Texto para Animar uma Pessoa

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⁠⁠Uma Breve História Sobre Ana –

Naquela manhã chuvosa e fria, de uma quarta-feira de novembro, Ana, para não se atrasar, decidiu sair um pouco mais cedo, devido às condições meteorológicas.
Assim, precisou cumprir suas tarefas em menos tempo que o habitual.
Então, enquanto caminhava até o ponto de ônibus mais próximo, que ficava a cerca de duzentos metros de sua casa, percebeu, já próximo ao local, que havia esquecido a trava de segurança do botijão de gás aberta.
Meticulosa, às pressas, precisou voltar até sua casa para arrumar o descuido.
Ao chegar em frente à porta, enquanto enfiava a mão esquerda na bolsa à procura das chaves, ouviu, ao fundo, alguém chamando-a pelo nome.
— Dona Ana, bom dia!
Demorei um pouco, por conta desse mau tempo, mas cheguei para consertar aquele vazamento no banheiro.
— Bom dia!
Mas eu solicitei o trabalho de vocês há três dias, meu Senhor.
E alguém havia me dito que viriam naquele mesmo dia que, por sinal, foi este domingo agora e, portanto, eu estava o dia inteiro em casa.
Mas agora?!
Eu estou de saída, preciso trabalhar.
— Mas a gente avisou segunda-feira à tarde pelo número que a senhora entrou em contato,
que viríamos hoje, neste horário.
— Nossa!
Foi o número do meu filho e, provavelmente, ele esqueceu de avisar-me ou não viu a mensagem.
Bom, mas acontece que, neste momento, eu não posso estar em casa, estou indo trabalhar.
— Mas, senhora, como eu vou voltar metade da cidade sem ter feito meu
trabalho? — eu perderei meu dia.
— Então, o senhor quer que eu perca meu dia de trabalho para não perder o seu, é isso?
Desculpa, mas eu não posso sair para trabalhar e deixar uma pessoa que eu não conheço na minha casa.
E já estou me atrasando.
Mais dez minutos e eu perderei o ônibus que me levará a tempo até meu trabalho.
Sem esse, terei de pegar um outro que me atrasará, pelo menos, trinta minutos.
— Entendo, dona Ana.
Mas eu estou há menos de quinze dias nesse emprego, e se eu voltar sem ter feito o serviço, serei, certamente, despedido ao final do mês ou antes mesmo. E eu não posso ficar, outra vez, desempregado.
Pois moro de aluguel e tenho uma esposa e três filhos para sustentar, Senhora.
— Quanto tempo o senhor acha que levará para terminar o serviço?
— Bom, pelo o que a senhora nos passou, acho que não mais que quarenta minutos.
— Quarenta minutos é muito, meu senhor!
E olha lá meu ônibus indo... droga!
Pronto, agora o outro passa em dez minutos e eu não posso perder esse.
— A senhora não tem uma pessoa: um vizinho, um conhecido que possa ficar aqui enquanto eu faço o serviço?
— Neste horário não, meu senhor. — todos estão trabalhando.
Eu moro com meu filho, mas, neste momento, ele está viajando.
Olha, desculpa, meu senhor, se eu esperar mais, perderei o segundo ônibus que passa em menos de dez minutos.
E o terceiro só em quarenta e cinco minutos.
E como sei que o seu local de trabalho fica de um lado da cidade e o meu do outro, o senhor não poderá me dar uma carona.
Portanto, eu preciso ir.
Sinto muito!

Enquanto ela abria a porta e entrava em casa para baixar a trava do botijão e voltar, o quanto antes, até o ponto de ônibus para tentar alcançar o segundo, foi até a janela da sala para fechar as cortinas, quando avistou o senhor em passos lentos, desolado, voltando até seu veículo de trabalho.
E enquanto pensava em si mesma e seu filho, lembrava do conforto que, de certa forma, ainda tinha, mas que parecia faltar àquele homem e sua família.
Então, aos gritos, chamou-o, pedindo que fizesse o seu trabalho, enquanto servia-lhe uma xícara de café com torradas.

Enquanto ela sentava no sofá da sala e pegava seu celular para comunicar ao chefe sua ausência naquele dia, o telejornal local noticiava que, devido às fortes chuvas daquela madrugada, o congestionamento na via que dava acesso ao seu local de trabalho, ultrapassava os setenta quilômetros de lentidão.
E, assim, ela pôde entender que realmente havia feito a escolha certa.
Então, descansou os pés sobre uma almofada cinza, e a mente e o coração em um livro de poesia, ouvindo ao fundo, entre uma martelada e outra, Seu Régis assobiar sua canção favorita.

Inserida por SilvioFagno

⁠A Pedrada e o Silêncio —

Foi um dos golpes mais
duros que eu
já recebi:

Ouvi tudo que sempre
quis ouvir e, feliz,
extremamente
feliz,
virei-me para
continuar a andar,
mas, passos
depois,
a pedrada e o silêncio.

(Alguém tocou a vida
normalmente depois
disso:

E não fui eu).

Inserida por SilvioFagno

⁠Abreviada —

⁠Certo dia,
numa conversa com
uma adolescente de 16 anos,
(através de uma rede
social),
eu fiz-lhe duas perguntas em
que as respostas, de um
ponto natural,
eram as mais simples:
sim ou não.

Mas ela conseguiu "simplificar"
ainda mais:
A primeira respondeu-me
com um "Nn".
E para a segunda ela usou
um "Ss".

Ainda um pouco confuso,
pensativo,
eu deduzi que esses
"sinais",
seriam abreviações do
sim e do não,
e então questionei-me:

O que será desta e das
próximas gerações?

(Ora, a grande maioria das pessoas
já não é lá grande coisa,
imagina só abreviada).

Inserida por SilvioFagno

⁠Um Grande Inferno —

⁠Aquela situação (o sentimento — de anos — não correspondido, a saudade, o ciúme), tudo aquilo me consumia de uma maneira assustadora, e eu não podia controlá-la, não encontrava uma saída.

Eles eram jovens e saudáveis — embora
idiotas — e faziam parte da geração dela.
Eu não poderia nunca vencê-los fazendo o mesmo que eles.
Eu só poderia vencê-los, de alguma maneira, fazendo, naturalmente, diferente. — sendo o diferencial na vida dela.

Assim, quando ela lembrasse de um deles, lembraria de todos eles ao mesmo tempo.
Mas quando, por ventura, lembrasse-se de mim, então lembraria somente de mim.

Naquela noite eu fui dormir sabendo que ela estava com outro, fazendo tudo que se pode fazer com um outro e, aquela noite, como tantas outras, foi uma noite longa, terrivelmente longa e dolorosa,
e meu sentimento — nobre — que, por grandeza, deveria ter morrido ao amanhecer, acordou comigo, levantou-se comigo, (droga!), vive vivo comigo,
e isso é um grande inferno,
meu Deus!

Inserida por SilvioFagno

⁠Objeto Pontiagudo —

Um jogo de futebol na TV
quase sempre me salva.

Uma bebida, uma conversa com um amigo,
a leitura de um poema me salvam.

Um cochilo de quinze minutos à tarde;
uma corrida de meia hora; um dia frio de chuva, todas essas coisas,
momentaneamente
me salvam.

Me salvam durante o tempo em que
estou ali concentrado, distraído.

A realidade crua da vida me cai como
um objeto pontiagudo sobre a pele nua,
por dentro: na alma. — e isso dói tanto.

Inserida por SilvioFagno

⁠A Receita —

Eu poderia dar a receita àqueles
que querem destruir-me.
É tudo muito simples,
fácil.

Há, porém, um detalhe:
A grande crueldade é que,
ironicamente, não
funciona para
o inimigo.

Somente os que têm meus
mais sinceros sentimentos
conseguem destruir-me
facilmente.

Os inimigos ainda correm
algum risco.

Inserida por SilvioFagno

Final de Ano —

⁠Fiquemos atentos, tomemos
cuidados.

Não sei o quanto há de superstição;
O quanto há de medo, de verdade,
de maldição.

Mas sei que há a caminho um fim
que se aproxima. — o fim de um
ciclo — onde um Deus vai precisar
prestar contas.

Fiquemos atentos, tomemos
cuidados.

Sorte!

Inserida por SilvioFagno

Paralisia


⁠Tudo está calmo
Nada se move
Só a brisa desliza
Sobre a água espelhada
Tudo está calmo
E o sentimento
É de que num instante
A bela rima virá
E sobrevoará o caos
Que desanima a existência
Tudo está calmo
Sim, senhor
Nem mesmo o amor ao próximo
Se movimenta.

Avanildo Moreira

Inserida por Avanildo

O ⁠Chão da Estação —

Olha só:
parece-me que as pessoas estão
indo muito bem sem você,
garoto.
(Que já não é mais tão
garoto assim).

Ela parecia importar-se com você
há algum tempo. — com o que
você pensava e falava
e sentia —
mas agora... agora não!

Ela parecia querer estar com você,
dividir coisas com você: risos,
gostos e sons.
Talvez anos, talvez sonhos — talvez a vida.

Mas olha só agora:
Ela veio e não disse que vinha;
Foi sem dizer que ia.
E você foi só o chão da estação
pela qual ela passou (acompanhada,
sorridente, distraída),
sem a mínima vontade
de ficar.

Inserida por SilvioFagno

⁠""Gostaria de poder ver pelo olhos dos estranhos que vc encontra no seu dia dia, apenas para poder apreciar os detalhes da sua beleza por mais tempo.

E aproveitar da beleza do seu sorriso espontâneo, do brilho dos seus olhos e do seu cabelo cacheado que combina perfeitamente com cada detalhe do seu rosto....

E por fim me pegar perdendo o chão com cada vez que me encanto pela pessoa especial que você é.""

Inserida por caio_blasques_lizze

Sabe aquela pessoa que te faz enxergar
Que é aquele rumo da vida que você quer levar?
Aquela pessoa que te faz esquecer
Que a aquela dor não irá mais doer
Que você não sente mais a solidão
Quando ela te pega e toca na sua mão
Você não vê a hora dela chegar
E ao seu lado estar
Essa pessoa é VOCÊ [...]
E farei de tudo para não te perder

Inserida por Jaunpedro154

Não adianta dar poder a quem não sabe lidar com ele. Ser superior as pessoas não significa que você tem o direito de pisar nelas, do contrário, mostrar sua humildade, elegância, decência e capacidade, vai mostrar o real motivo de sua superioridade, o porque de sua pessoa ter sido escolhida para função ou cargo de comando.
Em frase Maquiavel disse "Dê o poder ao homem, e descobrirá quem ele realmente é", palavras que descrevem exatamente a pessoa que alcançou o poder, mas que não tem a capacidade de lidar com ele.
A vida é tão interessante que nada dura pra sempre, hoje o poder pode até estar em suas mãos, mas uma hora este será tirado de você, não espere esse dia chegar para mostrar que és superior ao poder que te pertence, seja uma pessoa humilde, mas sem desvalorizar seu empenho, seja uma pessoa modesta, mas sem desmerecer sua capacidade, seja uma pessoa melhor que as outras, mas não faça delas sua escada para alcançar seus objetivos.
O poder pode mostrar quem você realmente é, mas a falta dele mostra quem você poderia ser. Faça as melhores escolhas, tome a mais correta atitude e tenha sempre na mente a verdade de que o mundo da voltas e surpresas existem.

Cargas

Por todos os cantos e caminhos da vida,
levo comigo cargas de incalculável peso
todas de muita importância, cada uma
de um tempo, pessoa, ou de amores diferentes.

É como se fossem relíquias guardadas,
não para sofrer recordando-as, mas para saber
o que por nossa vida passou.
Tudo somado, temos pedaços de amor, de saudades,
de sofrimentos todos tidos,todos resolvidos,
mas na sua maioria nenhum por completo esquecido.

Coisas boas sempre se ressaltam, e por cima
de tudo ficam, são grandes momentos que foram
importantes entre tantos, mas nenhum parecido.

Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E

Inserida por RoldaoAires

Induções, pensamentos não pensados
Induzido a existir, não viver
tamanha simpatia, empatia causa desprezo
se virar do avesso, não vai te fazer perder o medo
não é mais a sua vida, você não tem o mesmo preço
já perdeu a muito tempo, no início do começo
a sua vida não tem mais a sinfonia
agora você quer existir da noite ao dia
você não se salvará no final
ninguém é especial
o mundo é muito mais que essa coisinha chata
mas é bem menor do que o que é imaginado
não temos ideias do que somos e o que queremos fazer
a nossa única certeza é a de morrer
tanto faz pra você, voce já morreu faz tempo
nem vai perceber quando tudo sair de dentro
ninguém vai lembrar de você
e nem dessa carinha feia....
mas vamos, tem outra vida pra viver
mais uma chance de entender
mais uma vez de morrer
mais uma tentativa de crescer
uma outra chance de perder
já tem muitas chances de crer
tente não ver
mas não venha com uma desculpa de que é só pra vencer
eu nasci todo errado, não consigo entender
mas terei outra vida também
e tentarei reverter.

Inserida por iago_lira

⁠Por dentro, está aprisionada
pelo o teu excesso de cobrança,
mesmo sabendo que é uma pessoa amada
e que a vida também é feita
de inconstâncias,
todavia, graças a Deus, esta tua sentença pode estar com os dias contados
num processo de superação
que deve ser interminável,
caso contrário,
poderá voltar para a prisão.

Inserida por jefferson_freitas_1

⁠À Altura —

⁠Gente fria me assusta, me desestimula,
me põe pra baixo.

Meus dedos querem dedos
e pele quentes.

Meus olhos querem olhos
admirados, devotos, sonhadores.

Meu coração, meu íntimo,
meu sentimento anseia,
implora por algo vivo, intenso,
desmedido — recíproco.
Nada menos.

Vai acabar logo (a gente
sabe),
vai acabar logo — não
há escapatória.

Então,
o que estamos fazendo,
afinal?
O que realmente importa?

Há um fluxo sanguíneo,
e neurônios, e sentimentos
vivos justificando vida.
E enquanto vivo, não suporto
gente fria demais, gente distante
demais, gente rasa (demais).

Toquem um cadáver!
Digo,
toquem um cadáver e entenderão
a necessidade de uma resposta
à altura do seu sentimento.

Inserida por SilvioFagno

⁠De Coração Exausto –

Digo-me de coração:
Pare de esperar as pessoas!
Pare! — elas não vêm.

A grande maioria, na verdade,
nunca veio, nem nunca
virá.
E quando alguém vier (se vier),
será sempre cedo ou tarde
demais. — nunca no momento certo,
nunca completo, nunca para ficar.

Digo-me de coração exausto:
Não é mais sobre ter a quem
ou o que amo.
Agora é sobre aprender a
esquecer e ser
só.

Inserida por SilvioFagno

⁠Eii Coração, novamente eis-me aqui à te clamar, q por misericórdia queira me perdoar, pois pela milésima vez contigo ei de errar, pois pela pessoa errada tornei-me a me apaixonar, tentaste me avisar, e ouvidos a ti não dei,
Agora te peço, fiques aqui comigo e segure essas pancadas só mais uma vez...

Inserida por victor_tokichima

⁠Na sabedoria- ou na busca dela- meu consolo para compreender o que não compreendo ou simplesmente para ter mais informações em minha biblioteca particular, hospedada da minha mente.
Longe de ser um sábio ou um erudito, simplesmente busco um autoconhecimento para então me encontrar neste labirinto da vida. Cartas invisíveis sobre a mesa, mas não sei jogar como os homens maus. A dama é uma incógnita no tabuleiro de peças , cujos movimentos me levarão ou não a um xeque mate. Não sou o rei, mas tenho um reino dentro de mim com súditos solidários à minha personalidade que são: imaginação, força , persistência, criatividade, confiança, bons valores e o conhecimento. Este tal conhecimento briga de esconde com o meu self. As vezes parece um gnomo, imaginário! Ou faz puras traquinagens a lá saci Pererê.
Escrever virou meu confessionário sem um padre ou rabino, onde é possível drenar represas com águas poluídas, ou melhor, abrir as comportas para que essas águas sujas se vão e irão!

Inserida por AntonioAguiar

⁠No Estranho –

Uma boca oblíqua; olhos tristes;
cabelos imaculados.
Manias, gostos e gestos
peculiares. — a minha vida inteira
foi assim: enxergar beleza no quase invisível,
no estranho, no incomum.

Onde, para a maioria, desfocava,
destoava, distorcia,
eu via graça, encanto, inspiração.

Um olhar lírico e terno e devoto
à essência;
à mocidade;
à espontaneidade.

Uma visão, ora abstrata e distraida,
ora doce e real ao coração. — meu coração.

Que combinação perfeita à solidão:
estranho, melancólico e
sentimental. — sou eu.

E penso que, ao menos aqui, estou
seguro: quase ninguém me nota,
quase ninguém me sente,
quase ninguém me vê.

Inserida por SilvioFagno