Texto sobre Educação
Família!!!
Aqui, foi onde cresci, onde aprendi o que é amor, respeito, educação, carinho, afeto, Deus, e também a correção.
Aqui foi onde criei minhas raízes, onde criei laços.
Cresci, me casei, criei uma nova família, mas foi na minha primeira família que aprendi a levar a segunda família.
Não é atoa que estou casada a 16 anos, meus pais me educaram, e me ensinaram que casamento é para a vida toda.
Mesmo eu tendo uma nova família, jamais abandonarei a minha primeira família, pois essa família aqui, nunca me abandonou, estão sempre ao meu lado, estão sempre preocupados comigo, e com a minha segunda família.
Eu só tenho que agradecer a Deus, pela minha base, a minha família que me criou da melhor forma.
Amo vocês.
E na verdade, família é isso, não somente quando precisa, mas em todos os momentos.
DEUS foi muito generoso comigo, dando-me a melhor família que alguém poderia querer.
#FamíliacriadanocoraçãodeDeus
#Felicidademeresume
#Alegria
#ByMary
A ESCOLA E O TALENTO
Demétrio Sena, Magé – RJ.
A educação que a escola oferece não pode fechar os olhos para a cultura e o talento, seja ele nas artes, nos esportes ou nos ofícios, ainda que dissociados da formação acadêmica. A escola deve reconhecer que não se aprende a ter talento, embora ela tenha como ajudar no mesmo; e quando alguém se revela talentoso, boicotar ou demonstrar menosprezo a depender de sua formação intelectual ou cultura fere todos os princípios da educação.
Quando, por exemplo, menosprezamos o jogador de futebol, o MC, o DJ, o cantor de hip-hop ou de funk dotados de conteúdo relevante, só porque alcançaram sucesso e fortuna mesmo sem formação escolar, evidenciamos uma triste contradição: somos arautos e atores do futuro de nossas crianças e nossos jovens, da dignidade, a cidadania, o sonho, a liberdade, o sucesso pessoal, mas ao mesmo tempo execramos tudo isso, por haver faltado a “sagrada grade curricular acadêmica”.
Isso também revela o despreparo de uma classe que perde a classe por despejar suas frustrações com os governantes ou empregadores em quem buscou o sucesso por outros caminhos e o alcançou. Em um país onde a formação escolar é um calvário para os mais pobres, deveríamos ficar felizes pelos artistas, desportistas, prestadores de serviços, ambulantes, negociadores e afins que desafiaram a falta de oportunidades e arrombaram as portas informais do sucesso.
Valorizemos o talento e incentivemos o seu exercício entre nossos alunos, sem nenhuma cobrança ou atrelamento a notas, empenhos e desempenhos escolares. O talento, por si só, não atende a essa demanda. Devemos mostrar ao jovem talentoso que os estudos o ajudarão a lidar melhor com o sucesso e seus resultados perante a sociedade, mas não conseguiremos convencê-lo de que sua arte ou seu ofício livre não sobreviverá sem a escola.
Cultura, educação e talento se fortalecem de mãos dadas, mas respeitemos os fenômenos. Os que venceram de maneiras informais, inusitadas e até solitárias. Foram aprovados pelo mundo, ainda que reprovados por nós. O respeito nos representa melhor... bem melhor do que o despeito que às vezes assola nossa humanidade nem sempre imune aos sentimentos menores advindos de tantas injustiças contra o educador.
Já passou da hora de um novo sistema de educação , uma nova forma de ensinar e aprender: ''Não é pegar leve, é pegar onde tem que pegar''.
Tem pessoas que são bons em algumas matérias e outras não, tem alguns que são bons em coisas que nem existem nas escolas.
Deveríamos focar no que os alunos são bons e tem interesse e instigar isso.
A Educação gera Entendimento.
A Educação traz conhecimento.
E com isso termina a ignorância.
Com a Educação e sem a Ignorância
Muitas coisas são esclarecidas.
Entendes agora, porque ao Governo não interessa, não é importante , não é Bom que a sociedade receba esse benefício?
#acordaBrasil acorde por você!
Mas principalmente acorde para que seus filhos não continuem ou no futuro não paguem esse preço Alto! (Sheyla Bial).
#Despertem
#sheylabial
Educação liberta.....
Instiga....muda e transforma.....
Tudo que limita o pensar.....não é transformador....
Tudo que poda o profissional de agir....não é libertador....
Nossas crianças precisam de transformação não de agente limitador....
Se não iremos reproduzir....a alienação da massa...
Pobre....pode ser rico de saber.....
Rico....pode ser pobre de saber..
Transforme seu aluno....
Em um homem melhor, critico e liberto...
Falhamos... (por Eloá Flores) 14 de abril de 2012
Sempre ouvi dizer que a Educação é capaz de transformar as pessoas e por consequência a sociedade. Acredito nisto, se fosse diferente, deveria mudar de profissão ou seria uma pessoa com um descontentamento constante. Então, acreditando que podemos mudar as pessoas através da aprendizagem, das boas leituras, dos bons exemplos, das ações educativas, dos conselhos, das conversas e orientações às famílias dos alunos, dos encaminhamentos para especialistas em saúde, acredito que a Educação é o melhor caminho para que toda a sociedade se torne melhor.
No cotidiano escolar convivemos com crianças e jovens diferentes em todos os sentidos, há aqueles que têm uma família que se preocupam com eles, há também os que têm famílias completamente despreocupadas com questões básicas como saúde, higiene e alimentação. Por essas diferenças nos cuidados com as crianças, acredito que a ação de transformar pessoas, ampliar conhecimentos e fornecer ferramentas para que essas crianças tenham maiores possibilidades de melhorar sua condição de vida é o papel da escola. Na minha opinião, aos alunos mais carentes de recursos básicos, temos, além de dar todo o conhecimento esperado da escola, e esse conhecimento temos que dar a todos, sem diferenças, mas para esses, temos que dar algo a mais, pois pela experiência da prática, quando as crianças vivem em condições mais vulneráveis são mais tentadas a buscar na rua algo que os complete, que os tire da situação de fraco, de coitado. Esses alunos são então aqueles que correm o maior risco de se desviar para o mundo das drogas, do crime... Voltando então ao raciocínio de que a escola tem possibilidades de mudar as pessoas, transformá-las, a lógica é de que deveríamos investir muito na transformação dos alunos que devido sua condição familiar, sua condição de convívio com maus exemplos, apresentam maior chance de buscar nesses exemplos sua escolha de vida.
Isso não quer dizer que só os pobres, os moradores de bairros carentes e de locais onde o crime e a violência são mais constantes, serão todos pertencentes ao mundo do crime, das drogas ou da violência, mas infelizmente vemos que na prática muitos dos homens do crime tiveram uma infância muito carente e com situações de convivência pouco educativa.
Faço toda essa reflexão, pois há alguns dias soube da morte de um ex-aluno da escola em que trabalho, esse ex-aluno, até 2011 era nosso aluno, nossa criança, mais um entre os aproximadamente 700 alunos que durante o tempo que esteve lá, deveria ter aprendido que a vida do crime não compensava. Mas infelizmente não aprendeu, infelizmente, devido a tantas questões fora da escola, a construção do seu caráter ficou vulnerável às tentações oferecidas pelos traficantes do bairro, infelizmente, esse nosso aluno, até 2011 uma criança na nossa escola, se tornou um homem(menino de apenas 15 anos) temido pelos “homens de bem”, pelas crianças da sociedade, esse menino, que até tão pouco tempo era nosso, se tornou um bandido e foi morto pela polícia na semana passada. Para muitos esse fato pode parecer corriqueiro, para mim não, não consegui deixar de pensar nesse menino desde que soube de sua morte, não consegui deixar de perguntar o que faltou pra ele? O que não fizemos que poderíamos ter feito? Por que a escola não pode ser tão tentadora para ele como foram os maus exemplos? Por que as leituras de histórias infantis, de histórias bonitas não ficaram na sua mente? Por que os conselhos das professoras com quem ele conviveu por vários anos não surtiram efeito no seu caráter? Por que não conseguimos transformar sua história de vida que já havia sido profetizada pela sua condição de vulnerabilidade em que viveu pelos poucos anos de vida que teve?
Quero continuar acreditando no poder da educação, no poder da escola, no poder dos professores, quero continuar acreditando que conseguimos sim mudar o destino traçado pela condição de miséria, pela falta de carinho, pela falta de princípios, pela falta de possibilidades de melhores escolhas, pela falta de opções de lazer, pela falta de bons amigos. Quero acreditar que a escola tem esse poder! Quero que a escola seja uma tentação boa aos meninos e meninas que passam por ela... Mas a escola não faz tudo sozinha. Não faltou carinho na escola para esse menino, não faltaram estímulos a ele, não faltaram professores dedicados, mas faltou alguma coisa na vida dele... algo que ele encontrou na rua, com pessoas más, ou com pessoas que também foram meninos numa escola, que também foram crianças que gostavam de brincar, de rir, de ler, de ouvir histórias. Precisamos mudar, toda a sociedade precisa mudar, precisamos dar mais aos meninos e meninas. Os bairros mais carentes precisam de mais opções de lazer, de cultura, precisamos de mais espaços que ocupem esses meninos quando não estão na escola, pois só a escola não dá conta se salva-los desse mundo ruim que existe. Só a escola não consegue lutar contra tanta carência, contra tanta violência, contra um mundo tão errado.
Quero muito, muito mesmo acreditar que esse menino teria ido para esse caminho torto se ele tivesse tido mais oportunidades de boas convivências, de bom divertimento, de boas conversas, de bons momentos, pois assim não me sentiria corresponsável pelo destino que ele teve. Mas não acredito, acredito que erramos, errou a família, errou a escola, errou o poder público que não investe na periferia, errou toda a sociedade que cria constantemente novos bandidos, novos traficantes, novos ladrões. Hoje, para muitos o menino é um bandido a menos... Para mim ele é um menino a menos, um menino que viveu 15 anos apenas e que morreu. Deixou pra gente lá na escola fotos de seu sorriso, fotos de suas participações em atividades alegres, e deixou também a leve sensação de que falhamos... todos nós falhamos, e infelizmente continuaremos falhando, pois parece que quem tem o poder para mudar essa situação não quer, não faz nada. Se investirmos mais na escola, investiremos menos em combater criminosos pois eles serão em quantidade bem menor.
Queria aqui poder me despedir do “menino” com a certeza de essa seria a última vez que me despediria de um ex-aluno morto pelo crime, mas não acredito que essa será minha última experiência com um fato desses, com muito pesar não acredito nisso, tenho ainda alguns anos como educadora e sei que as coisas não estão a caminho de uma mudança tão grande na sociedade a ponto de me dar a certeza de que outros meninos não perderão suas vidas assim tão jovens, tão pequenos, tão nosso...
Fresta de luz "Educação"
Se observo, aguço algo.
Observo mais...
Meus sentidos dizem, vá em frente.
Tento entender o que ele pede.
Quanta inquietação!
Inconscientemente sei o que é.
Tenho que observar mais!
Observo, tem coisas lá!
Se tem, posso conhecer!
Conhecendo, ficarei atento.
Pois, com certeza tem mais.
É uma fresta de luz.
Vou entrar sem medo!
Vou aprender e saber o que é.
Nossa! Quanta coisa.
Como não observei antes?!
Tudo tão perto e tão claro.
Uma fresta de luz mudou tudo.
Observei, conheci e aprendi.
Será que fui relapso?!
Não! Não! Não!
O botão de acender a luz, não estava no meu alcance.
Ufa!!! Foi muito bom observar e matar a curiosidade.
Agora se apagarem a luz, acennndo!
Era isto que meu inconsciente guardava.
Com tudo claro, acabou a inquietação.
Posso observar e conhecer tudo que quiser.
Tenho que espalhar a novidade!!!
A luz é pra todos...
Consegui ver onde está!
E não vou deixar de contar.
Não tinha segredo é nem era bicho!
Simplesmente alguns queriam dominar.
Segredo?! Somente alcançar o botão.
Contei pra todo mundo!!!
O botão, é a luz da educação.
Aprendi! Acabou inquietação.
Por Rica Almada
Educação é mesmo importante?
Para ser professor o brasileiro tem que estudar muito, e esse estudo e responsabilidade ainda vão muito além pois trata-se dos formadores da base de uma nação.
Para ser advogado, entender e interpretar as leis, completar uma especialização, não basta só a conclusão de anos de estudo, ainda tem a temida prova da OAB.
Para ser médico é quase uma vida em anos de estudo que se dividem entre exaustivas aulas de teoria e prática.
Para ser concursado no Brasil você tem que provar por A mais B que tem todas as exigências à vaga exigida, seja ensino aprovado pelo MEC, fundamental, médio, técnico, superior, especializações, experiência na área, enfim uma infinidade de requisitos.
E não querendo nem entrar no mérito da aprovação, pois são processos seletivos cruéis para ingressar nessas disputadas carreiras.
Contudo para ser legislador no Brasil, sim, ser um político que vai criar leis que atendam aos professores, médicos, advogados, concursados, ao brasileiro em geral, o sujeito precisa apenas comprovar que sabe "ler e escrever".
Nível superior não dá superioridade a ninguém, fato, mas dá uma base. Que base um político que sabe apenas "ler e escrever" tem para criar uma lei enquanto outros estudam anos para apenas interpretá-la?
Por que ninguém pode ser professor, advogado, médico, concursado sem no mínimo ter estudado muito para a carreira desejada, mas para a carreira política, uma carreira decisiva para a vida de milhões, você tem que apenas comprovar que sabe "ler e escrever"?
Se educação é mesmo tão importante por que o exemplo não vem dos próprios, então, representantes do povo?
Enquanto isso com tantos assuntos complexos para serem tratados basta olhar o caos que é o Brasil, pessoas morrendo e câmaras, assembleias e prefeituras com políticos votando proposta sobre nome de rua.
Pais e mães.
Não se anulem, não se ausentem nem terceirizem totalmente a criação e educação de vossos filhos.
Não permitam que eles sintam-se órfãos de pais e mães vivos.
E nunca se esqueçam,
que os jardins e ervas daninhas que florirão amanhã;
dependerão das semeaduras do hoje.
P.S
Você pode até achar que é falácia, que é empáfia e assim como eu nem entender.
Mas é Deus por meu intermédio;
falando para você.
Por atenção te elogiei, por educação me elogiou.
Por afeto te presenteei, por educação me presenteou.
Por sinceridade te sorri, por educação acenou.
Por cumplicidade te liguei, por educação me atendeu.
Por saudade te mandei mensagem,por educação apenas leu.
Por amor próprio me afastei.
CULTURA NÃO ATRAPALHA EDUCAÇÃO
Demétrio Sena, Magé – RJ.
Realizar um evento cultural sem a tutela dos projetos oficiais, os esquemas e planejamentos especificamente pedagógicos, numa unidade escolar, é uma verdadeira batalha, quando quem o faz não tem não tem lá seus prestígios. Arte e literatura em forma de exposição e espetáculo sempre foram muito temidas na educação, desde tempos imemoriais. Ainda hoje são vistas como reuniões de subversivos; de pessoas que podem "pôr caraminholas" na cabeça do jovem ou "coisa de gente que vive nas nuvens" e, por isso, nada tem a acrescentar de bom para moças e moços em formação. Só desvirtuá-los.
Naquelas escolas onde já se permite – apenas permite – realizar o evento cultural, sem a mínima oferta de suporte, apoio, e sem nenhuma representação por meio de pessoas da direção, do corpo docente, do quadro funcional como um todo, eventos artísticos e literários são coisas de "cantinhos". Os alunos locais devem se manter distantes, porque do contrário, "perdem conteúdo". Sempre perdem conteúdo, não importa que sejam eventos bem pontuais ou esporádicos, eivados de muito conteúdo transversal que alguns professores possam aplicar em suas aulas ou até usar esses momentos como aulas diferentes e desafiadoras para os seus educandos.
Cultura atrapalha a educação. Essa é a ideia pedagógica – e patológica – que se tem do que foge aos itens específicos e obrigatórios do ofício de ensinar, quando só é um ofício. Ensinar sem educar, ao contrário do que é propagado. Arte e literatura na escola, e ainda estendida aos alunos, só se tiverem natureza especificamente disciplinar. Se estiverem ligadas a datas comemorativas formalmente atadas ao PPP. Ou se, em último caso, forem determinadas isoladamente pelas secretarias de educação, as coordenadorias, os políticos locais ou quaisquer outras figuras poderosas. Assim não é subversão; não é empecilho nem vagabundagem, entre outras desqualificações encontradas direta ou indiretamente.
Também respeitados, e bem queridos pela escola, que até paga muito caro por eles, caso precise, são os famosos. Aí sim; os eventos nem têm que ser culturais. Basta serem divertidos, dançantes ou, inversamente, bem solenes. Neste caso, realizados por figurões repletos de títulos e com diplomas internacionais. Figurões enviados por órgãos superiores, e que tratam a todos com refinada arrogância, porque disso todos gostam, respeitam e recebem com tapetes vermelhos.
Não e não. Cultura não atrapalha a educação. Agrega. Especialmente quando se trata de cultura local. Quem faz cultura e a dissemina em sua cidade não deve ser tratado como uma figurinha que estende um chapéu e recebe um favor; um cantinho; uma aquiescência distante seguida da simpatia zombeteira de um, a grosseria disfarçada de outro e a mensagem silenciosa de "lamba os dedos; ai está o espaço e nos deixe em paz, porque temos mais o que fazer; estamos trabalhando".
Faz tempo que não condeno a distância ou a falta de interesse e atenção; a futilidade cultural e até a agressividade de grande parte dos alunos em ensinos fundamental e médio para quem oferece cultura, quando comparo esses comportamentos com os de quem os escolariza e, especialmente, os de quem dirige quem os escolariza. Os alunos realmente não têm culpa. Estão sendo escolarizados assim, exatamente como querem os políticos que mandam na educação, os cordeiros que obedecem porque "têm juízo" e não querem perder seus status, e dos que obedecem aos que obedecem, nem se fala.
A intenção clara ou obscura, consciente ou inconsciente dos educadores – e administradores – contra cultura é apenas uma: formar cidadãos que mais tarde "não perturbem" a paz dos governantes. Dos parlamentares que precisam se corromper e ludibriar o povo sem serem perturbados com ações de quem teve a mente aberta pela arte, a literatura e a cidadania desatreladas da obrigatoriedade fria, específica, impessoal e pedagógica reinante na escola.
Sou arte-educador. Um professor que trabalha com arte; literatura; cidadania. Designado pela Secretaria Estadual de Educação lá no governo Brizola, para disseminar cultura na escola em que sou lotado e tentar fazê-lo em outras unidades da rede pública. Isso não é nada fácil, porque nós, os arte-educadores, já não somos importantes na educação estadual; não utilizamos patente; não somos autorizados – nem queremos – a estender crachás nas demais unidades e dizer que lá estamos em nome dos mandatários da educação formal, que também nem se lembram de quem somos.
Por isto peço, e com muita humildade. Quando consigo, dou-me por satisfeito com as expressões simpaticamente contrariadas e sem graça, os espaços cedidos a contragosto, a ausência de representantes locais e a interrupção abrupta de algum funcionário que surge “brabo”, para dar bronca nos alunos formidavelmente ousados que foram participar ou assistir por conta própria, e por isso estão “perdendo conteúdo”.
A contracultura dos “donos” e diretores da educação, incutida gradativamente nos educadores (nem todos, pois muitos resistem), está vencendo os fazedores culturais não influentes; não poderosos; não famosos; não oficiais; não impostos. Tudo isso me faz reservar para daqui um tempo, a frase final de um célebre desabafo do saudoso educador, antropólogo, escritor e (até) político Darcy Ribeiro: “Eu detestaria estar na pele de quem me venceu”.
EDUCAÇÃO MOLA PROPULSORA
Educação não tem preço, mas tem investimento e retorno certo. É dever do Estado promovê-la se realmente quer banir a ignorância. Na história, nenhuma nação elevou os padrões de vida sem priorizar a educação, que é mola propulsora. Observem a Coreia do Sul, a Finlândia, a Irlanda, o Chile e a Espanha, só para citar alguns exemplos.
A educação pública gratuita da Coreia do Sul é uma das melhores do mundo. A Coreia do Sul na década de 50 era um país na penúria. Compreendeu que educação é mola propulsora, e assumiu o compromisso com seriedade. Hoje, cresce integralmente e se encontra em situação de destaque.
O Pisa é um programa com a maior credibilidade na avaliação educacional do mundo. O alemão Andreas Schleicher é o responsável, e diz que a situação do Brasil é trágica, não somente em função do resultado da avaliação, mas por constatação ‘in loco’ nas escolas brasileiras. Diz ainda que o Brasil precisa urgentemente seguir o exemplo de outros países para sair de situação tão vexatória. Entre 57 países, o Brasil ocupa os últimos lugares em todas as disciplinas.
Com frequência ouvimos falar leviandades, tais como: “o jardim japonês, o aquário, a reforma dos estádios etc. serão obras de primeiro mundo”, subestimando a inteligência de muitos. Por que não se diz que os países desenvolvidos têm Cambridge, Yale, MIT, Oxford, Harvard? Por que não falamos em educação de primeiro mundo e investimos nas universidades e escolas?
Anseiam por equipamentos de primeiro mundo com um povo de terceiro mundo. Talvez seja o que queiram, pois o 'estandarte do sanatório geral' continuará passando, como diz Chico Buarque em sua canção. Será uma decisão inteligente? Não acho! Valorizam demais paixões inconsequentes sem fazer uma análise profunda da realidade, que está aos nossos olhos e só não vê quem não quer.
Por que não se constrói também escolas de primeiro mundo? Será que só os apreciadores do jardim japonês, os frequentadores dos estádios, os futuros usuários do aquário etc. terão direito ao conforto, enquanto nossos jovens estudantes são submetidos à humilhação de falsas escolas?
Assim como se propôs em um dos estádios de Fortaleza, que tal demolir as escolas públicas sem condições de segurança, sem estruturas confiáveis, e que não obedeçam às normas técnicas e determinações do MEC? Proponho que usem parte dos recursos próprios, e tentem uma Parceria Público-Privada para a recuperação dessas escolas, da mesma maneira que dizem fazer com outras obras.
De que adianta o jardim japonês, o aquário, arrojados estádios etc., se estarão inseridos no contexto da ignorância, da violência, da doença, da marginalidade e da miséria? Tal desenvolvimento não tem sustentabilidade, pois não passa de percepção ilusória, equivocada. Somente através da educação é que se conquista melhor distribuição de renda, se qualifica jovens para o trabalho, se desperta a criatividade para a solução de problemas e se eleva a consciência.
Não é minha intenção desqualificar o jardim japonês, o aquário e a reforma de estádios, mas é para que se tenha a compreensão de que o desenvolvimento não se resume apenas a fantasias. É preciso ter responsabilidade, pois a vida está nos cobrando nova percepção.
As leis do mercado, isoladas, não são suficientes para solucionar os graves problemas sociais. Não se melhora qualidade de vida com o reducionismo do mercado. Nesse caso o que acontece é concentração de renda e aumento excessivo da pobreza.
Considera-se a educação como efeito do desenvolvimento econômico-financeiro, mas é o contrário. Educação é a causa do desenvolvimento sustentável, pois envolve aspectos sociais, pessoais e ambientais. A maior crise não é econômico-financeira, mas é de visão e de valores. Quando mudarem a visão reducionista para a integral, todos se beneficiarão, e a educação é mola propulsora nesse processo de desenvolvimento.
EDUCAÇÃO LIBERTA !
“Na Alegoria da Caverna de Platão consta que o único homem que conseguiu se livrar das correntes e viu luz, resolveu regressar para ajudar os companheiros que permaneciam na escuridão. Esse retorno é o que deveríamos chamar de política, na verdadeira concepção. Ajudar os nossos irmãos a verem também a luz e não mantê-los na escuridão da ignorância.
O livreco do MEC que preconiza que os erros de português tipo “nóis pesca” devem ser considerados como certos, tenta manter a maioria na mais profunda ignorância.
Entendam que a leitura de bons livros é uma das mais ricas atividades humanas, pois dá acesso a conhecimentos elevados e sublimes. É através da reflexão de boas leituras que elevamos a nossa compreensão, o nosso senso crítico e a nossa percepção de vida.
Ler não é somente uma atividade mecânica, mas envolve a compreensão profunda da vida, é um instrumento para a elevação da consciência.
Ler é um exercício de reflexão para acessar outras dimensões, outras verdades e outras liberdades.
Como alguém que não domina o vocabulário, os fundamentos básicos da gramática e concordância de sua língua poderá compreender um bom livro? Alguém responde? Não estamos mais na idade da pedra. Estamos na era da comunicação e do conhecimento, ou não?
A língua de um país tem como função maior a comunicação, mas o que se entende por comunicação, na concepção mais profunda da palavra. A comunicação se processa entre o “interior” e o “externo”, entre um adulto e uma criança, entre um adolescente e uma criança, entre ideologias contrárias, entre o racional e o irracional, entre o homem e a natureza, entre o homem e um livro, entre o homem e a mídia, etc.
Como desenvolver a habilidade da comunicação no sentido mais amplo, sem o instrumento da leitura? Como compreender um livro e se comunicar no sentido mais elevado no mundo atual, sem a compreensão do que se ler?
Manter as pessoas mais humildes sem acesso a literatura, aos textos filosóficos, técnicos, é uma das maiores violências que se faz a um ser humano.
Querer nivelar um humano por baixo, é mantê-lo na eterna escravidão. Todos já deviam saber que o CONHECIMENTO LIBERTA.
Não estou com essas palavras negando as diferenças regionais que de fato existem, mas não podemos diversificar o idioma. O idioma português tem uma história, uma tradição, que foi adotada pelos brasileiros como a língua oficial do país. Poderia ter sido a tupi-guarani, mas não foi.
A nossa língua tem uma estrutura básica que pode até ser alterada ao longo dos anos e dos costumes, mas não se pode passar por cima de sua estrutura fundamental.
Está na moda, atualmente, que tudo é preconceito contra os humildes, mas não querem que as pessoas humildes ampliem a inteligência para que possam desenvolver o que os humanos têm de mais sublime que são: A LIBERDADE E O SENSO CRÍTICO.
Vamos dar nossas mãos às crianças, aos jovens que são excluídos de boas escolas para que possam ler, escrever e falar de maneira compreensível, para que tenham acesso aos bons livros e que possam se comunicar das mais diversas maneiras, respeitando as diferenças.
Vamos educar nossas crianças e ensiná-las a pensar, somente assim não se submeterão aos enganadores de plantão que são muitos.
NÃO ESQUEÇAM: EDUCAÇÃO LIBERTA!
A elegância vem de berço, é uma questão de princípios, educação, respeito.
Saber se portar com elegância nas mais diferentes situações, isso inclui postura, maneira de vestir, tom de voz, atenção com todos em especial com as pessoas mais simples.
Ser elegante é saber respeitar o próximo, ser simples, ter humildade para pedir desculpas, não contar vantagens nos lugares aonde vai, não querer sobressair-se sendo "estrela" no locais que frequenta, ter um bom caráter é condição fundamental.
Saber se portar com elegância se aprende em casa, são valores que trazemos da infância. Nada adianta roupas de grifes, joias, carro do ano se a pessoa é sem classe? Elegância não se adquire, não se veste, não se compra, é inerente a personalidade da pessoa.
Não existe meio-termo: ou se é elegante ou não é!
Uma criança não deve ser limitada a uma educação encaminhada por papeis sociais pre estabelecidos pelo patriarcado...
A criança não é da mãe, ou do pai, ou da igreja, ou da escola, ou da família biologica...
Ela não é sua, ou minha...
Numa sociedade onde todas e todos são irmãxs,
Uma criança deve ser responsabilidade de todo coletivo.
Se a educação da mulher, se seu progresso mental vem dissolver a família, o primeiro cuidado de um povo que se civiliza deve ser extinguir a família.
Ou a educação da mulher dissolve a família e deve-se educar a mulher exatamente para que aniquile essa instituição que, vivendo da ignorância, da escravidão, das fraudes nos contratos bilaterais, é nociva e imoral, ou a educação da mulher não dissolve a família porque esta não se fundamenta na ignorância feminina e deve-se educar a mulher porque ela é uma utilidade que não acarreta prejuízos.
Nós vemos a natureza à primeira vista, até a nossa; pois a educação separa os homens.
É preciso um renascimento e, quando acontece, uma chamada interior é ouvida, então podemos seguir livremente para celebrar em abundância momentos como a eternidade.
Encontraremos um novo mundo quando os olhos e a mente cegos incendiarem a clareza, as cores e os detalhes da vida.
A educação é fluída e devia ter seus pilares pautados na ampliação da capacidade reflexiva e crítica do sujeito, proporcionando recursos para que ele torne-se protagonista de sua própria história.
Não tratemos a educação como mero meio de reprodução de conhecimento pautado em números, traduzido em resultados, extirpando a subjetividade em prol a um padrão de sucesso, a um único caminho a ser trilhado.
Nascemos … morremos
Sorrimos … sofremos
É assim que crescemos …
Resultamos do meio … educação
Mundo constantemente em evolução
Que nos modela conforme ação
Que nos magoa sem razão
Aperfeiçoa nossa adaptação
Esta sociedade que nos obriga …
Com ou sem moral corrompida
Somos marionetas nesta vida …
Há padrões a seguir … por quem?
Toda gente manda em alguém …
Esta sociedade com razão ou sem …
Somos comandados …
Nesta vida somos moldados …
Achados e Perdidos...
A educação não é um balcão.
Onde brincamos de achado e perdidos.
Os que se dobram ação são achados.
E os que não ouvem são os perdidos.
No caminha da educação .
Não há achados ou perdidos .
Nesta caminhada são todos escolhidos.
Todos buscam uma solução.
Não se pode abandonar.
Uma criança a sua própria sorte.
Isto me desculpem.
É assinar sua pena de morte.
Toda criança precisa de atenção.
Ensinar-la não é apenas retirar
o horário da recreação.
Ela precisa saber antes de tudo
que temos por ela respeito e afeição.
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