quero te amar.
Você se lembra daqueles dias lindos
Que éramos comprometidos
Vendo juntos o nascer do Sol
Nos envolver debaixo do lençol
Ter aquele tempo merecido
No aconchego do seu sorriso
E aquele momento de alegria
De me acordar dizendo bom dia
Ah que falta que você me faz
Hoje te quero muito mais
Te levar para festejar
Ou ficando em casa para namorar
Tudo que eu puder lhe dar
Eu vou lhe dar
Só com você eu quero ficar
E quem sabe até nos casar
Você de branco lá no altar.
Meu amor, me diga por favor
Por que causar-me tanta dor?
Eu já não sinto o seu amor
Agora não vejo cor.
Meu amor, me diga por favor
Por que causar-me tanta dor?
Veja só como eu estou
Eu quero sentir seu calor.
Você se lembra quando tudo começou?
Quando você me beijou
Relembrando aquele dia eu estou
Me lembro como me deixou
Fui pra casa numa felicidade
Já querendo te ver mais tarde
Quando eu dormi, contigo eu sonhei
Desde aquele instante, eu te desejei
Eu só estava querendo te abraçar
O meu amor querendo te mostrar
E depois, eu me apaixonei
Meu coração eu te dei
E hoje fico com a lembrança
Te ter é minha esperança
Mesmo que tenha aquela distância
Possuo minha confiança
Que vamos estar juntos outra vez
Do seu charme sou mais freguês
Me desculpe pelo meu português
Mas eu amo você.
Meu amor, me diga por favor
Por que causar-me tanta dor?
Eu já não sinto o seu amor
Agora não vejo cor.
Meu amor, me diga por favor
Por que causar-me tanta dor?
Veja só como eu estou
Eu quero sentir seu calor.
"Ser um grande artista é
Ser um grande sonhador
Querer abraçar o mundo
Espalhando todo o seu amor
É cantar na tristeza
E chorar na alegria
É demonstrar todo o seu sentimento
Em uma simples melodia
É gritar sou vencedor
Em meio a dor
É cair e levantar
E seguir em frente
É acreditar que a sua arte
Está contagiando muita gente"
Luna
Não quero você se esgueirando pelas portas de meu coração
Se quiser entrar a chave esta embaixo do tapete
Lembra de mim, sempre imaginei assim... Um pedaço meu em ti
Um seu em mim
Tudo que podemos ser
Se for só de passagem por favor não venha
Se for pra ficar traga sua pele junto a minha
Se for pra sair me leve com você
Se nao souber pra onde ir
Pode vir comigo pra qualquer lugar
A especialidade desse cara é te fazer sorrir
Os abraços desse cara só querem te mostrar que o mundo pode ser melhor antes do dia acabar
As carícias que guardo só dou a você
Pode perguntar a qualquer um
Não gosto de tocar, ser tocado Deus me livre
Mas seu toque, aí meu Deus me ajude.
Ana Julia...
Ana Júlia já percebera em seu corpo alguns sinais do tempo, as mulheres são mais atentas, normalmente cuidam-se mais, mas suas mãos evidenciavam o que os afazeres de todos os dias vinham adiando, ter a consciência de que anos se passaram.
Sem saber ainda porque, em plena manhã de domingo, esse olhar mais atento para essa parte de seu corpo fez com que pensasse em como estava sua vida frente aos planos de sua juventude, quando imaginava para si um mundo sem limites e uma certeza de que poderia ser e fazer o que quisesse de sua vida.
Estava só, o esposo e as três filhas, jovens adultas, haviam saído para fazer algumas compras necessárias para uma pequena viagem de fim de semana numa casa de campo cedida por amigos.
Um pouco confusa com essa inquietação aparentemente sem motivo buscou em uma gaveta da cômoda uma delicada caixa de música, cuidadosamente guardada, ainda envolvida em tecido aveludado.
Mesmo sem acionar o mecanismo daquele relicário ouvia a suave música a tocar, lágrimas e uma intensa tristeza a envolveram no mesmo ambiente onde crescera e presenciara a lenta agonia de seu pai, época em que a tuberculose assombrava as famílias.
Nunca o perdoara pela vida boêmia e descuidada que o afetara e também à toda família, só não ficaram sem um teto porque a casa era fruto de herança de sua mãe, que mantinha o básico lavando, passando e costurando roupas para famílias de posse das redondezas, logo que aprendera Ana Julia também participava desse ofício.
O que mais a incomodava naquela época era a postura de sua mãe que, em muitas das noites que passara acordada preocupada com o marido, ficava em oração sem reclamar e de onde se abastecia de toda a energia de que precisava para continuar.
Ana Julia ainda mantinha vivas as lembranças das várias madrugadas quando, acordada e envergonhada, ouvia o pai entoar músicas ininteligíveis, enquanto era uma vez mais carregado pelos amigos da noite casa adentro, com as vestes sujas e cheiro forte de bebida, Ana Julia, observara incontáveis vezes daquele quarto sua mãe, gentil e resignada, o acolher e o acomodar como podia no surrado sofá da sala.
Durante anos e inúmeras noites em que a mesma cena se repetia sua mãe com o passar dos anos adoecera, e, enquanto seu pai estivera vivo, ela, com o que lhe restava de forças, dele cuidava sem reclamar.
Logo após o falecimento de seu pai sua mãe também se despediu de sua vida de entrega e amor, em seu leito Ana Julia a questionara uma única vez, porque permitira tanto sofrimento e humilhação sem reagir ou reclamar, em resposta ouvira, “sempre soube que você esperava uma reação minha, me perdoe, chegará o dia em que você entenderá”.
Ana Julia buscava ainda a compreensão de tanta abnegação, doação e amor em meio à doença, restrições e vergonha ao longo de tantos anos com o consequente afastamento da maioria dos familiares e amigos.
Finda em sua mente a música suave e delicada, com mais atenção olhava para a caixa de música e relia uma frase por seu pai gravada, “Meu amor me perdoe por todo o sofrimento que te causarei”.
Sua mãe fizera uma escolha consciente, sabendo o que enfrentaria na vida ao lado do companheiro que amava.
Iguais à ela quantas pessoas mais possuem essa força que, para quem está de fora observando sem compreender, beira à loucura, à baixa autoestima e ausência de amor-próprio?
Ana Julia, logo após a morte de sua mãe, decidira que não repetiria aquela história e hoje ainda busca a sua resposta, “...chegará o dia em que você entenderá”.