Texto sobre Água
Uva da serra
Cacho que cresce
Ouvindo a água e suas preses
Resfriando na madrugada
Mas fugindo da peste
Feita de pedra, terra e morte
Doce como o vento que ferve
Tem na escuridão eternos sabores
Tão velho vinho
Que um dia foi uva
Mas hoje tem lembranças de seus dias de flor e cacho.
"Sofrimento"
Essa merda de ódio
me faz caminhar na chuva
sem sentir uma gota de água
sem ouvir o vento gélido
que pelo meu ouvido passa
me faz sentar na relva
molhada por águas passadas
sem pensar em nada
sem perceber
que a minha alma
vazia estava.
E sem entender o que comigo se passava
deixei o momento se prender ao tempo
enquanto minhas lágrimas
dançavam livres
com a tempestade
que é o sofrimento.
POESIA AO RETRATO DO DESCONHECIDO
Cortado pela água azul da vida
nasce o berço das civilizações,
sobre o horizonte do amanhecer
nasce e morre Atonao entardecer,
envolvendo em luz todos os dias
as terras secas que aos pés do Egito
são banhadas pelas águas puras do Nilo
deslizando por papiros sagrados
inundados na noite da gota
pelas lágrimas de Ísis que chora
por Osíris.
Acima do deserto-mar amarelo e árido
erguem-se os perfis de construçõesgigantescas,
imponentes, frias e imortalizadas,
geometria feita de pedra,
desafiando os séculos.
Eternidade silenciosa,
testemunhos mudos do poderio e da magnificência
de um império morto quegrita aos nossos olhos
tudo o que não podem falar.
Embriagando-nos de admiração
transmitindo um encanto misterioso
criado pelas sombras mais profundasde seu passado,
entorpecendo o íntimo de nossas almas
com sentimentos inexplicáveis.
Tão gigantesca agachada está
meio humana, meio animal
comandante isolada,
repousando a milênios
protetora dos mistérios
que ainda cercam o EGITO.
Fases e frases
Fases
Me despejo no mundo
No desejo de viver
Mudo da água para o vinho
As vezes me impreciono
Dou ideias, viro uma palestra
Mecho em tudo
Como se fosse um entendedor
Outras me intrigo
Me calo ou dou concelhos
Racional em meu mundo
Que as vezes nem faz sentido
Outras estou feliz
Escuto uma música, ou quero cantar
Dou risada ou escuto outros gargalhar
São as memórias que mais gosto
Outras tento não me culpar
Lembro que o mundo é corrido
Apesar de sempre estarmos preparados
Não há como não mudar
Tinha sempre água na geladeira
quando tínhamos geladeira...
de vez em quando me vem essa lembrança,
entre muitas lembranças
que certamente eu tinha
e de certo, muitas dessas lembranças eram saudades,
agora não me lembro de nenhuma saudade...
o buriti parecia colher estrelas
depois da cerca do nosso quintal,
é um neon incandescente neste breu
onde o passado se apaga,
algum vulto se debate impetuoso,
sabe esses fantasmas que se rebelam
e murmuram nos calabouços...
alguma coisa deveria brilhar nessa manhã,
mas é só uma manhã como todas as manhãs;
água gelada, sorrisos anônimos...
uma ternura piegas nesse olhar triste
que talvez queira me dizer algo que eu não entendo mais.
Tua boca encantadora
Provoca água na minha
E você nem adivinha
Que és a inspiradora
Como também detentora
Desse meu verso singelo
O seu nome eu não revelo
Para causar impressão
Porém no meu coração
Você já bateu o martelo.
Nossa amizade é o elo
Que faz uma conexão
De um dia essa paixão
Rabiscar um paralelo
Daí o relato mais belo
Despontará com primor
Pois eu darei o valor
Todo que você merece
E o meu peito de alicerce
Para edificar o amor.
Meus olhos se inspiraram naquela queda d'água que
ao admirá-la se solidarizou deixando sair do meu íntimo tudo que me causava desconforto e sofrimento.
A cada lágrima escorrida levava consigo as tristezas, inseguranças, dúvidas, medos...
Ao mesmo tempo que contemplava, eu chorava e me curava.
SURREAL
Beijar Sua Boca é Surreal ( uh)
Porque dá Água na Boca
É Show de Bola
Mas e se eu disser
Que eu Vou ficar
Com ela pra mim
Será que é errado dizer
Que eu vou me casar
Com Você
Diga Que me adora
Diga que quer beijar minha boca ( Minha Boca)
E que dá agua na boca também ( uh )
Paz interior
Toquei com as pontas dos dedos no espelho d´água e foi lindo ver as pequenas ondas se formando e naturalmente se espalhando pela imensidão do mundo por todas as direções,
foi lindo através do espelho d´água viajar, conhecer povos diferentes, ver tantos sorrisos, tantos corações apaixonados, tantas pessoas cultivando em suas mudas de fé os seus desejos e suas conquistas,
mais uma vez toco na água e vejo o brilho do sol, vejo o céu azul, me concentro mais um pouco e consigo enxergar a tão sonhada paz interior.
Mulher no Rochedo
Quem anda no trilho é trem de ferro, você água que corre entre pedra.Um dos melhores segredos da vida, é fazer degraus com as pedras em que tropeçamos,fiz a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores, em alguns casos, à colhia, e no mais, acolhia no albergar de mim.Não quero saber em que língua a ópera será tocada, desde que seja em uma língua em que eu não entenda, é mais difícil vencer hábitos ruins do que despedaçar rochas.Tal como o espaço vazio numa pintura, o tempo em que nada acontece tem seu propósito.
Fluxo de massa e encaixes de encaixantes, possíveis enclaves em diácleses ortogonais. Uma falha normal, basculamento de blocos, matacões e calhaus, que matam homens.
Me desligo da alma
Me desligo da raça
A raça é um gole d´água
Prefiro a rua do que uma taça
A brindar a vitória de uma desgraça
Infeliz alma que branda e joga sua lança
Não era um jogo, era um sonho de uma nova aliança
Novo frio na barriga, novo amor, novas lembranças
Não quero competir, mesmo assim me encho de esperanças
IDEIAS
I
Se uma pedra levitar
E do coração sair sangue
E se da pedra sair água
E sobre água nascer um lago
de sangue e água.
II
E os olhos brilham
A boca treme de desejo
O corpo geme de vontade
Os gritos
O silencio.
III
Sobre o trigo
E o sol
As pedras se levitam.
-
Jamil Cioffi Siqueira
23 de dezembro de 2013.
Longe de mim ,tão perto de você..
Droga esses meus olhos cheios d´agua
E tua tristeza era tão doce
Que transparecia e eu podia ver
E agora quanto mais me afasto
Desse bem que me faz mal
Me afasto de mim mesmo
Me aproximo de teu ser
E me esquecia para lembrar depois
Que cada vez que seus olhos choravam
Eram os meus que se molhavam
Longe de mim ,tão perto de você
Já não me bastava apenas o seu corpo
Eu queria sua alma e todo o seu universo
Mergulhar no teu ser já cansado de esperar
Cada labirinto proibido segredo do seu intimo
No centro de seu ser ,deixe o meu viver
Joaquim Quintino Aires e a tvi…
Mais uma vez estais a meter água;
como aquando tratasteis os do NORTE;
por gente fraca ou em cultura não forte;
coisa que em nós deixou, pois, muita mágoa!!!
Agora ao despedirdes BOM Quintino;
sem tal, ter referido algo de mal;
contra a boa malta homossexual;
estais a porta-vos, como o asinino!
Asinino, que como já citado;
vos obrigou a vir-nos pedir desculpa;
por esse GRANDE erro em nós tão presente…
Cuidai-vos, e afastai é essa gente;
que não atinge, que um MAU culpar, sem culpa;
nem com desculpa, irá ser REPARADO!!!
Lamento QUINTINO que nem conheço;
Alentejano e querido no NORTE;
pois sempre em TI, vi homem, BOM, JUSTO e FORTE;
daí cá TE dedico este meu APREÇO.
Contigo e por ti, brioso psicólogo e SER humano;
Obs. Se eles reconsiderarem, desculpa-os como nós; [os tais por eles certo dia acusados, de fracos e analfabetos por gentes do norte] os “já” desculpamos.
Brota teu vento em tua luz ,
Nesse céu azul sem cruz,
Brota tua falta de água a tua raiz,
Cruza tua lua a teu brilho amarelo ,
Escrevo e escrevo de baixo de te
Uma poesia com a estrada sem fim,
Escrevo e escrevo de baixo de te
O poema chamando alim !
Há que falta tem a esperança
Do amor sem infinitamente sem fim,
Que falta tem o coração
Do sonho da razão ...
Em me queimar a luz do sol,
Queimar o tempo , queimar meu uso
Apenas só relato dos idiotas
Só apenas uma árvore qualquer
Antiga Rima
Rosas são vermelhas
O Céu é bem azul
Mesmo com eu aqui
O mundo só em água
Só se desaba.
Nesse começo clichê
Eu nem ganhei cachê
Não entendo o porquê
Mas aceito por ser
Alguém de se esquecer
Da humanidade que vim a ter
Mesmo sem merecer
Um monstro deve viver
Será mesmo ?
Será que devo ver ?
O futuro devo ter ?
Penso e reflito sobre o que
O que mereço
O que não mereço
Sempre tendo
Em mente
O mesmo discurso
Com o ódio em curso
Pode ser errado, sei
Mas um monstro
Pode ser rei ?
Deveria entender
Mas não quero estender
Fui baleado na chuva
E devo esquecer
De tudo que fiz
Por que assim
Poderei te ver
De novo nos iremos ser
Uma dupla diferente
Velho amigo
Continue crente nessa ideia
Mesmo sem ceia
Eu estarei contigo
Me abrace
Me leve contigo Amigo.
Dissolvida em tua água fui potável
Sem você, meu equilíbrio, coitados!
Me bebem agora amargo e indigesto
Eu gostava mais de me sentir na tua pele
De me derreter no teu suor
Eu só sabia quem era eu
Me confundindo um pouco com você
Agora imagina isso
Do rio inteiro que eu sou
Você prefere ver só a margem
Naveguei outros oceanos
Naufraguei incontáveis vezes
Nadei, nadei
E morri na tua praia.
Os meus textos não tem nenhuma importância, mas um dia serão o seu consolo.
Venho de água, escoando pela terra, como um rio caudaloso que rapidamente cresce, e futuramente seca.
Vais gritar o meu nome e não serás respondida (o), vais me procurar em silêncio, e nunca mais irás me achar.
Ninguém consegue deter a entropia, está é a lei da natureza.
A Mulher Samaritana
Ela foi apenas buscar água para matar sua sede como fazia todos os dias!
Ele estava a sua espera, Ele preparou o momento!
Ela era apenas mais uma improvável, com rótulos, estigmas e colecionadora de maridos!
Ele viu além da religião e dos preconceitos!
Ele um especialista em mudar destinos e dar destino na vida daqueles que ninguém vê nada!
Ele não mudaria somente uma vida, mais uma cidade (Samaria) inteira que vivia sobre forte preconceito!
Ela, a desprezada foi escolhida para essa missão!
Ela bebeu da água viva, e dela fluiu águas que alcançaram uma cidade!
Quando Jesus te encontra, Ele muda seu destino. Ele cura seus traumas, ressignifica sua dor e dá significado para sua vida!
Ele tem uma nova história para você!
Pense nisso e ótima semana!
No Amor do Abba Pater, Marcelo Rissma.
sobre a lagoa de Balos
encandeada por um astro
julguei
a areia mais brilhante
a água mais translúcida
mas o ponto movia-se
esbracejava se tivesse braços
e portanto esvoaçou porque
as asas
douradas por Midas
a plumagem
avermelhada por Leónidas
os olhos
azulados por Hipnos
as garras
enegrecidas por Hefesto
e o bico
esverdeado por Artemísia
acenderam
na memória confusa
da gaivota minóica
o instinto da orfandade.
Pedro Rodrigues de Menezes, “gaivota minóica”)