Texto sobre Liberdade
Moça bonita
Moça bonita
Sem laço, sem fita
Pés descalços no chão
Lutando por uma batalha
Para se igualar ao irmão
Moça bonita
Sem laço, sem fita
Soltou de um nó seus cabelos
Sem ligar para a opinião alheia
Disposta negar exageros
Moça bonita
Sem laço, sem fita
Quanto ao tempo de escravidão já sabia
A suas algemas, não mais cabia
Livre dos preconceitos e das palavras
Daqueles que a julgaram um dia
Moça bonita
Sem mãe, sem filha
Será mãe, já foi filha
Agora livre do laço de fita
Como é gostoso se apaixonar!
Os apaixonados são felizes
Nada importa para quem se sente apaixonado ou apaixonada!
Ao mesmo tempo conectados por esse sentimento, quem vive uma paixão é livre.
A liberdade de viver uma paixão, é o nosso estado normal.
Lindo são as atitudes ridículas que cometemos por amor.
Afinal, amor é como aquela criança, que tudo que vê, quer e deseja!
Apaixone-se!
Ame!
o poeta pode enganar-se
ele é um Homem livre.
aprendeu a não ser vítima
daquilo por que sofre.
sabe que a dor é só um sinal
o acelerador da mudança
que só não vê, nela, esperança
quem desistiu de ser livre
todo o Homem será um poeta
sempre que lute pela liberdade.
e um dia, também eu serei livre
também eu poderei enganar-me
Diferente do que pensam os partidos políticos e os movimentos sociais, a ideologia não é algo simples de ser representada por um signo (bandeira, símbolo). Resumir uma ideologia é reduzir o discurso, é limitar o debate. Ideologia é algo complexo e construído através de idéias conflitantes.
Eu particularmente, não conseguiria hoje, resumir minha ideologia em uma imagem, se quer, a resumiria em uma frase.
Thiago Silva Oliveira (1986 a)
Há na essência do livre pensamento
Um sensível estado puro, de alma…
Num flagrante delito, de corpo ausente
Há um poder, que limites não tendo
Se faz cais que acolhe, ambiguamente…
É um estado ébrio, de incontida ilusão
Sentida loucura, vestindo-se liberdade.
Como bruma, nevoando lubrica excitação
Que subverte, evapora-se pura realidade…
Mas nesse contexto irreal de impunidade
Há um juiz que se julga, inconscientemente
Nascido conluio, entre prisão e liberdade
Entre a consciência e o que a crença invente.
Certo não sendo, juízo de igual instância
Livre pensamento, ou pensamento livre
Talvez distância, entre saber e ignorância.
Pois só quem, preso, o pensamento tem
Absolve ou culpa, julgando-se, impunemente...
Eu não tenho medo de viver a morte
Eu tenho medo de viver na morte
Uma vida tosca
Chapada e fosca
Sem sentido
A pedido, repedido
na aniquilação da essência
Que me solapa a digna existência
Eu não tenho medo de viver a morte
Eu tenho medo de viver na morte
Quero ser livre dos padrões
Das grandes e antigas paixões
Porque viver preso
Viver teso
Nesta louca rigidez
Me impede, me tortura, me rouba a fluidez
Eu não tenho medo de viver a morte,
Eu tenho medo de viver na morte
A morte de tudo, do sentido
Do vivido
Do extraordinário
Do que me é primário
Temível é este muro, tão duro
este lugar do silêncio escuro
Eu não tenho medo de viver a morte
Eu tenho medo de viver na morte
Que me apaga me judia
Me gira, me rodopia
Em um circular de padrões
Eterna armadura de tensões
“Faz o que te mandaram”
E eu segui o que me ensinaram
“Vai vai” me diziam
Aqueles que não sabiam
E hoje, meu amigo,
Eu não tenho medo de viver a morte
Eu tenho medo de viver na morte.
Lilian Scortegagna
Se você quer livrar-se dos “vampiros emocionais”, liberte-se da necessidade de provar que você é bom. Tenha em mente que pena e omissão é tudo o que as pessoas manipuladoras precisam para te manter cativo – sugando as suas energias. Impor limites é a melhor demonstração de empatia e autodefesa. E se você tem fé o suficiente para insistir que elas podem mudar, boa sorte! Porém, esteja ciente daquelas que preferem te odiar e se vitimizar a admitir necessidade de cura. Em todo caso, não ceda às chantagens, use o “poder do não” e jamais abra mão dos seus valores inegociáveis. Se possível, afaste-se de quem se recusar a te tratar com dignidade.
— Jucelya McAllister
Sobre o teu dorso sou homem
sou criança, filho do vento
Luz-me um sorrir por dentro
que meus olhos não escondem...
.
E um dia, que honrar-te eu tenha
Só aceitarei nobre a valentia
Daquele que me não tente a revolta
.
Porque a nobreza não diminui, enobrece
E a liberdade...é valor supremo!
Esqueça o rebanho e corra na direção que traz paz para a sua alma. Jamais aceite seguir por um caminho que te proporcione o contrário.
Se a maioria correr em determinada direção, não quer dizer que porquê é a maioria, que estão no caminho certo.
Use sua inteligência, ouça o teu sexo sentido.
Esqueça os padrões. Não se perca em caminhos destinados à uma vida controlada por ideais de felicidade ditados por aqueles que desconhecem a sua alma.
Se autoconheça, descubra o que realmente te encanta e faz teu espírito florescer. Viva de acordo com quem você realmente é lá no fundo.
QUEM DEFINE É VOCÊ...
Uma tarde de chuva, as gotas escorrem pela janela e tudo que você tem é um bom livro e uma xícara de café quentinho.
Nada mais que isso importa, apenas você e seus pensamentos.
E por falar em pensamentos, eles te remetem a um encontro com o passado e com isso a lembranças de momentos em que você sofreu por coisas que não valiam a pena.
Quantas lágrimas derramadas, promessas não cumpridas e quantas ilusões de uma vida feliz e perfeita.
Então você olha pela janela, janela essa que ampara as gotas da chuva, mas que reflete também o rosto e com isso você percebe que o seu olhar não é mais de tristeza, com isso enxerga o quão importante você é, pois não precisa de ninguém para ser feliz a não ser você mesma (o).
Você respira fundo, olha em volta, senta na poltrona em sua sala olhando para a janela.
A chuva cai, você toma o seu café com o livro em seu colo...
Se o momento é de liberdade ou solidão ?
Você Define.
Renatto Oliveira
Eu não sou cego
Eu não sou surdo
Eu não sou mudo
E também não sou burro.
Eu vejo
Eu ouço
Eu falo
E eu sou educado.
Eu não vou fingir que não vi
Eu não vou fingir que não escutei
Eu não vou fingir que não falei
Esta foi a educação que eu recebi, esta é a educação que eu vós ensino, esta é a educação pela qual muito dos meus não tiveram êxito em adquirir.
Por mais que anos atrás muitos com a mesma tonalidade de pele que a minha eram escravos, reconheçam que eu não sou !
E pelo fato de ainda existir o preconceito, tenho como resposta este poema, recebi a educação de que um bom combate contra o mal se vence com o bem.
Deus me guiou até aqui, e para mim Deus é amor, paz e justiça, em todos os combates ele estará comigo, pois sou bem-aventurado por Cristo Jesus.
De alma livre e coração imenso feito mar
Nada sobre o mundo trazendo o seu pensar
Que é distinto infinitamente lindo
Que esbalda feito ondas ao luar
A beleza única e distinta em qualquer lugar
Trás encanto e poder só ao passar
Feito uma sereia que encanta homens até se afogar
Sua energia de amor e intensidade
Junto com afeto e liberdade
É o melhor que pode existir
E o nome dela é Natalie
“Não existe mundo melhor sem pessoas que trabalhem por ele; não existe país soberano se o seu povo é oprimido; não existe sociedade igualitária se a desigualdade é um direito dos seus governantes, na forma cruel de foro privilegiado.
Portanto, cabe a cada indivíduo esvaziar-se do egoísmo para encher-se do bem comum, daquilo que nos torna cidadãos de fato –o respeito ao próximo” (Oliveira, Thiago Silva – 1986).
VOEJAR...
Refugiei meu olhar num lugar distante...
Livre das ambições humanas
Vislumbrava paisagens inarráveis
Iluminando minha retina
Que retina, as emoções de um coração alado
Voejava entre as colinas, riachos e por toda a natureza
Livre das amarras, que nos enlaçam neste cotidiano nebuloso
Entreolhei o lugar, as cores avivadas
Uma aquarela de cores de puro encanto
Na liberdade de sentir, pisar descalça entre a terra e o mar...
Na linha do horizonte, havia um bailado de cores
Eram o arco-íris aplaudindo a sinfonia cantada pelos anjos
Brindei a vida com um Tim... Tim...
Retornei ao meu mundo de reflexão
Na compreensão, o que era voar além de mim...
O caminhar e a água
.
Há quem prefira catuaba a vinho
Outros ficam no copo d'água
Ou até vão pro "cházinho "
Mas quando a noite acaba
De dois um só caminho
Vai acordar com sorriso no rosto
Ou então se sentindo sem ninho
A ressaca vai de cada gosto
resta ter consigo um pouco de carinho
.
Pra se sentir mais disposto
Levanta e molha o rosto
Vontade de bater perna é grande
mas o medo de bater as botas é maior
Me impediram que eu ande
Mas sei que é importante
ser alguém que respeita ao redor
Mesmo que eu pareça só
Não tem necessidade alguma me colocar numa pior
.
Tento sorrir em cada instante
Bem como Wilde declama humilde
A vida é muito importante
para ser levada a sério
Pegando esta constante
E seguindo o mesmo critério,
chega mais um militante
que dessa cultura assim desfruta
Foi chamado Disraeli
A vida é muito curta
para ser pequena
.
Com reforço de Torelly
em sua visão serena
O que se leva da vida
É a vida que se leva
Então, faça tudo com medida
Por que se faltar comida...
...é a fome se eleva
Mas com Gullar me farto
Sei que dois e dois são quatro
Sei que a vida vale a pena
Mesmo que o pão seja caro
E a liberdade, pequena
.
.
Só quem escreve sabe o peso de cada palavra. Da ficção, à realidade sempre há um pouco de si, de suas verdades. Fora o imensurável prazer, quando se percebe, que apesar das diferenças, somos tão iguais, pois, o que se escreve também se encaixa no necessitar de outro alguém. Não importa se amadores, consagrados ou só por passatempo. Escrever sempre será o ato de derramar-se, porque não se pode conter a tempestade de palavras que se tem na alma. Há varias maneiras de expressar-se, e através delas busca-se a liberdade. Na escrita, nada difere, cada palavra desacorrenta, é como um aplanar suave sobre os nossos sonhos, e uma brisa que se sente quando conseguimos fugir do que nos aprisiona. Escrever sem dúvida também é um ato de coragem, pois, nem todos aceitam se expor. É quando se transforma o “eu” em palavras, desnuda-se alma, e você está ali em cada ideologia, crença, poesia, escrito, ficção, em cada linha, em cada pensamento.
Ainda que pareça vão cada palavra, sua missão é rara, é dádiva. O segredo é sempre utilizar das armas que tem, para o bem. Utilizar-se da escrita para mover o próximo para o novo, para seguir sempre em frente e ver a vida de forma realista e consistente.
Escrever é um ato de libertar-se, a mesmo tempo em que se alforria outras mentes.
Cadê o espírito de solidariedade e de humanismo? Onde o sonho dessa tal de igualdade, de autonomia e de liberdade? Agora é cada um por si, e quem por todos? Cadê a coordenadoria de políticas públicas, o serviço social de assistência gratuita, os defensores da ordem e dos direitos humanos por mais justiça e dignidade, numa época como esta, onde o mundo inteiro está desmoronando?
É inacreditável perceber que em um mundo com um turbilhão de informações, a propaganda do lixo da politicagem barata e da imagem de campanhas publicitárias, ainda imperam. Será a vida apenas um palco para promover ações de empreendedorismo e das classes desfavorecidas? Porque se de outro modo, o objetivo é proporcionar uma reflexão e disseminação da cultura, não vai ser através de todo este lixo que iremos conseguir... ninguém aqui está mais na idade média para servir de cobaia de políticas alternativas que, quando muito, só visam lucros e visibilidade através das mídias. Até quando vamos ter que nos calar diante da tirania e da opressão social, entre nós mesmos, os da própria espécie? Para quem carregamos todas estas postagens de terceiros nas costas e por que? Do que se riem vocês? Estão de fato felizes? Qual é o motivo da gargalhada, nesta política de raiva, pandemias e crise?
Triste fim o nosso, nesta viagem através de ruínas, quando todo o esforço deveria voltar-se para a reflexão da essência, está voltado para o desrespeito a vida.
"Há coisas que deveriam excitar a curiosidade dos homens no mais alto grau, e que, a avaliar pelo seu modo de vida normal, não lhes inspiram nenhuma.
Onde estão os nossos amigos mortos?
Porque estamos nós aqui?
Viemos de alguma parte?
O que é a liberdade?
O número de almas é finito ou infinito?"
Quero saber se o vento soprar aonde vou parar,
Mesmo sem ter você aqui pra me segurar,
Quero mesmo poder te abraçar,
Chegou o dia pra mim chorar,
Você foi mais cedo que eu e agora vou te soltar,
Quero cantar, mas me faltou ar,
Tenho que me deixar levar,
O vento não deixará parar.
Já vou chegar.
Forrest Gump é uma pessoa que vê a vida de uma forma diferente do padrão comum imposto pelo amadurecimento e pelas exigências sociais. No filme ele é descrito como “retardado”, adjetivo que é contraposto por uma frase do próprio personagem: “idiota é quem faz idiotice”. A visão do personagem em relação a vida é a verdadeira matrix. Matrix que se trata absolutamente da percepção, a forma de ver o que está para ser visto, ou seja, “olhar para a matrix é olhar para a nossa mente.” A ilusão torna-se a realidade do personagem, ou a ilusão é tudo o que ele não vê?
Levando em conta que tudo o que vivemos, criamos e temos definidos como correto ou incorreto, é uma questão de percepção, pode-se dizer que tudo trata-se de uma ilusão. Tendo em vista a realidade cinematográfica, o personagem é o verdadeiro mundo. No filme tudo se torna mais fácil e decorrente para Forrest Gump, que ao longo de sua vida conquista por mérito, milhares de coisas e inspira muitas outras.
Na faculdade, Gump, acredita que conquistaria o mundo com os pés e é com essa fantasia que se torna um grande jogador de futebol e ao se formar entra para o exército americano, do qual participa da tão famosa Guerra do Vietnã. Em meio a tanta crueldade e discórdia, Gump permanece todo o tempo dentro da sua fantasia, o que desmascara todo o controle social existente na época, pois Gump vivencia toda a guerra, vendo somente de forma clara os objetivos, ou seja, ele nunca teve a necessidade de matar ou entender o motivo de sempre “procurarem por alguém chamado Charlie.” A que se remete o bem e o mal? Qual é a linha de separação dessas duas oposições e qual é a vantagem desse binarismo?
A riqueza tem muita consequência negativa para o ser humano devido a sua mente egoísta e egocêntrica natural, pois nunca nada é suficiente num mundo capitalista. Essa ilusão consumista não diz respeito a identidade ou classe social, diz respeito ao ego e ao superego da sociedade. No filme, quando a riqueza e a fama chegam á vida de Forrest Gump, ele não percebe essa ocorrência, fato que comprova que o intuito do filme é questionar verdadeira ilusão, pois a riqueza não mudou a vida do personagem e é perceptível na narrativa: "O Tenente Dan investiu em um negócio de frutas e disse que eu não precisaria mais me preocupar com dinheiro, e eu pensei: ‘- Ah, um problema a menos. ’”
Com o passar trama, Gump, depois de mais velho e feito, “maduro” no ponto de vista social, num entardecer de outubro, sentado em sua varanda, decide correr sem destino, e faz isso durante 3 anos, 2 meses, 14 dias e 16 horas. Sem nenhum motivo ou causa, Gump, corre por todo os Estados Unidos. A população com o decorrer da noticia, não entendia que o fato não tinha nenhuma causa e sim, ser só uma questão de liberdade. Diante disso, mil falsas causas tornaram-se para os estadunidenses o motivo para a corrida exaustiva e inspiradora de Forrest Gump. O que era real a partir disso? O fato de Gump usar do seu livre arbítrio e correr sem nenhum motivo, ou a ilusão rotineira da sociedade em acreditar que pra tudo existe uma explicação?
Algo sempre perturbou a mente de Forrest Gump, algo maior que tudo que ele havia conquistado e que ele não explicava, justamente por não viver com a ilusão de que pra tudo existe uma explicação. Era o amor, Jenny, que ele levou a vida inteira por onde andou. Algo que sempre buscou internamente mas que não precisava de libertação por não precisar de reciprocidade. Mas o que é a libertação? A morte de Jenny não afeta Forrest negativamente, justamente por acreditar no natural. A libertação é produto da ilusão. O natural não precisa de salvação, é súbito por ser de certa forma inconcebível.
O filme indaga a curiosidade sobre o real e o imaginário. A posição que a sociedade toma no âmbito da comunidade de todas as formas, como o preconceito, o costume, o imoral, a ética e a noção que passam a ser questionados quando o normal, padrão, se contrapõe ao ver do natural e do comum. A desilusão causa o afrontamento da realidade e o fortalecimento do ilusório.