Texto para Animar uma Pessoa
São Paulo, cidade da paixão
É onde vive uma gostosa, a tentação
Seus olhos são negros como a noite
E seu sorriso é tão brilhante
Ela caminha pelas ruas com graça
E todos os homens a olham com a cara
Ela é linda e sensual, um sonho
E todos querem fazer dela o seu bem
Ela é divertida, mas também é inteligente
E seu jeito de ser é tão cativante
Ela é uma mulher forte e independente
E nunca deixa ninguém a desrespeitar
São Paulo é uma cidade grande e agitada
Mas ela é a estrela mais brilhante
E todos que a conhecem são abençoados
Por ter essa gostosa como amante
A pessoa certa será aquela que te vê sem maquiagem e diz que você está linda
A pessoa certa será aquela que vê seu corpo nu, conhece suas cicatrizes e imperfeições e mesmo assim diz que você é perfeita
A pessoa certa será aquela que você se sente tão a vontade junto dela, sem máscaras, sem filtro, sem status, sem mentiras, sem medo de ser feliz
Se conhecem no profundo, num olhar, num toque, num carinho, num beijo, num abraço
Como fizessem parte um do outro, num só corpo, num só coração, numa só alma
Vivendo um amor tão puro e imaculável
Essa é a pessoa certa!
Mundo do Desconhecido —
Eu devo desconhecer completamente
o caminho. — qualquer caminho.
Até o mais óbvio... ora, não é possível!
Eu não sei como chegar quando
nem sei aonde ir.
Minha mente viaja por milhares de quilômetros,
através de séculos, de sonhos,
mas eu não saio do conforto (incômodo)
do meu quarto — que é só um modo seguro
de se morrer (sem se viver),
em paz.
Os quarenta estão logo ali, e a saúde
não anda lá das melhores.
Amores sem amor;
Sonhos que só sonho;
E amanhã é domingo
(de novo).
Tenho tido insônias e pesadelos;
Tenho tido instante raros de alegria
e monstruosos momentos de decepção;
Tenho tido pesadas ressacas
de gente.
Preciso, urgentemente, começar a escrever
e lançar-me ao mundo do desconhecido
(de céu, abismo e chão),
como um escritor que vai morrer,
para que este, então,
não morra.
Dezembro dos Nossos Anos —
Sentia algo, como uma estranha sensação, ainda sem nome,
que me vinha, mas eu não a alcançava para,
de alguma forma, significá-la.
Talvez fosse por se tratar de um fim de tarde
em que, em mim, afloram-se todos
os sentimentos e, neste turbilhão
de sensações,
eu invento e reinvento-me,
mas, enfim (menino do que sou),
só sei ser eu.
Talvez fosse porque era um sábado,
e eu havia esquecido de que era
um sábado, e que aos sábados,
nascem e morrem-se instantes
e eternidades.
E penso também que fosse porque estávamos
em dezembro.
E sabendo que os dezembros querem e têm-me
comovido e devoto,
além de me lembrarem os sábados
e os fins de tardes,
cabe aqui dizer (por entrega e ofício) que,
há alguns instantes, eu houvera lido
um conto de Clarice,
que me pós a observar pela última janela
do meu quarto de minha adolescência
(perdida),
o derradeiro e mais sublime raio de sol poente
do fim de tarde de um sábado,
num dezembro distante
dos Nossos Anos.
Eu ainda sinto, e ainda não sei o que sinto, mas aceito.
Afinal, nunca soube, muito bem, explicar a maioria
das coisas que sinto.
Acho que é por isso que as chamo de...
Poesia.
Uma Xícara de Café —
Uma xícara de café com (exageradas),
cinco colheres de açúcar, esfria (solitária),
na mesa da sala.
Olho-a com algum desconforto
e demasiado respeito. — é café.
Segundos antes, de súbito, ela precisou abandoná-la ali (com o café
ainda quente, ainda por provar...
querendo, desejando-o).
Ela agora atravessa o corredor,
vai até a sala principal, e volta (ritmada), cruzando os meus olhos de menino pagão, em passos debochados.
Que demora! — quantas pessoas
mais (e más) surgirão ainda
para segurá-la por lá?
Quantos papéis (documentos), ela
precisará dar conta até a
parcial liberdade?
Quantas eternidades cabem
neste instante infinito que
nos separa, ó Tempo?
E então volto os meus olhos para a xícara
de café (agora já frio),
que espera, espera... espera-a,
mas não tanto o quanto eu.
Uma Quase Revolta Gritada —
As mentes — otimistas — que servem para viver neste mundo caótico e injusto, adaptando-se a ele, não servem
para mudá-lo.
É preciso que haja uma dose crônica de pessimismo, de insatisfação — uma quase revolta gritada — (sem que
se perca o ânimo).
Estar, de certo modo, em paz neste mundo caótico e injusto, é ser parte significativa deste caos, desta injustiça.
De Cinza –
Era, quem sabe,
aquele dia ou aquela
semana ou aquele mês.
Era, talvez, o ano, talvez a década...
a vida.
Ainda que haja — e há — motivos
e motivos para sorrir, cantar,
brindar à vida,
aqueles que me conhecem
sabem:
Ao me encontrar, há de haver
sempre alguma coisa
vestida de cinza.
Seja
o dia,
o corpo
ou a alma.
Uma Fotografia —
Era só uma fotografia,
e eu fiquei ali, irreversivelmente
parado, fitando-a.
Uma simples foto como,
aparentemente tantas outras,
mas que, a mim, trazia o Ônus:
Um cálido meio sorriso,
olhos pontiagudos e anoitecidos,
de um amor utópico, contínuo,
antigo. — jamais começado,
tampouco esquecido.
Aos Sete –
Quando estou diante do meu filho,
acontece algo que, talvez, o Tempo
e outros deuses, não o concebam
muito bem. — até mesmo eles.
Como uma sensação, como um desejo,
e mais, como uma evolução, diante
do meu filho, eu costumo inverter
a ordem, aparentemente
natural da vida:
Eu quero ser como ele.
"Um Detalhe" –
Todo mundo anda meio quebrado.
Cada um com sua parte solta — suas angústias, seus medos, suas dores.
E sinto que, quase sempre, é só
"um detalhe".
Um simples e transformador "detalhe",
por todos os outros ignorado.
É um desemprego, um pai ausente,
um sentimento não correspondido.
"Um detalhe" que faria toda a diferença.
Não para resolver todos os problemas,
mas para fortalecer-nos contra
todos eles.
É preciso ânimo, é preciso força,
é preciso luz — uma luz sábia, quente,
acolhedora —, mas os sensores
de luminosidade, às vezes
falham em alguns
dias cinzas.
Um Novo Eu –
Deixarei de escrever até que encontre
novos nomes,
novos motivos, novos
rumos — um novo sentido, uma
nova vontade, uma nova inspiração.
Até lá,
queimarei cartas,
rasgarei fotos, apagarei
versos.
Até lá,
jogarei fora poemas,
presentes, canções.
Até lá,
esquecerei olhos, vozes,
gestos, gostos, manias, cheiro,
sorrisos.
Matarei lembranças, desejos, sonhos.
E quem sabe assim, um novo
eu apareça.
Ainda que reduzido, um pouco
mais leve de alma.
Ainda que esquecido, um pouco mais consciente da vida.
Ainda que sozinho,
um pouco mais perto de
si próprio. — com novos motivos
para escrever à vida, e sobre
ela novos temas, talvez
novas cores, novos
sonhos.
Um Quase Amor (Eterno?) –
Estou tentando me desfazer
do sonho do quase-amor-eterno
que fomos.
Porque fomos linhas de um quase
poema (imortal);
Fomos versos de uma quase canção
(atemporal);
E fomos sonhos de um quase amor
(eterno?).
É estranho:
Às vezes eu sinto, eu sinto, como
num susto, que a gente está
tão perto, tão mais perto.
Tão perto como nunca, ainda que tão
longe como sempre.
Ainda ontem,
a brisa do fim de tarde
me trouxe o teu cheiro, e eu lembrei
o teu rosto, o teu riso, o teu gosto,
o tom da tua voz.
Eu te amo! — e isso dói.
CONFISSÃO
Existem sentimentos que pela sua intensidade, alvura, candura, clareza, pureza, chama e flama, não tem termos específicos para serem definidos. E pela forma natural que se expressa, a melhor maneira de se fazer sentir o peso dessa verdade é olhando estoicamente nos olhos de quem benqueres e deixar que os mesmos digam em silencio:
Gosto Muito de Ti Pessoa..!!!
PESSOA CERTA, AMOR ERRADO.
.
Não consigo dormir porque me perco em pensamento
Minha mente fixa seu nome e não consigo tirar
Não consigo mas fingir que nada sinto por ti
Sempre que a vejo a desejo, eu te desejo e desejo.
Te vejo e te quero, estas perto mas não te tenho.
Como ter você? Oh vida injusta
Como ter alguém que já a temos?
Como fazer-te ser minha se nem pensas nisso?
Como buscar seu reconhecimento, se tudo que vejas é amizade?
Fico pensando confessar-te
Mas meu orgulho me trava, minha alma grita por dentro.
Oh coração valente, amador, amando a pessoa certa oh amor errado!
Oh vida! Não cansa de me ver a sofre
Meu coração sofre de tanta paixão para não compartilhar
Oh Vida injusta porque me atormentas?
Se meu coração só quer ela para amar.
Ahh saudade idiota de ti quem amo, minha bela dama
Estou apaixonado por quem não deveria?
Não, então porque sofro, porque meu coração lamenta sempre?
Oh my dear, meu coração valente chora por ti!
Por não saber o que fazer, nem o que dizer.
Procuro pelas palavras para dizer-te que estou apaixonado
Mas tenho medo da rejeição, mas como saberei
Que ela não sente o mesmo
Se quando nos olharmos sinto atração, química, paixão.
Quando vás, quero te por perto novamente.
Tenho medo que vás e já não voltas
Tenho medo de te perder sem mesmo te ter.
O maldito coração, porque me causas tanto sofrimento?
Irei a busca da coragem para confensar-te
Achei coragem para dizer-te que...
Coração Timido oh minha querida, minha bela Dama!!!
Estou apaixonado por ti.
E quando uma pessoa entra na sua vida,
Entrou e se encantou...
Faz você sorrir...
Faz com que você se sente seguro(a)...
Faz você se sentir apaixonado(a)...
Faz com que vida tenha sentindo...
Faz um norte se torna um paraíso...
Faz lágrimas se torna sorrisos...
Faz angústia se tornar prosperidade...
Faz inúmeras coisas...
Faz essa pessoa deixar de olhar para o chão, e olhar para você dentro de ti, esse pessoa é você mesmo(a)... O espelho nunca quebra se olhar para nós.
JPS...
Uma pessoa que demorou pra perceber,
mas, finalmente, chegou este momento
e hoje sabe que não foi em vão
a sua dor,
tenta deixar de lado a lamentação,
convertendo os danos a seu favor,
tirando alguma lição, apreciando o que já conquistou, dando mais amor a si,
mesmo sabendo que outros desafios virão,
pois, graças ao Senhor, está ficando mais forte a cada decepção,
tanto que tem dado mais atenção
ao que a faz feliz de verdade,
a coisas que não têm preço,
quer reciprocidade,
sinceras demonstrações de apreço
já que a vida passa tão rápido
e não deve ser desperdiçada
com amargos lamentos.
A Arte Fica Quando o Amor Fracassa —
Um lado ruim, dentre tantos, dos amores não correspondidos, é quantidade de coisas
legais que, na desilusão, eles estragam.
É um gesto que morre;
É um gosto que morre;
Uma mania que morre.
E morre um perfume;
Morre uma data...
Uma canção.
E morre o esforço do próximo e o próximo esforço da gente.
Depois que, mais uma vez, o Grande Amor falhou destruindo-me,
e eu me vi só com tudo que pesa
do que pesa da maldade dos
amores não correspondidos,
eu decidi:
Uma outra história só fará sentido se tiver
a graça, a leveza, a essência... a poesia
do sentimento do primeiro amor.
Na tentativa de justificar a vida,
a arte fica quando o
amor fracassa.
Estranha Culpa —
Cedo:
é no primeiro abrir de olhos
que eu sinto a maior das angústias.
Tem sido assim: cedo.
O dia amanhece, e eu continuo turvo,
sombrio, acuado, com medo de
sair de baixo do cobertor.
Que agonia, que angústia essa sensação
de vazio, de abandono, de desperdício...
este peso, esta culpa, meu Deus! — esta estranha culpa.
Mas os deuses ou o diabo (não sei),
parecem se divertir com
tudo isso.
Estamos no inverno, mas hoje
é um dia de sol e, enquanto
eu ia até o carro,
deparei-me com um beija-flor
morto, próximo
ao meio-fio.
Já na rua, ao virar à direita, espantei-me
com um cão desfigurado, arrastando
as patas traseiras, tentando (com
todo esforço do mundo,
coitado), alcançar a sombra
debaixo de um carro.
Não sei o que aconteceu,
mas a culpa está
em mim;
O perturbador silêncio do pequeno corpo
do beija-flor, ali no chão — estático —
está em mim;
A dor angustiante daquele cão-quebrado,
arrastando-se miseravelmente,
está em mim. — por quê?
Desperdiçados —
Eu posso sentir...
sim,
pela janela, aqui do
alto,
de olhos fechados,
com um dos braços para
fora,
tentando achar os tímidos
pingos de chuva,
eu posso sentir os dias frios
sendo desperdiçados.
É como se esses dias
tivessem uma quantidade
limite em minha vida
(e claro, tem),
e esse limite estivesse
por se esgotar.
Eu sinto,
tristemente eu sinto.
Eu sinto como uma perda
irreparável estar triste e
desanimado e
solitário
nestes dias cinza
de chuva e
frio que,
antes,
eu amava estar.
Hoje — tarde — dói-me tanto
assisti-los (inerte),
morrendo.
Eu sempre me dei bem
com a solidão,
até me sentir realmente
só.
As Estranhezas das Pessoas —
As particularidades, as peculiaridades
— as estranhezas das pessoas —
soam, quase sempre, como
um convite ao confronto,
ao embate — à guerra.
Quando, na verdade dali (por essência
e poesia), deveriam nascer flores,
erguer-se jardins.
A verdade das coisas da Vida,
antes de ser boa ou má
(sendo a essência do ser),
tem grande força e deve
prevalecer.
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