Texto Pro Homem que te fez Sofrer
UM HOMEM DIFERENTE
Marcial Salaverry
Um homem diferente,
será aquele que, certamente,
conhecer de antemão,
a diferença entre caráter e reputação...
É uma dúvida constante,
sobre o que é mais importante,
se nosso caráter, ou nossa reputação...
Uma "reputação" pode ser "fabricada",
e o caráter é virtude pela vida demonstrada...
São muitos os politicos de má ação,
que tem a chamada "reputação ilibada",
mas quanta sujeira está por trás disso,
e o eleitor fica omisso...
E o caráter com certeza,
é algo que temos conosco
desde quando nascemos,
e nos acompanha enquanto vivemos...
Dele, podemos bem cuidá-lo, burilá-lo
ou simplesmente desprezá-lo...
Mera questão de livre arbítrio...
Mera questão de consciência,
ou de total inconsciência...
Aquele que disso souber,
e ao caráter der o devido valor,
será sem duvida, UM HOMEM DIFERENTE...
Se souber de algum, dê a êle o devido valor...
Marcial Salaverry
Sou machista, mas pago a conta
Sou machista, mas abro a porta do carro
Sou machista, mas levanto para uma mulher sentar no transporte público
Sou machista, mas me levanto para cumprimentar uma mulher
Sou machista, mas ando como homem e não como um menino
Sou machista, mas faço meu papel de dar a uma mulher o prazer de ser possuída
Sou machista, porque homem que é homem valoriza a mulher
Sou machista, porque amo mulher feminina
Sou machista, sou homem, sou a moda antiga
Sou o que sou e graça a Deus, por ser!
Mãezinha
Quando eu ainda era menino
minha mãe cantava cantigas
de ninar. Mas certo tempo mamãe
esqueceu de dizer pra mim...
Que menino quando cresce
vira homem e sente saudades.
Por isto eu canto já que enquanto
a gente canta espanta a saudade
para bem longe.
Mãezinha do céu eu não sei rezar,
eu só sei dizer que quero te amar.
Azul é o teu manto, branco é teu véu
Mãezinha eu quero ti ver lá no céu.
Já faz algum tempo. Mas se Deus
quiser tal dia a gente se reencontra.
Amar é para os corajosos
Isso em todos os sentidos
Amar seus filhos com coragem e discernimento para ensinar o certo sem medo de errar
Amar o próximo sem querer nada em troca
Amar seu homem ou sua mulher sem saber até quando, mas fazer isso de forma vigorosa, intensa e absoluta.
Só isso é que diferencia as pessoas que sabem viver daquelas que deixam a vida passar!
O Homem
E ele o homem, não consegue enxergar o necessário para ter uma vida melhor
E atravessa o oceano e fronteiras de tabus e preconceitos
E ainda vive ultrapassado e dono de uma verdade inventada
E que venha o homem sintético!!
Frio , calculista e materialista
E deixou lá no fundo do baú o sentido real e respeito humano
Para isso e necessário engolir o orgulho feito farinha seca sem água
Tem que queimar a sola de seus pés e voltar para a primeira aula; ser criança
Tem que ir jogando tudo que não presta e recolher tudo que foi deixado no percurso de sua vida
Tem que voltar a rezar, ter fé e crer no milagre
Tem que ajoelhar ao chão e saber que a humildade leva a salvação
Tem que saber fazer a troca, deixar o homem velho e cansado e trazer o menino resgatado
Todos os dias podemos resgatar.......
Este é o milagre de acordar!!!!
Bem ás portas de Lisboa
a terra dos combatentes
os heróis sobreviventes
lá está ela, imponente
a Torre de São Vicente.
Erguida nas margens do Tejo
n´antiga praia de Belém
o glorioso monumento
erguido com sentimento
do mais lindo que se tem.
Bela torre inaugurada
no reinado de Dom Manuel
é um castelo medieval
defendendo esta barra
do maior rio nacional.
Quando lhe batem as luzes
se veem inscrições de cruzes
lembrando a potencia global
deste país que é Portugal.
Hoje Património mundial
Honrando as nossas armas
à entrada da cidade
defende a ordem de Cristo
desde tempos passados
onde já fomos lembrados
até à eternidade.
Lá vai o poeta
Sozinho no tempo
Perdido no espaço
Com o sentimento
Sem o teu abraço
Foi-se o momento
Ficou o cansaço
Sem eira nem beira
Naquela esplanada
Sentindo o vazio
Sem a sua amada
De olhar fulgente
E o corpo quente
Sabendo somente
Na verdade nada
Passa um segundo
Contemplando o mundo
E naquela hora
A dor o devora.
Passa mais um dia
Sem a companhia
Numa sinfonia
Muda e vazia.
No campo dos meus amores
vivem poetas e cantores
há ovelhas e pomares
floreado com mil cores
numa cabana lá perdida
mora aquela rapariga
de olhos verdes cintilantes
que brilham como diamantes
de pernas brancas como leite
senti mesmo um deleite
é uma bela camponesa
com elegancia de princesa
numa manhã de primavera
encontrei-a à minha espera
foi quando tudo começou
até que este sonho acabou.
Na quinta dos plátanos verdes
sombria de madrugada
numa alvorada gelada
erguida por entre pilares
entre tempos milenares.
Palácio de muitos andares
nascida de velhos reinados
das guerras de tempos passados
de escravos ali maltratados
que nunca puderam ser nobres
pois nasceram entre os pobres.
Naquela herdade imponente
foi ensinada muita gente
os jovens jogavam à bola
e livros levavam prà escola.
Entre frases e poemas,
alí nasceu a esperança
onde ficou esta lembrança
daqueles tempos de criança.
Ontem eu sonhei com você
Pude toca la novamente
Pude beija la novamente
Ontem revive a alegria de lhe abraçar
Ontem revive a sensação de estar com a melhor pessoa do mundo
A sensação de ser o homem sortudo do mundo
Por estar do lado da melhor mulher so mundo
Ah mas bela
Sua beleza vai além da cor negra dos seus cabelos
Alem do vermelho de seus lábios
Sua beleza vai alem de seu rosto rosado do sol
Vai além dos seus olhos castanhos da cor de mel
Sua beleza vem de dentro pra fora
Seu sorrizo meigo
Sua voz suave mesmo quando esta irritada.
Mas infelizmente acordei
E vi que sou o homem mas burro do mundo...
Pois acordei e vi que vc nao estava mas aqui.
Vinte e nove
Fui encontrar-me a mim
em um encontro atemporal,
numa estação sem plataformas,
em meu terreno sem local.
O eu que era e agora jaz
e o eu que aqui se faz.
Passado e presente diante de si,
sem quaisquer dizeres, apenas um encontro de olhares.
Quanto daquele me pertence ainda ser
e quanto de mim se perdeu comigo?
Vi descer uma criança em corpo de homem feito.
Trazia fogo nos olhos e sonhos no andar.
Não hei de afirmar que hesitou ao me ver amarrotado,
de sonhos torcidos como as roupas de lavadeiras de rio.
Apenas um reencontro de olhares,
uma parada prévia para um café sem prosa
e o abraço íntimo entre um homem e um menino
que ‘sendo’ me sonham seguir.
domingo
O pequeno homem caido no chão
No tapete ele dorme
Cansou sua mão
Tocou, tocou... dormiu
O violão trocou de mão
O teclado funciona!
Violão, tapete, carron, pastas
e o pequeno homem no chão
O teclado funciona!
Voz e som.... medo...
Teatro, música, poesia...
Nada dito
nada combinado
Nunca aos domingos...
Já é segunda!
Sabe vou dizer uma coisa sobre mim
eu sou mau
eu nao presto
eu sou um miseravel
eu falo mentiras
eu roubo, eu engano
eu sou traidor
mas DEUS é extremamente bom
me dá a chuva, o sol
o amanhecer, o anoitecer
deixa os legumes crescerem para eu comer
deixa eu viver nesse planeta maravilhoso mesmo eu destruindo tudo
e nao dando valor
Como definir servidão segundo Ettiénne La Boétie? E o que seria a servidão?
Se a liberdade é um bem tão caro e tão precioso para nós, por que alguém consentiria em se submeter e ainda contribuir voluntariamente para a privação dela? Por que apoiar de modo voluntário essa condição que ninguém quer estar? O que temos que observar para se ter uma ideia do absurdo que é estar submetido a um tirano, é que o tirano é um homem só, uma pessoa como qualquer outra, de carne e osso e com limitações humanas comuns a todos. Como é que um único homem pode inspirar medo em milhares de outros? E será que, quem o serve voluntariamente, o faz por ter medo? A possibilidade de que a covardia é a causa da servidão é imediatamente descartada, é possível que um homem tenha medo de outro, mas impossível que cem milhões tenham medo de um só, para manter os outros sobre o seu jugo, o tirano utiliza uma hierarquia de pequenos tiranos abaixo dele, um grupo pequeno de bajuladores que se aproximam dele com o objetivo de obter vantagens e com isso tornam-se cúmplices de sua tirania. A esse pequeno grupo de indivíduos é dado o poder sobre uma determinada província. Cada um deles tem um conjunto de subordinados que dão apoio ao seu poder. Estes por sua vez também tem seus subordinados que possuem outros subordinados e assim, por conseguinte até chegar às massas. Com isso, o tirano mantém seu poder através de uma hierarquia de indivíduos que estão interessados em participar do poder do tirano para adquirir benesses, condição do ser submisso a uma servidão voluntária, além dessa hierarquia, o tirano também usa outros artifícios para manter seu poder. Eles privam seus súditos da educação, pois aqueles que pensam representam uma ameaça em potencial ao poder deles; eles embrutecem o povo, ou seja, idiotizam as massas através de "iscas da servidão", como a política do "pão e circo" por exemplo; utilizam a religião como meio para manterem os súditos obedientes e sempre lançam mão de discursos demagógicos onde afirmam que seu objetivo é o "bem público e o interesse da nação".
Como nos habituamos facilmente a servidão e como ela é uma força que contribui para perpetua-la através de vontades submissas. Indivíduos livres, quando imediatamente subjugados, servem ao tirano de modo forçado. Porém, quando os indivíduos já nascem sob o jugo da servidão, encaram seu estado como natural e dessa forma, a sujeição ao tirano é aceita e passivamente consolidada. Isso significa que quando alguém nasce numa sociedade onde servir voluntariamente é um costume de todos, essa vivência acaba sendo incorporada à formação e ao desenvolvimento do indivíduo. Assim, ele aprende a encarar com naturalidade a estar submetido ao tirano e enxergar isso como algo absolutamente normal.
Como acabar com a servidão? Ettiénne La Boétie nos traz uma resposta simples, porém profunda: não consentindo com ela. Deixando de financiar o tirano. Não consentindo. O tirano só tem o poder porque existem pessoas que estão dispostas a servi-lo. Se essas pessoas simplesmente deixassem de obedece-lo, o poder dele ruiria naturalmente, sem que fosse necessário fazer qualquer esforço. Não é necessário nem que haja uma luta armada para derrubá-lo. Basta simplesmente que ninguém o obedeça. O poder do tirano é como o fogo, para extingui-lo, não é necessário jogar água, basta apenas que não seja alimentado, diz Ettiénne Lá Boétie, aos cúmplices do tirano que servi-lo em troca de bens é a pior decisão que eles podem tomar, algumas razões para isso:
(1) servindo ao tirano eles acabam renunciando a própria liberdade.
(2) não basta obedecer ao tirano, é necessário também agradá-lo.
(3) O tirano será inconstante para defendê-los e os esmagará sem remorso quando lhe for conveniente.
(4) não se pode esperar amizade do tirano pois ele não vê seus cúmplices como amigos, mas como pessoas que trapaceiam e mendigam seus favores.
(5) O tirano nunca ama e nunca é amado.
(6) O tirano é alguém que aprendeu que está acima de todos, que nenhum dever o obriga e que sua vontade é a lei.
A liberdade é um direito natural, sendo totalmente desnecessário questionar isso, pois não se pode manter alguém em servidão sem prejudicá-lo, todos nascem com a paixão pela própria liberdade e ninguém é privado dela sem antes oferecer firme resistência. Ettiénne exemplifica isso mostrando que os próprios animais resistem quando vão ser capturados, acostumados desde sempre à vida livre, quando são capturados, não resistem ao cárcere, definham e acabam morrendo precocemente. Quem mantém alguém em servidão, comete injustiça e não há nada que seja mais contrário a natureza do que a injustiça. Nossas diferenças de aptidões naturais e talentos, como força e inteligência que são mais presentes em uns do que em outros, não existem para que vivamos guerreando uns contra os outros, essas diferenças são úteis para que aqueles que tem mais possam ter a oportunidade de demonstrar afeição fraterna para os que tem menos. A ideia de que só é feliz quem decide ser livre de toda servidão, mas não abandona seu ser por uma liberdade mórbida de um passeio no shopping atrás de cérebros.
Da minha cruz vou fazer um remo
E vou remar, remar e remar.
Se em altas madrugadas avistar
Um homem que caminha sobre o rio
Eu vou saltar ao encontro Dele e
Por cima das águas eu vou andar.
Sozinho eu sei que não vou conseguir,
Sozinho eu sei que posso ate cair,
Mas se o Mestre esta na frente
Eu não vou temer a escuridão.
Perispírito
Presbito da arte das palavras
Incorporado pelo teu amor
Do tempo que hoje prescindo
Habitas no meu perispírito
abnegado da tua presença
Abismal dor em mim descambou
propagada pela tua ausencia
presciente da tua existencia
esperarei incorrendo em demencia
na deletéria esperança de te ter
de preciosa que és minha flor.
Gratificante és na tua essência
Sinto-me ungido em complacencia
Na marcha ascencional desta paixão
purgando-me as impurezas da alma
Das causas perniciosas do passado
subvertido por falsas virtudes
profundamente exilado na calma
encarnando teu perdão fraterno
reconsolidado pelo teu amor
latente pela eternidade.
Resplandece o principe poeta
Magnanimo por entre as chamas
perdido nas asas da paixão
lutando por sua cinderela
entre as belas a mais bela
Como um guerreiro sagrado
rumando contra o passado
No cavalo alado do amor
desaimando sua espada
dissertando sua amada
firmando a sua verdade
rompantemente cantando
vibrantemente entoando
perene em sua vontade
poemas do seu coração.
Bela que tu és em teus encantos
ao som da tua voz dançam os anjos
é como uma melodia sem sentido
é como um soneto ao meu ouvido
e agora deixaste-me a pensar...
será que contigo irei ficar?
é mesmo a história da minha vida
leva-me contigo minha querida...
deste coração nasce o sentimento
e fico contigo no pensamento...
Poeta do reino dos sonhos
Que hoje vive incongruente
Pulsando um coração fulgente
Nas apocalipticas fronteiras
Acompanhado pelas guerreiras
Da orgulhosa temeridade
Combatendo eternamente
os fantasmas do passado
perdidamente apaixonado
levando espadas de amor
rompantes de tanto calor
luta nos mares da paixão
a catastrófica solidão
la vai o poeta guerreiro
grão sucessor e herdeiro
da odalisca perdida
que um dia lhe será querida.