Texto sobre Luta
A vida dura e é dura.
Cada manhã você vê o Sol nascer,
um parto da natureza
a acontecer, e acontecer... e acontecer...
No fim do dia o Sol se põe,
sua rota inteira no céu compõe...
e morre mais uma vez,
sem guardar nenhuma lembrança de tudo o que já fez.
Assim é sua vida, um passo, outro passo e mais um...
numa luta diária...
um nascer, um viver e um morrer...
E você, já pensou?
Diferente do Sol,
não terá nenhuma chance
de sua vida de novo viver...
Sim... Escolhas difíceis são feitas todos os dias, ou algumas perduram por mais tempo, isso faz parte de um ciclo.
Mas por motivo algum vou desistir da batalha, da dor de cada erro ou acerto , de cada caminho mudado por motivo de escolhas, do esforço para cada luta, do sorriso ou lagrima. Assim que nascem os vencedores.
Nunca desistas,
A menos que tenhas tentado
de todas as maneiras.
E ai no final quando pensares em
desistir ,pára por uns segundos.
Vê tudo o que falhas-te e pq
falhas-te e tenta de novo até que
cada falha e cada erro nada mais
tenha sido uma lição.
Nunca desistas de tentar, a menos
que essa tentativa seja repetida
O Sofrimento está no Medo
"Refletindo sobre o sofrimento percebi que são nas dores e contratempos que um ser humano reconhece o outro. Encontra no seu semelhante a compreensão, a amizade, o amor, o respeito e etc... Você sempre ouve histórias de pessoas que se encontraram quando algo adverso lhes aconteciam, o tal, "lugar certo na hora certa" ou "quando eu mais precisava", e até "quando nada esperava". E juntos tecem os momentos de felicidade. Com isso me questiono; - Nas horas escuras é que se veem, com o coração frágil se compreendem e com a dor se reconhecem... O que mais falta para o homem ver que toda essa batalha só é mais fácil quando nossos companheiros de luta estão do nosso lado? Os seres humanos se completam na dor, e ao invés de se respeitarem mais por isso e se colocarem no lugar do outro, usam desta mesma dor para causar mais dor, descontar seus infortúnios e desgraças no seu próximo e no mundo. São frios, egoístas solitários e rebeldes sem causa. Preferem se revoltar contra todos do que fazer parte da maioria. Pra quê?
Durante muitos anos pude notar nas motivações humanas que a raiva e a mágoa é o grande aliado presente em seus planos de vida, que o ser humano só quer algo por medo, vingança, demonstração de superação e reconhecimento. E que essas motivações os cegam de tal forma que distorcem sua capacidade de sonhar, de amar, de se relacionar.
Particularmente nunca compreendi o homem que diz: “a vida me fez assim”, “tantos tombos me tornaram um ser egoísta”, “tantas desilusões me tornaram frio”, “minha criação me levou a cometer tais erros”, “a pobreza me fez roubar, matar, enganar”, “nunca tive o incentivo e apoio de ninguém ”,“as traições me fez trair” e por ai vai as inúmeras formas do ser humano fugir das próprias responsabilidades e não culpar a si mesmo por seus erros e desgraças.
Amigos, se lhes contassem em cada lugar que estive, as companhias que andei, os tombos que levei, as pessoas ruins e frias que cruzaram meu caminho e me tiraram algo, o não reconhecimento de minhas boas ações, não ter incentivo das pessoas que amo, de tantos que me disseram que de nada valiam meus sonhos, que meus objetivos eram fora da minha realidade econômica entre outras e tantas mais decepções que tive.
E nem por isso nada disso me fez desviar meu caminho nem passar por cima de outros por algo, não feri meu corpo “meu templo”, “não afligi meu anseios e sonhos com auto piedade”, “continuei lendo meus livros”, “escrevendo meus versos”, estudando e aprendendo com aquilo que eu podia. Então essa desculpa fajuta de que o ambiente e as circunstancias faz a pessoa não funciona. No entanto compreendo que o medo torna o ser humano vulnerável.
O medo é uma armadilha ilusória que corrói a sua alma lentamente e ao longo dos anos se perde no sofrimento a tal modo que você já nem sabe mais porque toma certas atitudes e sente certos sentimentos. E quando volto a questão do início, chego a pensar que o medo deveria ser uma alavanca que impulsiona o ser humano a querer o melhor, a buscar por ele e em comunhão irmos a rumo da felicidade.
Penso que o perdão é uma das chaves para isso. Primeiro se perdoar, aceite sua fragilidade e seus medos se perdoando por deixar que eles lhe tomem, não se cobrem demais, tenham orgulho de si mesmos por serem fortes e conseguir passar por tantas atribulações, com isso perdoe seu próximo, mais ainda, perdoe a vida, ela é tão linda e não tem culpa que outros te fizeram sofrer, sem contar que você pode estar tomando o mesmo papel do seu opressor, já pensou nisso? Vai repetir o mesmo que fizeram a você dando lugares a outros e assim seguir adiante? Por fim olhe ao seu lado, vê aquela pessoa ali? Ela é como você, com medos diferentes, mas como você, no entanto se sempre vê-lo como rival e inimigo, nunca vai descobrir o seu melhor. E temos tanto para acrescentar na vida um do outro.
Todos estavam presentes e havia apenas uma gota em uma das garrafas de vinho, quando com a tarde do dia ausente seguia. Insossas, as pessoas amadas somente por um carinho.
Levando a pensar em uma certa desilusão de lugares e amores, não relacionados
pela fragrância, o apego ao não, a sabores e temores, não justificados.
O que não significa motivo para tamanha transpiração em família nem tamanho golpe de estado.
O fato, diga ao seu próprio medo na covardia... Só será o último gole, quando eu der o último estalo.
Cigana sou e
se você não é está perdendo tempo.
Erga-se,levante-se,levante aos demais.
Vista-se com as cores do amor,da paixão
pela vida.
Vermelho sempre;no sangue e na alma;
Pare de se preocupar com detalhes absolutamente
dispensáveis.
O que não é dispensável é a força do amor que você compartilha,a ousadia de desejar o melhor e lutar para obte-lo;
A prioridade para aqueles que realmente te amam.
Nada poderá deter a Alvorada nem a força da mulher que se sente amada;
Assim como o inferno não conhece a força do desprezo da mulher traída em seus sentimentos.
Prefira não conhecer esse inferno.
O blefe da Aranha
I-
Se ajeita sombra... Do jeito que dá!
Em um corpo não muito esguio.
Em movimentos de vibração de pele e de alma
protelados, preteridos, negados (a si, por outrem).
Se ajeita no blefe do movimento que conforma o teu ser!
Tentando enganar-te, iludir-te, confundir-te
para que perca as rédeas da situação.
II-
Contra-movimento de reforma
que desconforma a forma dada.
Sombra que rejeita a luz
e perfaz contornos tórridos
na escuridão de verdes olhos
- cor de oliva -
contra-refletidos num espelho (a)reflexivo.
III-
Batalha épica, digladiada a dois.
Blefe de cavalheiros em transe poético.
IV-
Se ao menos soubesse porque blefa o jogador,
talvez, pudesse prever-lhe os sonhos!
Blefa o reflexo da sombra no espelho,
rejeita a silhueta que precipita o corpo estranho.
Blefa corpos, blefa sonhos, blefa deuses
sucessos passados em blefes 'antanho' - blefe patético -
em segundos estéticos e corpos celestes em desastre tamanho.
V-
Contra golpeado vai à lona - o corpo cai,
feito quando se encontra uma poltrona vazia!
Tenta se erguer novamente vagueando uma corredeira,
tateando o ar, perdendo as estribeiras.
Perde também o caminho da terra,
perde o chão, perde tudo.
Blefe... Blefe! Blefe? Blefe.
Na ponta da lança
Da taça jogada ao chão com força,
o sangue que se esvai como em um serpenteante rio em curvas
em busca de direção na vida
desembocando em um mar de dúvidas.
Do vinho derramado por todo o caminho
a dor contida na lágrima que percorre sentidos
- de choro e de riso.
Fazendo transbordar oceanos inteiros
com uma só gota de inquietude e bruteza
entalada no canto esquerdo do olho direito,
estupefato por enxergar tanta maldade.
Olhos cansados do dia inteiro
e devido a fumaça opressora instalada no caos proposital,
agora muito vermelhos.
Do rio de sangue e de lágrima
que se forma no contorno de segundos intermináveis...
A malta de guerreiros mascarados que segue:
Com a mácula imposta a sua honra,
por uma gama de ações, antes impensáveis!
Desembestados na linha de frente da guerra,
Varrendo tudo pelo caminho
como uma manada desembestada de touros,
fazendo jus a armadura herdada
e defendendo bravamente seu tão cobiçado ouro.
De lá:
A espada covarde que aponta e assina a pele,
mirando alvos estáticos
e braços erguidos ao ar.
Do lado de cá do front:
Os punhos cerrados da malta
e a coragem que transborda no peito.
E o que se vê em meio a tudo isso
é apenas a sombra de um velho gigante,
que a propósito... Acaba de acordar!
Até que um dia tudo mude,
e os silenciados não tenham mais que se calar.
Uma das coisas que mais se vê hoje em dia são pessoas se lamentando e desistindo de algo, seja la o que for... Hoje são raras as pessoas que realmente correm atrás dos seus sonhos e que se dedicam a isso com vontade, que passam pelas provas e dificuldades sem desistir, sabendo que la no final tudo valerá a pena. É justamente por isso que vemos tantas pessoas vivendo por viver, apenas existindo. Conquistar os nossos sonhos exige uma entrega sobre-humana à essa conquista. Pois ninguém sonha baixo, ninguém sonha com pouco. Devemos nos dar ao maximo atrás dos nossos sonhos, pois se nao o fizermos, quem o fará? Alumas pessoas dizem que desistir é dificil, mas na verdade desistir é a coisa mais fácil e mais comum nos dias de hoje. O que é realmente dificil é lutar com garra, com fé, com força, com esperanças na vitória de amanha... Se não houver obstáculos o prêmio será mediocre, mas quando da-se o sangue (por assim dizer), o prêmio sera o melhor de todos: Saber que você buscou o que você queria e conseguiu.
A maioria não vai conseguir e vai tentar fazer com que você desista, que você pense que não consegue. Mas acredite, VOCÊ é capaz, TODOS somos capazes. Basta acreditarmos em nós mesmos.
Vale a Pena?
Quando acerto, e tudo parece brilhar,
Sinto o peso dos olhares, prontos a me julgar.
Como se o sucesso fosse um crime a ser punido,
E as vozes da crítica, um coro desmedido.
Parece que quanto mais alto eu vou,
Mais forte é a tempestade que se forma ao redor.
“Será que vale a pena?”, pergunto em silêncio,
Quando a alegria se mistura ao medo e à dor.
Fazer tudo certo, mas ser penalizado,
É um fardo pesado, um peso indesejado.
A luta por reconhecimento, a busca pela paz,
Por que é tão difícil ser eu, e só ser capaz?
Mas entre as sombras, uma luz se acende,
A força que vem de dentro, essa que nunca se rende.
Vale a pena, sim, mesmo quando é doloroso,
Pois cada acerto é um passo, e eu sigo orgulhoso.
Se a vida me cobra por brilhar e amar,
Eu vou dançar na chuva, não vou me calar.
Ser eu mesma, mesmo sob a crítica e o pesar,
É o que me move, é meu jeito de lutar.
E assim sigo firme, sem me deixar abater,
Cada acerto é uma conquista, um motivo pra viver.
O peso dos outros pode ser um ladrão,
Mas eu sou minha força, e eu sou minha razão.
SESSENTA E OITO
Aquele barulho seco e obscuro dos tambores com os pratos. Aquele marcar da caixa, aquela dor dos meus pulsos.
Em um palco com suor,
entre as notas e os faróis acesos. Bate o rítmo dos verões
nas praças, nos vilarejos.
Entre cores irreais
na luz da lua,
liberdade de tantos amores, pouco dinheiro, uma fortuna...
Cem mulheres, cem noites, Cem viagens que fazia.
Com as mulheres mais erradas, você não sabia quem era....
não sabia o que amava, aquelas alegrias de mil caras ou as notas que você tocava...
Bate, bate, bate com força rock, canções do passado,
Sessanta e oito impiedosos anos, eu os vivi, respirei.
Com o rítmo do meu coração, com a raiva, com amor.
Com a força dos vinte anos, cresci naquela vida
dentro do Sonho Universal,
juventude... era infinita!
SEDE DE VIVER
Ando com sede de viver. Uma sede arrebatadora. Sede de tomar com todas as minha forças este líquido chamado vida. Esta ânsia é o combustível para não parar no tempo e ficar estagnada. Chega um determinado momento em que a única forma de se chegar lá, é lutando e esta luta é interna. Esta luta vem desta sede feroz e intensa que me domina e me empurra pra frente. Penso, que é através desta sede de lutar que sairei vencedora.
MINHA MORADA
A escrita é a minha liberdade. Aqui, fiz morada. Aqui, tudo posso quando o espírito se liberta. Aqui, vivo em harmonia com o Universo e em cada passo um tempo que determina minha busca. Aqui, meus sonhos são realizados, minhas emoções afloram e meus momentos se tornam inesquecíveis. Sou parte de um contexto onde tudo se encaixa perfeitamente. Decidi, que é aqui que quero ficar. É aqui que vivo e renasço a cada instante e que minha luta por um espaço nesse planeta, se materializa e se torna único quando conectada.
Nossa Missão
Enquanto vamos criando expectativas, deixamos de lado a nossa guerra contra os malefícios. Estamos sempre na correria e não percebemos que a nossa vida depende apenas da nossa luta. Que andar de mãos dadas com a nossa ilusão nada colheremos de concreto. Que a vida não espera para que cruzamos a esquina e corremos para encontrar os sonhos imaginados. Tentar entender o processo todo não está no nosso dicionário, mas na nossa missão.
Vencer sem esforço é vitória vazia,
Triunfo desprovido de substância,
Porque o que dá valor ao sucesso
É o caminho árduo, os obstáculos superados,
O suor e a dedicação de cada passo.
Ah, como é vão o triunfo sem luta,
O brilho sem a sombra do esforço!
Pois é no empenho, na jornada incerta,
Que se forja o verdadeiro mérito do ser.
Fracassar não é derrota, se a alma deu o melhor,
Se o esforço foi genuíno e sincero,
Pois o fracasso é mestre, não carrasco,
E nas suas lições se oculta o crescimento.
Ó vida, estrada cheia de vicissitudes,
Onde a vitória e o fracasso se entrelaçam,
O verdadeiro mérito está em caminhar,
Com o coração pleno de dedicação.
Se a vitória é doce, que seja merecida,
Se o fracasso amarga, que seja construtivo,
Pois o valor maior reside no esforço,
No árduo caminho que trilhamos,
Na luta, no empenho, no viver.
No sonho nasce a obra que há-de ser,
Por génios concebida, além do ver,
Visão sublime, além do nosso ser,
Imaginada antes do amanhecer.
Mas vem o lutador, sem hesitar,
Com força, a persistir, a trabalhar,
Nos braços leva o sonho a edificar,
Vence os desafios, faz o ideal brilhar.
E eis que o fruto, então, se faz luzir,
Os felizes desfrutam, vão sorrir,
Na obra pronta, vão-se deliciar,
No prazer de quem viu o sonho abrir.
Mas sempre há-de vir a crítica vil,
Dos velhos do Restelo, senil,
Que nada cria, só sabe obstruir,
Em sua sombra, o novo a reprimir.
Assim se faz a história, em ciclo eterno,
Do génio ao lutador, prazer fraterno,
Passando pelo crivo deste inferno,
Dos inúteis crónicos, sem inverno.
Num espaço dedicado ao cultivo do corpo e do espírito, surge um homem cuja alma anseia desvendar os mistérios do Karaté. Vestindo o cinto branco, emblema de pureza e iniciação, ele comparece aos treinos, embora o seu esforço seja tão efémero quanto a brisa fugaz.
Encantado não tanto pelo rigor do treino, mas pela camaradagem e pelas conversas pós-luta, regadas a cerveja, ele busca mais do que a maestria técnica: procura a camaradagem que tanto anseia, numa jornada onde o esforço parece ser um mero detalhe.
Entretanto, à medida que o tempo avança, ele percebe que o reconhecimento do mestre não lhe é concedido, não obstante a sua presença constante. Tal constatação desperta nele uma chama de insatisfação, alimentando a decisão de se desviar do caminho estabelecido.
Assim, unindo-se a outros de espírito semelhante, ele empreende a criação de um novo dojo, onde as promessas de ascensão rápida e a promiscuidade social são as novas moedas de troca. Adquirindo o cinto negro não pela via da dedicação, mas pelo poder monetário, ele ergue-se como o grande Sifu, iludindo-se com a miragem da autoridade.
Neste ambiente que ele próprio forjou, rodeado por almas cúmplices na sua ilusão, o fracasso torna-se motivo de celebração, enquanto a excelência real é eclipsada pela máscara do sucesso fabricado. Na encenação do poder e prestígio, refugiam-se, ávidos por uma validação que não encontram nas suas vidas para lá das paredes do dojo.
Os verdadeiros buscadores da arte, ao vislumbrarem a futilidade deste teatro de vaidades, logo se retiram, deixando para trás aqueles que preferem o simulacro do conhecimento à árdua jornada da aprendizagem genuína. E assim, o dojo prospera, não pela luz da verdade, mas pela sombra da ilusão, onde o ser e o parecer se entrelaçam numa dança sedutora.
Ser forte, sem ser...
Condescedente por falta de opção...
Vivendo, aprendendo a viver...
Sem querer ficar...
Mas fugir com o vento...
A noite que a tudo acata...
No dia acaba o perdão...
Fechando os olhos...
Como fera que estuda...
Na queda do súbito, o espanto...
Desnudar a carne para gerar a razão...
Porque se obriga a esconder o sentimento...
Fugindo da decepção...
Hora se tem um...
Hora se perde ao outro...
Nada existir...
Ser igual aos mortos...
Aspirar a voz...
Resfriar o suor...
Saber qual o momento...
Ser a criança que és...
Somente quando parar o tempo...
Segurar a vida por desespero...
Sabendo que nem tudo é tão perfeito...
A segura confiança trançando planos...
Vida estranha...
Vida dura...
Por mais que a gente se articula...
Despenca do barranco...
É uma rotina sem cura...
Vaivém de luzes...
Fatos, momentos...
Organizam a marcha em nossa estrada...
E assim vamos seguindo...
Criando sonhos...
Querer voar...
Sem ter asas...
Páginas em branco...
A serem escritas...
Sorrisos, choros...
Beijos e feridas...
Tudo junto...
Tudo misturado...
E tudo requer cuidado...
No fundo às vezes nem entendemos o porquê...
Mas vamos aprendendo...
Entre sermos felizes e a sofrer...
Infindável luta...
Recomeçar... após perder...
Sandro Paschoal Nogueira
Nasceu entre espinhos, sem direito a flor,
A infância marcada por sombras de dor.
Silêncios forçados, medo sem cor,
Crescia calada, sem mostrar o clamor.
O mundo era duro, as feridas sem fim,
Mas ela aprendeu a lutar por si.
Nos olhos, guardava o que não pôde dizer,
E na alma, um desejo imenso de viver.
Passou por abismos, cruzou vendavais,
Superou o peso de antigos ais.
Transformou o escuro em lição, não em cruz,
Fez da dor cicatriz, não um cárcere sem luz.
Hoje caminha de cabeça erguida,
Com passos de força, é dona da vida.
A vitória é dela, a honra também,
Sem buscar lamentos, sem olhar além.
Não há mais correntes, não há mais prisão,
Ela escreve sua história com o próprio coração.
E em cada vitória, um sorriso a brilhar,
Uma mulher que soube, enfim, se libertar.
Aqui
Aqui, nesse papel em branco
Escrevo algumas linhas
Falo da vida minha
Que levo a trancos e barrancos
Onde, às vezes, me espanto
Com a lida que se avizinha.
Olho longe, para o futuro
Onde plantei uma semente
Sempre cuidando, exigente
Alheio aos meus, não recuo
Ainda por vezes, em cima do muro
Apazíguo as idéias e sigo em frente.
As vezes quero entender o porquê
De chegar até aqui
Mas se até agora consegui
Nem vou tentar responder
Vou fazer acontecer
E viver como sempre vivi.