Texto sobre Música

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Quero ouvir música rouca, ver rostos, a escova contra corpos. Mulheres bonitas e homens bonitos despertam desejos ferozes em mim. Eu quero dançar, quero drogas, quero conhecer pessoas perversas, ser íntima com eles. Eu nunca olho para o rosto ingênuo. Quero morder a vida, para ser rasgada por ele - Estou indo para o inferno, para o inferno, para o inferno - selvagem, selvagem, selvagem.

É Preciso Aprender a Amar. - Eis o que se sucede conosco na música: primeiro temos que aprender a ouvir uma figura, uma melodia, a detectá-la, distingui-la, isolando-a e demarcando-a como uma vida em si; então é necessário empenho e boa vontade para suportá-la, não obstante sua estranheza, usar de paciência com seu olhar e sua expressão, de brandura com o que nela é singular: - enfim chega o momento em que estamos habituados a ela, em que a esperamos, em que sentimos que ela nos faria falta, se faltasse; e ela continua a exercer sua coação e sua magia, incessantemente, até que nos tornamos seus humildes e extasiados amantes, que nada mais querem do mundo senão ela e novamente ela. - Mas eis que isso não nos sucede apenas na música: foi exatamente assim que aprendemos a amar todas as coisas que agora amamos. Afinal sempre somos recompensados pela nossa boa vontade, nossa paciência equidade, ternura, para com que é estranho, na medida em que a estranheza tira lentamente o véu e se apresenta como uma nova e indizível beleza: - é a sua gratidão por nossa hospitalidade. Também quem ama a si mesmo aprendeu-o por esse caminho: não há outro caminho. Também o amor há que ser aprendido.

Friedrich Nietzsche

Nota: In "A Gaia Ciência", aforismo 334, Friedrich Nietzsche, 2004, p. 221

“O que isso significa realmente? O que é o estilo de vida Rock and Roll? Ouvir música alta, ter tatuagens, uma jaqueta de couro, beber Jack Daniels e cuspir? Pilotar uma Harley? Ter uma limusine e posar de cafetão? O uso do termo, obviamente, ajuda a nos identificar. Gosto do termo ROCKER. Traz uma imaginário romântico. Mas não acho que para isso seja necessário dirigir em alta velocidade à noite, ouvindo música no último volume”.

Mergulhada no silêncio dos que se observam... Um filme, um livro, uma música, um acontecimento convencional que mexeu mais do que o normal e essas coisas de achar que eu não sou deste planeta, mas que apenas estou nele: eis a minha necessidade de aceitação. Mas sei também que pessoas são Universos e que eu, o sendo, tenho que cuidar para que esteja confortável nele, ou seja, em mim. Chorei quando estava triste, senti saudades fundas, dei gargalhadas de situações absolutamente normais, tive ideias “geniais”, abracei, fui acariciada, fiquei aninhada no amor, depois me enrosquei com a solitude... Fiz tudo o que quis e pude. E percebi cada um destes sentimentos e minhas reações a eles. Mas o que percebo, é que a alegria que mora em mim clama por vida, não somente pelo sossego; clama pelo dinamismo, pelas mudanças, pela sobriedade, pela esperança. O que há de irremediável não se cura com placebos. Se eu rejeito é porque não quero. Se eu recebo é porque já participa de algo aqui dentro. Minhas ambições são apenas estar com a roupa adequada para quando eu sumir nesta estrada, nunca sentir que minha intuição e o meu coração estão desagasalhados...

O discernimento estético é parte integrante da cultura espiritual. A música, as artes plásticas, o cinema e o teatro são armas letais usadas na desumanização das massas, e isto menos pelo conteúdo propagandístico explícito (uma exceção) do que pelo simples fato de dissolverem o senso estético das multidões pela exposição repetida ao feio e disforme apresentado como normal.

‎Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo...Morre lentamente quem se torna escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não conhece...Morre lentamente quem não vira a mesa quando esta infeliz com seu trabalho ou amor, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não permite, pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos...

Martha Medeiros

Nota: Trecho da crônica "A Morte Devagar".

Embaixo do chuveiro aproveite o aconchego morno da água, cante baixinho a musica da sua vida. De olhos fechados passe os dedos em seus cabelos como se pudesse limpar a mente, deslembre as magoas passadas e permita que a espuma alva e perfumada te lave a alma, e se encarregue de arrastar toda a negatividade pelo ralo. Busque a calma, o abraço da toalha, o som das gotas caindo, e pelo embaçado do espelho contemple lá no intenso de seu olhar que já és outra pessoa: Magnífica, linda, sorrindo!

Bateu uma vontade de colocar uma música que me lembra você, deixar rolar repetidas vezes, fechar os olhos, e me recordar. Recordar dos momentos bons e ruins, e não saber se ri ou se chora, se lembra ou se lamenta, se esquece ou aprende a viver sem. Recordar do quanto éramos o suficientes um para o outro, das nossas conversas, e daquela mania de ficarmos grudados desde o acordar até o dormir. Hoje nem nos conhecemos mais. Já fomos tão felizes, mas tão felizes, que mesmo se distribuíssemos essa felicidade para o mundo todo, ainda sobraria. Só que foi uma pena eu não ter guardado num pote, para poder utilizá-la quando faltasse. Tipo agora. Recordar que para nós nada era impossível, até o amor e a amizade andavam de mãos dadas; Amorizade, era assim que chamávamos. Hoje já nem sei onde está o amor, quanto mais a amizade. Chegamos a fazer planos ingênuos e impossíveis, só que quando fazíamos algo assim juntos, pareciam tão possíveis de realizar que eu até acreditava. Que boba. E também vou me recordar do quanto fui amada, sendo que nunca tirei um dia se quer para te agradecer isso. Desculpa. Sinto muito. Lamento. I’m sorry. Mas peço do fundo do meu coração que você jamais encontre ninguém como eu ou melhor, pois quero ser inesquecível pelo menos nas suas lembranças, já que não pude ser na sua vida. Foi verdadeiro, foi sincero, foi eterno. E dói dizer que foi. Passado. Não é mais. Isso dói. Enquanto a música vai rolando, passa um filme na minha cabeça de tudo que já vivemos. Dá até vontade de transmitir em todos os cinemas do mundo essa nossa incrível comédia romântica. Mas quem liga? Ninguém. É apenas uma música mesmo. E é aí que eu digo: “Pode até ser só uma música, mas é a NOSSA MÚSICA.

Quero cantar a vida como Bob Marley, sentir a música como Ray Charles, denunciar o sistema como Mano Brown, tatear corações como a musicalidade de Al Green, ser apoteótico como Pavarotti. Quero escrever com a genialidade de Augusto Cury, atingir mentes acadêmica como Rubem Alves, ser poetico como William Shakespeare. Quero sorri com as crianças e assentar com os anciãos. Ter causas pela qual morrer como Martin Luter King Jr. Quero pisar na terra e alcançar o Céu. Quero existir e não morrer em vão.

Através da música expressamos diversos sentimentos,há uma comunicação entre a melodia ouvida e a mensagem transmitida,em que muitas vezês nos tocam e nos sensibilizam profundamente,e também demonstramos,qual sentimento está nos envolvendo naquele momento,mostrando a verdadeira essência do nosso ser.

"...o blues é um estado de espírito e a música que dá voz a ele.O blues é o lamento dos oprimidos,o grito de independência,a paixão dos lascivos,a raiva dos frustrados e a gargalhada do fatalista.É a agonia da indecisão,o desespero dos desempregados,a angústia dos destituídos e o humor seco do cínico.O blues é a emoção pessoal do indivíduo que encontra na música um veículo para se expressar.Mas é também uma música social:o blues pode ser diversão,pode ser música para dançar e para beber,a música de uma classe dentro de um grupo segregado.O blues pode ser a criação de artistas dentro de uma pequena comunidade étnica,seja no mais profundo Sul rural,seja nos guetos congestionados das cidades industriais.O blues é a canção casual do guitarrista na varanda do quintal,a música do pianista no bar,o sucesso do rhythm and blues tocado na jukebox.É o duelo obsceno de violeiros na feira ambulante,o show no palco de um inferninho nos arredores da cidade,o espetáculo de uma trupe itinerante, o último número de uma estrela dos discos.O blues é todas estas coisas e todas estas pessoas,a criação de artistas famosos com muitas gravações e a inspiração de um homem conhecido apenas por sua comunidade,talvez conhecido apenas por si mesmo".

Não me julgue pela musica que eu ouço porque se eu escuto funk, rap, pagode, samba, rock, reggae, bossa nova, pop, sertanejo, ópera, hip hop, música clássica, r&b, blues, jazz, folclórica, erudita ou religiosa isso não mostra o que eu sou é apenas um estilo de música que eu me sinto bem, e quem será você pra julgar o que eu devo ouvir e dizer que aquilo que eu escuto me define, então me diz aonde você leu porque o que isto porque o que me define é meu caráter.

A música sempre foi uma questão de energia para mim, uma questão de combustível. Pessoas sentimentais chamam isso de inspiração, mas o que eles realmente querem dizer é combustível. Eu sempre precisei de combustível. Eu sou um sério consumidor. Em algumas noites eu ainda acredito que um carro com a agulha de gás vazia pode executar cerca de 50 milhas a mais se você tem a música certa muito alta no rádio.

Eu reparto minha alegria, minha música, meus bons momentos, minha casa, minha mesa, meus versos de estimação. Não sei viver sozinho, nem quero - por isto mesmo não falta gente perto de mim. Não entro naquela do italiano que aconselha: "Se estiveres sozinho, serás todo teu". Pra quê? Prefiro me dividir.

Prefiro me arrumar sozinha. Prefiro ouvir a musica que quero na altura mais absurda que se possa imaginar. Quero dirigir meu coração para um lugar onde se vive direito e, a palavra paz, possa fazer sentido sem receio. Quero deixar a casa em ordem para receber a visita certa. Você não é quem eu espero, pois quem eu espero pode depender de si sem esperar em mim a salvação.

Hoje só quero que a vida me viva, a música me dance, os pássaros me cantem. Quero luar à lua, ruar na rua, me florir de flores. Vontade de amar os amores, realçar as cores, fugir daquelas mesmas dores. Pra hoje evanescer um pouco desse mundo louco. Hoje quero feliz me esconder de tudo e feliz me encontrar comigo!

Eu sou aquela música chata que você escuta uma vez e não consegue tirar da cabeça. Eu sou o vento teimoso que sopra contra seu rosto e ainda bagunço seu cabelo. Digamos que eu não sou uma rosa, eu até tenho espinhos e alguns até dizem que sou bela, porém não sou frágil. Eu sou mais leoa do que gatinha indefesa precisando de carinho, pois é eu sou brava e louca também. Eu sou uma espécie de labirinto, me encontro e me perco neste caminho sem fim. Sei que sou tantas coisas e muitas vezes te confundo. Porém, entre tudo o que sou, só posso ser uma. Sou assim e o que posso fazer? Sou eu que te faço bem. Mas sabe, as vezes, eu também sou um pássaro que precisar voar além de sua gaiola.

" Madrugada: tento dormir e não consigo, o sono não vem ! o silêncio é interrompido pela musica; são varias adcionadas aos meus videos favoritos... as musicas me trazem lembranças que se transformam em saudade... de repente meu corpo sente frio, no coração um vazio imenso....rezo implorando à Deus que o sono chegue, quero dormir, quero sonhar....quero acordar, quero esquecer...quero sei lá, quero num sei o que...só sei que quero! tres da manhã cinquenta e oito minutos ....como diz a musica: vou recomeçar,vou tentar viver...amanheceu !"

A Música, a meu ver, é a arte que vai mais diretamente ao coração. A sensação compreendeis-me, está toda no coração; a Pintura, a Arquitetura, a Escultura, a Pintura antes de tudo, atingem muito mais a sensação cerebral. Numa palavra, a Música vai do coração ao espírito; a Pintura, do pensamento ao coração. A exaltação religiosa criou o órgão. Na Terra, quando a poesia toca o órgão, os anjos do céu lhe respondem. Assim, a música séria, religiosa, eleva a alma e os pensamentos.

" Gosto de quem olha com doçura, nunca perde o encanto. Gosto de quem se arrepia com uma música, sente uma lágrima rolar com um filme e se alegria com uma lambida de cachorro. Gosto de quem sorri ao ver uma criança, de quem mantém seu lado puro, de quem entende que a vida é melhor quando a gente observa o que acontece com olhos inocentes. "