Texto sobre Infância
Na minha infância,ele foi o meu super herói
Dedicava os minutos,horas comigo!
Brincava feito criança,ah pai,se eu pudesse voltar naquele tempo! Tempo, me levou o seu olhar sereno,me deixou sem os seus cuidados. Eu fiquei só, não tenho mais o meu protetor ... Mas obrigada pai,no meu coração, para SEMPRE VIVO ESTARÁ!
A Magia de Ser Criança!
Eu tinha me esquecido de como a infância é bela...
Vivendo em meio a tanta estupidez dos adultos. As crianças são puras, curiosas e têm uma alegria de viver. Por que é que nós perdemos tudo isso com o passar dos anos?
Eu, como todos sei que a vida não é fácil, são muitos os problemas e as decepções não param, mas o que nos impede de manter acesa a criança que um dia fomos? Por que não levar a vida de um jeito mais leve?
Rir, perguntar, ver a felicidade nas pequenas coisas, sermos mais sinceros, carinhosos...
Simples atitudes tão comuns nos pequenos e em nós grandes otários parece ser algo impossível. Queremos dinheiro, queremos competir, ser o melhor sempre, queremos ser belos, ricos bajulados, invejados... sempre insatisfeitos.
Buscamos a perfeição a qualquer custo... Tolos... Ela não existe!
Fico profundamente triste quando sinto que a minha criança quer partir e sempre a puxo de volta, mas e o medo de me distrair e ela de mim fugir...
Por um bom tempo deixei que a minha menina se afastasse, naquele momento perdi as risadas mais gostosas, as esperanças, mas agora ela voltou sorridente e calma, mesmo que ás vezes pensativa e inquieta.
Só espero que a minha alma não envelheça e que a pequenina não deixe de habitar os meus sonhos...
E a sua criança, ainda habita em você?
Ainda dá tempo de buscá-la...
O povo, de cuja história ela é o livro, ainda existe; mas esse povo caiu em infância, deram-lhe o livro para brincar, rasgou-o mutilou-o, arrancou-lhe folha a folha, e fez papagaios e bonecas, fez carapuços com elas.
Não se descreve por outro modo o que esta gente chamada governo, chamada administração fazem.
"Às vezes queremos voltar aos tempos de infância
[...]
Não apenas porque foram bons os momentos;
Mas sim porque não precisávamos nos preocupar em ter
Que manter uma pessoa mais próximo o possivel
De nós...
[...]
Não trazíamos em nós dores que um dia pertubaram
Nossas noites.
Amávamos à ponto de abrir mão de algo pra dar a quem
Se amava...
Desejávamos tanto à ponto de não largarmos nunca
O que se anseiava.
Buscávamos o sumo bem das pessoas em nosso coração
[...]
O amor não era fingido...
[...]
Mesmo existindo barreiras amávamos com todo o ser!
Aí prevalecia a inocência e a ingenuidade dos seres
Que um dia possuíam a mais pura humanidade...
[...]
Mas hoje não...
Agora a banalidade torna-se cotidiana
As mágoas e falta de amor tornam-se debaldes..."
Enigmatizado
Ismael nasceu no dia dezenove de dezembro de 1985. Teve uma infância comum e uma adolescência tumultuada. Depois morreu em um acidente de automóvel no dia primeiro de janeiro de 2008. Fora atropelado por um carro enquanto caminhava tranquilamente pela beira da estrada. Sua família, como é de praxe em todas as épocas com todas as famílias, providenciou um epitáfio com palavras absolutamente vagas e imprecisas. Nem uma vírgula daquele epitáfio seria aprovada por Ismael. O pobre coitado atravessou esse mundo como um homem igual a todos os outros, teve seus amores seus sonhos e suas frustrações. Dedicou-se a projetos triviais para ganhar seu pão, era de família simples e provinciana, e o resto, como diria Shakespeare, é silencio.
Até aqui Ismael seria um homem genérico, sem nada de especial, digo nada de relevante que mereça ser contado em uma biografia. Não pensem que estou fazendo pouco caso dele – longe disso, todo ser humano merece respeito e todas as vidas têm suas particularidades que se bem exploradas podem tornar-se incomuns. Se estou criticando alguém é a família dele por não ter conhecido de fato Ismael. O certo, para falar a verdade, também seria culpar Ismael por sua invisibilidade histórica, porque ele não compartilhou sua vida com os outros? Porque fez questão de levar uma vida mecânica, vivendo o que tinha que ser vivido sem fazer grandes indagações, sem desafiar a ordem pré-estabelecida desse universo misterioso e complexo? Morreu como um carneirinho que seguia o rebanho sem olhar para os lados, sem identificar seu algoz. Claro que em se tratando de um individuo suas idiossincrasias apontam sinais, se, por exemplo, fosse feito um estudo freudiano de tudo que Ismael fez, se coletássemos depoimentos de quem conviveu com ele, provavelmente teríamos uma história mais profunda, adornada com episódios, frases e nuances que certamente desencadeariam uma possível empatia em nós estranhos. Ismael não era nenhum animal, tinha que ter algo de interessante. Mas a história tradicional é assim. A vida de cada indivíduo não tem grande importância. Interessa-nos a história das guerras, dos grandes movimentos sociais, dos reis, dos cientistas e filósofos, dos escritores e poetas, dos santos e mais alguns poucos privilegiados que viveram algo de inusitado e original. Depois disso tudo é a eterna mesmice do eclesiastes. Geração vai e geração vem... levanta-se o sol, põe-se o sol... o vento vai para o sul e faz seu giro para o norte... todas as coisas são canseiras tais, que ninguém as pode exprimir, etecétera.
Agora me deixem explicar um curtíssimo período de tempo na vida de Ismael, dois meses apenas, que podem dar sentido a sua existência e quem sabe até resumir todos os dias de sua vida aqui nesse mundo. O detalhe é que ninguém sabe que isso aconteceu com ele. O que vou contar se passou em agosto e setembro de 2005.
Ismael estava com dezenove anos e resolvera sair da casa de seus pais para morar sozinho na capital. Tinha arrumado um emprego em um supermercado e decidira continuar seus estudos. Se não me engano, ele planejava estudar arquitetura assim que conseguisse ingressar na faculdade, mas começou fazendo um cursinho de inglês. O resto de seu tempo livre era gasto na biblioteca pública num desbravar eufórico e insano de livros de ocultismo, misticismo e religião. Como sou o bibliotecário e vez por outra eu ajudava-o a encontrar determinado livro posso dizer (e garantir) que algo de muito estranho estava acontecendo dentro daquela mente enigmática. Numa quinta feira a tarde ele aparece meio desorientado, com o rosto pálido e procurando livros sobre anjos. No outro dia pela manhã ele queria tudo que estivesse disponível sobre demônios. Ele olhava para os lados a todo o momento, passava a mão sobre o rosto e deixava transparecer uma sensação de desconforto. Depois daquela manhã ele nunca mais apareceu e algumas semanas depois eu soube, através de um conhecido que tínhamos em comum, que ele havia morrido. Não sei por que, mas aquela morte prematura, de um cara que eu pouco conhecia, me fez refletir sobre isso que chamamos vida.
Logo que cheguei ao trabalho fui procurar os livros que Ismael tinha lido em seus últimos momentos nesse mundo. E para minha surpresa encontrei um bilhete dele no meio de um livro de capa esmaecida. O que segue são as próprias palavras de Ismael:
“Encontrei a resposta. Agora tudo faz sentido. Só importa o mundo espiritual, anjos e demônios guerreiam entre si a todo instante. O embate nunca cessa a espada jamais descansa. Céus, eu quero fazer parte disso. Que venha o fim do mundo, que chegue a aniquilação. Que os elementos se desfaçam em fogo e o filho do homem retorne para fazer justiça”.
Confesso que fiquei um pouco assustado no começo, porém logo me acalmei e deduzi que Ismael tinha surtado. O que sei é que ele sempre foi um cara sensato e normal segundo aqueles que o conheceram. Como um homem consegue esconder um furacão dentro da alma? Como uma tempestade bravia atravessa um espírito e ninguém percebe? Será que Ismael era maluco ou descobriu a sensação oceânica e misteriosa que a religião provoca - aquela que Freud ignorava?
Lembro de minha infância querida
Mesmo que dinheiro não tinha
De uma folha de papel um avião fazia
Chamava a moça que ensinava de tia
E acreditava que super-herói existia
Lembro de uma infância feliz
Sei que muitas coisas erradas eu fiz
Vivia a tirar coisas do nariz
Chamar o colega de bobo era errado
E acreditava que era pecado
Lembro de uma infãncia sadia
Era o Pelé quando o gol eu fazia
Na rolemã o Senna quando Vencia
Mas com o tempo eu crescia
E acreditava que um deles seria
Lembro de minha infância com carinho
Ficava feliz só com um carrinho
Mas enjoei de ser pequenino
Não via a hora de crescer
E acreditava que saudades não iria ter
O QUE VOCÊ QUER DA VIDA?
Na minha infância tinha uma brincadeira chamada: Que mês?
Duas crianças combinavam um mês em segredo, as outras tinham que tentar adivinhar qual era. O sabidão que chutava certo tinha que responder: O QUE VOCÊ QUER DA VIDA?
E surgia um:
- Eu quero um carro.
Aquelas duas do começo soltavam a imaginação e descreviam qual seria o carro que elas entregariam para o sortudo. Cada uma inventava um sonho de carro.
Eu sempre tive dificuldade para escolher. E escolhia pelo encanto.
Quando cresci, percebi que o mau de ser sonhadora é sempre se encantar e quando o encanto acabava a gente percebe que o motor não era bem aquele, que a lataria estava riscada, que o outro carro talvez fosse melhor e que escolheu errado.
Daí você ouve: "É errando que se aprende". E aprende mesmo. Mas a vida é feita de escolhas e sabendo escolher você tem mais chances de acertar. E eu me perguntei por anos: E como saber escolher? Como saber se a escolha vai dar certo? Ninguém vai dizer.
Vão dizer: tem que arriscar! Pagar pra ver! E de repente está você mais uma vez escolhendo o carro errado, a casa errada, o trabalho errado, amigos e parceiros errados. Uma vida errando para aprender.
Aprender que a vida vai sempre te dar opções e se você não souber o que quer dela, deverá saber o que você não quer. Não tem problema nenhum em não saber o que se quer.
Saber o que você NÃO quer, também é princípio de escolha e sabedoria.
'O catecismo me ensinou, na infância, a fazer o bem por interesse e não fazer o mal por medo. Deus me oferecia castigos e recompensas, me ameaçava com o inferno e me prometia o céu; e eu temia e acreditava.
Passaram-se os anos. Eu já não temo nem creio. E, em todo caso – penso – se mereço ser assado, cozido no caldeirão do inferno, condenado ao fogo lento e eterno, que assim seja. Assim me salvarei do purgatório, que está cheio de horríveis turistas da classe média; e no final das contas, se fará justiça.
Sinceramente: merecer, mereço. Nunca matei ninguém, é verdade, mais por falta de coragem ou de tempo, e não por falta de querer. Não vou à missa aos domingos, nem nos dias de guarda. Cobicei quase todas as mulheres de meus próximos, exceto as feias, e assim violei, pelo menos em intenção, a propriedade privada que Deus pessoalmente sacramentou nas tábuas de Moisés: Não cobiçarás a mulher do teu próximo (se o próximo estiver próximo), nem seu touro, nem seu asno...
"Na minha infância fui quase um moleque; empinava pipa, jogava pião, bolinha de gude e andava de carrinho de rolimã.
Hoje sou quase uma mulher que empina a procura pelo ser amado, jogo minha cara a tapa, tento ganhar algumas bolinhas de carinho e tenho meu coração riscado pelo rolimã da vida".
Um Lugar
De pés sujos, despenteada, roupa rasgada.
Foi assim minha infância, privilegiada!
Subia em árvore, ajuntava lindas pedrinhas,
Pedalava minha bike, brincava de casinha,
Modelava argila, nadava na represa, corria na chuva,
Fazia trilha, me enroscava em arame farpado!
Tinha pato, vaca, cachorro, galinha,
Porco, gato, coelho é o que mais tinha!
Cutucava o toro, e corria,
E ficava horas trancada na estrebaria,
No chiqueiro quase nem ia,
No galinheiro minha mãe me encontrava!
Era uma aventura ir a 20 km em cima do trator com meu pai,
E mais divertido ainda andar em meio a roça!
Cinco da manhã o relógio despertava
No escuro, na chuva, no frio. Não importava!
Pra estudar já devia pegar a estrada.
Chegava final de semana eu já sabia,
No sábado panquecas, no domingo churrasco,
Toda a família se reunia.
Vó, vô, tios e tias...
“Cristiane, Renan, Tainara, Jaqueline e Maiara”
Nós cinco brincava de casinha, e as vezes se desentendia!
Quando aparecia Willian e Vinicius, eu me surpreendia,
Eram meus outros primos que quase não via!
Pegamos sapos e besouros;
Durante as noites, corríamos atrás de pisca-pisca.
Lembro muito dos meus aniversários,
Comemorei sempre com minha mana,
Tinha bolo, doces, salgados, refrigerantes
Balão, presentes, amiguinhos e muita gente velha!
Minha irmã e companheira de tudo me protegia,
Eu, em agradecimento a agredia...
Mas ela sempre foi minha melhor companhia!
De minha mãe e meu pai, eu não entendia,
E disso eu não sofria.
Às vezes eu me escondia e eles se desesperavam!
Sempre havia um lugar onde eu me encaixava,
Pra brincar, pra chorar e sonhar.
Um cantinho só meu.
Mas enfim, eu era feliz...
Do meu jeitinho, e mais nada.
Pois não foi só o lugar, foi minha infância.
"Bons tempos os da nossa infância.
Quando a felicidade não tinha um significado.
Não procurávamos dar a ela alguma referência.
Ser feliz era tão somente um gostoso sentimento.
Sem nenhuma preocupação com o futuro.
O mais importante era sempre o momento.
Por isso mesmo era sempre tão perfeito.
Quando felicidade passou a ter nomes.
Perdemos ela através dos tempos.”
" Aquele ímpar sabor de infância.
Em cada tão simples momento...
O mais belo e puro dos sentimentos.
Uma inocência que será pela vida perdida.
O adulto que à rompe, sempre querendo tudo explicar.
Uma divina mente destruída...
Por uma astuta mente adulta corrompida.
Toda uma simplicidade dessa vida,
que se torna perdida."
O que sempre Maria procurara em sua vida era ser feliz. Durante sua infância em sua casa conturbada vivia como um fantasma. Dizia a si mesma todo o dia que quando casasse e tivesse sua família, faria diferente. Em sua adolescência viveu como deveria. Sem beber, sem desobedecer sua mãe, já então separada de seu pai, viveu em uma jaula sem poder realmente viver. Não fez nada que pudesse dizer: aproveitei minha adolescência de fato. Formou-se em Medicina e logo dedicou sua vida ao trabalho. Casou-se aos vinte e cinco anos de idade com um homem que julgava ser o homem de sua vida. Ele era completamente diferente dela: extrovertido, engraçado, simpático e bem humorado. Ela era fechada, na dela, um pouco antipática e não tinha nenhuma senso de humor. Juntos tiveram Alice, a primeira e única filha do um relacionamento de dez anos que acabou depois da descoberta de uma traição. Maria ficou desolada. Não queria comer, não queria beber e nem sair de casa. Queria ficar em seu quarto, em seu mundo. No lugar onde ela nunca, nunca poderia ser julgada. Após uns meses de terapia, Maria voltou a trabalhar e viver normalmente. Ou melhor, viver não seria a palavra indicada. Ela passou a sobreviver.
Ela era infeliz. Era toda infeliz. Seus olhos, seu nariz, orelhas, suas curvas, seu corpo, era toda infeliz. Tudo que sempre quis na vida ela não conseguiu. Mesmo se formando, trabalhando no que amava e recebendo muito bem, ela era infeliz. Sua casa era triste. A filha mal falava com ela, o ex-marido enviava dinheiro pela conta corrente, havia ficado bem mais velha do que aparentava. O que havia acontecido com Maria? Porque ela vivia naquela tristeza angustiante? Sem amigos, sem família, uma filha que mal falava com ela, um trabalho desgastante, uma vida cheia de decepções emocionais. Dificilmente se divertia ou saia. Todas as quintas ainda saia para tomar um café na cafeteria da esquina que tinha um café barato e de quinta. Pegava algum livro, sua bolsa e jaleco e ia para a cafeteria, sentava sempre no mesmo lugar, pedia sempre a mesma coisa e ficava lá horas até dar sua hora de ir para o trabalho.
Era uma quinta chuvosa quando Maria resolveu que mesmo com a chuva grossa ela iria tomar seu café de quinta, na quinta-feira. Pegou seu livro e saiu de casa ainda com o guarda-chuva e uma capa. Abriu a porta do estabelecimento e quando ia se dirigir para seu local de costume, havia um homem sentado lá. Ela parou, olhou o lugar quase vazio e voltou a olhar para o homem que lá estava sentado. Porque, em meio a tantos lugares bons, ele escolhera logo seu lugar. O mais no canto, o mais escuro, o mais depressivo? Resolveu que pediria a ele para se retirar do lugar. Um absurdo! Ela ia todas as quintas e sentava ali. Se ele quisesse sentar naquele espaço, que fosse outro dia. Decidida a discutir se possível, ela caminhou até à mesa e parou bem em frente. O homem lia um jornal e pareceu demorar para notar a presença de Maria ali. Ele baixou o jornal, levantou o olhar e sorriu:
“Sim?”
“O senhor está em meu lugar!” Disse ela decidida e autoritária. Com aquele jeito bem arrogante e antipática de quando queria alguma coisa.
Ele ainda confuso, olhou para os lados, para baixo da mesa, para as cadeiras e com um sorriso exclamou:
“Não estou vendo nenhum nome na mesa, suponho que ela seja de qualquer cliente que a encontrar vazia primeiro.”
“Todas as quintas eu venho aqui, eu sento nesse lugar, eu leio esse livro e depois de duas horas eu vou trabalhar! Então suponho que o senhor não queira atrapalhar minha vida. Por favor, escolha outra mesa e sente nessa amanhã”
“Mas eu já estou sentado!”
“Fique sentado em outra!”
Ele pareceu suspirar, mas tinha um ar tão arrogante quanto ela:
“A cafeteria está vazia, escolha outro lugar. Eu não vou sair daqui!”
“Não vai? Tem certeza?” Ela falou indignada com a arrogância do homem.
“Não, eu não vou. Se quiser sentar-se comigo tudo bem, mas não vou sair!”
Ela, já com raiva e bufando, jogou as coisas na mesa e sentou-se. Ele deu um sorriso pequeno e vitorioso e continuou lendo o seu jornal. Ela fez o seu pedido e enquanto bebia o café, ficava fitando o jornal dele querendo que o jornal queimasse ou que ele saísse logo. Era a única hora que ela tinha para ela. Aquele homem não poderia acabar com isso!
“Então é médica?” Ele soltou ainda enquanto lia o jornal.
“Não te interessa” Respondeu ela durona e com raiva enquanto bebia um pouco do seu café.
“Oras, pare de ser infantil. Só fiz uma pergunta por causa do jaleco” Ele baixou o jornal e pôs-se a beber o seu café com leite que havia sido trazido pela moça simpática que servia sempre com um sorriso no rosto.
“Sim, Hospital Santa Cruz. Que saber minha credencial?”
“Você me lembra minha filha, e ela tem cinco anos.”
“Porque você não se detém a apenas ler seu jornal e tomar seu café rápido?”
“Não se preocupe, tenho bastante tempo de sobra para conversar.”
“Não quero conversar.”
“Qual seu nome?”
“Qual a parte do ‘não quero conversar’ você não entendeu?”
“Tem cara de Sandra, Marisa…”
“Maria. Meu nome é Maria” Ela falou virando os olhos e bebendo o seu café.
“Um belo nome esse: Maria.”
“Você acha?” Ela levantou o cenho e depois deu os ombros “Acho normal, igual demais”
“Não gosta de coisas iguais?”
“Gosto de coisas diferentes.”
“Então porque tem que vim toda quinta com o mesmo livro, na mesma cafeteria e senta na mesma mesa?” Ele olhou para ela que piscava um pouco surpresa com essa afirmação.
“Isso é… É completamente diferente!”
“Não, não é. Sabe, tenho observado você todas as quintas. Já esbarrei com você várias vezes aqui, porém parece que seus olhos estão fechados para o que é novo. Parece que eles estão vendados para a vida. Sempre, sempre a mesma rotina.”
“Você não tem… Não tem absolutamente nada a ver com minha vida!”
“Ricardo!”
“O quê?”
“Meu nome. Ricardo. Prazer em te conhecer Maria.”
Ele levantou e deixou ela sentada ali, perplexa, sem nenhuma palavra. O dia todo ficou pensando naquela conversa. O dia todo, a semana toda. Passou a semana e quando chegou na cafeteria, ele não estava mais lá. Olhou para os lados procurando aquela figura masculina que a havia deixado confusa e não achou. Quando ia caminhar para sua mesa de costume, algo lhe parou. Ela voltou e sentou em outra mesa. Deixou o livro e lado e pegou um jornal. Não pediu o de sempre. Ela havia aberto os olhos para a vida. Chega de rotina, chega de tristeza! Ela iria mudar, e que começasse com as pequenas coisas!
"DONO DE SI"
"Então, é chegada a hora de dizer adeus à velha infância;
Ao tempo em que era coordenado, ordenado...
Hoje, você é o seu delegado, o seu próprio supremo.
Dono de si, a sua responsabilidade sobre si mesmo só aumenta.
Agora, já não há mais a quem culpar, ou a quem julgar.
Frente ao espelho, você é mera consequência das causas a que se propôs.
Você pode escolher entre ser o seu melhor amigo ou o mais desleixado deles".
E no final, só nos restarão as lembranças...
Lembranças de nossa infância, dos momentos felizes, de nossos amigos, nossos pais, nossos irmãos, lembranças das vezes em que desabamos em lágrimas, da vezes em que fizemos alguém sorrir, dos momentos de extrema felicidade. São tantos momentos que a vida nos proporcionará, e no futuro, ao nos lembrarmos de nossas vidas, diremos de cabeça erguida e para quem quiser escutar : -"Sou feliz de olhar para trás!"
Sabe que ainda não descobrir o “porquê?” é tão fascinante escrever sobre minha infância? Alias sei sim, é pelo simples e não menos nobre fato de minha infância ter sido satisfatoriamente completa, as brincadeiras na chuva ou simplesmente aquela velha correria com a turma.
E neste tempestuoso momento em que me encontro onde se foi minha TV e minha net, resolvi escrever o que em tempos tecnologicamente menos desenvolvidos, (minha infância) estaria fazendo.
Na minha época de criança/adolescente como não tínhamos: PlayStation´s, celulares modernos e muito menos está tal de internet, a melhor forma para nos divertimos era mesmos metermos a mão na massa, e neste caso a mão na lama.
Nada mais saudável do que chutar a água empossada para sujar o colega, ou melhor, roubar aquele isopor velho que seu pai guarda para os dias de mudanças e fazer grandes maravilhas da engenharia como barcos, lanchas e derivados.
Ai como foi divertido minha infância!
Só tenho a agradecer a Bill Gates e sua microsoft, Sony e tantos outros por terem deixado minha infância tão mais divertida sem eles e meu presente maravilhosamente entretido graças à eles.
thank you very much !!
Hoje fui em um lugar que passei muito tempo da minha infância. Enquanto andava pelo hospital cheguei em um corredor com uma rampa que dá acesso a parte subterrânea... desci por aquele corredor devagar e me lembrei das diversas vezes que passei por ali e fiz uma coisa que sempre fazia quando criança, olhei para o teto, mas dessa vez ele estava tão próximo, estiquei apenas um pouco minha mão para cima e encostei nele... lembro-me que sempre que passava por ali, aquela rampa parecia interminável, eu esticava minha mão para cima e não chegava nem um pouco perto do teto, ai eu pulava e mesmo assim ele parecia inalcançável.
Quando nós somos crianças, todos tão pequenos, tudo parece grande, interminável, inalcançável. E hoje, eu desci aquele corredor como se ele fosse minusculo e trisquei facilmente no teto.
Eu todos os dias quando acordo, olho para o céu e estico minhas mãos tentando alcança-lo... sei que hoje não irei trisca-lo, mas espero pelo amanhã, pelo dia que esticarei minha mão e conseguirei segurar uma estrela, que esticarei minha mão e irei triscar no Mundo, onde com minha mão eu farei a diferença e deixarei minha marca na humanidade. Chegara um dia onde perceberei o quão grande eu me tornei diante da vida e mesmo neste dia, continuarei olhando para cima, pois a grandeza de uma pessoa não esta em seu tamanho, mas sim em sua capacidade de sonhar e realizar.
Saudades...
Saudade daquele tempo bom... Da infância, dos amigos...
Do tempo em que o dinheiro e as roupas novas não eram importantes,
Do tempo que as pessoas não iam à igreja para desfilar, mas sim para adorar em espírito e em verdade.
Saudades do tempo em que as pessoas levantavam cinco horas da manhã para ir à casa de Deus orar... Ah, era tão bom...
Adorava ir pra igreja orar, era tão maravilhoso, indescritível...
Levantava cedo para falar com o Pai, fazia isso com tanto prazer...
E quando voltava pra casa, ia andar de bicicleta às seis horas da manhã...
Eita saudade!
Aquela rua de terra, sem ninguém... Andava de um lado para o outro enquanto minha mãe varria a calçada de casa.
Era tão feliz, e soube aproveitar muito bem esse tempo.
Hoje não tem mais isso... Não se pode mais ir à igreja às cinco da manhã... Agora tem a tão famosa lei do psiu. Mas nem fazíamos barulho, orávamos em silêncio, com o coração.
Tudo mudou, os servos de Deus agora estão com medo.
Estão com medo de buscar à Deus... Agora não temem mais a Deus, temem aos homens, às leis do mundo.
Sei que devemos obedecer a lei do homem na terra, mas e a lei de Deus? Onde fica?
Devemos parar de temer aos homens e temer só a Deus. O apóstolo Paulo foi preso por pregar o evangelho, e nós não estamos pregando por medo dos homens da terra. Que absurdo!!!
Se eles soubessem o quanto é bom estar na casa de Deus, orando de madrugada, buscando os dons celestes... Se eles soubessem o quanto isso fortalece nossa vida espiritual, eles jamais temeriam ao homem.
Realmente dá saudade... Saudade do tempo que existiam verdadeiros adoradores.
A melhor fase da vida é a infância
A infância é o onde a vida é mais proveitosa, um tempo de inocência, sem maldade, onde tudo é lindo e maravilhoso, tão bom que passa tão rápido e nem dá para perceber, um mundo sem ‘’responsabilidades’’ ,onde o sorriso é sincero e as lágrimas são resultado da ingenuidade.
Chegamos à adolescência, uma fase de rebeldia, curiosidade e achando que estamos no auge de nossas vidas, esquecendo que o melhor já passou. Essa é a fase mais perigosa da vida, se começamos a ter um pouco de responsabilidade e se fizermos algo de muito grave pode ter consequências gravíssimas para o resto da vida, fase na qual fazemos escolhas , começamos a pensar na vida, começa então a gerar dúvidas e mais dúvidas, quando menos espera esse tempo passou, acabou a adolescência.
Enfim a fase ADULTA onde muitas pessoas acham que é formado nosso caráter, nossa personalidade, mas não, o caráter é formado desde a nossa infância, pela nossa educação, pelo respeito aos nossos pais e isso torna nossa identidade ,agora a personalidade vai se formando aos poucos, de acordo com a convivência com certas pessoas, lugares frequentados ,Entre outros. Quando adultos ,estamos no auge da responsabilidade, da preocupação com o dia seguinte, em lutar pelos nossos objetivos, em conquistar vitórias para nossas vidas, é uma fase de maturidade ,muito importante, mas quando as coisas não vão bem, pensamos logo: -Ah! Eu era feliz e não sabia, começa uma saudade daquela infância proveitosa, sem maldade ,ingênua mas muito feliz, então percebo que para nossa vida seguir sempre feliz, devemos incrementar apenas uma responsabilidade e fazer dela uma infância eterna, onde um sorriso é importante, mas também existirão lágrimas.
Aproveite a vida e agradeça sempre por ela, seja você mesmo ,seja feliz e que a vida seja sempre uma fase com responsabilidade da infância.
Hoje queria voltar no passado, onde mora a minha infância,
para abraçar como criança e deitar no colo da minha mãe...
Brincar, pular, cair... e logo voltar a sorrir sem sentir a frustração que um adulto sente... Afinal, no coração de uma criança só brotam flores de alegria com perfume de esperança.
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