Texto sobre Mim
NO VENTO
Nos desencontros da vida me encontro
e aproveito para dizer a mim mesmo: que te quero cada vez mais!
Sei que o vento que sopra aqui não é o vento que sopra aí,
mas sinta como se fosse,
pois é amor em forma de força invisível,
mas que dá para sentir de longe.
No vento que vem sinto-me livre para sentir o seu perfume.
Cheiro de amor que virou paixão.
Quando me vejo estou no chão olhando para o alto
lá no infinito esperando a força invisível do amor
trazido pelo vento para por fim nos desencontros.
na loucura de mim mesmo pergunto
ainda temo?
estou confuso
será que ainda obedeço ...
nesse grande mundo de máscaras
nesse grande personagem que sou
séra que ainda sei quem sou?
ou me perdi entre tantos papeis que faço
não sinto nada nem ódio nem amor
fique só ,minha alma está só!vazia...
Perdoai-me não quero seu castigo,
tudo que queria era apenas ser seu amigo
nesse grande mar de fel
tento não me afogar.
só isso poderia me salvar
por isso faço isso em vez de rezar...
‘’Se não eu, quem vai fazer você feliz?’’
Ora! Tanta gente!
A começar por mim mesmo...
Eu pergunto:
-Se não eu, quem vai me fazer feliz?!
Antes que qualquer pessoa possa, eu sou detentora da minha felicidade.
A capacidade é toda minha. Você pode até ajudar, mas atrapalhar com certeza não.
Eu me faço feliz.
Os outros? Ajudam!
Se não for pra ajudar, porta da rua é serventia da casa.
Obrigada.
“Cuida de mim, mesmo que eu seja toda errada, mesmo que eu não mereça. Me proteja por mais que eu só entre em furadas e me meta em confusões. Me mime mais, mesmo eu já sendo a sua bebê, me belisque me morda, me jogue aguá, me jogue na piscina me abrace quando estiver molhando, me envolva na mesma toalha com você. Me chame de gordinha, de fedida e de besta mas termine dizendo que eu sou sua, somente sua. Bagunce meu cabelo, estrale meus dedos beije a ponta do meu nariz, morda minha orelha. Me envolva com o seu casaco ,com o seu cheiro. Implique com o modo que eu falo, repetindo as palavras que eu erro só pra me irritar, me suje de sorvete e depois passe a linguá dizendo que foi sem querer, diga que meu shorts é muito curto, pra mim ver se você realmente repara em mim. Me puxa pela cintura, entrelace suas mãos nas minhas, deixe-me usar uma camisa sua como camisola, esfregue seus pés nos meus quando eu reclamar de frio. Me diga coisas bobas sem sent
ido só pra me ver sorrindo, passe o chicletes da sua boca para a minha, sente no meu colo mesmo você sendo maior que eu, você será sempre meu pequeno. Cante uma música pra mim, por mais que saia desafinado vindo de você já me faria bem, me faça ver filmes de terror com você por mais medrosa que eu seja, você conseguiria me convencer, pois sua companhia já me confortaria, poderíamos fazer disputas no vídeo-game valendo um beijo como premio. Não me importaria de perder. Eu não preciso de presentes caros, se você roubasse as flores do jardim da vizinha pra me dar eu já me sentiria importante ao invés de me mandar sms de madrugada me ligue. Quando estivermos sem assunto me beije, ou me faça cafuné. Diga que ouviu uma música e lembrou de mim, me chame pra ir na sua casa, me chame pra ir ver o jogo de futebol do seu time por mais que eu não entenda nada. Me faça surpresas simples do tipo deixar bilhetes em minha bolsa, compre ingressos de uma peça de teatro. Tire fotos comigo, seja meu par na hora da dança, pague micos ao meu lado, tente pegar um urso na máquina do parque de diversão, vá domingo almoçar comigo no shopping. Me conte sobre sua infância e me questione sobre a minha. Me faça pedidos bobos como te dar um beijo, sentar do seu lado no sofá, deixar meu colo ser seu travesseiro, ou de minha mãe ser sua sogra, só não me peça pra ir embora. Pra deixar de sonhar, pra deixar de te querer de te amar.”
Mais que meu tudo as vezes acho que amo bem mais você que a mim mesmo;
Você é meu infinito maior que meu universo para me fazer feliz tirando-me da escuridão;
Todo amor é infinito, mas o teu transpassou a tal sentimento, transborda-me de um querer que invade-me com uma certa sensação magnifica;
A tanto tempo que choro de amor sem coragem de me declarar ao seu coração;
Mas só quero te dizer que te amo com uma só palavra que move seu presente transformando o seu futuro;
Sei as vezes sinto falta de alguem que me faça feliz, mais pergunto a mim mesmo em quem confiar; o mundo anda tão confuso como confiar em alguem...
Eu sei que existe muita gente boa,,, que possa trazer momentos bons, eu tbm ja passei por diversos momentos amargos. E sei o que é sentir saudades de um passado que não volta, mais é isso que eu tenho que seguir e ver se encontro em algum lugar, alguém que tenha tudo que eu pensei ter um dia. ""MUITO AMOR"" UM LINDO DIA E MUITOS BJSSS!
Eu, por mim mesmo...
Não sei se te encontro agora, ou deixo cicatrizar? Não posso mudar tua história, mas podemos reeditar... Tua história não me assustaria, mas a minha, posso apostar! Meus passos juvenis levaram-me por onde não posso voltar... E das ilusões da infância, só me resta recordar... Não sou santa nem devassa você pode acreditar, entretanto,fiz “loucas” escolhas que jamais posso mudar... Também confesso que desta vida, não tenho muito a esperar... Receio até que eu tenha haver com a necessidade das barreiras de contenção do mar, acredito que minhas lágrimas o fizeram transbordar...
Sempre fui muito romântica, isso não posso negar, mas as desilusões da vida só me fizeram chorar... O amor sempre embalou os meus sonhos mais singelos, Me entreguei, me feri, me machuquei procurando esse amor... mas só ventos eu plantei, esquecendo que era de areia o meu castelo... mas não desisto de lutar, ser feliz é o que mais quero!
Você me salvou ... de mim mesmo !
De vez em quando, me sinto perdido
Meus pensamentos, tão confusos
Os olhos ja não tem o mesmo, brilho ao ver alguem
Estou rodando em circulos pra tentar me achar
Ao redor de mim mesmo, não sei mais o que resta
Sei que nada disso e pra mim...
Quando for me procurar, estarei entre esses espinhos e arrames
Estou tão preso, entre esses pensamentos
Eu sempre fui meu maior inimigo, não e tão dificil ser eu
Eu não sei ainda como consegui, chegar ate aqui
Me sinto louco e perdido, as luzes estão se apagando
Não me sentia mais tão, ausente nem ao menos tão perto do fim
Como voce consegue amar uma pessoa sem destino
Que sempre esta por ai, perdida com a alma artificial
Pois quando eu sou as luzes se apagando, so você me amou
So você me salvou, acho que posso te chamar de amor...
Quando estava em um barco rodeado de ondas
Subindo uma corda sem fios, pestes a se quebrar
So você me enchergou, e me puxou daquilo
É estranho tocar seu rosto, minhas mãos tão frias
Você me salvou de mim mesmo...
E sinto que era o que eu mais prescisava
Naquele momento ...
Você e meu amor mais sinto que posso te chamar de anjo
Agradeço a luz por me trazer você
Justo quando prescisava de salvação
Quando não sabia mais quem era, a pessoa dentro de meus olhos
Agora todo brilho existe você....
Toda batida do meus coraçao, tem um sentido
E tem uma melodia, eu sei que não te disse o suficiente
Eu nunca vou dizer essas palavras ao seu ouvido
Pois você agora pareçe estar longe
Mas você conseguil me salvar...
Salvar me de mim mesmo
Queria poder agradeçer, a você meu amor
Agradeçer a luz, por ter me enviado um anjo
E não importa, qual caminho minha alma tome
Ela sempre vai ir atraz da sua
Pois voce e a unica que tem o sorriso mais perfeito
Que faz meus olhos brilharem .
"As vezes estamos tão perdidos que prescisamos ser salvos de nos mesmos"
E agora sinto indiferença por mim mesmo e incapaz de amar ao próximo pois nem a mim mesmo me amo. Como tornei me capaz de passar mais tempo a pensar nela do que em mim mesmo? Será que eu também não mereço minha atenção?
Agora sou aquele que vai com o teu vento,se estás triste eu fico mais triste ainda e quando estás feliz também estou. Sinto me satisfeito só por te ouvir.
Será que é amor? Não,acho que não é porque nunca antes senti e não sei o que é o amor. Amor deve ser só um termo .
De vez em quando eu me perco
em mim mesmo
e me vejo deslizando em seu colo,
sinto que tudo isso
não passa de um sonho e,
basta apenas um abrir de olhos
para que tudo mude,
sei também que mil chances terei
para te ver,
te sentir e beijar,
mas entenda que o importante pra mim é,
o agora,
sei que tudo não passa de um sonho e,
é esse sonho que me alimenta,
sustenta tudo que tenho e sou por você.
Mas se me acordo e,
desperto do meu sonho,
te vejo no quarto
ouvindo Pitty,
dançando Ivete ou cantando Elis e,
por muitas vezes chorando Adele...
pois é meu bem,
hoje já não sei se você é mel ou fel,
só sei que em meus sonhos
você é meu tudo e meu nada...
apenas sonho,
sonho apenas em ter você aqui
perto de mim um dia talvez,
quem sabe semanas ou meses,
e ou até a vida inteira,
tudo bem,sei que é um sonho,
mas é nesse sonho que nos temos,
damos e permitimos.
Sociedade do “Eu senhor de Mim Mesmo”
O que falam da sociedade?
Falam como se ela fosse pessoa,
A personificação da vontade coletiva,
Que muitos ao citá-la a deixam incompleta,
O que falam da sociedade,
Falam excluindo o eu.
O que falam sobre o eu?
Falam sobre o eu contido no outro,
Sobre o que o outro deve fazer,
Para satisfazer o meu eu,
Eu? Longe disto. Longe de lançar o eu sobre o tu,
Lançamento de responsabilidades, obrigações,
Lançamento para onde apontam os olhos,
Inclusive para onde apontam os olhos da sociedade,
Esta incluindo-se o eu. Sociedade de todos nós,
Fazemos parte da mesma sociedade e,
As mazelas do mundo são nossa responsabilidade, pois
Direta ou indiretamente contribuímos para o futuro,
Lançamos para o tempo futuro todas as nossas omissões e exageros,
Formando seres mal formados, individualizados e individualistas,
Às vezes excluídos, ás vezes excluindo-se da tal sociedade.
A vontade coletiva corre fragmentada, assinérgica, amoral, dissociada,
Do principio de sociedade, com vontade, social e civilizada. Civilizada?
Como idealizar civilização, civilis, cidade sem objetivos convergentes?
Civilização fragmentada em valores, em conduta moral e ética,
Onde a obrigação transforma-se em ato heroico.
Como inverter esta mão?
Como multiplicar a vontade de desfragmentar a sociedade,
Trazendo-a para mim, para nós, incluindo-nos nas críticas,
Somando valores, contribuindo, posicionando-se,
Dizendo não, saindo de cima do muro, escolhendo o caminho mai estreito? Como?
Vejo ao longe a tal alavanca de evolução da sociedade...
não as guerras que impulsionam a tecnologia,
nem os gênios que desdobram, explicam e replicam suas teorias...
vejo ao longe a alavanca chamada educação... mas ao longe,
assim como os marginais, vejo ao longe... será que estou à margens?
Ou todos estamos, pois na sociedade fragmentada cada um é conjunto...
Conjunto unitário... consciência unitária... anti Weber, anti Dhurkheim, anti sociológica,
Dela resta apenas a lógica, uma lógica unilateral, intravisionária, egocentrista e autoritária,
Que impõe, não soma... enfia, coloca abruptamente seguindo a ciência do eu acho,
do meu primeiro, do eu no centro da minha vontade,
onde o outro é serventia ao meu senhor: eu. E o eu perde a identidade, pois
o “caráter individual que diferencia os seres”, diferencia o que de quem, em uma sociedade
formada pelo eu como conjunto e o seu interior como universo?
SIMPLESMENTE SOU
Sou o que sou,
Sou nada, sou tudo,
Sou eu em mim mesmo,
Sou você em mim.
Sou por tudo, por nada,
Sou o início, sou o fim.
Sou a terra, sou o mar,
Sou eu a te falar,
Sou eu a te calar.
Sou grande, sou pequenino,
Sou homem, sou menino.
Sou a voz que canta,
Sou o silêncio que encanta.
Sou tudo, sou nada,
Sou o que sou.
Sou eu em mim mesmo,
Sou você em mim.
Sou a vida sem fim.
Sou o que nasce, o que cresce,
Sou a vida que não perece.
Sou tudo, sou nada,
Sou o início, sou o fim.
Sou o amor que canta,
Sou o carinho que encanta.
Sou a semente que germina,
Sou a pequenina flor.
Sou o sol que resplandece,
Sou a noite que enegrece.
Sou a água que refresca,
Sou o que alivia a imensa dor.
Sou tudo, sou nada,
Sou eu em mim mesmo,
Sou você em mim.
Sou o sonho, sou a vida,
Sou a alegria, o sorriso.
Sou tudo, sou nada,
Sou aquele que, por ti, veio
Sou aquele que, por ti, se foi.
Sou aquele que te segura,
Sou aquele que te ampara.
Sou aquele que, por ti, canta,
Sou aquele que, por ti, se cala.
Sou o norte do viajor,
Sou a inspiração do prosador.
Sou tudo, sou nada,
Sou eu em mim mesmo,
Sou você em mim.
Martha.
(composto em 06/08/10 inspirado em Claire de Lune – Beethoven)
A única coisa que sinto saudades. Pelo menos no momento. É de mim mesmo. Embora tudo pareça normal. E está tudo normal. Sinto falta de mim. Das minhas manias, das minhas loucuras, das minhas paixões. O amor que ardia dentro de mim, o amor que feria, mas que também curava tudo dentro de mim. Ô saudades.
Sinto um vazio profundo dentro mim. Como se algo me faltasse. Algo muito essencial. Algo complementar. A maior peça do quebra-cabeça , a maior dose de açúcar para um suco, o maior complemento de uma vida. Acho que a melhor parte de mim me deixou, ou eu é que há larguei - nem percebi a metamorfose dessa angústia. Preciso me encontrar, mas não sei nem por onde começar a procurar. Talvez seria melhor começar a procurar no baú do meu coração, talvez possa estar bem espremido no canto do coração, porque tentei espreme-lo para ocupa-lo com coisas que não me convém. É, deve ser isso mesmo a razão da minha investigação. A razão da minha procura. A razão da minha solidão.
Meus amigos me devotarão o meu "eu" que devotei a eles, me trazendo de novo minha alegria. Me refazendo e os devolvendo o MEU "eu" - estranho não ? Mas tem que ser assim, meus amigos vão me fazer trazer o meu de novo, as minhas fotografias, as minhas recordações. O brilho das estrelas se instalará nos meus olhos novamente. É só questão de tempo.
Ando distraído e um pouco indeciso em relação de nunca provar nada para mim mesmo;
Sem explicação não minto em defesa de meus atos sem nunca ter visto além do infinito usando das palavras nunca ditas;
Eu percebo o quanto lhe tenho carinho e apego, mesmo sem que ninguém veja, pois o meu coração tem todo espaço que caiba os seus sentimentos;
porém o meu querer te quer sem demora e sem pressa para durar a eternidade;
SEU NOME
Eu não pronuncio o seu nome
Nem pra mim mesmo.
Eu o vejo na minha mente mas não o pronuncio
E se o ouço de alguém
Mesmo a outra pessoa se referindo
Fico indignado por tamanho atrevimento.
Isso porque seu nome abre portas em mim
Portas que há muito estão fechadas
Ou há muito eu tento fechar.
É como se eu tentasse conter água nas mãos
E quanto estou conseguindo elas começam a pingar novamente
É como ajuntar folhas e quando termino
Sopra o vento e lá vou eu
começar tudo de novo.
Seu nome me desloca no tempo
E nem sempre estou pronto para essa viagem
As vezes tenho de viajar nas horas mais inoportunas
Se alguém o pronuncia.
E além do mais,
A viagem de volta é sempre dolorida.
Eu decidi ir além...
Eu decidi superar a mim mesmo.
Eu decidi ser o diferente do diferente, indo além do diferente. Por isso, sei que meu caminho é mais longo, minha trajetória mais intensa, minhas escolhas são paltadas mais na razão do que na emoção, todos os meus resultados são a longo prazo, e na minha vida nem tudo é aqui, agora. Contudo, que auspiciosa alegria é saber que este meu aqui não é... totalmente aqui e agora. Pujante motivação é para mim compreender que nada poderá procrastinar o agir Daquele que conhece meu passado, faz parte do meu presente e maravilhosamente fará do meu futuro tudo que no aqui e agora, está sendo nobremente sonhado e semeado Nele. Oh, quão bom é saber que este aqui, agora, não é só isso... pois estou em processo de transição e a caminho de resultados altamente significativos no que tange a Ser e Existir nEle.
Eu decidi ir além...
E daqui a pouco em um futuro não tao distante, cantarei um novo cântico de vitória, resultados e mudanças altamente significativas acontecerão. Deus seja louvado no tempo e na trajetória, por sua Presença fiel, aqui, ali e além...
Porque parar de pensar
Porque não dizer a verdade
Vejo-me em mim
Mesmo que tente me libertar
É uma viagem longa
Talvez esteja completamente perdido
Talvez esteja completamente perdido
Não posso me encontrar
Quero gritar, pra quem
Não sei quem procurar
Meus olhos são tolos
Versos e palavras perdidas
Jamais estive aqui
Nesta louca de desejo
Jamais estive acompanhado por alguém
Nem em meu coração
São minhas sombras por todos os lados
Meu corpo não existe
Sou somente sombras tontas
Aguardo o meu barco para atravessar o deserto
Minha vida está tão seca
Não tem vida em nenhum dos lados
Somente agora percebi
Que estou perdido
Tentarem voltar
Pois somente no que deixei pra trás
Conseguirei buscar uma explicação"
A Jornada
(Um micro-conto surreal)
Empreendi uma jornada.
Uma jornada para dentro de mim mesmo.
Uma jornada para conhecer meu Ser.
Quando entrei em Mim, arrepiei-me.
Não sabia que Eu era tão sombrio.
Escuro, cheio de corredores e portas.
Estátuas... Ruídos... Vultos.
Que isso? Um choro?
Espiono por detrás de uma pilastra.
E eis que Me vejo sentado, abraçado aos joelhos, chorando convulsivamente entre soluços.
Não sabia por que, não me lembrava daquela cena.
Olhei por mais um tempo, me comovi.
Continuei andando, vez por outra me assustava com os ruídos e os vultos que eram constantes.
Meio perdido neste labirinto de Mim mesmo.
Ouvi gargalhadas... algazarra...pilhérias...
Muito curioso fui observar o que era.
Em uma sala pequena e abafada, com um ar avermelhado e opaco.
Estava Eu, a inebriar-me com cânhamo e muito vinho.
Rodeado de mulheres despudoradas e devassas.
Promiscuidade... inferninho...ebriedade...
Fiquei com asco de Mim mesmo, sai correndo.
Correndo...correndo...corren...
Parei, estava cansado, sentei-me num canto.
Que como tudo por aqui, também é escuro
Cochilei, fui desperto por umas batidas violentas.
Fui procurar de onde viam, viam de perto.
Aproximei-me, as batida se intensificaram.
E Eu com muito medo perguntei:
Quem está ai dentro?
- Me solta!!! Me solta!!! Me solta!!!
- Eu não sou louco!!! Eu não sou louco!!! Eu não sou louco!!!
- Ninguém Me entende??? Só quero Ser livre!!!
Reconheci-me de imediato, em um dos meus piores momentos.
Não, Eu não queria ficar ali, sai correndo novamente.
Fugindo de Mim mesmo dentro de Mim mesmo.
Quando parei de correr, percebi que estava em um lugar diferente.
Havia uma tênue luz de tons lilases, e o ar cheirava a jasmim.
Até que em fim! Um lugar que não seja tão sombrio.
De repente, ouço vozes, elas discutem.
Fiquei escondido em um canto, só a observar.
Era um casal, espera ai!!! Sou EU e Ela!!!
- Não, não dá mais Guto!!!
- Por que não???
- Você é muito confuso, tem muitos altos e baixos, hora está deprimido hora está eufórico!!!
- Mas você sabe que não é culpa Minha, é culpa da Bipolaridade!!!
- E não é só isso, você com esse negócio de Espiritualidade, de Intelectualismo, sem falar que você vive Filosofando e fazendo Poesias, você vive no Mundo da Lua não no Mundo Real, pra mim chega, eu não quero esta Vida para mim!!!
- Mas, mas como, você sempre gostou do Meu jeito!!!
- Pode ser que no inicio sim, mas cansei, para você tudo é motivo para Filosofar... Blá..Blá...Blá...chega eu quero é vida “Real”, Adeus, não me procure que não vou te atender!!!
E Eu ali observando, de repente as nuances lilases sumiram dando lugar as mais densas trevas, e o aroma de jasmim deu lugar a um cheiro putrefato.
Fiquei triste, melancólico, sai dali me arrastando ouvindo os ecos de Meu próprio choro.
Andei... andei...and...Por dentro de Mim mesmo, uma Jornada.
Andando pelos corredores, me deparei com algo que Eu lembrava mas não queria lembrar.
Eu estava sozinho em um quarto, com uma idéia fixa, “Vou me matar”.
Sim, Eu me lembro bem, esta idéia fixa e meio litro de soda cáustica.
Em um impulso irrefletido... Glup...Glup...Glup...foi-se a soda cáustica.
Vômito, estava vomitando a Mim Mesmo, Minha carne, Meu sangue.
Queimava, ardia, arrependera-se, mas é tarde, vai morrer!!!
Não, lembro-me de ter sido socorrido a tempo.
Fui salvo por cinco minutos, cinco minutos me separaram da Morte.
Basta, não quero mais lembrar, isto é passado!!!
Continuei minha viagem pelos corredores.
Acho que vaguei por horas Me explorando.
Quando cheguei a determinado lugar, percebi uma luz alaranjada.
Segui em direção luz, que aumentava de intensidade de acordo com minha aproximação.
Cheguei ao que me pareceu ser uma câmara, estava toda iluminada de luz laranja.
De repente, tudo virou Fogo, Fogo vivo.
E o Fogo falou:
- Gutemberg ouça-me!!!
Neste momento entrei em pânico, ajoelhei-me, prostrei-me ao chão
- Eis-me aqui Meu Senhor!!!
Sua voz tinha a potência de um trovão, era com o rolar de mil cachoeiras
- Entre em Mim, que sou Fogo Consumidor
Mais que depressa obedeci, levantei-me e entrei no Fogo, enquanto estava ali, sendo consumido pelo Fogo, Ele dizia:
- Eu sou o Alfa e o Omega, o Princípio e o Fim... Eu sou o Verbo Divino, eu sou a Palavra, por meio de Mim é que fostes criado, e saiba que és conhecido desde o ventre de sua Mãe, agora seja consumido pelo Fogo de Ruach HaKodesh e renasça, renasça para uma vida nova, tiveste coragem para se aventurar em você Mesmo, mas há muito mais a ser desvelado, por hora basta, já encontraste-me, Tu me aceitas???
- Oh, sim Meu Senhor eu o aceito de todo Meu Coração!!!
- Então vá, endireite tuas veredas e Nunca se esqueça de quem sou!!!
- Eu Sou o Que Sou...
...YESHUA HÁ MASHIACH...
O unigênito de...
...YHWH ELOHIM SABAOTH ...
Medo de Mim mesmo???
(Um micro-conto surrealista.)
Estranha sensação de estar andando por horas a fio, sem perceber paisagem alguma. Não havia nada. Não há nada para ser visto?
Que estranho!!!
E repentinamente o tudo se faz.
O ar é pesado, o céu num misto surreal de cinza e laranja, e a frente um sem fim por caminho. Andando, andando, andan...
Uma pedra? É sim, é a minha pedra. Corro em sua direção, quero descansar na pedra. Aquela que fica no meio do caminho....
Sentei, agora estou seguro, protegido. Mas do que mesmo? Também não sei. Ah deixa pra lá, OK?
De repente a pedra se agiganta, monte, montanha. Agora estreita-se, e ergue-se tal qual um obelisco e sobe aos céus tal qual a Torre de Babel (Babel= Rebelião). Eu aqui de cima vejo tudo, vejo abismos colossais. Não, não são abismos, não passam de rachaduras no solo, meras ranhuras no solo árido. Rios, é isso são rios, olhe os corpos em curso. Corpos de que mesmo? Tanto faz, são só invólucros, apenas casulos de algo maior. Ou será que não? Hum?
O que? Eu falando? Ah sim, as estrelas, são realmente belas. Quais? As do mar? Ou as do firmamento? Que diferença faz? Se Eu quiser alcançar as do mar, lanço-me ao profundo mergulho. Se for as do firmamento lanço-me ao destemido vôo. De qualquer forma será uma bela experiência.
Este céu, este céu me amedronta, me oprime, mas também me conforta, me acolhe, gosto de estar sozinho, perdi o medo e o vento quente é gostoso.
Eu não estou bem, acho que estou alucinando!
Surgem três luzes piscantes, inicialmente muito tênues, mas logo se firmam, e começam a se movimentarem freneticamente no céu alaranjado.
O medo voltou, quero correr, mas para onde, minha pedra me traiu se Eu me mexer caio em queda sem fim...
As luzes! Elas pararam, agora rolam sobre si transformando-se, de círculos pequenos em linhas horizontais e paralelas, duas em cima lado a lado e uma logo abaixo.
Três riscos no céu, que se abrem e rasgam o firmamento. Os dois de cima assumem formas de olhos, gigantescos olhos. O de baixo assume a forma de uma boca que acompanha a proporção dos olhos, não ouso me mover, não consigo nem respirar, não tenho noção de mais nada, nem sei se estou vivo. Que horror!!!
Encarando esses olhos que me encaravam, Dês’javu. Sim Eu os conheço, são os meus olhos, meu olhar. Minha cabeça gira, estou tão confuso, onde estou mesmo?
- O que teme tanto homenzinho tolo?
A bocarra falou, e falou num coro de três vozes em uníssono. Uma grave e profunda, gutural, uma suave e aveludada, a última seca, metálica e gelada. Três vozes em uma só voz que saia de uma boca que percebi ser a minha boca. E repetiu a pergunta, tirando-me dos devaneios e me assustando novamente.
- O que teme tanto homenzinho tolo?
- Você, eu temo você, não sei o que é e me assusta.
- A sua ignorância o faz temer a si mesmo.
- Como posso temer a mim mesmo?
- Pois ainda não percebeu que sou você?
Quero acordar, me tirem daqui, estou ficando louco. E ainda não dá para fugir. Sumiu? A pedra sumiu, caindo,caindo, cain...
Minha feição voltara a ser riscos, que voltaram a ser círculos luminosos, que acompanhavam minha vertiginosa queda, em um espiral de luzes e Eu em seu centro.
Senti um impacto, mas não doeu, acho que nem senti, apenas percebi.
Levanto-me e procuro-me, as luzes sumiram. Sem roupas? Que vergonha! Estou nu! As luzes voltaram, surgem a minha frente, do nada, uma bem a minha frente, uma a minha direita e uma a minha esquerda. Tomam formas humanas, e atrás deles tronos formam-se a partir do solo.
Sentam-se, e de cabeças baixas permanecem. Eles vestem apenas uma túnica negra que lhes cobrem por inteiro.
Não conseguia ver seus rostos, nem seus gestos, pois não se moviam.
Toda essa situação continuava a ser assustadora, não havia nada entre nós a não ser o vazio, não saberia dizer se Eu estava de cabeça para cima ou para baixo, e essa situação causava-me caos. Por quê? Por que causa confusão e angústia viver uma situação onde não conseguimos nos situarmos nem ter certeza de nossa posição!
- Ouça-nos.
E mais uma vez sou tirado de meus devaneios com susto. A voz que havia falado era diferente, era uma única, era a mais grave e profunda, nesse momento quase soou paternalmente.
- Ouça-nos e guarde-nos.
A voz pertencia ao ser que estava a minha frente, sim, era a minha voz que eu ouvia, sim era a minha voz mesmo, mas bem diferente.
- Ouça-nos e guarde-nos, você precisa entender que....
- Acorda!!! Guto!!! Acorda!!!
- Hã, o que foi, o que aconteceu???
- Você desmaiou e ficou um tempão desacordado.
- Mas, mas e agora!!! Como vou saber o que Ele ia-me dizer?
- Ele? Ele quem? Será que você bateu a cabeça ao cair?
- Quer saber??? Deixa para lá você não entenderia nem acreditaria!!!
Mergulhar em mim mesmo, cada vez mais fundo,
a remover pedaços da minha emoção cruzadas na parede de minha alma,
vasculhar os corredores sombrios de minha conciencia,
soprar a pueira que me sufoca, arejar a mente e dizer nao a
todas as tentativas de voltar atras o processo foi longo e dificil,
mais valeu a pena, pois ao voltar em mim mesmo, compreedi que cresci.