Texto Motivação na Vida
Cromoterapia
A força das cores na nossa vida
Roda das Cores
A cor azul de nº 28 na roda das cores era a cor mais popular entre as pessoas saudáveis, enquanto a azul nº 27 (que é um pouco mais escura que a 28) ficaram em primeiro lugar entre as pessoas com ansiedade e depressão
Quando dizemos que estamos com um “humor cinza”, que está “tudo azul” ou “verde de ciúmes”, talvez estejamos sendo realmente precisos. Novas pesquisas mostram que as cores que usamos para descrever as emoções podem ser mais úteis do que pensamos. Um estudo publicado nesta terça-feira no jornal BMC Medical Research Methodologydescobriu que pessoas com depressão ou ansiedade eram mais propensas a associar seu humor com a cor cinza, enquanto as pessoas mais felizes preferiam o amarelo. Segundo o estudo, os resultados podem ajudar os médicos a avaliar o ânimo de crianças e outros pacientes que têm dificuldade para se comunicar verbalmente.
“Esta é uma forma de medir a ansiedade e a depressão quando se afasta o uso da língua”, afirmou ao site Live Science o pesquisador Peter Whorwell, co-autor do estudo e gastroenterologista do Hospital Universitário do Sul Manchester. “O que é muito interessante é que isso pode realmente ser uma maneira melhor de captar o humor dos pacientes do que as perguntas diretas.”
A luz afeta os neurotransmissores do cérebro, os quais são os responsáveis pelas mensagens passadas dos nervos para outros nervos e músculos de maneira que a primeira sensação de cor é puramente vegetativa e
emocional provocando ódio, amor ou outros sentimentos. Qualquer análise das reações humanas diante das cores, deve levar em conta também as influências sociais pois enquanto o costume no Ocidente é o de usar a cor preta para o luto, há outros lugares no mundo onde se usa o branco para manifestar o pesar pelo falecimento de alguém.O teste pioneiro para análise das cores é o das Pirâmides de Cores de Max Pfister(1889-1958), elaborado em 1946 no Instituto de Psicologia da Universidade de Friburgo.
Vamos ver como as cores influenciam o nosso dia a dia:
Vermelho:
Efeitos físicos do vermelho: o vermelho é uma cor quente, com natureza extrovertida. Essa cor estimula a
vitalidade e energia em todo o organismo vivo e, quando houver indolência, estimula a atividade. O vermelho
faz a adrenalina circular, ajuda a circulação sangüínea dentro do corpo e promove a produção de hemoglobina
para os glóbulos vermelhos novos. Essa cor aumenta a pressão sanguínea, promove o aquecimento do corpo e
estimula o sistema nervoso, motivo pelo qual pode ser usada com tanta eficácia para tratar de vários tipos de dormência e paralisia. Anemia, resfriados e pneumonia são outras doenças que podem ser melhoradas pelo vermelho.
O vermelho traz vigor às funções físicas e atenua a inércia, a melancolia, a tristeza, a depressão e a
letargia. Essa cor transfere a energia necessária à reconstrução e à fortificação do corpo. Ela é particularmente útil para as fases de esgotamento ou baixa resistência. Atua como tônico e pode abortar os
primeiros sinais de um resfriado. Nos casos de resfriado, um método prático de introduzir a energia do
vermelho é usando meias ou luvas vermelhas e uma camiseta ou cachecol da mesma cor.
Na Cromoterapia para tratamentos:
O vermelho não é recomendável para o tratamento de febres, hipertensão, ou quaisquer condições inflamatórias, como inchações, feridas abertas, queimaduras ou contusões.
LARANJA:
Efeitos psicológicos do laranja: a energia dessa cor tem algumas semelhanças básicas com o vermelho e o amarelo, estimulando o sangue e os processos circulatórios e influenciando as funções mentais e os sistemas respiratório e nervoso. O laranja energiza o corpo e ajuda nos processos de assimilação e distribuição. Essa é a cor do cálcio e é recomendável para gestantes e mães que desejam aumentar a produção de leite para a amamentação. Cabelos, unhas, ossos e dentes saudáveis são produzidos por essa cor. O laranja pode ser usado no tratamento dos distúrbios do baço e dos rins.
Na Cromoterapia:
Por exemplo, essa cor poderia ser introduzida em nosso sistema, usando-a em qualquer parte do copo da metade para baixo com calças e roupas íntimas. O laranja afeta as funções fisiológicas do estômago, pâncreas, bexiga e pulmões e trata úlceras e cálculos biliares. É particularmente eficaz para eliminar flatos e gazes do corpo, trazendo equilíbrio aos indivíduos que sofrem de cólicas intestinais e cólon espástico ou preguiçoso.
A constipação também pode ser tratada com sucesso pela cor laranja.
Essa cor estimula batimentos cardíacos mais fortes e é útil para o fígado. Portanto, essa é uma cor adequado para o tratamento dos alcoólicos. Em virtude do seu efeito sobre o sistema respiratório, o laranja também é muito útil no tratamento da bronquite, promovendo respirações rítmicas e profundas. Algumas das tonalidades mais suaves dessa cor podem ser usadas no tratamento da artrite e do reumatismo. O laranja não é adequado para pessoas facilmente irritáveis ou estressadas.
AMARELO:
Efeitos físicos do amarelo: o amarelo age reforçando o sistema nervoso e os músculos, inclusive o coração,facilitando a circulação. Essa cor ajuda a estimular várias funções corporais, tais como as ações do fígado,da vesícula biliar e o fluxo de bile. O amarelo promove a secreção dos sucos gástricos e alivia a constipação e indigestão, estimulando o trânsito intestinal normal. Essa é uma cor excelente para o tratamento dos distúrbios inflamatórios das articulações e tecidos conjuntivos e pode aliviar a artrite, o reumatismo e a gota.
Sente-se regularmente por algum tempo sob a luz do Sol e impregne-se dos raios amarelo-dourados radiantes, sempre que isso for possível. O amarelo tem a capacidade de dissolver depósitos de cálcio dentro do organismo e, dessa forma, é eficaz para atenuar a rigidez e as dores articulares experimentadas durante o movimento. Essa cor também é purgativa e trabalha excepcionalmente bem, estimulando os rins e o fígado, além de dissolver as secreções mucosas do corpo. O amarelo pode limpar a corrente sanguínea e ativar o sistema linfático. Ajuda os pacientes diabéticos a reduzir a dose diária da insulina pancreática. Iodo, fósforo, ouro e enxofre contêm essa energia do amarelo.
Embora o amarelo seja uma cor que estimule o cérebro e as faculdades mentais, não é recomendável para qualquer pessoa que tenha doenças mentais ou neuroses graves.
VERDE
Efeitos físicos do verde: a cor verde é particularmente benéfica para o sistema nervoso simpático e é útil para a cura em geral,equilibrando e recuperando as células. Essa cor está relacionada com o coração e produz um efeito direto sobre as funções cardíaca e pulmonar. Ela dissolve coágulos sanguíneos e elimina a estagnação e o endurecimento das células. A cor verde ajuda na formação dos músculos, da pele e dos tecidos.
Também ajuda na eliminação de substâncias tóxicas e atua como um adstringente suave.
O verde atenua a tensão e pode reduzir a pressão sangüínea. Ele produz um efeito sedativo e relaxante, embora possa causar sonolência, cansaço ou irritabilidade, se não for usado corretamente.
Já que essa cor é capaz de influenciar a estrutura celular básica,pode ser usada para tratar tumores, cistos e proliferações. Ela é particularmente adequada para os problemas torácicos, como: asma, bronquite crônica e angina. Passeios freqüentes nos parques da sua cidade ou em áreas rurais para “respirar ar puro” também são eficazes nesse sentido.
O verde também é usado para tratar as condições inflamatórias do fígado, resfriados e dores de cabeça. Já que essa cor atua como uma força equilibrante, atenua o medo em situações traumáticas e é eficaz no tratamento do choque. A cor verde também ajuda as pessoas que sofrem de claustrofobia.
AZUL
Efeitos físicos do azul: a cor azul produz um efeito relaxante e tranqüilizador. Ela é o antídoto para o vermelho e pode ser usada com sucesso para tratar condições febricitantes, freqüência de pulso acelerada e pressão sanguínea alta. Em geral, essa cor reduz o calor e a inflamação do corpo, como ocorre nos casos de queimadura solar ou intermação. O azul promove serenidade e elimina tensões, estresse e dores de cabeça, além de tratar todos os distúrbios da garganta ou das cordas vocais, tais como dores de garganta, tosses, rouquidão e laringite.
Essa cor tem sido usada com sucesso para tratar distúrbios menstruais, como: cólicas, dor lombar ou até mesmo sangramento excessivo. As mulheres com problemas menstruais podem usar a qualidade curativa da cor azul pouco antes, durante e depois das menstruações. Roupas de dormir, calcinhas e roupões de banho azuis, assim como roupas de uso diário da mesma cor podem ser considerados; além disso, itens domésticos, como roupas de cama e toalhas de banho, também podem ajudar a atenuar os distúrbios menstruais.
Uma luz azul acesa durante a noite também pode ajudar a reduzir e aliviar a tensão e as dores menstruais.
Outros distúrbios para os quais a cor azul poderia ser útil são: enxaqueca, meningite, colite, disenteria, insônia e diarréia. Essa cor é particularmente adequada para os problemas infantis, como erupção de dentes, inflamações na garganta, amidalite, sarampo, coqueluche, catapora e soluços. Alguns problemas oculares podem ser tratados com o azul, inclusive miopia, catarata e fotofobia.
O azul não é aconselhável para tratar paralisia, pressão sanguínea baixa ou resfriados. Além disso, essa cor não é recomendável para melancolia ou depressão.
VIOLETA
Efeitos físicos do violeta: a cor violeta normaliza todas as atividades hormonais ou glandulares, já que está ligada à função da glândula hipófise, situada na base do cérebro. Essa cor tem ação eficaz na meningite cérebro-espinhal, concussões, epilepsia e quaisquer outros distúrbios nervosos ou mentais, tais como neurose obsessiva e distúrbios da personalidade. O violeta alivia nevralgias e problemas associados aos olhos, ouvidos e nariz.
Essa cor é particularmente valiosa como purificador do sangue e ajuda na formação dos leucócitos (células brancas do sangue). A cor violeta ajuda a manter o equilíbrio do sódio e potássio no corpo que, por sua vez, facilita o controle do equilíbrio hídrico e normaliza os ritmos cardíacos. Os pulmões, o fígado e os rins também podem ser tratados com sucesso com essa cor. Dor ciática e distúrbios nervosos, em geral, são melhorados pela cor violeta.
Efeitos Fisiológicos das Cores nas Roupas
VERMELHO:
esta cor faz com que você se sinta mais vigoroso, expansivo e pronto para avançar adiante em algum sentido evidente. Ela tende a atrair o olhar das pessoas e chamar a atenção. Se você usar vermelho, isso pode indicar que tem ardor e paixão, ferocidade e força. As pessoas que gostam de ação e drama apreciam essa cor. Vestir-se de vermelho também pode indicar sexualidade vigorosa.
LARANJA:
esta cor revigorante e estimulante não tem muito do mesmo dinamismo do vermelho. Se estiver usando roupas da cor laranja, você pode ter traços corajosos e aventureiros, demonstrando entusiasmo e zelo em qualquer coisa que faça, mesmo que isso consuma suas energias. As pessoas que usam essa cor são afirmativas e gostam de rir e fazer outras pessoas rirem. O uso de roupas da cor laranja também estimula a conversação e o senso de humor.
AMARELO:
esta cor geralmente é usada pelos intelectuais, estudiosos e pessoas que gostam de ocupar posições de autoridade e de controle. Ela estimula a receptividade e a atenção aos detalhes. Vestir-se de amarelo “atrai a luz”. Essa é a cor mais associada com o Sol e tende a gerar qualidades otimistas e positivas nas pessoas que a usam em suas roupas.
VERDE:
esta cor ajuda as pessoas a criarem um ambiente equilibrado, suavizante e calmo à sua volta. Ela simboliza harmonia e equilíbrio. O verde das roupas tende a refletir tipos convencionais, pessoas que gostam de ater-se ao que é certo e justo e que preferem não sobressair numa multidão. Os indivíduos que apreciam essa cor geralmente gostam da natureza e da segurança que ela traz.
AZUL-TURQUESA: esta cor estimula as pessoas a demonstrarem interesse por você. Ela expressa uma personalidade revigorante, que está facilmente acessível. O azul-turquesa ajuda a clarear seus pensamentos e sentimentos, produzindo clareza em sua comunicação. Se você gosta de usar essa cor nas roupas, quer ser visto como portador de jovialidade e vivacidade.
AZUL:
vestir-se de azul sugere espiritualidade e ordem. As pessoas que usam essa cor refletem um desejo de paz e quietude, tranqüilidade e até mesmo solidão. Essa cor não é ameaçadora e o indivíduo que a utiliza por certo valoriza a lealdade e a honestidade.
VIOLETA:
o uso de roupas violeta gera sentimentos como respeito próprio, dignidade e auto-estima. Essa é a cor usada pelos sacerdotes católicos para refletir santidade e humildade. Em virtude da sua riqueza, ela também está associada com o monarca, a extravagância e a prosperidade. Muitos artistas preferem essa cor para suas roupas, talvez por causa das suas qualidades espirituais ou criativas.
MAGENTA:
vestir roupas dessa cor gera sentimentos de suavidade, afetuosidade e docilidade. Ela estimula afeição e sentimentos como amor e compaixão. Devido à contribuição do vermelho para a produção dessa cor, o magenta também transmite uma mensagem sexual poderosa, que pode ser manipuladora num nível sutil. Se você gosta de vestir-se com essa cor, isso pode indicar que quer expressar sua sensualidade.
PRETO:
na maioria das sociedades ocidentais, o preto quase sempre é a cor da morte, do luto e da penitência. Em geral, essa cor é usada por pessoas que rejeitam a sociedade ou se rebelam contra as normas sociais. O preto é uma cor que nega a luz e as pessoas que a usam nas roupas rejeitam a luz em si próprias, empurrando-a para longe e não permitindo que ela seja absorvida. Essa é a cor usada pelos homens de negócio, policiais e padres para refletir poder e autoridade. O preto é percebido como escuro e misterioso e também pode significar sexo. Contudo, essa cor também é usada pelas pessoas que preferem parecer tradicionais e responsáveis.
BRANCO:
as roupas brancas têm sido associadas à limpeza, à pureza e a inocência. Nos países orientais, o branco é usado como uma cor adequada para a morte e o pesar, aceitando que a pessoa morta partiu do mundo físico para um plano espiritual mais puro. Essa é a cor do desprendimento. O branco reflete todas as cores e as pessoas que o utilizam nas roupas podem faze-lo para manter-se refrescadas sob o calor dos raios solares.
MARROM:
a cor marrom geralmente está associada com terra e estabilidade. Para criar essa cor, você precisa misturar o vermelho com o preto e, portanto, ela tem alguns dos seus atributos. O marrom é uma cor envolvida com o enraizamento e a criação de fundações firmes para o futuro (semelhante ao lado positivo do vermelho). Ele também contém a qualidade poderosa do preto, no que se refere à autoridade, à confiança interior e à auto-afirmação. Uma pessoa que gosta de vestir-se com marrom por certo é extremamente dedicada e comprometida com seu trabalho, sua família e seus amigos. No lado positivo, essas pessoas são práticas e materialistas na vida, mas em seu aspecto negativo elas podem ser profundamente inseguras e instáveis. A cor marrom gera organização e constância, especialmente nas responsabilidades do cotidiano. As pessoas que gostam de usar essa cor são capazes de ir “à raiz das coisas” e lidar com questões complicadas de forma simples e direta. Elas não são pessoas “insensatas”.
Quarenta Anos
A vida é para mim, está se vendo,
Uma felicidade sem repouso;
Eu nem sei mais se gozo, pois que o gozo
Só pode ser medido em se sofrendo.
Bem sei que tudo é engano, mas sabendo
Disso, persisto em me enganar... Eu ouso
Dizer que a vida foi o bem precioso
Que eu adorei. Foi meu pecado... Horrendo
Seria, agora que a velhice avança,
Que me sinto completo e além da sorte,
Me agarrar a esta vida fementida.
Vou fazer do meu fim minha esperança,
Oh sono, vem!... Que eu quero amar a morte
Com o mesmo engano com que amei a vida.
É uma dor tão recorrente na vida de tantas mulheres e tantos homens, é assunto tão reprisado em revistas, é um sofrimento tão clássico e narrado em livros e filmes e canções, que mesmo que eu não lembrasse, lembrariam por mim. É uma dor que se externa. Uma dor que se chora, que se berra, que se reclama. Uma dor que tentamos compreender em voz alta, uma dor que levamos para os consultórios dos analistas, uma dor que carregamos para mesas de bar, e que vem junto também para a solidão da nossa cama, para o escuro do quarto, onde permitimos que ela transborde sem domínio e sem verbo. A dor massacrante do abandono, da falta de telefonemas, da falta de beijos, da falta de confidências. No entanto, perde-se o homem, perde-se a mulher, mas o amor ainda está ali, mesmo sendo o deflagrador do vazio. Por estranho que pareça, há uma sensação de pertencimento, algo ainda está conosco. A saudade é uma presença.
Então vem a etapa seguinte.
Essa não é tão divulgada, tem-se por ela mais respeito e menos informação, pois é vivida em silêncio. O que acontece é que tem uma hora em que ninguém mais aguenta ouvir a gente entoar nossa sina, lamentar nossa má sorte, procurar explicações sem fim. É quando a gente se dá conta de que já abusou da paciência dos amigos, dos familiares, e cala. Sofrimento cansa. Não só cansa aquele que sofre, mas cansa aqueles que o assistem.
AH! É difícil achar esse trilho de Deus em meio à vida que levamos, na embrutecida monotonia de uma era de cegueira espiritual, com sua arquitetura, seus negócios, sua política e seus homens! Como não haveria de ser eu um Lobo da Estepe e um mísero eremita em meio de um mundo de cujos objetivos não compartilho, cuja alegria não me diz respeito! Não consigo permanecer por muito tempo num teatro ou num cinema. Mal posso ler um jornal, raramente leio um livro moderno. Não sei que prazeres e alegrias levam as pessoas a trens e hotéis superlotados, aos cafés abarrotados, com sua música sufocante e vulgar, aos bares e espetáculos de variedades, às Feiras Mundiais, aos Corsos. Não entendo nem compartilho essas alegrias, embora estejam ao meu alcance, pelas quais milhares de outros tantos anseiam. Por outro lado, o que se passa comigo nos meus raros momentos de júbilo, aquilo que para mim é felicidade e vida e êxtase e exaltação, procura-o o mundo em geral nas obras de ficção; na vida parece-lhe absurdo. E, de fato, se o mundo tem razão, se essa música dos cafés, essas diversões em massa e esses tipos americanizados que se satisfazem com tão pouco têm razão, então estou errado, estou louco. Sou, na verdade, o Lobo da Estepe, como me digo tantas vezes – aquele animal extraviado que não encontra abrigo nem alegria nem alimento num mundo que lhe é estranho e incompreensível.
(P. 26 do livro O Lobo da Estepe)
Sucesso é ter um emprego, uma vida tranquila,
meia dúzia de amigos fiéis, um pouco de lazer,
algum estudo e a cabeça no lugar.
Sonhar é bom e saudável, ler revistas é uma delícia,
imaginar cenas de novela acontecendo conosco
é permitido e indolor, mas nada nos deixa mais
vulneráveis do que cruzar a fronteira do imaginário.
Do outro lado, ninguém sabe o que há.
Chove. Que fiz eu da vida?
Fiz o que ela fez de mim...
De pensada, mal vivida...
Triste de quem é assim!
Numa angústia sem remédio
Tenho febre na alma, e, ao ser,
Tenho saudade, entre o tédio,
Só do que nunca quis ter...
Quem eu pudera ter sido,
Que é dele? Entre ódios pequenos
De mim, 'stou de mim partido.
Se ao menos chovesse menos!
Manhã
Fresca manhã da vida, recomeço
Doutros orvalhos onde o sol se molha.
Nova canção de amor e novo preço
Do ridente triunfo que nos olha.
Larga e límpida luz donde se vê
Tudo o que não dormiu e germinou;
Tudo o que até de noite luta e crê
Na força eterna que o semeou.
Um aceno de paz em cada flor;
Um convite de guerra em cada espinho;
E os louros do perfeito vencedor
À espera de quem passa no caminho.
Culpo minha pobre e velha mãe e meu magro e triste pai, por me jogarem na vida e ousadamente me colocarem o nome de Raul. Eis-me!
Culpo ao meu próprio escárnio de repetir três vezes o mesmo erro, se é que qualquer um desses três tenham a mesma lucidez dilacerante do que é a dor do absurdo do ser.
Nada é mais que um nada mergulhado no oceano de uma dor de chibata chamada Deus! Que este tenha o meu perdão.
Só peço que um raio de amor venha do espaço, e blind as três para que a escuridão da santa divina ignorância lhes vedem a visão do apocalipse, amém!
Ao chegar ao fim da vida, nenhum homem sincero e de posse de suas faculdades vai desejar viver de novo. Preferirá morrer para sempre.
Um carpinteiro não vai me dizer: "Ouça o discurso que escrevi sobre a arte da carpintaria". Ele se compromete a construir uma casa e constrói. (...) Seja assim você também: coma como um homem, beba como um homem. (...) case-se, tenha filhos, participe da comunidade, saiba como suportar as afrontas e os outros.
Edward: Então prepare-se para que este seja o fim, porque este será o crepúsculo de sua vida, embora sua vida mal tenha começado. Você está pronta para desistir de tudo.
Bella: Não é o fim, é o começo.
Edward: Eu não valho tudo isso.
Bella: Lembra quando você me disse que eu não me via com muita clareza? Você obviamente tem a mesma cegueira.
Eu não preciso controlar a vida, meus hormônios, meu futuro, os outros, minha felicidade. Eu só preciso levar a vida, eu só preciso desfocar do sonho que me deixa míope e enxergar além, ou melhor: enxergar o que está na minha cara. Ver o quanto o resto todo já é perfeito e está lá, eu já conquistei, é meu.
Antes de dormir rezei, mas dessa vez não pedi o moço de cavalo branco... apenas agradeci por estar me sentindo tão inteira, feliz, em paz e, principalmente, por não precisar de ninguém ao meu lado para estar bem.
Dois ou três almoços, uns silêncios.
Fragmentos disso que chamamos de “minha vida”.
Há alguns dias, Deus — ou isso que chamamos assim, tão descuidadamente, de Deus —, enviou-me certo presente ambíguo: uma possibilidade de amor. Ou disso que chamamos, também com descuido e alguma pressa, de amor. E você sabe a que me refiro.
Antes que pudesse me assustar e, depois do susto, hesitar entre ir ou não ir, querer ou não querer — eu já estava lá dentro. E estar dentro daquilo era bom. Não me entenda mal — não aconteceu qualquer intimidade dessas que você certamente imagina. Na verdade, não aconteceu quase nada. Dois ou três almoços, uns silêncios. Fragmentos disso que chamamos, com aquele mesmo descuido, de “minha vida”. Outros fragmentos, daquela “outra vida”. De repente cruzadas ali, por puro mistério, sobre as toalhas brancas e os copos de vinho ou água, entre casquinhas de pão e cinzeiros cheios que os garçons rapidamente esvaziavam para que nos sentíssemos limpos. E nos sentíamos.
Por trás do que acontecia, eu redescobria magias sem susto algum. E de repente me sentia protegido, você sabe como: a vida toda, esses pedacinhos desconexos, se armavam de outro jeito, fazendo sentido. Nada de mal me aconteceria, tinha certeza, enquanto estivesse dentro do campo magnético daquela outra pessoa. Os olhos da outra pessoa me olhavam e me reconheciam como outra pessoa, e suavemente faziam perguntas, investigavam terrenos: ah você não come açúcar, ah você não bebe uísque, ah você é do signo de Libra. Traçando esboços, os dois. Tateando traços difusos, vagas promessas.
Nunca mais sair do centro daquele espaço para as duras ruas anônimas. Nunca mais sair daquele colo quente que é ter uma face para outra pessoa que também tem uma face para você, no meio da tralha desimportante e sem rosto de cada dia atravancando o coração. Mas no quarto, quinto dia, um trecho obsessivo do conto de Clarice Lispector “Tentação” na cabeça estonteada de encanto: “Mas ambos estavam comprometidos. Ele, com sua natureza aprisionada. Ela, com sua infância impossível”. Cito de memória, não sei se correto. Fala no encontro de uma menina ruiva, sentada num degrau às três da tarde, com um cão basset também ruivo, que passa acorrentado. Ele pára. Os dois se olham. Cintilam, prometidos. A dona o puxa. Ele se vai. E nada acontece.
De mais a mais, eu não queria. Seria preciso forjar climas, insinuar convites, servir vinhos, acender velas, fazer caras. Para talvez ouvir não. A não ser que soprasse tanto vento que velejasse por si. Não velejou. Além disso, sem perceber, eu estava dentro da aprendizagem solitária do não-pedir. Só compreendi dias depois, quando um amigo me falou — descuidado, também — em pequenas epifanias. Miudinhas, quase pífias revelações de Deus feito jóias encravadas no dia-a-dia.
Era isso – aquela outra vida, inesperadamente misturada à minha, olhando a minha opaca vida com os mesmos olhos atentos com que eu a olhava: uma pequena epifania. Em seguida vieram o tempo, a distância, a poeira soprando. Mas eu trouxe de lá a memória de qualquer coisa macia que tem me alimentado nestes dias seguintes de ausência e fome. Sobretudo à noite, aos domingos. Recuperei um jeito de fumar olhando para trás das janelas, vendo o que ninguém veria.
Atrás das janelas, retomo esse momento de mel e sangue que Deus colocou tão rápido, e com tanta delicadeza, frente aos meus olhos há tanto tempo incapazes de ver: uma possibilidade de amor. Curvo a cabeça, agradecido. E se estendo a mão, no meio da poeira de dentro de mim, posso tocar também em outra coisa. Essa pequena epifania. Com corpo e face. Que reponho devagar, traço a traço, quando estou só e tenho medo. Sorrio, então. E quase paro de sentir fome.
MARIANA
Desde que a vida me colocou diante de ti
Que eu tento e não consigo concentrar-me
Em nada do que eu faço,
Vejo-me sempre perdido em sonhos,
Devaneios inconseqüentes de um coração irresponsável
Mas que não faz menos verdadeiro o sentimento
Nem menos verdadeiro o fato
De que a todo momento só me vem ao pensamento
A beleza e a poesia
Dos encantos de Mariana...
A VIAGEM
De Loren Eisley: "A viagem da Vida é difícil. Mesmo assim, conheço poucas pessoas que se deixaram deter por essas dificuldades. Entramos no mundo sem saber o que aconteceu no passado e o que reserva o futuro. É como se nossos pais estivessem em uma caravana e, de repente, nascemos no meio do percurso. Iremos o mais longe possível. Mas, olhando a paisagem, sabemos que não será possível conhecer e aprender tudo. Resta-nos tentar lembrar de tudo sobre a nossa viagem, para que possamos contar histórias. A narrativa, assim como a viagem, não irá acabar nunca".
A SORTE DO AMOR QUE EU TIVE
Eu queria ter a sorte de poder cantar por toda a vida
a dádiva de ter sempre ao meu lado
a mulher que eu amo
Mas por que convém aos pássaros que voem
e não que fiquem presos em ninhos,
hei de colocar no lugar de minhas lágrimas
um sorriso
e cantar por toda a vida
a sorte do amor que eu tive.
Nesta vida, fui tão nobre quanto vil
E assim como me decepcionei com pessoas que eu nunca pensei que iriam me decepcionar
Os meus maiores erros foram justamente com quem mais amo
Ou com quem mais confiou em mim
Tal modo que a compreensão que tenho com os outros
Não é,senão, fruto do aprendizado com aqueles que foram compreensivos comigo
Seeu vivo para ter compaixão
É por que houve quem tivesse compaixão de mim, para eu viver
E se eu digo palavras que confortam as almas de muitos
É por que já fui confortado muitas e muitas vezes
E a soma de tanta coisa que já passei em minha vida
Fez eu percer que tornar-se uma pessoa melhor é uma busca
Que muitas vezes só pode ser feita
Com a ajuda de teu próximo
Dorme, que a Vida é Nada! Dorme, que a vida é nada!
Dorme, que tudo é vão!
Se alguém achou a estrada,
Achou-a em confusão,
Com a alma enganada.
Não há lugar nem dia
Para quem quer achar,
Nem paz nem alegria
Para quem, por amar,
Em quem ama confia.
Melhor entre onde os ramos
Tecem docéis sem ser
Ficar como ficamos,
Sem pensar nem querer,
Dando o que nunca damos.
O PEDREIRO E O CASTELO
Conheci um Pedreiro que dedicava sua vida a realizar seu maior sonho: ele queria construir um Castelo.
Mas ele trabalhava sozinho, seus recursos eram poucos, e havia dias em que ele nem conseguia avançar na Obra, mas ele persistia em sua tarefa ano após ano, até que o tempo de seus dias chegou ao fim, e eram muitos os que lamentavam o fato de ele nunca ter realizado seu sonho de terminar o Castelo, ao que ele retrucou com um leve sorriso em seu leito de morte: enganam-se todos, dizia ele. Me senti extremamente feliz e realizado todos os dias, ao assentar cada pequeno tijolo!
Atentai, pois, nestas palavras:
Teus sonhos não são construídos no futuro, mas no presente;
Haverão problemas e dificuldades, mas também haverão vitórias;
Aproveite, portanto, cada momento, caminhando e construindo
por que a Felicidade não está no fim, mas no caminho.
Exagerado
Amor da minha vida
Daqui até à eternidade
Nossos destinos
Foram traçados na maternidade
Paixão cruel desenfreada
Te trago mil rosas roubadas
Pra desculpar minhas mentiras
Minhas mancadas
Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado
Eu nunca mais vou respirar
Se você não me notar
Eu posso até morrer de fome
Se você não me amar
E por você eu largo tudo
Vou mendigar, roubar, matar
Até nas coisas mais banais
Pra mim é tudo ou nunca mais
Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado
E por você eu largo tudo
Carreira, dinheiro, canudo
Até nas coisas mais banais
Pra mim é tudo ou nunca mais
Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado
Jogado aos teus pés
Com mil rosas roubadas
Exagerado
Eu adoro um amor inventado
O que é importante para você?
Você jura que dirige a sua vida, que reflete antes de tomar decisões, que é responsável e age com sabedoria. Pois bem, tenho que lhe dizer que na verdade, somos impulsionados pelas emoções, e as emoções que sentimos, são frutos diretos das nossas crenças e dos valores que cultivamos.
Os valores pessoais, são quase sempre, heranças da nossa criação, e cada indivíduo, carrega consigo “idéias a respeito de família, de trabalho, de honestidade, dignidade e isso move para essa ou para aquela direção. Tem gente que mata outro ser humano com tanta facilidade que chega a indignar, e outros que se ocupam de cuidar das formigas órfãs do cerrado…
Valores, valores e valores.
Já as crenças, são adquiridas com experiências e até com observações de pessoas que admiramos. Crenças são quase sempre, um “conjunto de regras”. Algumas herdamos dos pais, avós, ou amigos muito próximos, como não tomar banho após as refeições, não comer manga com leite, não falar a palavra “Câncer”, e tantas outras “crenças” que armazenamos em nosso cérebro e que ficam ali de espreita para quando chegar o momento “certo”, ela vem e dá a sua opinião, quase sempre, a opinião mais forte.
Por isso que temos gente que tem tudo para ser um bom político por exemplo, mas tem medo de entrar para a política pois dentro de si, guarda a informação de que todo político é ladrão por exemplo. E aqueles que admiram o amor, suspiram romanticamente mas nunca encontram alguém para se relacionar seriamente, porque normalmente, acreditam que o amor de verdade é aquela coisa da Cinderela, do Príncipe que vem com seu cavalo, que é coisa de “contos de fadas”, não existe na vida real, e quando tem tudo para viver o amor, foge com suas crenças…
Mas, como descobrir se as suas crenças e seus “valores pessoais” estão interferindo positiva ou negativamente na sua vida?
Vou te dar uma sugestão, que não é assim tão difícil de fazer. Comece procurando um lugar tranquilo para sentar ou deitar numa grama por exemplo, onde você possa realmente ficar só e “ter um tempo para você”.
Relaxe e tente responder essa pergunta simples:
- O que é importante para mim?
Deixe a sua mente responder.
Não force nada.
Provavelmente você vai ver passar um turbilhão de fotos de familiares, imagens de alguns amigos, bens materiais, sei lá…
Cada um carrega em si mesmo uma mala cheia de emoções, fotos, recordações e experiências que moldam a nossa vida e nossas atitudes.
Deixe-se envolver pelo seu relatório e descubra realmente o que é importante para você, em quê ou no quê você acredita, quais são os valores que te movem, o que te desagrada tanto.
Pode ser que você esteja carregando ai dentro, crenças absurdas, que o seu intelecto já é capaz de reconhecer como absurdo, como um fato que não é verdadeiro, mas mesmo assim você continua preservando, como não tomar manga com leite…
Te proponho algumas mudanças, como entrar em uma Lanchonete e pedir um Suco de Manga com Leite e beber gostosamente, com a confiança de que é um excelente suco para a sua saúde. Você vai desamarrar um “nó” da sua cabeça e se libertar para viver novas experiências, com mais segurança e uma certeza: nós podemos um pouco mais. Podemos realizar algo mais. Crescer além das nossas medidas, que quase sempre são tão pequenas.
O que é importante para você?
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