Texto palavras
Volta Pra Escola Menino!
Perdemos nossos jovens pra preguiça, mas também quem manda não matar quando ainda tá no inicio! Viu só no que deu? a preguiça quer matar seu filho, e você não pode fazer nada, a não ser morrer por ela também, matar a preguiça quando pequena é sempre a melhor solução, passar a mão na cabeça do filho quando pequeno é sempre a maior complicação.
Hoje não adianta reclamar, só resta aceitar e levar como der, pois todo ato de estupidez tem seu preço, e pra ser sincero, eu nunca vi um barato!. o reflexo de tudo que acontece hoje, não só em nosso país, mas em todo o mundo, é justamente a falta de compreensão humana.
Eu não reclamo de "Falta de Educação Em Nosso Pais", pois acho que não é nosso maior problema, tem que partir de cada um de nós o querer, ou não querer que ela habite em nossos vidas, a boa educação é a coisa mais prazerosa que existe, mas claro se você se entrega inteiramente à ela, deixar a escola pra entrar no mundo das drogas, é trocar a vida pela morte.
Gilfran da Silva Reis
O AMOR É ELEGANTE
O amor é cuidadoso, altruísta. Cuidado que não se limita apenas nos momentos de uma febre ou dor de cabeça, que não fica ali somente na cama e no sofá, quando a sós. É o zelo que não se resume apenas ao remédio dado na madrugada em que ambos ficaram em claro pela virose de um, ou pelo dia em que ela largou seu trabalho inacabado por conta da tristeza dele ao perder aquele cargo tão importante. É o amparo que não condiz unicamente às situações em que as prioridades mudam pelo outro e esses fatores são, então, contemplados juntos, no seu ninho.
O amor é dedicado em todos os âmbitos. O amor é cuidadoso fora de casa, na fila do mercado quando um ajuda o outro a pagar a conta enquanto ele a elogia para a moça do caixa. Diferente daquele cara, que comenta sorrindo para a mesma senhora sobre o quanto a sua mulher é insuportável e coisa e tal, só para arrancar umas risadinhas da desconhecida e elevar seu ego como quem tem um "irresistível senso de humor".
Quem ama não esquece de amar só porque o outro não está presente, e o amor é ação com postura. Amor mesmo é quando um está no trabalho e o outro em uma reunião informal de pessoas com as quais precisa "fazer média para fechar negócio", e quando nesta reunião alguém comenta algo como "Não acho que fulana vai ter tanto sucesso assim", o fulano, namorado/marido da tal, chega graciosamente, quase esquecendo de instigar o cliente sobre a sua proposta, e vai escancarando uma lista verbal que justifica a capacidade da sua amada para atingir sim um grau elevado de reconhecimento naquilo que faz, convencendo a todos do seu discurso através da vontade de fazê-lo.
Não existem distorções, mentiras e exacerbações para parecer engraçado ou tentar se enturmar com quem está comentando isso e aquilo de ruim sobre quem você deve querer bem. O amor é elegante. Ele faz com que os atos e as palavras sejam cautelosos, principalmente quando em público. Faz com que um pondere a imagem do outro como se fosse a própria. Faz política e propaganda sincera. Causa com que ambos tenham a sutileza e o respeito de não fazer nada que saiba ter o poder de ferir a conduta de quem se ama, vendendo sempre a melhor figura do(a) parceiro(a) e querendo ser o melhor desenho possível, para que combine com o que pinta e borda de bom do seu cônjuge.
O amor é refinado e laborioso. Quem tem um amor, amor mesmo, mal precisa de empresário para sair "vendendo o seu peixe", porque o amor exala admiração, e aquele namorado vai falar tão bem do talento da namorada que vai atrair bons interesses para ela. Ele nunca deixaria passar a chance de meter as caras e com toda a persuasão possível, ir falar com os donos de uma gravadora, se a sua mulher canta.
O amor é a classe de se impor como o assessor de um candidato a presidente em época de eleição. E o tal candidato, é o seu amor. Os segredos daquele laço mantem-se preservados, e não há críticas pelas costas, porque a elegância exige que as partes ruins sejam debatidas no escritório do casal. O amor não só fala bem, como não permite que fale mal, a não ser entre as quatro paredes dos dois referentes, mantendo a arte da conversa para a vida saudável não virar um mar de dissimulações.
Claro que existem os amigos que vão saber de um detalhe ou outro, aqueles confidentes que ganham reais conhecimentos para darem seus conselhos e apoios quando preciso for, mas até quando com eles, existe um certo equilíbrio nas falas, algo que não restringe a admiração, que emite apenas o ângulo preocupado e dedicado de quem diz. Caso contrário, em uma difamação ou indiscrição desnecessária sobre o relacionamento com conhecidos aqui e ali, sem cuidado, sem preservação, na falta da elegância, no abandono do emprego (de ser o assistente, o secretariado do seu par): não está sendo amor, e quando o amor deixa de ser amor em algum momento, ah, meu bem... Nunca foi.
ATENÇÃO: No fim das contas, isso se inclui a todos os tipos de amores. Aos amigos, aos irmãos, aos pais, aos filhos, não só aos casais.
SE TENTAR
Se for para tentar, tente de verdade. Não se distraia (não se torne hipnotizável por discursos que possam ferir seu intuito), não permita que bagunças anteriores fiquem espetando as metas (se não puder subtrair as desordens, apague-as por hora. Saiba fazer diferente a partir daqui), e não pule para os meios mais fáceis, eles sempre são os mais frágeis. Caso contrário, nem se atreva a sequer insinuar a busca/investida. Isso pode significar perder cada pedaço, partes do que ainda fazem com que a ideia de insistir se instale, fragmento por fragmento de um todo. Isso pode custar o seu sono, a sua fome, o seu intelecto, as suas valentias e até a sua lucidez. Pode significar perder ganhos anteriores e a fé em si para todas as outras coisas, ou ao menos e principalmente, a crença dos envolvidos, que mesmo que vejam que o resultado não está sendo imediato, tenha a certeza, vão admirar mesmo é o seu esforço, mais até do que se ganhasse de mão beijada.
Se não for tentar de verdade, se for para tentar mais ou menos (o que nem existe), procure outra coisa, algo que estimule os seus sentidos a um ponto em que sua garra seja desperta.
Tentar é algo muito grandioso, mais até do que conseguir. A caminhada é que deixa suas digitais, seu nome e a cara a tapa. O resto é consolo, é pouco, é sem raiz, fácil de deslocar-se.
Quem é passageiro quando fala que sabe dirigir, não pode levar nada e nem ninguém da maneira que realmente deseja. E muito menos poderá fazer com que acreditem que verídica e absolutamente sabe controlar um volante.
O DESPERTAR
Acordei sem muitas obrigações, sem muitas cobranças interiores, abandonando aquelas promessas que são dependentes de outras pessoas ou de acasos para serem efetuadas. Acordei deixando a poeira da casa subir, deixando o lençol solto tomando parte do chão, sem muitos pratos para lavar, apesar da louça cheia. Passei pela porta que tu deixaste entreaberta, e pela primeira vez dentre tanto tempo, não me arrisquei a olhar pela greta para tentar depreender se poderia empurrá-la um pouco mais. Despertei com outro objetivo, que não expecta palavras alheias para que em meu rosto haja sorriso, que não abrange as decisões ou padrões sociais, que não abandona, todavia que também não aguarda. Não estou caindo em um daqueles meus patéticos períodos de desligamento, não estou ignorando as presenças, o fato é outro: Hoje, acordei sem incomodar-me com as ausências. Meu objetivo é simples, e enceta com um chocolate quente e um edredom, com a abertura de uma janela esquecida neste espaço que ninguém mais pisou, com a permissão para que outros seres habitem o lado oposto ao meu escudo sinuoso. Estou abrindo as mãos e, sem avareza, permitindo que o vazio escape, consentindo outros toques. Sinto que já não inalo a fumaça que deixou ontem, que já não é tão dificultoso assim entregar-me a outros focos. Porque, observe: Como se pode dirigir, se ao carro a gasolina falta? Como se pode atender uma ligação, se não há ninguém a mais na linha? Hoje, só, abastecerei o caminhão que irei governar. Irei cortar os fios, porque meus contatos serão mais próximos. Quem sabe o que mudará após este meu conciliar? Amanhã é depois. E tu bem sabes, já que teus atos certos são sempre amanhã. E este hoje poderá ser o meu conseguinte também. Apenas acordei assim... E não vou chamar os bombeiros quando tudo pegar fogo, porque agora meu objetivo é apenas um: Eu. E não é egocentrismo, também não me jogarei ao clichê do amor-próprio, é mais que isso, é o relógio que não para, é o meu acordar. Hoje despertei para me religar!
PERSISTA (?)
Você não tem este direito. Na verdade, ninguém tem direito de nada além do que recebe. Então, no fim das contas, eu quem lhe dou o direito que digo que você não deveria ter (droga!). Este direito, este mesmo! De fazer com que um toque faça minha perna tremelicar, meus pensamentos se embolarem e minha voz sair aguda. Pare já, de revirar todos os metros quadrados do que me compõe, de transformar meus sólidos em água, de retrair e expandir minhas interrogações e certezas em um só olhar. De causar-me noites mal dormidas e de deixar-me mais viva do que nunca, enquanto queria mesmo era morrer de tédio, sem me resvalar por estas agonizantes e simplórias inconclusões.
Não me conquiste. Eu até posso, até aceito, invadir assim seu coração, mas você dentro de mim, não. Não antes que eu tenha a certeza de já ter dominado seus sentidos e talvez nem mesmo assim. Não costumo entrar em uma história para deixar ser morna, para ir sem tudo o que posso, sem me permitir. Mas desta vez, estou com muitas promessas para cumprir a mim, com medos para deteriorar e você não pode chegar aqui tornando tudo tão pequeno perto do seu gosto. Ainda mais com tanta dúvida aparente.
Por favor, fique. Quero dizer, vá. Quero dizer, até meus pedidos não têm mais reais fundamentos. É fato o espaço em branco, cutucando as pontinhas da minha irracionalidade para ser preenchido de vez, no entanto ele não pode ganhar agora. Você não pode. Eu não queria que fosse um jogo, só que sempre acaba sendo em algum ponto, ou interrogação. Não adianta entrar com um extintor no fogo que renasce só com um simples contato. Sinto que tenho todas as chaves e não posso abrir a porta.
Não me venha com formas tão baratas de adubação, que parecem ser utilizadas com qualquer outra das suas vítimas. Pare já! Pare! Por favor, não me conquiste. Não preencha o espaço, não invada o meu triz. E, opa! Também nem pense em ir embora, viu? Como assim: chega, vem fazendo pose de quem pode até ficar, e sai virando as costas? Acha que seria certo? Rá... Mas não é assim mesmo! Você não tem esse direito. Esse, esse mesmo! De cogitar colocar o pé para fora sem ter antes entrado de vez. Minha mente nem consegue imaginar a cena de você partindo, levando embora sua mania de sorrir torto depois do beijo e de discutir teorias. Nem conheci seu hálito matinal, nem sei como você se espalha pela cama depois de um dia exaustivo e nem aprendi sobre tudo que ainda me ensinaria (ensinará?).
Por favor, só me conquiste. Já conquistou. Quero dizer, não se esforce. Não me conquiste.
Ah, então você acha que é assim? Que não precisa nem tentar direito? Faça mais do que isto! Conquiste, vá. Conquiste, fique. Não conquiste.
E o resumo de tudo isto é:
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A palavra no meio desta bagunça, que você mesmo fez. A palavra que eu não quero admitir, mas quero que faça.
Digo, não quero que faça não.
— Ah, vai me deixar desistir de falar? É assim?
RECADO AOS HOMENS:
Quando uma mulher mandar você ir embora, na maioria das vezes, ela só quer saber se você é do tipo que vai, ou do tipo (certo — que vale a pena o risco —) que fica com as pedrinhas para jogar na sua janela até não saber mais o que fazer. E ainda assim, mais faz.
Porque, entenda, criamos testes por sempre estarmos esperando os (f)atos. E quem desiste fácil, meu amigo, prova que nunca esteve de verdade.
NÃO SOFRA TENTANDO EXPLICAR
Não adianta o gasto da saliva discutindo seus valores com quem não os têm. O ogro vai falsear discernimento, agregar conteúdos sobre o tema no debate ou até dizer que discorda, mas o fato é que ele sequer entenderá. Não se martirize tentando glosar o porquê o erro daquela pessoa foi grave se ela não tem critérios para entender o que é correto nos princípios que você emana. Não. Não tente explicar mais de uma vez o que é caráter para um mau-caráter ou o que é fidelidade para um traidor. Não permita chegar em sua asma tentando decifrar a importância daquele ato para quem não o capta como fundamental. Não tente fazer uma tartaruga inferir a relevância de ir mais rápido. Não sofra pelo não entendimento de quem não evolui a capacidade de aprender, sobre aquilo, além.
Existem tópicos que derivam da essência de cada um, fatores que só a índole comanda e que não há como tentar reformular sem ser o próprio dirigente dos traços. Você vai passar a vida inteira tentando ensinar para o enganador o valor e o poder da franqueza, e não obterá êxito, ainda que creia no arrependimento do inquilino. Não adianta discursar, exemplificar ou expor. Somente o próprio ser com as suas vivências e reanálises é que pode ser apto a cometer uma comuta.
Você pode deixar claro quais os seus pontos de vista, quais as suas prioridades e o que é digno no seu universo. Pode. Contanto que ainda esteja com os pulmões funcionando sem fadiga. Depois deste limite, chega. Deixe que a caminhada ensine ao malandro qual a moral da história. Deixe que as fianças sejam cobradas pelo que o futuro reserva. Não chore abraçando o tormento do anseio de que aquele sujeito compreenda os motivos de ter causado tamanha decepção. O que vale este desespero é somente se a quebra dos seus conceitos for feita por si, não por segundos e/ou terceiros.
Esteja imperturbado se sabe que seguiu o que gostaria que seguissem por você. Isto basta. Não fique pensando se a consciência alheia está pesando pelo que deveria. Caso estejam com o travesseiro leve enquanto o justo seria recostarem em pedras, apenas aceite que tem gente de feitio confuso ou obscuro, que não vale a instrução. Gente que só aprenderá quando for a vítima e não o estuprador, ou talvez nem mesmo assim. No fim, somos apenas nós, a nossa mente e as nossas valências. Quem carrega os pedregulhos dos outros, querendo transformá-los em diamantes, só duplica as próprias feridas desnecessariamente e atrapalha o tempo de dissipar do centro dos objetivos aquilo que não deveria ser pesar, por não depender da sua aula e sim do aluno estudando só.
Desabite o que não faz por onde, o que não segue o que é vital na sua lista prioritária e só explique com euforia o que é amor ao respeitoso, o que é bondade ao generoso e o que é amizade ao não traiçoeiro. Troque ideias com quem compartilha das suas teses, acresça com quem você pode também ajudar a desenvolver, não com quem não alcança seus olhares. De resto, até ouça, afinal, nada é tão vazio a ponto de não merecer a nossa escuta para certas abstrações. Contudo, não esqueça: não adianta um peixe tentar nadar por muito tempo em água secante, tampouco funcionaria por horas respirar em terra. Não há tubarão que converse com leões. Não há como explicar a um cão o que é lealdade: ou ele, por instinto, será devoto a você, ou poderá morder sua perna e não existirá fala que seja suficiente para definir ao animal o quão absurdo isso foi.
O mundo está em pó, não existe mais respeito nesse lugar onde só se tem guerras, terror, tristeza, mortes.
As vezes quando alguém faz alguma barbaridade, e alguém fala "isso não é humano" sim isso é humano, e muito humano.
A vida nos ensinou da forma mais amargurante possível que o animal mais perverso e matador do mundo é o homem.
Guerras por motivos infantis, bombas sendo construídas a todo momento, novas armas em fase de testes.
O mundo vai acabar sim, más não vai ser um super-vulcão nem um mega tsunami que vai causar isso, quem vai acabar com o mundo é aquele que mais teme que ele acabe, o ser humano com suas guerras
Grandes indústrias acabam com a camada de ozônio.
Grandes cidades com nuvens de poluição
O mundo está sendo destruído, e nós temos a audácia de nos auto intitular como raça inteligente.
Inferno? Nós estamos no inferno
Escrito por:
~Thiago Rodrigues
Em uma madrugada qualquer....
Tu lá, vivendo sua vida
Eu cá, sofrendo de amor
Tu lá, sem nenhuma ferida
Eu cá, com toda essa dor.
Tu lá, sendo amado
Eu cá, achando que amo
Tu és inteligente e gentil
me atende quando chamo
Tu lá, falando comigo aqui
Eu cá, falando contigo cá
Nós dois conversando como adultos
Nós dois nessa conversa engraçada
Falabso de tudo, falando de todos
E fazendo a distância de culpada
Quando conversamos, nem percebo
que tu está lá e eu estou cá
sinto que estamos lado a lado
E que nada poderia nos separar.
Depois de tudo queria
ter a chance de te mostrar,
Mas por causa da distância, de tudo o que posso fazer
é no coração guardar.
Não consigo dormir, então vou escrever um pouco, quando eu escrevo tenho a tendência de ser esmagado por toneladas de sono instantâneas. Então eu me olho no espelho.
Olho para mim só vejo nada, sem essência, originalidade, vida, poesia ou existência, eu não existo e mesmo se existisse seria uma pequena porcentagem de mim, pois muitos outros não caberiam em mim comigo lá dentro.
Me vi obrigado a retirar cada pedaço com uma faca de gosto popular e doutrinando a minha mente, isso se posso chamar de minha, já que não conhecemos os donos de tudo e enfatizamos a crença de ser o centro do universo de um outro deus inexistente criados por mentes fabulosas com idéias surreais de vingança e vaidade por sermos apenas animais.
Há de mim em meu quarto minúsculo igual a muitos quartos minúsculos do mundo sem nenhuma importância para qualquer outras pessoas a meros 10 metros dali, imagine a importância desse quarto para um continente, um planeta ou qualquer outro planeta em todos os sistemas solares existentes nesse aglomerado de estrelas em meio a muitos outros aglomerados que formam a via láctea nossa galáxia que fica em um pequeno aglomerado de galáxias formando o universo observável, ou apenas o próximos nível do infinito espaço que desconhecemos.
E o quarto? Qual a significância dele? E a pessoa deste quarto? E os pôsteres? A TV a qual ele vê seus insignificantes vídeos em "alta resolução"? Seus instrumentos, sua música, seus pensamentos, seus escritos suas declarações de insignificância em um celular? Não se preucupem comigo, não mereço qualquer preocupação, existem pessoas morrendo a cada segundo, "ops morreu mais um".
Morreu mais um, um número, uma estatística ou uma criança de fome, um filho de uma mãe que trabalha de empregada doméstica e não pode ver seu filho, pois trabalha demais para pagas coisas das quais ninguém precisa.
Um mundo aos meus olhos? melhor? Sim, melhor. Mas só toda essa concepção niilista de insignificância faria com que todos preferissem ser o centro do universo em suas próprias criações divinas ou otimistas para a visão e evolução humana.
Não, me venham com bobagens, eu posso morrer agora, neste segundo, um avião pode cair em sima de mim o que é de uma probabilidade de 1 a 5.000.000 ou poderia ser assaltado e assassinado por resistência ao crime o que é de uma probabilidade de 1 a 5.000 em meu país ou eu poderia apenas morrer por uma doença qualquer como câncer ou apenas uma virose por envenenamento de inseto que tem uma probalidade de 1 a 50 para qualquer lugar do planeta e menor para os lugares mais pobres e em estado de calamidade.
O que fazer? Eu não sei o que fazer, eu estou doente, dizem que depressão é doença, mas também disse que depressão é estado avançado de tristeza.
Mas não me considero triste, eu tenho uma namorada a qual amo e por mais que eu seja insignificante que é um fato, e que eu não existo, que é um conceito sobre essência, eu contínuo, eu apenas contínuo, como um elétron que gira em torno do seu núcleo, e sem saber explicar, ou entender tudo isso.
Já tentei conversar com pessoas sobre isso, mas todos evitam, talvez deveria falar com um especialista, mas entre tantos riscos e tempo perdido em achar alguém que não me entenda e me faça uma receita antidepressiva ou ficar tentando ver o lado positivo da vida.
Existiria alguém com mais tédio que eu? só se fosse alguém que nem ao menos tivesse um lugar para escrever o quanto está entediado.
Já pensei até em me drogar eternamente, mas não seria nem mais nem menos relevante quanto a vida que levo agora.
As vezes rio sozinho sentindo a ironia se desmanchar em poesias em meu pensamento, mas pelo fato de eu não conseguir expressar, todo esse sentimento me vejo frustado e entediado novamente.
Cheguei ao ponto de não conseguir rir, por saber da irrelevância de tanta coisa dentro de um sorriso mágico e poético gasto mais uma vês sem qualquer significância.
Escrever isso me ajudou a ir dormir nessa madrugada comum de um dia comum de uma vida comum de uma pessoa comum como você que pode estar lendo isso agora e que deve estar me achando uma pessoa arrogante, sem amigos e triste. Boa noite a vocês e ao reflexo de tudo que está em nesse meu corpo nesse espelho e talvez uma pitadinha de mim possa desfrutar de algo.
LEGADO
A vida só é inteligente e faz sentido para quem sabe ler nas entrelinhas. Se você não quiser que tenha sentido, nunca vai aparecer algum. Se você se prender no que não faz sentido, aquele "não sentido" vai sempre ser nenhum.
Precisamos ficar limpos e sóbrios, e isso não significa esquecer, mas sim, andar pela seta que aponta em uma nova direção, quando não podemos mais buscar as questões na outra pessoa. Somos cinzas que só podem ser repousadas e vivas quando entendemos que elas são nossas, e não dos outros. Que o nosso passado é carga, mas não precisa pesar em tempo integral. Tudo é ciclo, tudo é teia! Nunca estamos tão livres assim, nunca seremos um "nada", nunca seremos apenas cinzas! Também somos cargas de outras vidas, não é só na nossa que existem pesares e conexões inacabadas que nos perseguem, e só conseguimos dar atenção a isso se pararmos de procurar as respostas do passado no passado e iniciarmos a busca delas em novos caminhos. Pensamos tanto em nós e no que queremos do outro – que já foi –, que esquecemos que temos coisas para responder para outras pessoas também. Que tem gente que precisa seguir e não consegue, que precisa de nós e não nos têm, ainda que achemos que sim. Os prendemos com um cordão enlaçado nas nossas imagens e nos cegamos com os ecos do que já foi, sendo que as melhores sentenças e levezas vêm quando nos preocupamos mais com quem vamos ser para os outros do que com o que os outros foram para cada um de nós. Esse segundo tópico vira aprendizado. O primeiro, vira legado. O aprendizado serve para que façamos nossas marcas, serve para ser transformado em condutas. Do que adianta usarmos o passado se não escrevermos nada no futuro com as sobras dele? E como escrever algo não redundante sem ir para um novo capítulo? O que vamos ser depende do que fomos, mas o que vamos construir depende do que somos agora. É uma simples consequência que só ganha vida com o ato de ir, entendendo que tudo é fim o tempo inteiro para que possamos ser eterna casa em obra, para que possamos ser aprendiz e professor, já que até o que continua, não continua o mesmo. Tudo se resume não no que você vive, mas no que você dá para o mundo através do que vive. Não é a sua cicatriz que importa, é o que você foi capaz de promover depois dela.
*Legado é algo adquirido e transmitido. Adquirido após transmitido. É a herança que se deixa e o reconhecimento que através dela recebe. É algo deixado para um todo e não só para um. Para um todo através de um. De um através de um todo. De um todo através do que é feito com o todo. Legado é a história criada a partir de uma história, do caminhar dos atos consequentes de outros atos, de uma vida consequente de outras vidas, de uma teia que não finda ao findar. De um pé que deixa recursos para outros pés, porque não parou de andar e porque usou dos sapatos antigos e dos novos para pisar cada vez mais fundo.
QUEIRA UM AMOR ...
QUEIRA UM AMOR QUE CHEGA PRA FICAR.
UM AMOR QUE TE ACRESCENTA!
QUEIRA UM AMOR QUE NÃO SE AUSENTA E MARCA ASSIDUAMENTE PRESENÇA.
QUE TE ENCHA DE SORRISOS, QUE NÃO TENHA SEGREDOS
QUE NÃO TE DÁ MEDO, NÃO TE COLOCA EM 'APERTO'
POIS AMBOS ANDAM NOS EIXOS.
QUEIRA UM AMOR QUE NÃO EXTINGUI DE TI OS VALORES.
QUEIRA UM AMOR QUE SE DEIXA SINAIS, QUE SEJAM DE EXCLAMAÇÃO!
QUE TE AQUEÇA QUE SEJA MAIS, QUE SEJA ORDEM, QUE SEJA DECÊNCIA.
QUE SUA ESSÊNCIA SEJA A EXISTÊNCIA E REFERÊNCIA, QUE NÃO VIVA DE APARÊNCIAS.
QUEIRA UM AMOR QUE PERPETUE E DÊ FRUTOS.
QUEIRA UM AMOR SEM PONTO, MAS SOBRETUDO QUE SAIBA TE ESPERAR E COM VOCÊ QUEIRA SEMPRE ESTAR...
PORQUE QUANDO ESTE CHEGAR LOGO SENTIRÁ, NÃO RESISTIRÁS!
QUEIRA UM AMOR QUE A PONTE PARA CHEGAR ATÉ A ELE FOI
ERGUIDA PELAS MÃOS DO CRIADOR E QUE VOCÊ ANDES NELA PARA ALCANÇÁ-LO, PORQUE QUANDO ULTRAPASSAR ESTA PONTE
VERÁS QUE CERTAMENTE NO ENCONTRO DE OLHARES E ENCAIXE PERFEITO DAS MÃOS ESTE VEIO PRA FICAR.
Script
Produção, liguem as luzes. Posicionem as câmeras. Chequem a estrutura do palco. Atores, fiquem em seus lugares. Vamos iniciar a gravação de mais um dia. Só que hoje, vamos fazer de uma maneira diferente.
Esqueça os textos decorados, ensaiados e com intensidade prontamente pensada. Esqueça também o figurino correto, impecável. Esqueça essa ideia de um único jeito; apenas interprete. Viva o momento como ele realmente é. Essa coisa pré-programa é um tanto quanto chata.
Produção, entenda que as percepções são diferente. O script enviado para os atores, contém alguns erros. Eles disseram que o que lá estava, não passava de um monte de palavras, que até tinha um sentido; mas não era sentida.
Isso, talvez, possa ser justificado pela imposição. Simplesmente, este estilo de vida está sendo imposto. Se não pensar dessa maneira ou agir daquela, não irá fazer sucesso em Hollywood.
Esqueça o sucesso, se não jogar de acordo com as cartas postas. Esqueça a fama se não seguir o roteiro. Mas, esqueceram de um simples detalhe: a vida não tem roteiro pronto. Esse texto aqui, que possivelmente alguém vai ler, não estava planejado para ser escrito. Simplesmente, de alguns segundos pra cá, após um rápido bate-papo, ele surgiu.E assim a vida é. Inesperada. Repentina e que não se repete. E quem sabe improvisar, bem viverá. Script, ele não existe.
Coração, é uma coisa que a gente nunca entende e talvez não seja possível de entender mesmo. Ora nos deixa feliz, cheia de esperanças, ora nos deixa triste com o peito apertado e a vontade imensa de chorar. Sentimento horrível esse que tem invadido meu peito, dividindo espaço com o amor, esperança, magoa e novamente com o amor, aah o amor. Será que nunca vou deixar de te amar? Mesmo depois de tudo que me fez?
Se a culpa é toda minha? Talvez sim, talvez não, que tal de nós dois? Você sempre me fez acreditar que era possível existir um “nós dois” e agora eu estou aqui, confusa com os sentimentos embaralhados, assim como em um quebra cabeça, tentando montar os pedacinhos e transformar em uma bela imagem.
Assim ficou meu coração quebrado, em cacos. Você deveria ter me dito antes, antes de eu me envolver, de alimentar minhas esperanças, de sonhar por um final feliz, que nunca vai existir, não com nós dois. Cheguei a imaginar nós dois velhinhos, sentados em nosso balanço na casa de praia vendo nossos netos brincar.
Sempre acreditei que esse sentimento nosso era puro, sincero e verdadeiro, mas pena que para você não passava de uma amizade colorida. Eu bem que tentei não me abalar, erguer a cabeça e dar a volta por cima. Mas todas as noites em que deito minha cabeça no travesseiro, as imagens de nós dois invadem minha memória.
Eu bem que tentei eu juro, não pensar em você. Mas é completamente difícil, a distância não existe entre nós, infelizmente a proximidade é o pior dos meus desafios. Lidar com esse sentimento com você por perto, é completamente impossível, esse amor, sentimento idiota que só sabe aumentar e se torna cada vez mais platônico.
Hoje você diz que estou completamente louca, mas é assim que o amor nos deixa, a loucura invade a mente, e somos capazes de nos entregar, doar, de coração e alma. Um dia você vai me entender, amará alguém assim como eu te amo. E talvez se esse sentimento não for recíproco, vai doer, vai doer assim como está doendo agora em mim.
Ai, ai, quanta hipocrisia, o povo fala como se no nosso país só existe 2 classes que sofressem preconceito como: "homossexuais e evangélicos", ao meu modo de ver o preconceito vai muito mais além e alcança todas as classes sociais, raças e sujeitos.
Querem ver como o preconceito alcança a todos?
Perguntem como se sentem os obesos, baixinhos, negros, brancos, mulatos, ruivos, idosos, portadores de deficiência, magrinhos, afros, orientais, loiras, nordestinos, extrovertidos, tímidos, dependentes químicos, alcoólatras, policiais, prostitutas, mães solteiras, idólatras, há pessoas que tem preconceito com cabelo, modo vestir e etc... etc... e etc.. Viram a lista é tão grande que se eu fosse listar tudo levaria muito tempo, a verdade é quem um dia sofreu algum tipo de preconceito foi preconceituoso também.
Tem muita gente do contra por aí a fora pagando de santo, quem nunca sofreu algum tipo de preconceito nessa vida meu povo?
Se é pra falar de respeito ao próximo, a raça humana ainda está muito longe de alcançar essa perfeição. Não somos perfeitos, alguma coisa do contra todo ser humano tem, todos algum dia já foram vítimas de opiniões contrarias, e detalhe todos trazem dentro de si algum tipo de intolerância também. Temos o direito de expressar nossas opiniões pois a lei nos permite esse direito, e aquele que não tem nenhum tipo de opinião contrária a algum modo de comportamento alheio que atire a primeira pedra. Agora o que não justifica é usarmos esse direito e transforma-lo em preconceito, é inadmissível usar esta intolerância em forma de violência, seja ela verbal ou física afinal todos nós temos o livre arbítrio e o direito de vivermos conforme as nossas escolhas.
Como diz a Bíblia “ 1 Não julguem, para que vocês não sejam julgados.
2 Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês.
3 "Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho? Mt. 7:1-3.
ADEUS
Será que sei alguma coisa da vida?
Despreocupado com resultados
E dali você sempre foi
o primeiro a sorrir
Escondendo a dor
Da luta contra a solidão e tristeza
De uma pessoa boa
Que mesmo no escuro, enxerga a beleza
Do pouco que sei
é que não foi fácil
te pedem pra ser feliz
para esconder aquela cicatriz
E o que pude fazer pra ajudar
ajudar a lutar
contra a solidão?
nessa vida, o que é a felicidade?
não é dinheiro, nem o luxo
apenas algo vazio
que o inventor não traduziu
Assim como a noite sequestrou
A beleza da cidade
Assim como a vida se fechou
Para quem busca a própria identidade
Do nada que sei
é como você se foi
Até a próxima vez
não será mais só um mês
Ele acha que esta chegando a conclusão de uma tese sobre o seu coração e
talvez o motivo de não conseguir manter um sentimento preso a uma só pessoa.
Se considera uma passagem na qual fosse necessária a todas que precisarem
de conforto, atenção, fuga ou proteção.. amor em geral.
Sendo assim, o fato de prender seu sentimento a uma só, estaria "atrapalhando"
a possível chegada de outras, carentes de ilusão ou realidade. Nesse ponto percebe a
importância da independência, mas também a complexidade de conter seu amor dedicado
ao futuro e ao medo da solidão, mais do que sente hoje o pobre garoto.
Torne-se imortal!
Como pesa uma página em branco, mas ou é falta de conhecimento ou falta de vontade ou falta de coragem mesmo. Ninguém é uma página em branco e escrever é um exercício fundamental para organizar ideias, uma forma de revelar conteúdos e de mostrar sua individualidade. Gosto de ler os compositores, os poetas e o que as pessoas escrevem, porque na verdade aprendemos com todos. A literatura não é mais que algo muito pessoal, uma forma definitiva de se expressar, pois identificará você para sempre e mesmo após essa vida! A maneira de ver, compreender e revelar o que só existe na sua forma de entender o mundo. Por isso não abra mão da sua liberdade de pensamento e de se comunicar (pela escrita) sempre...
Rodrigo Furlan
Sei lá, é que agora é diferente... Mesmo cheia de incertezas e à frente de portas entreabertas, estou tão contente. Não me pergunte o porquê, eu não saberei lhe responder. Também não pergunte sobre o meu eu, você não compreenderá.
Eu simplesmente respiro profundamente olhando no espelho. E neste intervalo entre inspirar e expirar, tenho plena certeza que estou melhor assim. Vazia não da alma, mas sim de você, de sua insignificância.
A HORA CERTA
Foi ali, Seu Moço. Que cansei de relutar. Naquela esquina ele abraçou todas as minhas dores estomacais e fez com que eu reparasse que nunca deixei de acreditar no bom da vida. E foi ali, Seu Moço, naquele outro canto, ó, que eu cometi a tolice de dizer que não era a hora certa. Juntei minhas fobias não causadas por ele, minhas cicatrizes, sustos e assombros pretéritos, formei uma imensurável bola de horrores na garganta e na coragem e, simplesmente, joguei tudo pelos ares, escorando na minha desculpa sincera de que achava não estar em uma fase propícia para algo maior.
Foi numa quinta-feira cinzenta que ele surgiu com sua paciência de Jó, e, apesar de ter sido inesperado, foi simples, nada parecido com os romances que assistia e anotava na minha libido. Mas foi mais mágico do que todas as histórias que vivi, até mais do que aquelas que causaram textos até hoje. Porque foi real, sabe, Seu Moço? Foi de uma segurança imensa. E assim fui aprendendo que o fascínio do amor não está apenas nos grandiosos acontecimentos, mas sim, nos detalhes que ele permite enxergar, na leveza da leitura. Se não está dando tranquilidade o suficiente para granjear as vírgulas mínimas e incríveis que estão passando, é porque não é amor. Não tem como algo que depende assim da amizade, surgir das turbulências.
Não senti e nem sei se sinto que é a hora certa, não sinto que estou curada dos últimos socos que levei no tórax e nem que posso entregar todos os pontos enquanto ele ainda está na porta, mas cansei de querer encontrar gente que presta na hora exata. Já joguei janela afora outros que pareciam ser dignos, apenas porque a minha fase não era a mais estou-aguardando-um-casamento. Depois, com ele, fui vendo que é burrice limitar as oportunidades por bloqueios momentâneos. Que é como ter o bom e o ruim e optar pela imprudência do negativo, perdendo o que pode nunca mais encontrar e ficando com o que hora ou outra, vai esvair.
Que insensatez quebrar o inabitual por algo comum! Comum é esta rachadura que prendeu meu pulsar, comum é esta fragmentação que todo mundo recebe, uma vez que seja, dos infortúnios. Comuns são as aversões criadas pelos péssimos rastros dos comuns. Costumeiros são os pés oscilantes e o que fiz naquele canto. E inabitual é o que eu tenho, ou tinha, nessa possibilidade.
Quero dizer para ele que pode entrar, sabe, Seu Moço? Quero que ele saiba disso. Que a hora certa é a gente que faz, que quero que ele me ajude a fazer. Que não é para ele tascar a nossa esperança em um jarro de flores mortas e fincar os pés aqui sabendo que é por tempo contado. Nunca fui de querer ficar em nada tendo ratificação de que teria mesmo um final. Então, se aqui ainda estou, ele deveria saber que é porque nunca dei para trás, nem mesmo um pouquinho. Sim, preciso ainda contar que tem muito turbilhão por vir, mesmo que esta paz imensa que ele me traz continue a grudar nas solas dos nossos sapatos. Porque nunca é fácil. Só que a parte mais rara a gente já tem, que é a naturalidade, aquela sensação gostosa de sentir que está em casa, aquela intensidade rápida e não forçada. Que espero, ao menos, que para ele ainda exista, que em alguma pontinha das suas costas bata em permanência um fio de crença em se mudar para cá.
Eu não vou estar brincando se disser que mudei de ideia, que na verdade, desde o começo meus sentidos apontaram para não ir, para colocar mais papel na impressora. Mas será que ele vai acreditar, Seu Moço? Será que ainda vale a pena dizer? Queria saber se ainda existe aquela mesma vontade e constância dele, entende? Queria gritar que nunca mais vai existir hora certa ou errada, que isso é pura ilusão. Que verdade mesmo é o que faz sentir, e ele fez.
Foi naquela esquina, Seu Moço, bem ali, que soube desde o começo que era ele. E foi naquele canto que estraguei tudo. Ajuda, Seu Moço, essa gente confusa que está escolhendo errado, e a mim. Preciso fazer ele voltar àquela esquina comigo e deixar aquele canto para trás. Porque, Seu Moço, ele precisa saber que se ficar, eu não vou mais.
É normal querer chorar e não conseguir?
Fiz o que me mandaram, tentei ser eu mesma, tentei proteger quem amo, tentei não ser rude. Fiz o que me indicaram… Coloquei-me em frente da fera, tentei proteger a pobre presa, mas a fera atravessou-me como se meu corpo fosse ar.
Falhei miseravelmente e agora a presa sou eu.
É normal querer fugir e não conseguir?
Fiz o que o coração me martelou para fazer, tentei parar, tentei começar, tentei continuar.
Fiz o que minha mente achou certo e agora o sangue que escorre é meu também, novamente meu… Sempre o meu. Desta vez misturado, mas meu.
É normal querer gritar e não conseguir?
Fugiu-me tudo por entre os dedos, os que amei, os que me amaram, os que amo e os que me amam, novamente o meu corpo entre a presa e a fera, de novo e de novo meu suor, minhas palavras, meu sangue… Meu coração.
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