Texto sobre Espera
A ESPERA VÃ
Veja que lamento trago
Culpo-me a mim mesmo
Por não ter olhado,
quando o sol se foi
A noite era aquela
Coisa de cinema
Algo teatral.
A praça era toda
Só de namorados e eu
Alucinado pelos toques nobres
Daquele natal.
Ficará pra sempre
Como fosse pedra a me calejar
Vendo a cegueira
da noite de estrelas
A se despedir
A pés como estava
Perdi o horário da minha condução
Como um mendigo
Pouco mais vestido
No turvo quieto.
Esperando a bela
Que me pôs na cela
Da mesquita neto.
Minha cama me espera para que eu possa me afogar no meu próprio sono e sonhar os meus pesadelos insensatos que me atormentam de forma carinhosa;
Sem precisar me destruir, mas para me construir achando o que nunca se encontrou para minha própria satisfação;
Um dia eu posso enxergar o que não me cabe para desfazer minhas incertezas no qual se encerra o estranho que me apavorou;
Profetize que seu dia irá chegar para o seu entender de tanta espera, não precisará de tanta descrição para receber suas vitórias pendentes;
Suas ansiedades nunca te deixaram escapar dessa prisão sem grades e sem amarras que tanto te impediam de caminhar onde tivesse vontade;
O antes é passado, o agora é tua chance de reescrever sua história da melhor maneira para se entrelaçar com um futuro abençoado por Deus;
Soneto Desesperançoso
Oh, quem dera sair desta esfera!...
Poder ir adiante e ver o que me espera.
Oh, como almejo a sorte de poder entender a morte!
Quiçá imagino nem morto tal sorte...
Ah! Pudera eu, avocar a mim os segredos de minh’alma!
Calar esse macabro rangido, estridente que não encontra a calma.
É numa latrina que contrito componho estes versos
É aqui esturrado que tento interpretar meus “eu” complexos!
Estrepo-me com esmero — não me admito desvelar!
Confunde-me pensar não mais poder-me ilibar...
Não há indulto... ao final sinto terminar neres...
Em descalabro às ruas vou passando sempre um estranho
Sinto, não há liberdade — o mundo não é tamanho!
Espero senhor Deus, agir um dia como queres!...
A oração
é o nosso encontro com Deus, é o momento do meu eu com Deus. Deus sempre espera este momento, para que ele possa estar conosco. é o momento de pedir, de agradecer e de louvar a Jesus. meu coração nesta hora deve estar inteiramente voltado para Deus. é o meu íntimo com intimidade a Deus. a cada dia devo escolher meu momento com Deus, um local para que possa eu me ligar a Deus.
NO MEU FACEBOOK
E lá vem ele
desfilando pelas páginas
do meu mundo virtual
à espera de uma cutucada
ou um sinal
de vida!
E eu
me sinto tão atrevida!
No meu Facebook
eu escrevo uma bobagem
qualquer
e me faço de desentendida
e ele logo vem,
fingindo que não sabe
que foi pra ele
aquela
provocação
descabida!
E eu
que nunca fui santa
logo puxo uma conversa
- meio tímida -
entre um curtir e outro
de uma bobeira qualquer
que ele postou na sua página
tão concorrida!
E já sem
muita questão em não ser vista
me rendo
a primeira mordida
desta boca virtual
que me descontrola
e expõe de vez
o meu lado
mais
bandida!
É tão novo, tão excitante
É uma espera incessante
Com o desejo de que chegue logo
Os dias da novidade que nem imagino o que seja
Que os minutos passem
E estes momentos cheguem logo
Que eu sinta o aroma suave
De quem esperou e alcançou
Aquilo que nem mesmo se sabe
Mas que seja suave
O sabor do amor, da amizade, dos momentos
Que aconteçam
E que nunca acabem mesmo que na memoria.
A espera de palavras
Hoje me foge sem lógica ou razão,
Minhas palavras não vêm mais em minha direção.
Elas voam sem saber onde pousar,
E eu fico por elas a esperar.
As palavras não habitam mais a minha mente,
Podem está escondidas no meu inconsciente.
Mas não sei como elas de lá tirar,
Ou outras tentar inventar.
Inventar palavras já existentes em mim,
Como? Se elas parecem está no fim.
Não saberei reinventar ou criar,
Mas para escrevê-las terei que resgatar.
Começo a escrever e me perco no vácuo,
Pareço está perdida em meu próprio espaço.
Perdi-me e não consigo me encontrar,
Mas sei que as palavras estão a me esperar.
O encontro
Os sentimentos surgem de onde a gente menos espera. Sempre achamos que a próxima vez será diferente, mas nunca é. Eu fico me perguntando o que teria acontecido se eu não tivesse te conhecido naquele dia. Quem sabe eu tivesse uma vida mais tranquila, ou talvez não. Porque eu não evitei? Porque eu não desviei os meus olhos dos teus? Porque eu não desacelerei os meus passos que teimavam em ir à sua direção? Teria sido tudo mais fácil, mas eu não pude. Minhas pernas tremiam e eu já não podia controlar. Acelerei meus passos pra chegar ainda mais rápido perto de você. Esse foi o meu erro. Eu tive medo. Coração, porque você não me obedece?
A história contada por um grande amor narra sua imensa espera.
Conta suas dores e receios até que o-virasse.
Para mim, pontos finais jamais poderiam ou poderão te limitar;
Você é a reticência de tudo o que há, perene, fim não haverá.
Os dias tem passado, reconheço que mais rápido do que parece
As horas tem se adiantado e atrasado,
Nessa maldade sem fim
De achar que mais perto te tenho, quando estás ainda longe de mim.
Horas sim horas não.
A distância parece relativa, e me causa interrogações
Eu conto os dias, conto mesmo
Conto pra todo mundo como é te ter
E te querer e não te ter mas te ver.
Perco as datas,
Horas ficam confusas,
Ou eu fico confusa nessa confusão complicada de horas e datas..
Afinal, que data é hoje mesmo?
A única certeza é que amanhã faltará menos um dia..
Menos um dia pra eternidade..
" Observei, revi e pensei muito. As pessoas não podem ser quem você espera que sejam, mas podiam no mínimo ter respeito pelo que você é, significa e deseja. Não dá pra exigir o que não se pode dá, muito menos esperar que este o venha espontaneamente. Então diante de tudo, eu vi que eu to caminhando do lado errado, só acho"
Então, avisa aí que eu voltei!
Sentado frente a tapera...
Encilhado, só o amargo me espera;
E traz gosto de solidão
Já não tenho mais patrão!
Nem lida, obrigação...
Vejo as horas se arrastar;
Nem um pingo! pra encilhar,
Me restou, neste rincão.
Mas ficou, num palanque registrado!
Um respingo do passado
Dos tempos de criação:
Meus arreios, não entrego...
Tenho orgulho, e nunca nego:
Sou taura! e sou Peão!
Hoje, só o cusco me acompanha
Num assovio, já se assanha
Acha, que é hora de encilha!
O pobre por bicho, anuncia
Que a lida não terminou!
O braço, não fraquejou
E a pampa, pode contar!
Não sabe o cusco julgar
Que o que falta, não é intenção...
O que falta, na pampa é paixão!
Qual a dele por lidar...
Se pudesse, este "cuéra" cambiar
Botava, o dono a ladrar...
E meu cusco, de patrão!
Festa divina?
Todos falam de festa (Festas) O mundo parece que espera uma fusão de felicidade e sonhos... Luzes e cores em toda parte, anjos de papel, pura arte.
Sinos e sons, canções e versos. É tudo tão controverso. E onde mora a paz?
Papai Noel é o rei ou o aniversariante? Parece que há uma con-fusão no sentido da data.
*
Quem nasceu em Dezembro?
Quem trouxe a paz e as promessas?
Quem deu pelo homem a vida?
Quem acendeu nos corações o amor?
Quem tão humilde em simples manjedoura nasceu e brilhou?
Quem anunciou a paz entre os homens?
Quem é o menino tão pobre e lindo?
(............)
*
PAPAI-DO-CÉU
“Sempre novo” nos abençoa e enche de graça e de paz.... Sempre paz......
Nos dá todos os dias, mesmo que não mereçamos sua benção e raros presentes.
Nos dá flores, Sol e mar, pássaros, rios e verde. Tudo enfim ...E como se não bastasse, Deus deu ao mundo seu amado filho, seu grande e único amor.
Mas o homem tudo faz errado, nada agradece, não aprendeu o mandamento que salva a todos de tudo que está errado: AMOR.
Natal Festa divina, festa de amor fraterno, festa ao Deus menino...
É festa do alter-ego, deuses inflados.
Festa na mesa de alguns...
Fome na rua dos meninos,
Fagulha apagada nos abandonados...
Nos bêbedos, nos viciados: a fome voraz cracoolizados....
Mas é Natal e nas lojas tudo é colorido e caro, tudo é de alguns...
E o que resta é encher a cara de festa, engolir falsos sorrisos, usar o melhor vestido, rir louco, desordenado, - sem aplausos o menino - sem se importarem com os velhos, com os pobres descalços e sujos...
Aqueles que não têm lar, nem bolo, nem panetone. Comem do lixo o que sobra da festa mentirosa e porca.
...Então é Natal e o que você fez?
Tronco seco a espera do fogo.
Cambona retinta de picumã,
Barulho de chuva na telha;
E ao longe escuto o tarrã...
Contrabandeando existência.
Trocando querência;
Conforme a vontade.
Mesmo assim com identidade
Lá ou aqui: sempre tarrã!
Me pergunto se podemos
Apesar de diferenças
Esquecer maledicências
E viver com igualdade;
Tanta raiva e maldade:
"Paremo" com este bochincho!
E tanta peleia por nada;
Criança e velha chorando
E os piá se extraviando
Sem saber de namoro
Tanto lamento e choro
Por aqueles que se vão
Se o chão, é o mesmo chão
Que plantem e colham então!
Ao invés de guerrilhar
Pais e filhos a matar,
Sem ter a solução
Parecendo estância sem patrão
Com herdeiros por chegar...
ESPERA ARDENTE
Vem cá meu nêgo.
Te quero e é muito.
Te espero com um beijo.
Beijo bom estalado e faz anos
Te desejo e isso arde.
Ardente ardor.
Me lembra uma dor que jamais senti.
Lembra quando prendes
Minhas coxas com as suas.
Me lembra quando você diz me amar.
Diz que sou a mulher da sua vida.
A sua mulher da vida.
Parece a felicidade que jamais teremos.
Você encoxando coxas que não são as minhas.
Eu voltando para uma cama que não é a sua.
Me convenço que essa é a música.
Você se convence de que é assim que toca.
Nós nos convencemos do absurdo.
Estou com outro.
Você estará com outra.
Sermos?
Somos nossos.
Termos?
Um ao outro. Inteiros.
Pela eternidade de nossos desejos e prazeres.
DO PORÃO À REALIDADE
Dependendo do retorno
Que se espera,
Perde-se
Anos ou seis horas.
Já havias ditado
Meu destino.
Eu teimei
Não quis ouvir.
Hoje ecoou tão forte.
Pareceu estar dito,
Desde os labirintos
Daquela casa
Rosada,
Ao final dos anos
De chumbo.
Te busco hoje e
À minha esquerda
Não estás.
Talvez
Somente eu
Tenha vislumbrado lá.
Quem ama de verdade não deixa o outro á espera de suas decisões.
Amar exige tanto maturidade quanto coragem para fazer escolhas e também para arcar com as conseqüências delas. Gente que se acomoda e vive jogando para o futuro as atitudes que precisa tomar, com medo dos resultados, é egoista, covarde e empata a vida do parceiro. O amor requer investimentos eqüitativos de ambas as partes, não pode jamais ser desigual.
O padre, professor e escritor mineiro Fábio de melo(41) disse certa vez “você sabe que alguém te ama não pelo que ele fala, mas pelo que faz, O amor não sobrevive a teorias.” O amor, por melhores que sejam as intenções, requer atitudes e coragem de para vivê-lo, senão dissolve-se como o gelo sob o sol.
Não tem futuro as relações em que está sempre aguardando a ação do outro, em que uma parte do casal não faz nada para que o amor flua. Chamo a esse tipo de relação de “amor egoísta” um se envolve pra valer e outro só pensa na própria vida, esquecendo que o bem-estar do parceiro também depende de suas escolhas.
Ao empurrar para o futuro decisões importante para o casal, a pessoa empata a vida do parceiro. Vive dizendo “Calma, assim que der eu vou me separar!” ou “Eu tenho muita coisa importante para resolver antes de assumirmos nossa relação” ou ainda “ assim que eu terminar os estudos a gente se casa” Não pensa no sofrimento que é viver a espera, como o noivo ou a nova plantados no altar, sem perspectiva da chegada do seu amor.
Conviver, significa “viver com”. Mas só isso é pouco, é preciso viver junto e bem olhando na mesma direção. Não adianta que os planos sejam os mesmos, é preciso que as ações e os investimentos na ralação também sejam iguais, senão o que passa a alimentar o vínculo é a dor.
Quando duas pessoas se envolvem afetivamente, é preciso que se aliem. Não é a toa que a aliança simboliza a união. O círculo traz a idéia de continuidade. Mas, quando o movimento só se dar de um lado, a coisa desanda. Amores e também, só sobrevivem em vias de mão dupla.
Claro que nenhuma relação a dois está isenta de ressentimentos e frustração, mas é importante , e possível que mesmo esses momentos sejam vivenciados de forma conjunta, chegando a desfechos positivos.
No amor egoísta a parceria é substituída pala covardia fazer escolhas é mesmo difícil, mas por outro lado será preciso coragem para assumir as conseqüências de não fazê-las no momento certo, porque o tempo passa e como revela um proverbio chinês “há três coisas que nunca voltam a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida.
O que fazer, então? Tenho algumas sugestões.
1.Determine um prazo para as decisões. Quem muito espera acaba perdendo-se de si mesmo e também perde a auto-estima. Quem faz o outro esperar indefinidamente deve questionar se realmente ama.
2.Valorize-se. É preciso amar a si mesmo para poder amar alguém. Como ouvi o analista de sistema carioca Eduardo Vasconcelos(32) dizer outro dia, “se não pensamos primeiro em nos mesmo, como poderemos nos tornar fortes para que amamos?. Quem não tem amor por si corre o risco de deixar o egoismo do outro inundar a relação.
3.Lembre-se de que a vida requer tanto escolhas quanto decisões. Isso é amadurecer. O sentimento que não consegue mover decisões pode ser tudo, até afinidade, mas amor certamente não é.
Disse o poeta gaúcho Mario Quintana (1906-1994) que “o amor é quando a gente mora um no outro”. Mas é preciso que a mágica se dê com os dois envolvidos. Quando um mora no outro e este, por meio fica só do lado de fora, sem entrar pra valer na ralação, é hora de parar e pensar se está valendo a pena.
Nossa vontade
Minha vontade suada
Lavada
Lavrada Em pedra
Do beijo que espera
Da mordida
Da vontade
Açoite
Das horas do dia à noite
Nesta quente erma plácida
Onde somos principio e terra
Tua boca que espero terma
Deliciosa, delicada Eva.
Nossa vontade salgada
lapidada... Em pedra
Do laço que espere
Da guarida
Da sublimidade
Nesta quente cidade
Onde somos príncipe e Eva
Tua boca que espero
Desnuda, perfeita... Fera
Estou Vivo
E eu sobrevivi...
Sobrevivi à espera de uma ligação sua,
Sobrevivi ao banco de mármore frio,
Sobrevivi a um final de semana sem programar nada,
Sobrevivi a ausência que me fazia companhia e ao desinteresse de um encontro bom.
Eu sobrevivi ao meu sacrifício singular, a uma viagem que nunca saiu do papel,
As palavras de amor nunca tidas e os receios de seu entendimento sem compreensão.
Eu sobrevivi aos sonhos inalcançáveis de realizar,
Sobrevivi à dor da razão de uma distância ao lado, o medo de ir contigo e o temor de um fim chegar.
Eu sobrevivi às lágrimas da lembrança continua,
Sobrevivi à saudade da história sem benefício algum,
Sobrevivi a uma ideia de intuição egoísta,
Sobrevivi às muralhas de seu pessimismo, as palavras em forma de punhal e as pedras de uma estrada ruim.
Eu sobrevivi ao seu dito sem sentimento algum,
Sobrevivi a uma real fantasia de caminharmos juntos,
E eu sobrevivi...
Por um sinal de amor que nunca chegou a mim, não sinto saudades sua, sinto falta de mim quando amei alguém.
Sou a solidão à procura de companhia.
Sou o carinho a espera de afeto.
Sou o humor à espera do sorriso.
Sou o silêncio à procura de música.
Sou o mal à espera do bem.
Sou mar à espera do rio.
Sou passos à procura de caminho.
Sou lágrima à espera do lenço.
Sou despedida à espera do encontro.
Sou solidão com todos.
Sou alguém sem ninguém.
Solidão a vida nos fez assim.