Texto para o Namorado Se Ligar
No meio daqueles riscos de pessoas que passam apressadas para lá e para cá, num olhar ao mundo mais rebaixado, com a mão estendida e uma caixa ao lado, estava o homem pedindo algo. O primeiro finge não ver, O idoso resmunga algo, a criança para por alguns segundos, em seguida corre para a mãe que logo diz ser o “homem do saco”. E aquele homem, lá, no meio daqueles riscos de pessoas que passam apressadas para lá e para cá, do outro lado da calçada, agora com as duas mãos estendidas, olha para cima, em seguida aperta os olhos fundos pelo incômodo do sol intenso que fitou-os e queimou-lhe a face. A mulher que passara segurou a bolsa, o jovem saudável deu de ombros, e uma criança estendeu-lhe o sorvete que levava lambendo, mas logo foi puxada pelo braço pelo pai que pareceu não ter notado o ato. O homem então abaixou a cabeça e sussurrou algo. Sussurrou algo que só o cão magricelo que ali estava sentado ao seu lado como sua única companhia, com a boca espichada nos cantos, se coçando, pôde ouvir. Não pediu uma esmola, meu Deus, nem pão. Pediu pra vir a chuva, regar sua pobre solidão.
A saudade nunca é par, se fosse não teria ninguém a sentindo. Se par é presença, saudade é ausência, e ausência nunca é dois. Saudade jamais será par. Pode ser até sentida por dois, mas cada um em seu tempo. A de Rosa vem quando acorda, do Zé um pouco antes de dormir. Saudade não é par. Par é ser feliz.
Não vou dizer que não fui contra; eu fui. Disse “não, não e não!”. Tirei água com o balde que tirava bem menos que a rapidez com que entrava. Escondi a chave, dei as costas, fingi não ver, não sentir. Tentei. Eu nadei feito náufrago em desespero temendo sucumbir-se. Eu subi na árvore, eu me escondi sem nem a brincadeira ser essa. Eu entrei no porão, eu subi para o sótão, pus as mãos ora nos ouvidos, ora no rosto. Cantei mais alto que meus pensamentos, meus sentimentos. Não funcionou. Corri, acredite, e nem sequer olhei para trás. Tentei lembrar de esquecer, fingi esquecer de lembrar. Mas não deu. Nunca dá.
Às vezes penso que deveria ser mais velha. Talvez para ver a vida acontecer como desde já suponho. Mas ao mesmo tempo que penso nisso, também penso em quem sou. No meu eu, no meu âmago, na minha parte intangível, e que forma o meu caráter. Não que eu desconsidere a experiência contida nos anos. Sei que ela existe! Mas quando olho para mim, não é para vigiar a aspereza em minha pele, e sim os valores que me dão peso por dentro. Sendo assim a idade não vem ao caso; desde que eu me esforce em ser um problema a menos no mundo.
Amor tranquilo é aquele no qual existem as cobranças, os ciúmes e todas as turbulências que sempre virão vez ou outra, mas que não ficam em grau mais alto do que a paz, porque muitas vezes, antes mesmo da pergunta surgir, o outro já responde, o outro já comete um ato que limpa a lama, o outro já demonstra que não faz o que não gostaria que com ele fosse feito, o outro entende o que ficou mal esclarecido antes de precisar da intimação, o outro capta o que você está indagando antes que indague, não só por conhecer você, não só pela intimidade, mas por sempre lembrar de deixar claro o que ele gostaria que por ele também claro ficasse, caso os papéis estivessem invertidos. Amor tranquilo é aquele no qual os questionamentos já vêm seguidos de uma certa certeza e calmaria, porque os valores se encontram. Amor tranquilo é aquele no qual qualquer diferença é bem-vinda, mas a semelhança está nos princípios de um relacionamento, do que é respeito, do que é somar, do que é um impulsionar a vida do outro. A paz reina quando as brigas existem, e jamais elas estão em constância, jamais a mesma muito depois de já ter sido finalizada, jamais também sempre a-calma, mas sempre há calma pelas certezas que ficam em primeiro lugar. Porque tem a importância, e ela nunca é estática, ela que é observadora pelo cuidado, ela que é detalhista, que desencadeia certas loucuras por tantas análises, que dá bronca, bronca sem precisar sofrer. O resto nem é amor. Amor turbulento é tudo, menos amor. Amor turbulento faz com que o bem-querer passe a ser rebaixado, e onde ele não existe, não é casa. E o amor nada mais é do que onde morar tranquilo. Em alguns cantos da sala ou quarto, você tem que tirar uma poeira mais difícil, tem que fazer faxina, tem que cuidar de forma mais árdua, mas não há outro lugar onde gostaria de dormir, porque ali você dorme seguro, você dorme deitado nos pontos de afirmação. Tudo sempre moeda, tudo sempre caberá em ondas. A questão de ser tranquilo é dar mais paz do que zunido, é a predominância do que percorre no coração. E tudo o que sangra mais do que estanca, não vale a pena ficar na balança. Tentar criar um maior equilíbrio só é válido para o que pesa no peso mais leve.
A história nunca é a mesma. Algumas, bem floreadas, são as que reinam nos jardins. Mas, passado o tempo, suas folhas são cortadas e as partes secas caem espontaneamente. É o destino e fim da história. Existem muitas histórias que não estão, mas que deveriam estar orvalhadas de grandeza; sempre em capa de revistas.Sem perceber que o cartaz, tal como o tempo, é fugaz. E na perda da velocidade, vai sozinha com a saudade para as lembranças. Pode assim, ao peso da dor, o escritor compor textos de alegria? Pode outro festejando o amor escrever em versos a dor e a nostalgia? A história do escritor sempre vai existir. Mesmo aquelas dos escritores mestres do fingir. Eles sim, talvez... Eles que, ao peso de uma dor pungente e triste, ainda fazem o leitor rir. Seriam capazes de tanta falsidade ao dizer em palavras o que não estão sentindo? Como abandonar inspiração e narrar falsa sensação embora ciente de que está mentindo? Vejo sempre nelas, até nas não tão belas, algo agradável. Seja o tom, a expressão, a inteligência, a afabilidade, enfim, a simpatia e admirável atitude que demonstram em relação à sinceridade assumida, naturalmente, por meio dos sentimentos. Mas vou selecionar as salvadoras e que me fazem voltar o verde à natureza. As histórias de águas redentoras e que trarão mais fartura e riqueza. Vou procurar as histórias criadas por irrigações celestes, mas que na terra investiram suas vidas em prol do escritor. Histórias que lembram a fome no Nordeste e a falta de água no sertão agreste. Histórias de um povo que sofre há varias gerações. Histórias de um povo que se tornou presa fácil daqueles que iludem com a prometida solução do açude.
É preciso aprender a crescer, viver e ser ‘gente grande’, é preciso aprender abraçar como uma porta fechada, que prende o medo e a incerteza do lado de fora. É preciso aprender ser lugar seguro, onde nada assusta. É preciso saber a hora de abrir esse abraço e deixar que o outro se vá. Porque ele também aprendeu a ser “gente grande”.
Produzir conteúdo através das palavras é dar à luz um filho. Tarefa árdua. Dói. É andar de um lado a outro incomodado. Dias, horas e mais horas e nada sai. Se estivesse digitando numa máquina de escrever, rasgaria folhas e mais folhas. O cesto de lixo estaria abarrotado. Mas, depois de todo o sufoco e dor, o texto finalmente nasce. E toda agonia desaparece, ao ponto de nem nos lembrarmos dela.
Me tornei um grande escritor, comecei com palavras simples e usadas no dia a dia, não era um intelectual, era considerado como esquisito, estranho e uns diziam que terminaria a minha vida numa clínica para loucos. O sonho de se torna alguem importante no mundo, quando era moleque, ele revive, fazendo me despertar para algo grandioso, viver uma vida de conhecimento em uma grande universidade conceituada no mundo, viver grandes amores, viver intensamente cada momento, com cada pessoa que estivesse ali. A idéia de mudar o mundo, fazer com que todos vivam igualmente, não era só um sonho de criança, era um sonho da vida toda. Eu não tinha esse poder de mudar o mundo, não o mundo, porque ele não precisa ser mudado, nós que precisamos mudar, eu mudei, talvez ainda sejoestranho, esquisito, louco, mas consegui colocar em crônicas, romances, poemas e fazer grandes artigos que pudesse de alguma forma mudar, não o mundo, mas as pessoas que nele vivem.
Fico pensando onde está você. E se você estaria pensando em me encontrar. Como sou, onde estou, onde quero chegar? Como sou, como é que vai ser, onde vou te levar? Mas se você me ver, pode acenar pra mim, já pensou que louco te encontrar assim? Eu vou na boa, vou na fé, sei que vou te encontrar. E quando eu te encontrar nós vamos comemorar!
Todos podem te fazer sorrir mas nem todos te farão feliz, pois não entrego em suas mãos motivo de tu sorrir mas sim motivo de estares feliz, em paz com sigo mesma, não ignore as palavras que saem da minha boca pois elas não saem como eu anseio que saem mas sim como o que eu sinto por te que diz de me o que eu anseio. Não posso te prometer o sol a lua o mar os oceanos, todos sorrisos lindos que até hoje já foram dados, mas se a sua felicidade depender de me isto te entrego de corpo e alma, pois a minha depende de se, por isso estou cá pra te dizer se comigo tu quer namorar e pra sempre te fazer feliz, te dár cada pranto de alegria, cada lágrima de felicidade em cada delicadeza do meu toque, não acham felicidade no interior de um sorriso mas sim um sorriso no interior de uma felicidade, o sorriso que está em meu rosto a um chamar se alia, sua felicidade, nunca estarei em paz comigo mesmo se antes tu estar, tudo bem são palavras simples de expressar mas nunca ditas com tanto fervor de um homem apaixonado, não te pesso para estar comigo mas dár-me uma chance de fazer florir sua felicidade a cada manhã quando o sol tocar sua pele depois de eu a tocar por noite intera com a lua como testemunha, não são anexos o meu encanto por se pois estas palavras somente para se encantam-se cada uma delas não te pesso, pouco sei bem que é muito o que te pesso te fazer feliz, pois essa tarefa é mais difícel para te do que para me pois para me é uma honra fazer florir o jardim do seu lindo encanto que nasce em um coração nobre como o seu transbordam em olhos resplandescente como seus vivem em rosto macio como a neve e morrem em lábios mas gostosos que qualquer prato os seus, disse o muito do que quero para se, não te disse ainda que o motivo que me alivia das dores, o motivo que vivo sorrindo cada dia, não o disse estou cá pra te dizer que gosto de você, não dúvide que estou apaixonado por se pois esto, não posso te dizer que te amo mas se quiser este cara como seu jardineiro para cuidar do seu jardim, para fazer florir cada rosa cada encanto que vive e habita no seu jardim, veras que não só te amo que também por ti eu morro, não estejas constrangida com as palavras, pois sei que palavras são palavras por mais lindas que sejam nunca deixaram de ser palavras então não quero só professar milhões de palavras mas sim bilhões de carinhos que tenho guardado desde o dia que a conheci, pois desde este dia me sinto individado comigo mesmo, que tenho que a fazer feliz não te dár um simples sorriso mas sim uma felicidade onde habita todo tipo de pranto de sorriso. Sei que agora que estas lendo está mensage que fiz com tanto fervor estas sorrindo, porque estas sorrindo bem sabendo que não só te professo um simples sorriso mas também tudo que um cara apaixonado pode oferecer para sua amada, que é um universo onde pode se aliar os teu sorriso, o tempo não é dinheiro mas sim disperdicio de um istante que pode mudar um simples sorriso em uma felicidade eterna. 16:37,Qui 25-12-2014
"E fecho a porta do escritório, relembro memórias, folheio aquele livro que ainda estou para finalizar. E é nas páginas em branco dos meus pensamentos e nas folhas arquivadas em meu coração que descobri o que fui fazer ali: alimentar minha sede de viver e amar você." Victor Bhering Drummond.
Encostei-me na parede, olhando a estrada, esperando você passar. O sol se pôs, o frio veio, e só conseguir ver as janelas da vizinhança se fechando para o negrume da noite. Ao invés de esperar mais, abri minhas janelas, olhei para dentro de mim, e vi que ali havia caminhos mais interessantes que me levavam a mundos em que não precisaria mais esperar; só amar." (Caminhos - Victor Bhering Drummond)
Ali pela janela era possível ver as pessoas caminhando devagar. Não pela falta de pressa com os compromissos ou de entusiasmo, mas porque escolheram apreciar a garoa cessar, a neblina se dispersar. Casais se namorando com os olhos e olhando as vitrines, na esperança do sol nascer. E se ele não viesse, tinha valido a pena diminuir o ritmo do mundo para sentir o compasso do coração. (Vida pacata - Victor Bhering Drummond)
A gente senta para tentar entender o movimento do mundo, o colorido das roupas, o grito que há nos silêncios. Mas não encontra respostas. Então nos despimos da própria observação para fora e miramos o que há de mais essencial: o amor invisível, às vezes incompreendido, mas que ainda vale a pena espalhar. Só com ele entendemos o movimento do mundo que se passa lá fora. (Movimento do Mundo - Victor Bhering Drummond)
"Fui desbravar o mundo na bicicleta da minha imaginação. Não tão rápida quanto os carros, em que não poderia observar os detalhes da vida. E nem tão devagar quanto os pedestres. Assim poderia descobrir o cotidiano no tempo dos poetas." (Diário de um ciclista - Victor Bhering Drummond)
(...) Viver intensamente não é sair por aí "não ligando". É ir podendo voltar. É lembrar que o mundo é gigante! Mas só para quem pode voar sabendo que tem ninho de aterrissagem. Só para quem se preocupa em escolher, abdicar do trivial, manter promessas. Porque para os maus, analise, o mundo é pequeno.
O erro não foi você sai da minha vida, mas eu não ter te agradecido por isso. Logo percebi a sua outra face. Mas eu não as chamaria de imperfeições. Afinal, essas todos nós temos. Eu falo do seu egoísmos. Hoje, o fim faz mais sentido. Alguns poderiam enxergar nessas palavras o meu ressentimento ou mágoa. Mas não me vangloriso por isso. Eu te agradeço por isso. Obrigado.
Há pessoas que envelhecem adquirindo e repassando conhecimentos, estas contribuem não só a seus objetivos, entretanto há outras cobertas de ignorância, não de maldade, acredito que a maldade não exista, mas sim a ignorância, li a respeito dela, e ela explica todos os desvios de conduta que atrapalham o ser humano, a ignorância. Quando se tem alguma forma de poder é extremamente fácil potencializar a ignorância, todos somos ignorantes, alguns menos outros mais, buscar o conhecimento e não aplicar pode ser a escolha da ignorância ao invés da razão. A luz para muitos pode ofuscar ao invés de iluminar, mas saibamos perdoar para que também não sejamos ignorantes.
Família, às vezes, complica. Enche. Torra a paciência. Tem, tantas vezes, o sentido de decisão demasiadamente diferente do que a gente pensa. Faz até a gente ter vontade de ausentar-se um dia ou outro. Ou outros. De achar-se sozinho. Como se, estar sozinho, fosse algo a concernir com a nossa liberdade de vida. Quando a gente tem família, de quando em quando é assim que a gente pensa. E pensa. E torna a pensar. Mas, um dia, a gente repensa. Porque liberdade de viver não é assim. Assim, é imaturidade de viver. Um dia a gente repensa. Repensa quando família não é mais família. E não é mais família por motivos copiosos. Uma hora, família pode ir embora. Partir pra longe da gente. Partir pela morte. Pela desistência. Pelo abandono. Pela aparência justa. E pela injusta também. A grande verdade é que não importa quais motivos constroem a partida. Não importa nem se a partida é justa ou não. Porque de viver a vida e continuar vivendo, a gente aprende que, na verdade, família não complica. Mas implica. Na felicidade. Na paz de se ter e se achar um seguro no porto. Família enche, mas não o saco. Enche, de paz, a alma. É na alma que a gente sabe de onde a gente veio. Quer paz maior que essa? É na alma que a gente reconhece o que é nosso. O valor de tudo. Família não torra a paciência. Mas torra os desamparos que a vida traz. Pensa uma coisa: que abraço apertado não torra uma dor? Que estender de mão, não torra uma solidão? Que sorriso não torra um desespero? Torra mesmo. Enche mesmo. Família é o tudo que a gente tem de luz. O que a gente precisa é aprender a viver em família. Sabe por quê? Porque a vida da gente é uma peça de teatro que não nos permite ensaio. Conseguinte assim, bem aventurado mesmo é amar. E dar flores em vida, antes que a cortina da vida se feche e a peça termine sem aplauso algum.