Texto sobre a Natureza
A Beleza
A dúvida de um ser,
Está aos olhos de quem vê;
Com lágrimas e aos prantos,
Me escondi em um canto;
A Natureza e sua beleza
Curaram a minha tristeza;
O mundo precisa de menos
Muros e mais folhas;
As folhas e as flores,
São frutos de amores,
Que alimentam meu coração
E curam minha solidão;
No momento em que voltei
A ficar são e larguei a ilusão,
Vi que beleza maior é aquela
Que reside no coração.
A lição do mar
Caminhando na beira do mar sentindo a brisa tocar meu rosto, um som divino das ondas quebrando, eu senti que o mar estava vivo, a sabedoria do mar é incomparável, me ensinou que assim como ele que tem as marés altas e baixas a vida também tem seus altos e baixos mas nunca para.
Aí de quem pensa que é dono do mar, ai de quem não respeita suas águas, ele pode ser calmo, brando as vezes mas ele também pode ser feroz, agitado e impiedoso.
Hoje muitas almas descansam eternamente em suas águas e outras muitas irão se juntar a ele, mas aqueles que reconhecem seus limites sabem que com o mar não se brinca, ao retornar à praia, se vire para ele e com um gesto agradeça por ter o privilégio de banhar-se em suas curvas.
Ao anoitecer mais uma vez eu estava a caminhar sobre suas águas na beira da praia, a brisa que agora se tornará um vento tocava mais uma vez meu corpo, o cheiro das águas entravam em minhas narinas, a temperatura era fria mas logo se acostumava, quando olhei para cima me deparei com um céu recheado de estrelas que pulsavam desesperadamente, milhões de estrelas nos observando, esperando alguém as observar de volta. Vez ou outra um risco azul, verde, amarelo ou vermelho riscava o céu e tão rápido quanto surgia desaparecia na escuridão, esses corpos celestes que riscavam o céu iam direto para o mar, sim, mais uma vez o mar. Me peguei pensando em quantas "estrelas" cadentes já se juntaram ao mar. Vish, não consigo imaginar na quase infinidade.
No dia seguinte estava eu mais uma vez caminhando sobre as águas do mar, sentindo a brisa tocar meu corpo, sentindo o cheiro e o som das ondas quebrando, recolhendo alguns presentes que ele nos traz para a praia. O sol estava nascendo, o céu estava um degrade de cores que iam de um azul escuro a um laranja, algumas nuvens passavam sobre mim.
Ao observar as nuvens eu pensei "e pensar que pequenas nuvens uma hora se tornaram uma linda tempestade escura" ao pensar isso olha só que loucura, mais água iria cair do céu e iriam parar onde? Sim! No mar.
Tem uma frase muito conhecida por todos que é "do pó viemos ao pó voltaremos" e então eu fiz uma frase que para mim faz todo o sentido "do mar viemos ao mar voltaremos". E antes de eu partir me virei para o mar e me curvei diante dele agradecendo pela sabedoria que me passou.
A calmaria
Em um lugar tranquilo
O silêncio chega de mansinho ao pé do ouvido
Suas águas paradas têm tanta clareza
Que acalmam a alma de quem contempla a natureza
O verde das árvores nos dão esperança
Que dias mais calmos façam a diferença
Felizes aqueles que fazem dessa paisagem
Um lugar de paz e harmonia sem estiagem
Segundo Pedro Pomponazzi, os antigos filósofos fizeram bem em colocar o homem entre as coisas eternas e as temporais, pois ele não é nem eterno nem puramente temporal. O homem participa das duas naturezas e está metade numa e metade noutra, assim sendo ele pode viver na natureza que desejar. Alguns homens parecem dominar o seu lado vegetativo e sensitivo e tendem a se tornar quase totalmente racionais. Outros mergulham nos sentidos e parecem animais. Outros ainda assumem o verdadeiro sentido da palavra homem e vivem segundo a virtude, sem entregar-se totalmente ao intelecto nem aos prazeres do corpo.
(da filosofia de Pedro Pomponazzi)
Senti-la
A onde eu estiver eu posso senti-la, eu posso sentir as montanhas cobertas de pinhos como se cada um deles quisesse tocar o azul do céu. Eu posso sentir cada cervo a percorrer pelos campos, eu posso sentir as águas dos riachos a transcorrer e transcender pelas pedras e rochas. Eu posso sentir o uivo do lobo assim como também posso sentir o zumbido do grilo e o canto da cigarra a noite.
A onde eu estiver eu posso senti-la, eu posso sentir o orvalho pela manhã, eu posso sentir cada beija-flor beijando uma flor. Eu posso sentir o meu coração batendo apaixonado por tudo isso. Eu posso sentir cada grama, cada flor, cada folha, cada árvore e cada animal livre em plena natureza.
A onde eu estiver eu posso senti-la do olho do falcão ao olho do lince pulsando em meu coração. Eu posso ver e também posso sentir a natureza e toda tua riqueza. Eu posso sentir com certeza... eu posso senti-la, a onde eu estiver eu posso senti-la, transcorrendo viva dentro da minha alma.
Eu posso sentir as montanhas, eu posso senti-la cobertas de neve no inverno. Eu posso sentia a fortaleza e também a fraqueza dentro de mim. Eu não encontrei a natureza ela sempre esteve dentro da minha alma e também do meu coração.
No coração dos grandes homens batem um amor intenso pela liberdade. Um amor pela naturalidade e pela simplicidade das coisas. Um homem livre e indomável a não depender de nada a não ser dele mesmo e da sua própria alma. E a sim morrerei livre como um lobo, livre e indomável como um lobo. Uivando nas planícies encontradas pelo meu espírito, um guerreiro, um xamã. O escolhido da natureza o filho e o príncipe do sol.
Belezas da minha Terra
Ao nosso redor tem maravilhas
Tais como o ar a respirar
Tais como tantas belezas
Que por aí posso encontrar.
Ao nosso redor tem maravilhas
Tais como às aves a voar
São as grandes belezas
Que vêm pro nosso céu enfeitar.
Ao nosso redor tem maravilhas
Tais como às árvores a crescer
São essas grandes belezas
Que nos fazem reviver.
Ao nosso redor tem maravilhas
Tais como o jardim a brotar
São essas grandes belezas
Que passa a nos alegrar.
Ao nosso redor tem maravilhas
Tais como os animais a passear
São essas grandes belezas
Que fazem o olhar brilhar.
Ao nosso redor tem maravilhas
E não podemos duvidar
Dessas tão grandes belezas
Que sempre vamos amar.
Argucia
Sou um animal frágil e pouco competitivo,
sou um cidadão pobre e sem influência;
sou mais um ignorante subnutrido,
e não bastasse minha própria miséria,
ainda sou um perdedor por excelência...
Mas de minha realidade sou consciente,
clássico exemplo de humano angustiado,
as vezes agindo de forma incoerente...
Por vezes deprimido, por vezes irado;
no fundo, no fundo... Um pobre coitado.
Defeitos me conduzem a beira da imperfeição,
sou falho; e por isso mesmo sou humano...
Pois onde somente o mais forte sobrevive,
onde não há espaço para compaixão e delicadeza;
ser humano é subverter as próprias leis da natureza.
Vida é tudo que sei!
Imagina a dor que é para uma mãe perder três de seus filhotes, num segundo estavam todos ali e num minuto depois sua ninhada já não era mais a mesma! Ela grita, cacareja, esbraveja, mas nada de som, saio para tentar espantar seu algoz um gavião grande que pousou na grande árvore, ele voa, talvez não tenha conseguido também o alimento para os seus filhotes, a galinha continua gritando, muito! Faço uma patrulha, procuro por penas, e até mesmo um pintinho perdido, mas não encontro. Vou até a grande árvore e nada! Volto triste, não posso dizer que isto não mexe comigo, poxa são vidas! Queria que eles se alimentasse de frutas, mas não é assim! Porém, observando a galinha ao longe ... conto e reconto, falta três, hoje mesmo pela manhã havia seis! Paro , decidi fazer um rapé, mentalizo ajuda para ela, rogo a São Francisco que amo tanto para ajudar na sua dor. Do nada ela sai correndo do seu esconderijo e os filhotes vivos vão atrás, e para minha surpresa, mas não para a Dona Galinha, vem um pintinho da grande árvore em direção a ela. Ela o recebe e os cacarejos cessam, ela não estava chorando sua dor, ela cacarejava para que o filhotinho soubesse que era para ficar calmo, e ele ficou tão quietinho que mesmo na minha patrulha eu não o encontrei! Ufa! Que bom, ao menos um voltou vivo para casa! Quanto ao Gavião... ah este eu não sei! Honro todos os seres! Ahooow
Divina e graciosa, como uma linda flor,
que em todo coração traz o amor.
Meu coração não resiste a tamanha beleza,
uma princesa, uma borboleta.
Trazendo a razão,
e despertando meu coração.
A mais magnífica alma,
que voa com tanta calma.
A natureza é simplesmente magnífica.
Suas cores encantam e fascinam,
oh senhor.
Como podes ser tão linda?
Lembre-se! Preservar não é uma obrigação. E sim, nosso dever. De olhar e ver quão belo é a criação. Se respiramos é sinal de que alguém cultivou lá no passado. Para que hoje pudéssemos sentir o ar que entranha em nosso ser. Preservar não é uma obrigação. E sim a mais bela atitude de amar. É notar que não seremos eternos no mundo. E que outros virão e precisarão também respirar. Assim como nós, que um dia também precisamos. Plantai arvores! Para que um dia possam se lembrar, ao comer do fruto, que a existência dessa árvore foi fruto do amor, que alguém plantou e outro colheu. E saciou sua fome.
Preserve! Pois vidas dependem da sua atitude!
Se você estiver lutando para salvar uma árvore,
continue!
Não se vença se eles disserem não,
se invocarem um progresso mentiroso,
se rirem de seus ideais donquixotescos
ou se apontarem a tecnologia como escopo.
Precisamos lutar sempre contra os falsos moinhos!
Se você estiver lutando para salvar um rio, a vida de um
animal ou o voo de uma borboleta,
continue!
Não se humilhe se eles disserem que você é apenas um sonhador!
Pois foram os sonhadores, os idealistas, os fazedores
de paz e os bravos-humildes que nos preservaram
este mundo como hoje é nosso.
Haverão de ser os de coração e alma brandos-de-aço, os
nobres de espírito os que preservarão para
amanhã o paraíso-Terra da sobrevivência.
Sejamos todos instrumentos da paz da Natureza.
Assim seja!
Os antigos, contavam histórias de uma gruta há muito esquecida. Onde, um pastor e as suas ovelhas se abrigavam das chuvas, nas estações frias e húmidas.
Nessa mesma gruta, onde o pastor junto ao fogo se aquecia, o rebanho a sua volta se juntava para o ouvir sussurrar cânticos e lembranças de velhos profetas.
Essas pobres criaturas, das lamúrias do seu protetor nada compreendiam, mas ali se sentiam acalentadas, e ficavam....até que as nuvens escuras dessem lugar às estrelas ou quem sabe ao sol. Pois ali, só ao longe se ouvia o uivo do vento e o grito sinistro do mar contra a falésia.
O vento...
...muitos dizem que é silencioso, outros dizem que é barulhento, uns dizem que ninguém nunca o viu, outros dizem que é visto no movimento das árvores ou no bater das asas de um pássaro, alguns dizem que ele traz muita poeira, mas já outros dizem que ele traz a brisa refrescante em épocas de calor, enfim, são muitas as visões sobre o vento, neste sentido existe certo ou errado, ou seria apenas pontos de vistas diferentes sobre o mesmo tema analisado? Uma coisa é fato, somos seres pensantes com conhecimentos diversos e a partir de uma visão A e outra B, podemos juntos possibilitar a criação de uma terceira visão, a visão C, de forma que a evolução seja constante e benéfica ao crescimento dos indivíduos envolvidos.
A Terra e a Lua
A nossa casa no universo e o seu satélite estão em constante movimento em sintonia com a estrela que ilumina todo o sistema solar.
Este movimento dos astros desta nossa galáxia está conectada com a vida neste planeta através da terra, ar, a chuva e a luz, fazendo o espetáculo da natureza se manifestar.
Sou assim...
Do mato, cerrado, da mata, do brejo.
Gosto do cheiro, do pé descalço,
Do vento na cara
Até do sol queimando a pele.
Gosto de olhar, de sentir...
Assim me conecto com o criador
É na natureza que Deus está
Na beleza de tudo que Ele me permite admirar!
Não sou poeta, nem sei escrever direito.
Mas com o coração puro tudo se torna perfeito.
Obrigado Senhor por eu ser desse jeito!
Borboletas
São anjos de Deus a nos alegrar
São fadas a nos encantar
São levezas no ar a bailar
São exemplos que nos convida a nos transformar
São vestidas de arco-íris para nossos olhos enfeitar
Pousam em nossas flores para se perfumar
Tocam nosso coração a nos emocionar
É muita gratidão por nosso sorriso arrancar
E a nossa vida felicitar
É a forma que o Pai encontrou para nossa alma alegrar!!!
Eu queria ser rico
Queria ser rico para poder saborear, não comer.
Para poder contemplar e não só ver...
Para ter tempo de escutar e não só ouvir.
Para saber cuidar, não só curtir...
Queria ser rico para sentir a ternura do calor.
Para aproveitar um banho frio e sentir seu frescor...
Para arrancar uma flor e sentir seu perfume.
Para ter coragem e dizer: Não fume...
Queria ser rico para poder respirar fundo!
Para ter amor suficiente para mudar um mundo...
Para olhar as estrelas numa noite escura.
Para ensinar uma alma o caminho da cura...
Queria ser rico para ter vida e não informações.
Para ter experiências e não opiniões...
Ahh! Como eu queria ser rico!
Sobre o direito, Spinoza afirma que existe no mundo um ordenamento essencial, e dele vem o direito natural que tem por origem Deus. O direito natural é para o filósofo as normas que dirigem a natureza. As regras através das quais a natureza se ordena estendem-se até o limite do seu poder. Se o homem seguir as leis da natureza, estará seguindo também as leis de Deus. Se os homens seguirem as regras e ensinamentos recomendados pela razão, o direito natural irá se expressar através dessa razão, que é a natureza do homem.
(da filosofia de Spinoza)
O DONO DO RIO
O Dono do Rio
expulsou todo gado,
as lavadeiras de roupas,
os plantadores de batatas,
os jogadores de bola
e dominou todo rio.
Prendeu suas águas,
deixou só um fio.
O Dono do Rio
montou um areeiro
para vender areia
por muito dinheiro.
É caçamba saindo,
é caçamba chegando,
e o Dono do Rio
muito mais enricando!
O dono do Rio
construiu mansão,
comprou fazendas,
comprou muito gado,
mas o rio — coitado!
Só foi afundando,
a cada dia sumindo,
a cada dia minguando!
O Dono do Rio
com seus dragões mecânicos,
com sua ganância infinda,
quando menos esperar
ele vai descobrir
que a areia acabou,
que tudo findou,
que a natureza vingou.
O Dono do Rio
um dia verá
que nada é para sempre,
que não é dono de nada!
Que a justiça da terra
pode até ser comprada,
mas a justiça divina
ela vem e não falha!
AQUELE RIO
Aquele rio de outrora
Que passava no Pilar,
Aquele rio caudaloso,
Que prosperava o lugar,
Trazendo vida, renovo,
Pro ribeirinho, pro povo...
Aquele rio... onde está?
Onde está aquele rio
De meu tempo de menino,
Diferente desse fio,
Neste solo nordestino,
De água pouca, a circular?...
Com máquinas no seu leito,
Arrancando de seu peito
Areias para exportar!
Oh, Paraíba do Norte!
Quem decretou tua morte
Neste solo brasileiro?
Rio preso, encarcerado,
Dia e noite saqueado
Por ganância de dinheiro.
Quando serás libertado
Do poder dos areeiros?!...
Ribeirinhos, defendei,
Trazei de volta ao Pilar,
Aquele rio de outrora
Que prosperava o lugar!
Aquele rio vigoroso,
Que seguia, majestoso,
Livremente para o mar!