Texto sobre Competitividade
Muitas pessoas optam por ser individualistas, agressivos e competitivos e se tormam desinteressantes como pessoas. A todo custo buscando ganhos e egolatria e passando por cima de tudo e de todos mostrando-se espertos e nem sempre honestos até perceberem que o que lhe faz mais falta são detalhes simples, gestos honráveis e amizades sinceras das quais foram pisoteadas pelas suas necessidades de poder...
Agressivos, competitivos e individualistas nos tornamos exploráveis como trabalhadores e cidadãos, mas não interessantes como pessoas. Sentados encima de ganhos, gastos e consumo devoramos nossos recursos enquanto procuramos desesperadamente ar puro, luz do sol e boa vida. É uma espécie de conspiração na qual todos participam desde pequenos, um acordo velado em que você finge que fala a verdade e eu finjo que acredito.
Os papéis dominantes, legitimados pela ideologia e pela prática da competitividade, são a mentira, com o nome de segredo da marca; o engodo, com o nome de marketing; a dissimulação e o cinismo, com os nomes de tática e estratégia. É uma situação na qual se produz a glorificação da esperteza, negando a sinceridade, e a glorificação da avareza, negando a generosidade.Desse modo, o caminho fica aberto ao abandono das solidariedades e ao fim da ética, mas, também, da política.
A Competitividade é a marca de uma igreja sem raízes. É impossível em um corpo uma mão dizer para o cérebro "o pé está caminhando mais do que eu tocando" . Ora, se o pé está em uso é em prol do corpo, se a mão está em uso também é em prol do corpo. Enquanto o pensamento de unidade não entrar neste corpo, seremos desconjuntados, sem direção e sem objetivo.
Engana-se quem acha que aproveitar-se dos maus momentos dos adversários os torna competitivos. Que bater nas costas nos bons momentos os torna parceiros. Que declamar aos quatro cantos " Eu Não Falei? " os tranforma em sábios. Que achar que gritar aos quatro ventos os cobre de razão. Ledo e Ivo engano. Na hora da dificuldade, os minutos demoram a passar. E nestes momentos saber ouvir e compreender que as coisas muitas vezes não dão certo porque era para ter sido assim e que, na próxima, colocar-se a disposição para ajudar de coração e mente abertos pode fazer a diferença!
Vivemos em uma corrida frenética contra o tempo e contra a competitividade, o que provoca grande instabilidade emocional. A continuar assim, caminharemos para uma identidade sem valores éticos como já se constata nas instâncias de poder, no trabalho, no exército, na família, na escola e nos partidos políticos. O presente está carregado de medos e de tensões que tiram o sentimento de liberdade.
“Nessa vida competitiva, toda mente é delitiva. Dona Cida cortando o bolo invade a parte do recheio, deixando para o Joel a fatia e o buraco do meio. Carlão quando toma cerveja apressa a golada sem freio, causando desigualdade na proporção do rateio. Já a Lúcia, tem um costume de programar o despertador com meia hora de antecedência e assim na sua consciência ela lucra com a permanência. Tia Márcia por sua vez, usa e abusa da consulta com doença que viu na internet, e que nem atinge na fase adulta. Tio Libório vai ao mercado apenas pra tomar café, aproveita e usa o banheiro, desfalca a uva e não gasta dinheiro; agora que é aposentado tirou a carteirinha e viaja até, pegou um ônibus errado e foi parar em Taubaté. Quem virou problema mesmo é a filha da Josefa, que aprendeu a matar aula, colar e copiar tarefa. E você que tá lendo isso, não devia estranhar, em plena hora do serviço, tá olhando o celular. “
São tempos difíceis, mas também são tempos de união, de compreendermos que o egoísmo, a competitividade, a ignorância, o ódio, a ganância, o orgulho e os conflitos nos tornam mais perdedores, nos matam mais do que salvam; enquanto a cooperação, a solidariedade, a empatia, a união e a conscientização nos salvam mais do que matam e nos tornam melhores para si, para o próximo e para o mundo.
Tempos e situações difíceis também são oportunidades de compreendermos que o egoísmo, a competitividade, a ignorância, o ódio, a ganância, o orgulho e os conflitos nos adoecem mais do que beneficiam; enquanto a cooperação, a solidariedade, a empatia, a humildade e a flexibilidade nos tornam melhores para si, para o próximo e para o mundo.
Se eu pudesse dar um conselho aos candidatos – todos – que querem ter alguma chance de ser competitivos, eu diria: não deixe que o modifiquem, não aceite que mudem seu modo de vestir e de se comunicar, não permita que harmonizem sua imagem e adociquem sua voz, que amenizem seu discurso, que coloquem palavras na sua boca, não admita que o transformem em um bom menino ou menina,quevocênãoé.
É um paradoxo. Vivemos em um mundo competitivo. Não tem como alguém ficar rico sem outros tantos ficarem pobres. Ninguém ganha com venda de ações se outro não tiver perdido. E necessariamente enquanto um sorrir outro vai chorar. O que alimenta a fé é saber que a roda da vida gira e amanhã quem chorou poderá sorrir.
As pessoas hoje somente querem saber o que você tem para oferecer. Pouquíssimas se importam em perguntar como você está ou o que você está precisando. Em um mundo competitivo é preciso esconder as nossas fraquezas para não ser excluído do rol competitivo. A única esperança dos fracos é Deus.
“Sem conhecimento de gestão não é possível operacionalizar as Políticas Públicas e um Planejamento Estratégico eficaz. Sem um planejamento estratégico não se tem resultados sustentáveis. Sem resultados sustentáveis não há qualidade e produtividade, não se gera riquezas e nem condições para o desenvolvimento social. Sem qualidade e produtividade nas ações governamentais não será possível atingir a competitividade no Brasil.”