Texto sobre Amor Antigo
Prosa e Verso
Te canto em prosa e verso, és o meu
sonho mais completo de um amor só
de ternura e encanto.
Sempre te vejo junto a mim, e mesmo
assim te olho sempre.
Todas as vezes que o faço, um outro
motivo encontro para te olhar novamente.
Procuro-te sempre, me sinto mais feliz
contigo.
Meu doce amor e encanto antigo,
fazes parte de uma longa e doce poesia,
que se nome eu a ela desse, seria o teu.
Minha doce prosa, se sobre ti começo
a dissertar, o pensamento voa e a caneta
entre os dedos sozinha vai, parece que o
papel fica pequeno, quando de ti me ponho
a escrever e a lembrar.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
"Nasce uma Estrela".
Eu ainda cursava o colegial...(Antigo, né?)
Lembro do que senti, assistindo ao filme. Queria entender o porquê dele ser tão insatisfeito com a vida e com tudo o que conquistou, afinal, o que mais um adolescente pode invejar em um adulto senão o dinheiro, uma mulher que o ame e o sucesso?
Não passou muito tempo e a vida começou a me ensinar que o valor que damos às coisas que conquistamos é apenas uma extensão do valor que damos a nós mesmos. Sem amor próprio, todo e qualquer bem é apenas fardo a mais para carregar.
Aprendi que a maior batalha que um homem trava, na vida, é contra seu próprio eu. Ou ele conquista a si mesmo ou ele simplesmente nunca vai existir.
Foi difícil, mas: Eu existo !!!!!!!! rs
Matamos uma opção pra fazer sobreviver outra; soterramos um projeto para reviver um sonho antigo. Cortamos a cabeça de Maria Antonieta para elevar os Jacobinos ao Poder Supremo de nossa fantástica revolução. Afinal, Maria Antonieta é inocente ou criminosa? Os Jacobinos nos salvarão da mediocridade ou nos mergulharão em terror noturno? Não há vencedores ou vencidos; há apenas preferidos e preteridos, e enquanto uns morrem em seus intentos, outros festejam triunfantes, sejam de qual lado forem. O Vencedor vence, e o vencido é renegado. Um aparece em seu brilho ofuscante de Eleito e o segundo é banido, então.
("A Alegria de um é o Inferno de outro": http://wp.me/pwUpj-I5)
morte do meu eu antigo
É o mesmo que não volta a ti
Sujeito a estar sempre errando
Errando porem sempre pensando em si
Esparando a hora certa de morrer
Porem a todo tempo mudando
Enquanto isso no decorrer
Sigo Morto Caminhando
Morto Vivo iludido?
Creio que não
Vivo pra junta de ti morrer
Por que me matas todo dia entao?
Sem razao ou sem motivo
Sem motivo ou sem explicação
Em minha boca um sorriso
Com o doce amargo da ilusão
Pensei em voce
Queria voltar a sorrir
Porem Creio que estou sem sorte
Nao consigo mais evoluir
Parado apenas sobre a linha de corte
Facil te observar
Dor similar a morte
Dificil é te encontrar
Feito uma bussula sem seu norte
Despistando o tormento
Jbcampos
Sinto muito, lamento
se não pode controlar
o seu antigo tormento.
O bom conhecimento
vem pela sabedoria
dum relaxamento,
de mente vazia.
Esvaziamento
o qual já poderia
advir da feliz alegria.
de plena cabeça vazia.
Para se obter a alegria
de profunda sabedoria.
Essa quase simplória,
de ignorância - sábia,
não é para qualquer
um que ela se abre,
pois, ela confunde
àquela maioria
que se diz nobre,
porém, sobretudo
lha sobre aquém.
Não marque toca.
Há de não se notar
ao nada, se o limão
fez-se acre à limonada,
ou se o acre da boca
tornou-se azinhavre.
Se o rosa - choque
levou um choque
ao se tornar ocre.
Para àquela real liberdade
invoque o Deus da humildade.
Abafe a intempestiva tempestade.
Quiçá, seja mole à indolente
ponta aguda do velho sabre.
Essa feliz dicotomia sabe,
ser a mais velha
das velhacarias,
que o ancestral
dizia, na realeza
de real sabedoria.
Seja bem responsável
ao notar completamente
o que vem à mente-demente;
ao chorar o leite derramado.
Plante a semente consciente
Não fique triste incremente.
É gente que sente
por todos os lados.
Às vezes sente o halo
de Deus ao lado, alado.
A viver neste mundo imundo
De encantamento-desencantado.
Conquanto, permaneça honrado,
não chore pelo leite derramado.
Ao me sentir você à mercê,
aqui deixo o meu parecer
sem o menor desagravo,
deixo o meu obrigado.
Ao doar seu perdão,
no mundo de terra
batida\ de\ chão
não se esqueça,
levante a cabeça,
perdoe a si próprio.
Oh... Meu amado irmão.
Por alguma jocosa palavra
dita aqui nesta singela lavra,
também quero ser perdoado.
Quero permanecer ao seu lado.
Jbcampos
O bem contra o mal
Não deixe que um pequeno problema te cause um grande mal. Há um antigo ditado que diz: se a cabeça não pensa, o corpo padece.
Lembre-se que o mal nunca pode vencer o bem, então, se tem algum mal te afligindo, tente realizar algumas coisas boas e o bem prevalecerá em tua vida.
De forma despretensiosa me encostei na parede
Um antigo hábito de parar para fumar, e então começar a observar
Olhando para frente vejo aquela movimentada avenida
Tantas pessoas, tanta diversidade cultural, tantas vidas
Em cada rosto uma história, em cada caminhar um jeito
Em cada rosto, um artista à sua forma
Semblantes sérios, pessoas conversando, outras sorrindo
Em cada momento observado, é como se fosse uma pintura, uma tela
Uma obra de arte de momentos rotineiros, mas que nunca serão iguais
Poderão ser similares, mas nunca iguais....
Pessoas que amanhã ou depois poderão não estar ali, ou passar por ali
Na esquina um senhor com o seu violão que parecia mais a extensão do seu próprio corpo
Para minha felicidade ele tocava uma doce música do Tom Jobim
Ali estavam algumas pessoas a sua volta, já outras nem o notavam
Mas por alguns minutos quando parei para observa-lo, percebia que não conseguia mais ouvir o som da avenida
Incrível como nossos olhos e sentimentos são capazes de desviar-nos da rotina quando conseguimos ver algo que nos faz bem
Anestesiado por aquela melodia, pensei em tantas coisas
Pensei no como uma simples música é capaz de extrair nossos melhores sentimentos
Música pura, sem declarações falsas ou de sentimentos negativos
Um presente de um compositor de coração puro para um artista de rua
E um presente do artista de rua para os ouvidos que ali estavam
Pensei em como uma música ouvida no presente nos conecta com o passado, e faz pensarmos no futuro
Pensei em como a variação das notas faziam com que meus sentimentos variassem
Pensei em como momentos simples como aquele tornam nossos dias especiais
Como se não bastasse o efeito daquela linda música
Olhei para minha frente, e observei uma linda moça
Ela lia uma revista em frente à banca
Da minha altura, cabelos lisos e escuros, pele branca, olhos claros
Olhei atentamente, por um breve momento aquela linda moça notou
E então a olhei novamente, e ela também me olhou
Sem reação me sobrou um sorriso que foi docemente devolvido
Seguido de um oi, que de forma singela veio acompanhado de um oi por um sorriso ainda mais lindo...... que doce moça.....
O que fiz? Me tomei por uma timidez que não era minha
Virei meu rosto...
E voltei a observar aquele senhor tocando aquelas tão lindas músicas
Neste mesmo dia, tive um dia pesado, cheio de trabalho, desafios, demorei para conseguir um táxi, tive conversas difíceis, resolvi problemas
E normalmente eu teria me lembrado deste dia como sendo um dia difícil!
Me lembraria deste dia como sendo um dia que eu não gostaria que os outros fossem iguais...
Mas porque não me lembrar daquele senhor tocando violão ?
Porque não me lembrar daquele dia como sendo o dia do sorriso da moça?
Talvez tenham sido essas as recompensas por um dia difícil
Ou talvez uma doce lição de que o ruim, nunca é 100% ruim
Somos tão vulneráveis com as coisas ruins que acontecem
Somos sempre tão vulneráveis para aquilo que fazem de mal para nós
E nesse medo de se machucar
Ponderamos nossas decisões por algo que nos fizeram de mal
E poucas vezes por algo que nos fizeram de bem
E nessa vulnerabilidade humana, nos apegamos em defeitos
E menosprezamos virtudes, qualidades
Olhos clinicamente treinados para evitar dor
Mas pouco treinados para em gestos reconhecer o amor
Desejamos viver em um conto de fadas que não existe
Desejamos viver apenas a parte boa de um relacionamento
Abraçamos a saudade pelo tempo sem se ver
As risadas, os sorrisos
As partes boas
E fugimos da parte ruim
Menosprezamos a rotina em que se prova, e se estabelece um casal
Menosprezamos caminhos que já foram percorridos e sonhos que foram imaginados
Menosprezamos o perdão que já nos foi concedido
Menosprezamos quem perdoamos
Pois parece doloroso viver com as mágoas do passado, e tentar construir e consolidar um futuro
E nesta falta de fibra, nesta falta de impeto, verdadeiros casais se desfazem
E ai você procura em outro(a) o contrário daquilo que você não suportou e conseguiu prosseguir
E você só deseja a parte boa
Mas é ai que mora o perigo
O outro, ou a outra pessoa que você encontrou também!
E nisso são "amores" de semanas, o mais duradouro de alguns meses
De promessas vazias, e de possibilidades remotas
Acaba por "entregar" seu coração para qualquer um(a)
E nisso você sente falta de fibra, sente a falta daquele(a) que lutava
E então bate aquele desejo de voltar, acompanhado de uma confusão
De gestos e ações contraditórias
E você pelo efeito de uma dúzia de bebidas, drinks e conversas
Acaba por pensar em voltar para aquele ser porto seguro, voltar talvez para o verdadeiro amor
Consegue ver sinceridade naquele(a) que sempre foi mentiroso
Consegue ver sentimento naquele(a) que foi sempre tão egoísta
Aprende a dar valor na verdadeira atenção
Na mensagem respondida e correspondida
No desejo reciproco, na vontade de se estar perto
Na ausência de jogos, na ausência de orgulho....
Consegue ver o amor
Consegue ter os olhos que você nunca teve, e que reluta em ter
E você de sua forma tenta observar se aquele amor existe
E assim como observei aquela avenida como sendo uma tela, uma obra
Você então percebe que não está olhando mais para aquela tela viva, cheia de sentimento
Para aquele(a) que com pincéis e cores vivas queria desenhar e percorrer um longo caminho da vida única e exclusivamente do seu lado
Não está mais olhando para aquele alguém que tanto te queria
Para aquele(a) que tanto te desejava
A música que aquele senhor tocou, poderá ser tocadas outras vezes
Mas os sentimentos ao ouvi-la, não serão sempre iguais
Talvez, eu nunca mais veja aquela moça do lindo sorriso
Mas ao menos aprendi que a dura rotina pode nos trazer surpresas
E na "dor" podemos identificar o amor
Aprendi que corações batem em diferentes frequências
E que quando batem de forma diferente, mas simultaneamente uma bela tela pode ser pintada
E que por trás de um coração existe uma pessoa
Que erra, aprende, erra, aprende, tolera, perdoa, é perdoado(a), releva
E que com gestos como estes AMA
Uma pessoa que é como aquele senhor com o violão
Tenta executar a música da forma correta
Mas que um dia ou outro pode desafinar
Mas ainda assim ser capaz de TOCAR/LEVAR uma música.....
E aprendemos que viver com a diferença e a imperfeição revela o verdadeiro amor em que desafinar não é feio, e sim natural...
Pensar que foi só agora que fui capaz de entender essa música do Tom Jobim que sempre custei tanto a entender
"Se você disser que eu desafino, amor
Saiba que isto em mim provoca imensa dor
Só privilegiados têm o ouvido igual ao seu
Eu possuo apenas o que Deus me deu"
"O que você não sabe nem sequer pressente
É que os desafinados também têm um coração"
LENDA DE A BELA E O MONSTRO
Conto tão antigo como o tempo Verdadeiro como pode ser. Quase nem amigos e nem amores em tempos de crise e o país parou. Então alguém se dobra Inesperadamente e diz tu vais vencer tu vais vencer.
Afinar a idade da música Agridoce e estranho Achando que você pode mudar Aprendendo que tu irás mudar o mundo para um mundo melhor.
Cantando tão antiga a música poética quanto rima Bela e A Fera Beleza e Bela e A Fera.
ENTREGA
Aos antigos deuses que espreitam das sombras do mundo ofereço uma prece embebida em lágrimas
O veio de beligerante graça que me nutriu se desfaz em vontades viscerais e ávidas
Vejo empaliceder ao longe, na curva sublime do horizonte esquecido, tudo que busquei no decorrer das eras, consagrado pela abóboda celeste
O peso do inframundo já não repousa em meus ombros, sigo ao desfiladeiro da mortandade e removo minha veste
O brilho do fruto proibido reluzia ao alcance da minha mão
Era furor em beleza íngreme, êxtase em ofegos efêmeros, o ápice da união
O sumo adocidado escorria pelos meus lábios e a vida nunca fora tão absoluta
Perdi o prumo, o rumo, o chão e encontrei lascas de infinidade em segundos suarentos com um toque de cicuta
Que Ártemis zele pelos desafortunados que rejeitam o pesado cálice derramando gozo
Que Héstia ofereça lar aos perdidos e desarranjados que só encontram lábios secos e gargantas ásperas em seu mundo umbroso
Sob os olhos atentos de Urano pode verter leite e mel nas terras inóspitas de um mundo cujo brilho incendeia a alma
No seio de Gaia, unânime senhora, o ápice se eclipsa em vida e homens se erguem para tombar em esmagadora calma
As estrelas mostram a óbvia verdade que o coração que eu um dia possuira sentiu
Há uma infinidade de fios na grande tecelagem das Moiras mas quando dois deles se entrelaçam os céus ribombam em júbilo ou Hades gargalha em seu covil
Do abismo da racionalidade humana soprava o vento gélido da incerteza que a meus olhos já não veda
Abri meu peito e acolhi meu desejo enquanto me lançava naquela gloriosa queda.
Onde estão os amores de antigamente?
Aqueles que duravam séculos
Que enfeitavam os jardins da vida
Que entoavam cânticos e declamavam poesias
Juras eternas, espaços de tempo em que o tempo não passava e nem a vontade de estar na presença desse amor
Verdadeiros presentes
Inspirações à alma
Amores que resistiam ao tempo, às brigas e aos apelos emocionais por que tudo era uma prova em si desse amor
As mulheres conheciam o sabor da espera e por elas eles permaneciam sofredores e guerreiros de suas tormentas
Gentis com o tempo e donas de suas verdades elas não colecionavam amores
Onde estão os amores de antigamente?
Que passeavam pelas calçadas nas tardes de domingo
Espreitavam uma única que fosse a razão de encontrar esse amor
E por esse amor sofriam calados
Esperavam uma vida inteira
Até que esse amor se revirasse em um
Ah, esse antigo amor que desconhece as razões de novas ilusões
Desprendido desse árido deserto de sentimentos em que profanam as paixões contraditórias e abandonadas à própria sorte
Contrário ao ciclo vicioso de poucas descobertas e de muitas aventuras exaustivas e obscuras
Esse amor - quem sabe - refeito pela dureza e a beleza de sua época há de florescer novamente um dia.
Presente
Eu ganhei um canivete
Bem antigo, desgastado
Certamente tão usado
Por esse meu doador.
Não imagino o seu preço
Mas como ele tem valor!
Doou-me com tanto amor,
Nem mesmo sei se o mereço
Sempre que o tenho nas mãos
Uma lágrima me cai...
Este velho canivete
Eu o ganhei de meu pai.
Na eternidade um dia te encontrar
Lembro tampos antigos quando você chegava em casa eu me sentia bem
Quando você me chama de meu neném, minha chere
Jogamos baralho juntos riamos era tão legal, viver com você era tão especial, lembro quando você demorava e eu me preocupava se estava bem
Você me prometeu assim
'Filha eu nunca vô dormir fora de casa'
Ao menos que eu esteja no hospital, eu sorri mais despreocupada e concordei, na verdade eu sempre me preocupava porque tinha medo de te perder, mais é como você me disse a lei da vida é essa os filhos enterram os pais, e eu achei que iria reencontrar mais uma uma vez eu achei
Uma cartinha eu escrevi, dormir agarrada no seu travesseiro
Sonhei que dividimos cocada seu doce preferido, no dia seguinte eu acordei com vontade de te ver
Mais a notícia era que você não estava mais aqui, meu coração despedaçou
O meu mundo caiu mais eu precisei ser forte porque você me disse filha
Se algo acontecer comigo
Cuida da sua mãe
E uma vez na eternidade eu peço a Deus para te encontrar
Mais até eu sempre vou lembrar que eu te amo meu pai
Porque eu te amo eu vou guardar sua memória, o sua vontade principal realizamos e seu sonho vou conquistar
Mais até lá eu vô lembrar e peço a Deus para na eternidade um dia te encontrar
Cícero Pai
O que me importa!
Se sentimento tão antigo, tão velho, tão reprimido integra a vida.
O que me importa!
Se encanta, e a cada manhã que não vivo, estarei mascarada pelo ato, pelo não.
O que me importa!
Se meu peito tão imaturo, tão sentido, tão sofrido não consegue colaborar com tal quimera.
E o que me importa!
Se entre nuvens e batalhas do meu pobre eu atingido, digo adeus ao amor que se vai sempre, que é cego e vão.
Como sempre,
Os melhores momentos são contigo,
Esse caso antigo,
Coisa de outra vida, sei,
Um brinde ao nosso reencontro,
Nossas taças cheias,
O sentimento é puro,
Natural,
Ainda que o desconforto,
De alguns desencontros dentro dessa existência,
O conforto da presença é maior,
As nossas músicas,
Nossos lugares,
Seja para nós destruir,
Ou só ficar de conchinha,
Você é minha menina,
Em 1987 planos.
Te amo.
EU-JORGAL
Ó trovador que abre seu lábio antigo,
Diga a musa que ouve doce as cantigas de amigo:
Assim como tu sabes que mente para si,
És tola e eu tolo, mesmo sem a tua harpa,
Minha harpa é tua harpa, pois é para ti.
Chego até querer ir a tua corte com lira de maldizer,
Porem tua íris céu, cabelo ouro e branca rosada,
Expulsa de mim a sátira grosseira a cavalgada
Feito Segrel e seu cavalo perdido em toada .
Desde as melodias da antiguidade
Os trovadores sopravam realidades.
E tu dama a mim desfere lira de escarnio
Enquanto minha harpa compõe amor em grande ensaio.
A saudade me acena
na imagem pequena
de um antigo retrato.
A saudade é cruel, e a solidão é perversa, me faz lembrar de cada detalhe seu, LEMBRO das nossas conversas. Lembro que eu te fazia sorrir, lembro que um dia você parou, pensou e disse, você o motivo pra ainda eu existir. MAs hoje o que resta é aquela imagem pequena,, e
a saudade me acena nessa
imagem pequena
de um antigo retrato
Perseguição
Amores unilaterais são difíceis;
Meu passado me ama, mas eu o odeio;
Eu fujo e fujo, mas fico com medo dele me odiar, então olho para trás, e ele me alcança;
Só pare de pensar!;
Sei o que tenho que fazer, mas é tão difícil de encarar
o meu antigo eu;
Ninguém sabe, além de mim,
e algumas pessoas com quem surtei;
Meu passado obsesionado,
Como vou dizer que acabou?
É a minha lei viver de amor...
Morrer não quero...
Desfalecer...
Sufocar de prazer...
Até na dor...
Sim...
Amar também dói...
Aperta o coração...
Nos tira o chão...
Faz a gente contar as horas ...
De agonia ...
Não ver o tempo passar...
Também nos tira a sabedoria...
Mas amar é bom...
No encontro das mãos...
Na troca e entender de olhares...
Saudades que não tem fim...
Pensar sempre na pessoa amada...
Em qualquer tempo...
Em todos os lugares...
Não há tempo consumido...
Nem tempo a economizar...
Além do amor, não há nada...
Apenas amar...
Um querer diferente...
Que envolve e doma a gente...
Harmonia suave...
Mas também insensatez deslumbrada...
Buscar sem saber o que busca...
Sem perdão e sem disfarce...
É lume que arde...
Na alma e no peito...
Deixando a gente sem jeito...
Igual a criança tola...
Que acredita no que, às vezes, não vê...
É viver entre a paz e a guerra...
Derrubando as distâncias...
Fazendo manhas...
Fatigado é procurar abrigo...
No seio ondes moras...
Enquanto a vida acontecendo lá fora...
E o antigo vazio...
Sendo preenchido...
Que hei-de fazer senão sonhar...
Não quero morrer de amor...
Quero viver...
Vivendo para te amar...
Sandro Paschoal Nogueira
Quase uma obrigação
Agora, neste antigo momento, pensativo me aguento, sem o menor tormento, liberto de provento. Provento pra quê se nem posso ver o que está pra acontecer. Sinto a compulsão de uma velha unção de escrever mensagens as quais a mim me fazem ver a luz da inocente escuridão. Sem sequer discernir o que está para vir, vislumbro um clarão cheio de paz, é luz impregnada na nobre cruz a torturar Jesus pelo amor de Maomé pelo embrião osmótico da fé. Então dentro de enorme multidão, dando as mãos da velha ignorância, porém, na ânsia anciã de entender o amor como o simples desabrochar de uma linda flor que avistei num sonho a qual jamais imaginei ver nesta estrada esgarçada de tacanha estupidez.
Quem quiser entender, entenda, enquanto, continuo a campear essa compreensão.
jbcampos
O mais próximo talvez
Finalmente consigo respirar, algo que, em tempos antigos era quase impossível.
Minhas únicas testemunhas foram as mais puras estrelas que brilham no céu.
O céu foi o meu único refúgio em tempos sombrios, ele me entende, não questiona, e me dá o suporte preciso, sua grandiosidade, não me intimida, ao contrário, me abraça como se fosse um velho amigo.
Três longos anos se passaram, e tudo o que posso dizer é que o tempo cura. Há três anos atrás, eu me culpava, por não ser capaz de viver socialmente, eu me moldava para que outros me aceitassem, mudava minha personalidade, formando um persona. Eu odiava quem eu me tornava perto de outras pessoas, mas odiava ainda mais a solidão. Sim, ela me acompanhou por um longo tempo, ela era minha única e inseparável companhia.
Quando estava em frangalhos e a solidão me acompanhava, tive apenas a minha própria sombra, à espera de uma salvação. Mas ao mesmo tempo em que a solidão me abraçava com seu manto escuro, ela me matava de pouco em pouco, matando minha personalidade, minha autoestima, minha autoconfiança e o pior, meu amor próprio.
Sinto que finalmente estou em paz comigo mesma, agora, eu respeito os meus limites, meus sonhos, ambições, meu corpo e cada pequena imperfeição tão perfeita. E depois de cada luta, lágrima, e pedidos de socorro, eu finalmente posso dizer que amo a mim mesma.