Texto sobre Distância
Sobre a Distância e Outras Coisas
todos os dias morrem em mim infinitas estações
veladas em um templo transparente e quebradiço
de ausência entre os segundos e todas as horas
há um certo terror pelos cálices que não te calam
e pelos beijos que não te banham os lábios
não acredita em distância o pássaro que voa alto
e nós também voamos alto, só que pra dentro
e igualmente fizemos da leveza libertação
mas deixe o pássaro, o passado e esqueça tudo
ainda longe posso acender a vela do teu coração
e reconhecer teu olhar descalço
a intensidade da voz e o calor da alma
e dizer bem suavemente em teu ouvido
que eu atravessei essa ponte em oração
sim, veio a destempo e passo a passo
hoje, tudo de ontem ficou sem graça
incendiou a casa, me empurrou do penhasco
rasgou as palavras pra falar em silêncio
sem artifício ou prenúncio
agora, percorrem minhas veias espaços sem retas
- me moldei em suas curvas -
sem dilemas e restos
apenas lembranças florescidas em pequenos detalhes
um afago adequado, um assanho ousado
o próprio despudor, tomado de assalto
e o amor, vestido de salto
Valorize as tuas conquistas por menores que pareçam ser. A dimensão, o tamanho, a distância de tuas conquistas tem que ter a tua atenção e valorização necessária. Não diminua o valor e a importância de tuas conquistas; grandes acontecimentos nascem de singelas conquistas. Não existe conquista pequena, pois toda conquista é um grande feito. Pequenas sementes geram grandes e longiflora árvores.
As tuas conquistas só terão o valor que você der a elas.
Deus, disse: "Ser fiel (valorize) no pouco que no muito (maiores) te colocarei (farei você conquistar).
LUIZ SOUZA TNT
Separados
Separados pelo tempo,
Separados pela distância,
Choros são deixados ao vendo,
Viram uma simples lembrança.
Há uma pedra no caminho,
Um muro que nos separa,
Sinto-me aqui sozinho,
E a esse sentimento nada se compara.
Caí no desespero,
Com a dor da despedida,
De duas pessoas envolvidas,
Que se consideravam amigas.
O tempo
A distância
Os meus erros
Repito
Os meu erros jamais impedirao, ou mudaram o que sinto por ti... Mas infelizmente não tem como reverter as coisas.
E já não falo mais disso porque não gostas de ouvir e isso te incomoda.
Fiz de tudo para me aproximar novamente de ti para ter ao menos a sua amizade.
Depois de ler isso por favor apague😭
C. LENN/201520190810
Astronauta
Olhe o espaço
Como é escuro
Olhe a terra
Como ela é bela
A milhas de distância
Sem importância
Sinto com calma
A sua falta
Tão linda, é azul
É muito longe pra você
Vou te contar
Quando te ver
É solitário onde estou
Mais longe disso
Não sei se vou
Essa missão se acabou
Você não viu o quanto é belo
Mas sem você não faz sentido
Ver o mundo sem estar contigo
Só voltarei se for comigo.
SONETO À ARAGUARI
Os pés da infância de te é distância
O olhar ainda em ti é de lembrança
Que veem e choram na sua fiança
Dentro do peito com significância
És cidade mãe, de minas a aliança
Em ti sou vinda, a mim és rutilância
De alusão, quimeras e substância
Desenhando e roteirizado herança
Vida que morre, é tal, a vida que vive
Caminhando comigo, assim, mantive
A minha história, que eu nunca perdi
Menor dos meus desejos, de te tive
Boas memórias, em ti sempre estive
És flor na lapela: altaneira Araguari!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto de 2016
Cerrado goiano
128 anos de Araguari (MG)
Sonhos de amor
A distância atrapalha o amor,
Diz um coração mal amado,
Fingindo não viver de sonhos,
Talvez por nunca ter sonhado,
Onde os desejos se tornam reais,
Com o grande amor conquistado,
A saudade se tornando o desejo,
De um gostoso beijo roubado,
Até mesmo sentir a força das mãos,
Apertando os dedos entrelaçados,
Buscando fugir da solidão,
Por não estar ao seu lado,
Consegue ouvir o clamor,
Do coração apaixonado,
Onde planos serão construídos,
Na certeza da realização,
Pensando mutuamente o dia todo,
Sem parar um só momento,
Como slides sendo levados,
Da retina ao pensamento,
Vivendo a total felicidade,
Sem se preocupar com o tempo,
Ouvindo as frases que foram,
Retornando ao soprar do vento.
José Romildo Duarte 17 / 09 / 2019
O que deveria nos conectar, desconecta-nos.
O que deveria nos aproximar, nos distancia.
Egos elevados, pessoas fúteis e vazias fazem deste mundo
tecnológico cada dia pior para se viver. É um precipício sem precedentes,
onde as pessoas saltam de olhos abertos e crendo que são de fato alguém.
Mais “alguém” baseado em que?
Se os adjetivos mais belos que um ser humano poderia tê-los não os têm.
Princípios, caráter e valor deveriam nortear toda uma vida.
Vida! Que vida? Será que estão realmente vivendo ou apenas existindo e protagonizando um papel tão tolo nessa trama contemporânea.
Pessoas vazias estão cada dia preenchendo mais espaço nesse mundo da futilidade.
O TEMPO E AS BORBOLETAS
A distância te leva de mim
O tempo da distância tem asas
Mas não como as borboletas
Que retornam após dormir em seus casulos:
Outras borboletas, irreconhecíveis!
A distância nunca será apenas um adormecer
nos casulos, é sonhar com outras asas
onde possam pousar juntas.
A distância
Distância é uma coisa que machuca, que dói
Estar longe de quem se ama, é como sentir que falta um pedaço em si, é como saber que tem alguém mas ao mesmo tempo está só.
Não existe coisa alguma que possa suprir a ausência de quem se ama
Tudo é momentâneo e passageiro.
Ninguém é capaz de suprir a falta que quem se ama faz.
O vazio continua
A saudade continua
E a solidão assombra nossas noites
A distância mede exatamente a proporção do desejo,
O tempo do reencontro,
mede exatamente a intensidade dos nossos corações,
Que se entrelaçam,
Como uma dança,
O beijo que transpassa,
Física Quântica,
Energia,
Perto de ti eu derreto,
Como se meu corpo se desfizesse em micropartículas,
Cada uma com uma cor,
Cada uma vibrando com a intensidade do nosso calor,
Como se o mundo parasse,
E eu não me importasse,
Só quero ficar,
Que se dane o relógio,
Quero me envolver no teu cheiro,
Nos seus cabelos,
Boca macia,
Universo paralelo,
Pra onde eu quero voltar,
E novamente contigo,
Fazer o tempo parar,
No toque, no gosto, no cheiro...
A SOLIDÃO QUE INQUIETA (soneto)
A solidão que inquieta, pesar repicado
Da distância, que a lamentar me vejo
Não basta o choro por estar separado
São infortúnios do fado que lacrimejo
Tão pouco é saber que sou amado
Nem só querer o teu olhar: o quero
Muito. Este sentimento tão delicado
Onde os versos rimam no teu beijo
São saudades que no peito, consomem
Que não me acanham, e é tal pobreza
Do vazio, por eu não ao teu lado estar
Mas eleva o afeto dum piegas homem
Ser de erros sempre e, na maior pureza
Existir no amador e humanamente amar...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, agosto
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Quando as almas se tocam no seu íntimo e se reconhecem, a distância, as dificuldades, as limitações físicas não são capazes de extinguir a sua ligação.
Nada anula o poder do amor intimamente manifestado, porque ele não reside no ego, ele é fruto da alma...
E nunca deverá ser negligenciado, pois é um presente Divino para acalento e aprendizado.
Podem oceanos separa-los fisicamente, mas o laço de energia amorosa é tão intenso, que um pode sentir o outro em momentos de calma e introspecção, é possível se conectar aos pensamentos...
E é possível compreender melhor, pois ações são passíveis de confusão, mas o sentir não.
Sinta o toque, sinta o cheiro, sinta a presença, coexista...ame para viver e viva para amar.
Distância
Tu foste para bem longe
Aonde o vento sopra gelado
Mas em teu peito tu me esconde
Levaste contigo o meu riso
O qual dava-te exclusivamente
Fazia eu de ti o meu abrigo
Às sombras dos eucaliptos
Refresco-me com devaneios
Imaginado-me feliz contigo
Teus olhos anoitecidos
Ilustravam a futura cor do meu ser
E Hoje meu peito está partido
Uma nuvem escura baixou sobre mim
Meu coração logo escureceu
Quando sem ti eu me vi
Outrora trouxesse-me vigor
Em tempos não esquecidos
Mas hoje traz-me dor
Aqueceste-me com teus aconchegos
Mas o amor é fogo
E tu queimaste-me com teu desprezo
Ao meu amor verdadeiro,
Dia de saudades.
Distância e solidão, faz tempo que não te vejo.
Por muito tempo, fui muito feliz, por ter te reencontrado.
Te amava escondido no esconderijo das paixões.
Sonhar, imaginar, flutuar, desejar era tudo pra mim e estava contente assim.
Felicidade em abrir as grades do meu aprisionado coração e te deixar entrar.
Não planejava o futuro, não cobrava presença, era feliz por te receber em mim.
Abrir-se é algo profundo, o que eu pensava, sonhava, imaginava te contava. Por vezes, nem mesmo eu sabia o que sentia e mesmo assim me compreendia.
Me revelei com o que tinha de bom e ruim, sabendo que não ia me julgar e era bom poder confiar.
E entrei no seu mundo sem medo, conheci e compreendi tudo que se passava ali, por estar ali, me deixou entrar e eu quis ficar.
Foi um reencontro de um amor verdadeiro, que primeiro curou as nossas feridas para sermos capazes de uma entrega sem medo.
E hoje reclamar da distância virou constante no meu pensamento.
Mas, não sou de reclamar.
Vamos agradecer. Obrigada, Deus, por me enviar um homem maravilhoso pra eu amar e cuidar.
Obrigada, pela saudade que significa intenso sentimento.
Obrigada, pela dor que sinto pela ausência, que se transforma em alegria na presença do meu amado.
Obrigada, pela vontade de dormir pra poder sonhar com meu amor. Um dia acordar e vê-lo , vai me fazer sorrir.
Obrigada, por curar nossas feridas e hoje conseguimos amar sem medo do fim.
Obrigada, por querermos tão pouco pra sermos felizes. Tudo que queremos é ficar juntos.
Somos privilegiados por sentir a dor do amor. Agraciados pela coragem de um salto no precipício.
Liberdade para sermos o que somos e confiança de que nos amamos como somos.
Não se esqueça e nunca duvide que tem a mulher com o maior amor do mundo por você.
Mesmo que não te diga, sempre sinta.
Mesmo que eu chore saiba que sou muito feliz por amar você.
Mesmo que distante você faz parte de mim. Tatuar a pele me fez bem. Agora consigo te ver em mim. Te abraço, te beijo e te protejo em mim.
Mesmo que fique brava, eu te amo.
Mesmo que fique chata, eu te amo.
Mesmo que fique com sono, eu te amo.
Mesmo que eu fique com medo, eu te amo.
Eu te amo com tudo que sou, de bom e ruim.
E te amarei da mesma forma;
Mesmo que você fique bravo, eu te amarei .
Mesmo que você fique chato, eu te amarei.
Mesmo que você fique distante, eu te amarei.
Te amar não é escolha,
Te amar faz parte de mim. Confia em nós. Nosso Amor é nosso Porto Seguro.
Te amo, te quero, te desejo e te espero.
Pra hoje, amanhã e sempre, vou te proteger, cuidar, amar e me entregar sem medo.
Não existe ninguém que me faça te esquecer e deixar de te amar.
Admiro cada dia mais, pra mim homem melhor não há, romântico, sensível, sincero, inteligente, guerreiro, leal, fiel, companheiro e que tive a imensa alegria de ser sua escolhida.
Realmente, não é um dia triste pela distância. Mais um dia alegre por você existir.
Eu te amo cada dia mais. ❤️
Não vejo a hora de fazer seu jantar.
Ps: Deus cuida do meu amor, leva meu beijo pelo vento. Leva meu abraço pelo teus braços. Faz ele feliz pra mim. O sorriso dele me faz feliz. 🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏
Haviam homens de verniz em suas fortalezas, e
homens nus nas ruas
A miséria, o vírus, a distância.
Era inumano.
Existiam abismos no fim de tudo
Então qual seria o mais fundo?
Os dias que nos pertencem
Aqueles que estamos vivos
O que será dos não nascidos
Nas ruas o medo do vírus
Na rua debaixo da tua
Sua máscara descartável,
Aos restos com a tua comida
Que alguém no lixo procura
POEMA PARA ROSE DO BRASIL
Hoje, eu vou te escrever um poema novo, mesmo dessa distância ele se fará mais perto de ti.
Ele será naturalmente alado, pois voará para o seu verdadeiro ninho.
Lá, eu tenho a certeza que ele encontrará o aconchego necessário para o seu descanso, após essa revoada tresloucada e irreverente.
Ele será como um passarinho que, entre as penas e os raminhos entrelaçados, descansará para todo o sempre.
Assim viverá por alguns instantes os frenesis indizíveis provocados no teu coração, o seu verdadeiro aprisco.
Hás de aconchegá-lo com todo o carinho, pois ele se fez alado só para ti.
Não sei se estou sendo um intruso ou um estranho no ninho, todavia achei necessário compô-lo.
É a minh’alma que gosta de te falar assim, simples e sincera, como se fosse uma flor vicejando nova e exuberante em um novo jardim.
É muito agradável escrever assim, principalmente porque, a quem eu escrevo tem me causado momentos de muitas alegrias.
Agradeço-te Rose do Brasil, antes fosse Rose minha, mas a distância é um tônico amargo que nos separa, todavia a amizade nos une além dessas intermináveis fronteiras.
Tudo é novo para mim, e assim, tu serás a mais bela flor que, passarei a cultivar no jardim das minhas raras amizades.
Por isso, eu te quero como flor, para te cultivar nessa minha planície poética, quando e sempre sentir o rumor das saudades.
Estou longe, é verdade, mas o meu espírito já sobrevoa as cidades históricas de Alagoas, procurando-te!
Esse é o meu jeito, feito dessa rica fantasia, conversar com alguém de rica alminha, pois morre lentamente quem não conversa ou compõe para alguém que não conhece.
Minh’alma já não me pertence, aliás, alma de poeta não tem dono, ela é de concessão universal.
Voa, voa minh’alma, quem sabe um dia tu encontrarás uma alma, a tua gêmea, para que possam finalmente fremir de bem querer.
Este poema é curtinho, poderia até fazê-lo maior, entretanto, quero que seja assim rápido como um sonho.
Sonhar, minha querida Rose do Brasil, é acordar-se por dentro e deixar que o inconsciente ressuscite todos os símbolos que ali estão gravados, a fim de que possa vicejar em nossas vidas livremente os belos sonhos.
Te amo muito / Fernando Marinheiro
A distância
Tudo está tão diferente...
De repente me sinto tão distante
Na televisão é tanta violência
Ódio, mentira, incoerência
O que está bem aqui, parece tão ausente
E o que está longe, está bem na sua frente, presente
Havendo uma contradição
E qual seria a solução?
Que coisa boa que é essa era da informação
Estamos todos aproximados
Isso é coisa da evolução
Às vezes tão longe, mas trazendo para perto e para todos os lados
Às vezes num mero segundo,
Viajo 40 anos de distância
Chego perto, revivo, me sinto criança
Estou em pé ali, na minha infância
Essa sensação não me cansa
Do que vivi ontem, daquele retrato na estante
Tudo coisa da minha mente?
Será que é a solidão que se sente?
Acho aquele retrato perdido
Me vejo tão perto por trás da minha lente
Em frente ao espelho, longe, não me reconheço
De repente, desperto e volto ao tempo presente...
A distância nos faz assim...
Nos transcende, nos tira da realidade
Nos trazendo saudade
Uma nostalgia sem fim...
A distância não é nada legal. Mas eu sei que vamos superar isso( Pelo menos é oque quero rs). Quero que quando juntas esse sentimento que temos se torne em algo ainda mais forte.
Eu sinto tanto sua falta, amor!
Rs As vezes parece que de tanto querer você comigo chego a sentir com a imaginação seu toque no meu cabelo e seus braços no meu corpo(...) Eu quero muito que em breve isso não seja mais coisas da minha imaginação, mas que estar com você seja a realidade. Te amo meu bem!
Permaneci
Estes dias, fomos amor.
A quilómetros de distância, no meio de uma pandemia
Despimos a alma
Deitamos as entranhas de fora, para amar.
Acreditamos estar certo que o longe era, na realidade, perto
e que podíamos germinar.
Apostamos. Jogamos tudo. Por dentro das horas da noite.
Através de plásticos brilhantes
ouvidos atentos e corações quentes.
E achamos que era o verdadeiro eu que estava no centro.
Mas não é a distância que mata. Não é o vírus que tememos.
É a fuga das palavras pesadas que magoam.
É a perda do tino por dentro.
É o confronto gratuito e vazio.
É o desrespeito que poderia ter sido eterno destino.
E então…
estes dias, estive contigo, dor.
Entrei dentro de ti e senti-te a fundo.
Ouvi-te e percebi o que querias dizer.
Ouço-te plenamente. Sinto-te profundamente.
Contudo, não entrarei nas tuas estranhas entranhas, façanhas.
O meu eu permanece. Tu não és o EU.
Eu tenho-te, dor. Eu não sou a dor.
Pela primeira vez consigo te avistar sem me perder em ti.
Saboreio-te, porque és dor de amor.
Talvez a melhor dor de sempre para sentir.
Perdi amor, ganhei dor, mas permaneci em mim.
Patricia Araujo,
Portugal In Antologia "Quarentena-Memorias de um país confinado" - Chiado Editora