Textos emocionantes para cerimônia de casamento
Advento
Como ato e consequência
Teu olhar e meu sorriso
Teu cheiro em meus pulmões
Ao sentir eu paraliso
Como à soar um aviso
Que o amor está por vir
Impetuoso, árduo, e viril
Doce, suave, febril à tinir
Consuma-se a esperança ardente
E o coração pulsa latente
Sua chegada à almejar
Sua constância à desejar
Vem amor
pode entrar
Espero que goste,
e queira ficar.
Ana Luiza Cirqueira
Torne-se imortal!
Como pesa uma página em branco, mas ou é falta de conhecimento ou falta de vontade ou falta de coragem mesmo. Ninguém é uma página em branco e escrever é um exercício fundamental para organizar ideias, uma forma de revelar conteúdos e de mostrar sua individualidade. Gosto de ler os compositores, os poetas e o que as pessoas escrevem, porque na verdade aprendemos com todos. A literatura não é mais que algo muito pessoal, uma forma definitiva de se expressar, pois identificará você para sempre e mesmo após essa vida! A maneira de ver, compreender e revelar o que só existe na sua forma de entender o mundo. Por isso não abra mão da sua liberdade de pensamento e de se comunicar (pela escrita) sempre...
Rodrigo Furlan
Sei lá, é que agora é diferente... Mesmo cheia de incertezas e à frente de portas entreabertas, estou tão contente. Não me pergunte o porquê, eu não saberei lhe responder. Também não pergunte sobre o meu eu, você não compreenderá.
Eu simplesmente respiro profundamente olhando no espelho. E neste intervalo entre inspirar e expirar, tenho plena certeza que estou melhor assim. Vazia não da alma, mas sim de você, de sua insignificância.
A HORA CERTA
Foi ali, Seu Moço. Que cansei de relutar. Naquela esquina ele abraçou todas as minhas dores estomacais e fez com que eu reparasse que nunca deixei de acreditar no bom da vida. E foi ali, Seu Moço, naquele outro canto, ó, que eu cometi a tolice de dizer que não era a hora certa. Juntei minhas fobias não causadas por ele, minhas cicatrizes, sustos e assombros pretéritos, formei uma imensurável bola de horrores na garganta e na coragem e, simplesmente, joguei tudo pelos ares, escorando na minha desculpa sincera de que achava não estar em uma fase propícia para algo maior.
Foi numa quinta-feira cinzenta que ele surgiu com sua paciência de Jó, e, apesar de ter sido inesperado, foi simples, nada parecido com os romances que assistia e anotava na minha libido. Mas foi mais mágico do que todas as histórias que vivi, até mais do que aquelas que causaram textos até hoje. Porque foi real, sabe, Seu Moço? Foi de uma segurança imensa. E assim fui aprendendo que o fascínio do amor não está apenas nos grandiosos acontecimentos, mas sim, nos detalhes que ele permite enxergar, na leveza da leitura. Se não está dando tranquilidade o suficiente para granjear as vírgulas mínimas e incríveis que estão passando, é porque não é amor. Não tem como algo que depende assim da amizade, surgir das turbulências.
Não senti e nem sei se sinto que é a hora certa, não sinto que estou curada dos últimos socos que levei no tórax e nem que posso entregar todos os pontos enquanto ele ainda está na porta, mas cansei de querer encontrar gente que presta na hora exata. Já joguei janela afora outros que pareciam ser dignos, apenas porque a minha fase não era a mais estou-aguardando-um-casamento. Depois, com ele, fui vendo que é burrice limitar as oportunidades por bloqueios momentâneos. Que é como ter o bom e o ruim e optar pela imprudência do negativo, perdendo o que pode nunca mais encontrar e ficando com o que hora ou outra, vai esvair.
Que insensatez quebrar o inabitual por algo comum! Comum é esta rachadura que prendeu meu pulsar, comum é esta fragmentação que todo mundo recebe, uma vez que seja, dos infortúnios. Comuns são as aversões criadas pelos péssimos rastros dos comuns. Costumeiros são os pés oscilantes e o que fiz naquele canto. E inabitual é o que eu tenho, ou tinha, nessa possibilidade.
Quero dizer para ele que pode entrar, sabe, Seu Moço? Quero que ele saiba disso. Que a hora certa é a gente que faz, que quero que ele me ajude a fazer. Que não é para ele tascar a nossa esperança em um jarro de flores mortas e fincar os pés aqui sabendo que é por tempo contado. Nunca fui de querer ficar em nada tendo ratificação de que teria mesmo um final. Então, se aqui ainda estou, ele deveria saber que é porque nunca dei para trás, nem mesmo um pouquinho. Sim, preciso ainda contar que tem muito turbilhão por vir, mesmo que esta paz imensa que ele me traz continue a grudar nas solas dos nossos sapatos. Porque nunca é fácil. Só que a parte mais rara a gente já tem, que é a naturalidade, aquela sensação gostosa de sentir que está em casa, aquela intensidade rápida e não forçada. Que espero, ao menos, que para ele ainda exista, que em alguma pontinha das suas costas bata em permanência um fio de crença em se mudar para cá.
Eu não vou estar brincando se disser que mudei de ideia, que na verdade, desde o começo meus sentidos apontaram para não ir, para colocar mais papel na impressora. Mas será que ele vai acreditar, Seu Moço? Será que ainda vale a pena dizer? Queria saber se ainda existe aquela mesma vontade e constância dele, entende? Queria gritar que nunca mais vai existir hora certa ou errada, que isso é pura ilusão. Que verdade mesmo é o que faz sentir, e ele fez.
Foi naquela esquina, Seu Moço, bem ali, que soube desde o começo que era ele. E foi naquele canto que estraguei tudo. Ajuda, Seu Moço, essa gente confusa que está escolhendo errado, e a mim. Preciso fazer ele voltar àquela esquina comigo e deixar aquele canto para trás. Porque, Seu Moço, ele precisa saber que se ficar, eu não vou mais.
É normal querer chorar e não conseguir?
Fiz o que me mandaram, tentei ser eu mesma, tentei proteger quem amo, tentei não ser rude. Fiz o que me indicaram… Coloquei-me em frente da fera, tentei proteger a pobre presa, mas a fera atravessou-me como se meu corpo fosse ar.
Falhei miseravelmente e agora a presa sou eu.
É normal querer fugir e não conseguir?
Fiz o que o coração me martelou para fazer, tentei parar, tentei começar, tentei continuar.
Fiz o que minha mente achou certo e agora o sangue que escorre é meu também, novamente meu… Sempre o meu. Desta vez misturado, mas meu.
É normal querer gritar e não conseguir?
Fugiu-me tudo por entre os dedos, os que amei, os que me amaram, os que amo e os que me amam, novamente o meu corpo entre a presa e a fera, de novo e de novo meu suor, minhas palavras, meu sangue… Meu coração.
Sabe,existe um lado na escola que poucos ou ninguém entende ou vê.Tem aquele aluno que vive de cabeça baixa,sempre dormindo ou pensando.
De cabeça baixa pensando em todos os problemas que se passa em casa,com amigos, trabalho,pensa em suas dificuldades,pensa em seu relacionamento,pensa no presente e em como sera o futuro.Mas bate aquela dor de cabeça só de pensar né ?
Uma vez,resolva abaixar a cabeça no meio da aula,se desligue do mundo,das pessoas,de você mesmo,comece a reparar os barulhos,um por um,chuva,pessoas andando,pessoas rindo,papel rasgando,o lapis passando no caderno,o giz no quadro,isso vai te distraindo e quando percebe,não ta mais pensando em seus problemas e tudo mais.Escola não é só para aprender, você ensina também e no fim acaba gostando de sempre abaixar a cabeça e sentir tudo isso em volta.
O Primeiro Encontro
Era tarde
Pôr-do-sol
Quando ele chegou
Foi ela quem o encontrou
E do lado ficou
Ele virou, e não acreditou
As pernas sambou
O coração parou
E com um abraço apertado
Assim chegou
O dia tão esperado
Segurou forte as mãos
Até o último segundo
Pois ninguém sabe ..
Pode ser o primeiro
E também o último.
É assim foi
O primeiro encontro
Nós dois no Porto
Segunda-feira
Primeiro de Dezembro.
Quando pensamentos de infelicidade amorosa se apodera da nossa mente e da nossa vida apenas precisamos respirar fundo.
Depois do fim de um relacionamento duradouro ou intenso, temos a infelicidade de pensar que a vida acabou ali.Que já não seremos felizes nem teremos direito a uma vida com mais sorrisos e menos lagrimas, com mais oportunidades de sermos felizes. No começo não passa de um vazio total, uma luta dentro do nosso cérebro, detentor de umas da partes mais valiosas da nossa vida .. as memorias, lutamos para que lembranças não venham ao de cima, que aquele sorriso não apareça daquela maneira, aquele olhar do costume ou ate mesmo que aquele cheirinho não nos faça ir as lonas antes mesmo de começar a luta. E um ciclo vicioso com prazo de validade se não for alimentado.Andamos tristes , procuramos chegar mais perto dos amigos e família até que o destino resolve nos presentear com o que pensávamos nunca mais poderia existir.. o amor. agora mais experiente mais calejado iremos fazer os possíveis para não cometer os erros do passado. Um novo sorriso um novo olhar um novo cheirinho irá pedir licença ou simplesmente entrará como uma força da natureza em busca do seu lugar. Novas esperanças e lembranças serão agora construídas se nos permitirmos a isso. Apenas precisamos respirar fundo e deixar entrar as novas oportunidades que um dia possamos ter pensado que já não existir para nós. Te amo
La amore
Essa tal inconstância
Revira-me os olhos, beija-me na boca.
Está sorrindo agora, outrora louco;
Mas se dar-me aquela olhadela, já não tem mais importância.
O que fazer com essa inconstância?!
Ha momentos em que só escuto a minha voz rouca.
Se o meu corpo anseia por teu gosto
Tuas mãos nos meus cabelos me trazem de volta à magnífica infância.
Muitas vezes não sou a prioridade
E, mesmo em meio à falta de dialogo, há sempre poucas oportunidades.
Infinitos sentimentos, pouca coisa dita, olhos no rosto.
Sim, nem só o calor tem relevância.
Há muito tempo para nós, meu bem.
Tempo para descobrir e ficar solta.
Coisas boas, alegres, felizes ou o oposto.
Mas que seja só contigo, que eu perca a noção do tempo e distância.
A POESIA E A ALMA
Eu não gosto de ler poesia à noite, quando todo mundo está dormindo. Gosto de ler poesia de dia, quando todo mundo está acordado. Poesia é uma arte alográfica, não pode ser simplesmente lida, tem que ser declamada. O texto torna-se poesia quando declamado. De quando em quando, declamo para os outros, mas, na maioria das vezes, declamo para a minha alma. Quando a alma ouve poesia, ela se alegra, fica mais leve, tem vontade de prosseguir, de viver. Poesia faz bem à alma.
Nostalgias de Cada Dia
Todo dia é assim, amanhece o dia e eu aqui pensando em ti.
Os pássaros cantam no telhado da casa, anunciando a liberdade de viver.
E eu canto a canção da saudade, por não está ao teu lado, te servir o café e fazer um cafuné.
É assim que acontece, cada vez que o dia amanhece.
Canto e choro, choro e canto a dor desse pranto.
Amar e não te ter, nem poder cuidar de você.
Dói tanto essa ferida que não cicatriza.
Para uns é sofrimento, para mim é meu alento,
Por saber que não posso ter a liberdade de te possuir e poder em cada amanhecer amar você.
A vida tem dessas coisas que machuca o coração, mas em um lugar eu carrego você, mesmo que em meus braços eu não possa te ter.
Até quando vou levando essa vida eu não sei, mas de uma coisa eu tenho certeza, sempre te amarei.
Texto: Silvia C. P. Lima
Depois de um certo tempo
Depois de um certo tempo não se diz mais, "meu amigo!", porque tudo quanto era novo tornou-se tão comum que chega a ser trivial qualquer que seja o gesto. Depois de um certo tempo as alegrias não se dispõem mais tão fáceis, porque tudo quanto era riso já foi tão rido que agora a graça das coisas já se tem perdido por aí, ensossa, no meio do que é real. Depois de um certo tempo, é verdade, tudo murcha exacerbadamente. Como que os sentimentos tivessem células e que elas envelhecessem junto com nossa pele. É como se caducassem os sentimentos. E então tudo se dissipa, no que era verbo se vê silêncio, no que se admirava se negligencia, no que era afeto se vê pedra. Pedra, daquelas que não se junta por inutilidade, nem se senta, nem se chuta, nem se vê. Pedra. Como aquelas à beira da estrada, que só são colhidas por quem as quer atirar, tão somente pelo peso que elas têm. Venhamos a convir, depois de um certo tempo, quando se conhece, quando é possível enxergar além da ponta do iceberg, quando o outro se desfia em sua própria verdade, quanto se torna transparente as limitações, fragilidades, as mazelas interiores, quando o que há é um outro eu todo perfurado, é então que se sabe o que é um amigo ou que se percebe se ele existe ou não. Depois de um certo tempo, tudo o que há são queixas aos buracos do outro, mas, já não se os propõe tapar. Depois de um certo tempo, o não-eu [o amigo?], aquele a quem às expectativas se frustraram, torna-se plutão. É, assim, depois de um certo tempo, que se sai da superfície a qual todos parecem viver. É reconhecendo o que há além da ponta do iceberg, e somente sob esta vista, que se pode julgar "amigo", porque esta não é palavra santa, nem pesa-lhe o sagrado, mas não se deveria pronunciar antes de um mergulho, um profundo mergulho. Porque é só depois de um certo tempo que percebemos que somos Narciso, que o que buscamos para as vezes é a nós mesmos, projetados no outro, dispostos, e quando damos conta que o outro é outro, saímos a procura de novos eus, expostos nas vitrines da vida. E contemplamos o raso espaço do pote, o nada de nós mesmos. É bem aí então que se desce um grande embrulho, um problema humano, uma incógnita existencial, é depois de um certo tempo, quando perdemos pelo fluir do mundo ou o pesar da morte, um grande amigo, que nos damos conta que gastamos tanto tempo condenando que não vivemos nada quanto fosse considerado verdadeiramente real. Depois de um bom tempo é que percebemos que podemos até ter um milhão de amigos, mas se não houver mergulho, se não houver profundidade, tudo quanto conhecemos é a superfície, que reflete, por ser água, um pouco da nossa própria imagem, mas não dispõe, ao mínimo que seja, de todo o grande mundo que é a Felicidade, ou ainda, a Verdade.
Depois de um certo tempo, até deus, de si pra si, morreria de solidão.
Onde estão os amigos?
Olhar de Poeta
Ana Paula Silva
Autora do livro: Me apaixonei por um poeta
Editora Saraiva – Livro Digital
O Poeta tem um jeito todo especial de ver o mundo, ver o sol, a lua, o mar, as árvores e as folhas que caem dela. Não que ele veja tudo mais bonito, não que ele não tenha problemas, não que ele não fique triste ou se alegre. Mas, ele aprendeu a ver a vida e os acontecimentos de ângulos diversos.
Quando a folha cai de uma árvore, vemos uma folha cair de uma árvore. O poeta vê a folha caindo da árvore, vê seu movimento que é quase uma dança, num balançar ao ritmo do vento, vê toda beleza do seu brilho, que é produzido pelos raios do sol, vê a tristeza acompanhando aquela folha, que foi abandonada pela árvore, numa vagarosa solidão, vê ela se juntar a outras folhas ao tocar o chão, e vê que ela não está mais sozinha, como esteve desde o momento que se desgarrou da árvore. Ele volta seu olhar à árvore, que chora por precisar se desfazer de suas folhas. Ele olha para o céu, que está cinza, as nuvens parecem tristes e tentam ofuscar o brilho do sol, todos parecem compadecer a dor daquele instante. Então, o Poeta sorri, ele sabe que toda essa dor não passa de um outono.
Assim o Poeta vê a vida, ele olha a vida de ângulos diferentes, se uma coisa lhe parece triste, ele corre seu olhar em volta, lento, se for preciso ele muda de lugar, para ter um melhor ângulo, o mundo parece parar para que o Poeta observe cada momento que passa diante de seus olhos. Às vezes o Poeta se entristece, nem sempre ele consegue a melhor vista, mas ele logo busca outro ângulo.
O Jovem da Alma Velha
"Onde foi parar a cabeça desse menino? que comportamento é esse? que musicas são essas? Onde já se viu?! Jovem que é jovem tem que ouvir as músicas da moda. Como você me aparece com esse tal de Tom Zé?! Ai, Ai, menino! tu parece um velho, rsrs" . Assim, me diz aquela que eu tanto amo. Ela mesma. A que me pôs no mundo, vulgo: Mãe. Não a culpo, ela somente quer que eu seja incluso. Esteja entre os jovens "bacanas", que ouvem as músicas da moda. Talvez, se eu tivesse a paciência de contar para ela o que as letras realmente querem falar, ela não reclamaria tanto das tais "músicas de velho".
Em meio a esse gosto empoeirado, vem a recusa das coisas novas, mas não de todas elas. Talvez, essa negação toda e a procura pelo que é mais antigo, em questão musical. Esteja se referindo a uma "nostalgia" de tudo aquilo que eu queria ter feito parte, e que acho importante: Novos Baianos, Tom Zé, Raul Seixas, e uma série de outros "antigos". Mas, tenhamos calma. Nem tudo está perdido, ainda temos alguns novos, esses inspirados nos velhos, e dando uma bela continuidade a aquilo que eu chamo de cultura.
E a alma desse jovem que vos escreve, fica cada vez mais envelhecida quando se trata de relacionamentos. No mundo dos desencontros, eu quero mais é encontrá-las. No mundo do: A gente fica e "ponto final", eu quero mesmo é por uma "vírgula" e estender mais um pouquinho. Talvez, toda essa recusa de aceitar o jeito contemporâneo, esteja ligada a paixão pelo velho jeito, pelas velhas manias, pela sabedoria antiga; ou talvez, seja eu, um grande preguiçoso e queira aquilo que já está amadurecido, mais fácil. Já estava lá. Um monte de gente já pensou sobre aquilo antes, só me resta copiar. Qual trabalho que eu vou ter?! afinal, a moda é copiar quem ta na moda, no meu caso, copiar o que já foi moda. Depois de tanta recusa, caio na moda, mas não na atual, já que me recuso ( sou cabeça dura ). Mas sim, numa moda mais antiga, aquela que me cai bem, o que importa é estar na moda.
Sabe, acontece que a gente fica sempre pensando em como se prevenir de certas dores. Sempre imaginamos que a pessoa amada tá com outra, ou imaginamos o que ela está fazendo naqueles vários momentos do qual não fazemos mais parte. Daí a gente acha que assim estamos nos preparando para de fato ver algo quando um dia tiver que ver. Achamos que assim a dor seria menor (porque né, eu já imaginava o que estava acontecendo). E o pior é que acreditamos que estamos preparados para tal feito.
Mas não é bem por aí, ah mas não é mesmo.
A gente tenta se enganar, só tenta!
Porque aí vem a tal da realidade e como um tapa na cara lhe mostra que não tem como se enganar ou fugir do que ainda está por vir.
O fato é que ver é diferente de imaginar. E quando vc de fato se vê diante da realidade ali presente, vc percebe a dor q ainda há dentro de si. Como chamas quem vem subindo rasgando o seu peito,e nao tem o que fazer ou pra onde correr,vc está completamente sitiado pela dor, a dor de não viver mais aquele amor e de ve-lo partir pros braços de outro.
E nesse momento chega de achismos,imaginações,suposições ou teorias. Você sabe,você sente,você vê. Sem ter o que fazer, é a sua realidade batendo na porta!
Sem poder fugir, você segue trocando os passos,carregando dores,passando noites em claro, com um coração machucado...
Tendo que aceitar essa coisa louca que é viver.
No fim das contas não importa quantas festas você esteve, quantos amigos julgou ter...
O saldo final é aquilo que se fez consigo mesmo, o quanto esteve em paz, o quão leve manteve seu coração, as tantas vezes que controlou seus instintos danosos, outras tantas que perdoou e se melhorou.
Não se conta o que vale a pena por quantidade, mas sim pela intensidade que nos modifica!
Não é que antigamente as coisas fossem mais fáceis, o fato é que o passado já foi superado, suportado e por essa razão temos essa ilusória sensação de que, "ah como era bom aquele tempo"
O passado não nos desafia mais, por isso nutrimos essa simpatia por ele. Já o presente dói agora, como ferida que de tão aberta parece que nunca vai sarar. Mas sara!
Eu só queria ganhar o mundo e algumas flores pra plantar no meu jardim.
Mais tarde descobri que cada ser humano é uma borboleta, que sofre até criar asas e que algumas flores possuem mais espinhos que aroma. E que é preciso voar, voar....mesmo que nossas asas estejam quebradas, pois sempre haverá borboletinhas mais machucadas do que eu.
E me acerto que a criança que fui um dia, hoje saberia muito mais do que sei.
Procure ser grato o máximo que puder.
Permita sentir a dor do outro de vez em quando, sentir a nós mesmos o tempo todo é insuportável.
Queira ser alguém melhor, mesmo quando se sentir à pior das criaturas. E corra para se olhar no espelho e procure enxergar sua miséria quando ousar pensar ser melhor do que o outro.
Faça planos audaciosos. Mas aprenda a se beneficiar do quase nada.
Aprenda a apreciar a sua própria companhia, e escolha alguns para se compartilhar verdadeiramente.
Alterne seu olhar, enxergue os outros. Enxergue você. Qualquer que seja o foco fixo te levará a loucura.
Seja apenas o melhor que você possa ser. Isso já é extraordinário.
Traçamos muitos caminhos divididos em ciclos e tempos diferentes no decorrer da vida.
Somos privilegiados ao conhecer almas que, junto a nós, fazem a vida florescer melhor.
Mas, a todos é destinado um reencontro. E feliz daquele que em outros olhos reconhece a sua própria essência brilhando em outro corpo.
A alma só sossega com a verdade.