Texto Medo
Depois das seis
Lá se vai mais um dia
e ao por do sol, o medo aflinge
a noite é minha inimiga.
Dela não me aprazo;
muitos a aproveitam,
e nela escrevem suas histórias;
baladas, bebidas, amores.
Mas na vida, nem tudo são flores.
Ela pra mim tem outro sentido,
as forças não têm subsistido
aos pensamentos que me consomem,
segundos viram horas,
o sono tranforma-se em um pesadelo acordado;
as vezes penso tudo isso ser uma inverdade,
que todas noites tragam consigo,
crises intensas de ansiedade.
Pessoas almejam crescer, trabalhar, construir;
A magnitude do sonhar humano é inefável,
não cansam de idealizar,
mas nem o maior desses desejo é comparável
ao meu anseio pelo sol raiar.
Medos
Eu tenho medo do escuro;
Eu tenho medo de altura;
Eu tenho medo da rejeição;
Eu tenho medo da incompreensão;
Eu tenho medo do fogo;
Eu tenho medo da desistência;
Eu tenho medo da persistência exagerada;
Eu tenho medo da vida;
Eu tenho medo da morte;
Eu tenho medo de não ter medo da morte;
Eu tenho medo do que pode cair do céu;
E tenho medo do que pode permanecer nele;
Eu tenho medo de monstros;
Eu tenho medo do julgamento;
Eu tenho medo do homem;
Eu tenho medo de fechar os olhos
E tudo desaparecer;
Eu tenho medo de envelhecer;
E tenho medo de parar no tempo.
Eu tenho muitos medos pra pouca idade,
Mas o pior deles...
É o meu medo de sentir medo.
"É frustante quando não consigo definir o que sinto,
Triste quando não consigo alcançar os meus sonhos,
Revoltante quando perco algo, mas não consigo esquecer.
E todas às vezes que pensei em desistir, lembrei-me dos motivos que me fizeram viver até hoje.
A minha força nunca morre, ela apenas adormece, pra despertar mais forte.
Mesmo que às vezes tenho todos os motivos pra desistir, eu não desisto nunca daquilo que desejo, pois se desistisse seria o mesmo que desistir de mim."
__Roseane Rodrigues__
Não olhe para os lados.
As feras espreitam na escuridão.
O vento sussurra subitamente aos seus ouvidos,
E sem saber você simplesmente começa a correr.
Não olhe para os lados criança...
As árvores lhe observam,
Como vigias elas te cercam.
Somente continue andando,
A luz está no final do caminho de pedras e folhas mortas.
Vou explicar algumas coisas;
Sua voz, era o som mais familiar mas agora já se parece tão perigoso para mim. Medo esse que você diz ter se desfeito, me assola constantemente mais parece que isso não te incomoda nem por um segundo. Sou muito jovem para estar tão machucada, me sinto presa em uma jaula sem nenhuma válvula de escape, olhando para as grades consigo me ver contando todas as minhas feridas e ainda assim tento não senti-las. A melodia que ecoa na minha mente me faz sentir o quão preciso de você mas te odeio com todas minhas forças, a última pessoa do mundo que eu queria ver era você e pensar que um dia nos apaixonamos.
Tô confuso:
Uma hora quero filhos, praia no domingo, cinemas nas terças.
Na outra quero viajar o mundo, respirar, sorrir, só.
Num dia quero água, café, coragem.
No outro apenas um vinho suave, o pôr do sol, alguém pra me proteger.
Tô confuso, parece pouco será? Será que é só comigo que acontece de um dia querer o aconchego de um abraço e no outro a liberdade de voar.
Tô confuso em uma folha de papel ou em 200 impressas de um livro.
Talvez eu quisesse ser amado, precisado, tocado, devorado.
Talvez eu quisesse apenas aquela música, os olhos fechados na beira de um lago,
você do lado.
E quando ela me olha, me curte, me encanta eu fico confuso, tenho medo de querer atrapalhar tudo com essa minha pressa em dizer o que sinto ou medo de perder pela minha paciência em esperar um sim.
Ah, enfim, dá pra desconfundir pra mim?
Pode deixar claro tá! Eu gosto de coisas claras.... ou ... incertas.
Aprendi a não esconder mais meus sentimentos. Tô aprendendo que é no caos que a gente se encontra.
Bem, tá claro que eu te quero se você me quisesse?
Ou tá claro que eu me quero mesmo você não me querendo?
Afinal de contas, a gente está sempre só, cheio de gente ao redor.
A gente talvez seja confuso mesmo por natureza.
Estar “desconfuso” talvez é que não seja o natural então.
O Céu e o Inferno existem
E da maior criação do Céus
Nasceu o homem
E do homem nasceu o pecado
E com a ordem dos Céus quebrada
A tentação nasceu
Da tentação a desobediência
Da desobediência o desejo
Do desejo o prazer
Do prazer a paixão
Da paixão o amor
Do amor o medo
De sofrer e perder!
O Medo
O maior medo que se pode ter,
É o medo de não conseguir vencer
os seus medos, isso é terrível.
O medo em si é tão saboroso
Como a própria alegria.
Afinal o medo não é apenas um
Sentimento vazio, o medo traz
Grandes virtudes, virtudes que
Podem ser saboreadas.
"A virtude de sair como vencedor."
Essa não há preço, a doce sensação
Do ganho, de vitoria.
Não se limite apenas ao medo,
Sinta a grande nostalgia da dor.
A dor alegra corações, corações que fraco já estão.
Talvez ainda aja coração
Em meu corpo, talvez ele não
Esteja totalmente destruído.
A mania de querer mostrar que
Sou mais forte que meus medos
Essa tal mania me fez perde
A pouca alegria que me restava,
Me reduzindo ao um iceberg.
O frio em que me encontro não pode
Ser quebrado. não culpo o medo.
Culpo a coragem e minha rebeldia.
Fui rebelde em acreditar
Que poderia vencer o meu
Maior medo o medo
De não ser capaz de ter o que digo ser meu.
Apesar de estar amargurado,
Despedaçado, e descontente
Ainda assim penso que poderia conseguir.
Mas agora não irei encara-lo
Pois esse medo me faz querer
Obter o que digo que a
Mim pertence.
Agora em alta voz, Digo;
Vai embora medo! e
Me dê novamente a minha liberdade,
Devolva minha alegria desprezada,
Leve suas virtudes, e me traga
Todos aqueles antigos sentimentos que tu me roubastes.
E nunca mais me atormente com
A dor da perca.
O MEDO DE NÃO SER FELIZ
O medo de se machucar é maior que a vontade de tentar se dar a chance de ser feliz. Se nunca tentar, como saberá se iria dar certo ou não. Medos sempre irão existir, mas a vontade de ser feliz também. Que tal começar a enfrentar esses medos e viver o que planejou e o que não planejou em sua vida. Se dê a chance! Pare tudo e comece a ouvir a voz do coração, que foi suprimido pela razão e encarcerado por seus medos.
Lenilson Xavier (lexgrafia - 27-07-2017)
Vou sempre sozinho
A parte boa de se estar sempre sozinho é que nunca terá alguém para te irritar ou te fazer esquentar sendo assim evitaremos grandes dores e teremos uma mente organizada...
Mas sozinho enfrento meu maior medo, medo de me apaixonar pela solidão, medo de me ver sem emoção.
Isso me corrói por dentro, e nesses momentos quase perco o equilíbrio,
Equilíbrio que tanto me custou.
Mas não abro mão de me ver sozinho...
O homem, quando só, sente-se incompleto - tem medo. Opor-se à grei significa separar-se, permanecer só, morrer. Os conceitos do bem e do mal nascem da necessidade de convivência. É bem o que aproveita ao grupo, mal o que o prejudica ou não beneficia. O rebanho não quer que cada ovelha pense demasiado em si, e como a privilegiada é a que obtém a boa opinião das outras, vê-se forçada, ainda que contra os seus gostos e interesses, a agir no sentido do bem supremo do rebanho. Há que pagar, com a castração da personalidade, a segurança contra o medo.
(Relatório sobre os homens)
Entendo que estou chegando ao fim
Quando a cada dia nasce um pouco de morte em mim
A dor deixa de ser um estado
E passa a ser um agente incrustado
Para isso não há descoberta de cura
E enquanto a vida perdura
Afugenta o medo destemida
Ordenando que seja esquecida
Deseja a célere solução
Contrariando sua natureza então.
E como seria interessante se soubéssemos amar,
Se entregar, cativar, respeitar e admirar,
Para uma relação que nos fizesse voar,
Sem nunca ter medo de se machucar.
Em muitos momentos procuramos alguém,
Para com ela vivermos além,
Rompendo ideologias de uma sociedade que nos faz refém.
Só que quando encontramos o que procuramos,
Sem querer acabamos estragando,
Deixando ir embora o que mais sonhamos.
O que mais almejamos é poder aprender,
A amar, cuidar e alvorecer.
Sem medo, sem culpa de se arrepender.
O tempo não muda as coisas ou as pessoas.
Não foi o tempo que nos mudou e nos separou, fomos nós que fizemos isso.
Nossas decisões hoje mudará nosso tempo amanhã. Nossas decisões de ontem nos afastou... pare de colocar a culpa no tempo dizendo que ele muda as pessoas. Seja corajoso e encare a realidade, somos nós que mudamos o tempo... o tempo é só mais um lembrança constante de decisões erradas que tomamos no passado.
Todos os dias do pai.
Data de presente
e eu ganho choro
com o senhor ausente
não tenho consolo
data de confraternização
de reafirmar o amor
chora o meu coração
de saudade e de dor
data de alegria,
data de comemorar,
só escrevendo poesia
para a saudade passar
quantas belas lembranças
quantos ensinamentos
pai, sou a sua criança
inundada de sentimentos
uma data especial
que perdeu o sentido
o senhor virou anjo celestial
e eu um filho perdido
perdido na vida,
perdido no medo,
se não fosse tão grande a ferida
não lhe contaria este segredo
pai, sinto sua falta,
e hoje mais dolorida,
em sua viagem sem volta
não conformo com sua partida
hoje é dia dos pais
eu tenho que entender
a dor é forte demais,
pois eu amo muito você
todos os dias do ano
ao senhor eu dedico,
é assim que lhe amo,
é assim que lhe glorifico
meu pai, meu senhor,
meu amado protetor.
Não vivo.
Não acordo.
Não respiro.
Não choro.
Não dói.
Não grito.
Não adoeço.
Não causo dor.
Não vejo.
Não sinto.
Não amo.
Não entristesso.
Não perco controle.
Não trabalho.
Não estudo.
Não me preocupo.
Não me alimento.
Não defeco.
Não urino.
Não me limpo.
Não dou trabalho.
Não bebo.
Não uso drogas.
Não leio.
Não sou lido.
Não....
Não vivo.
Não vivo.
Não acordo.
Não respiro.
Não choro.
Não dói.
Não grito.
Não adoeço.
Não causo dor.
Não vejo.
Não sinto.
Não amo.
Não entristesso.
Não perco controle.
Não trabalho.
Não estudo.
Não me preocupo.
Não me alimento.
Não defeco.
Não urino.
Não me limpo.
Não dou trabalho.
Não bebo.
Não uso drogas.
Não leio.
Não sou lido.
Não....
Não vivo.
Uma vida simples. Uma visão elevada. É isso que eu peço.
Um dia perceberemos que tudo é ilusão. Que daqui só levamos um flash de memória. Um dia veremos que a única verdade é o amor. Paremos de temer. Podemos vivê-lo agora. Todos os dias. Paremos de julgar. Cada um está fazendo o seu melhor para lidar com suas próprias emoções. Priorize estar bem. Esqueça tudo o que te falaram sobre culpa. Esteja bem. E tudo a sua volta também será o bem.
Há momentos na vida em que o salto para o novo se aproxima. Tenha coragem de se jogar. Permita-se viver a sua realidade.
Dê um presente ao seu espírito quando ele desejar voar: um espaço tão amplo quanto o universo.Saboreie toda a imensidão.Ela é toda sua.
O medo existe e por isso o coração dispara. Adrenalina é sinal de que mais um medo foi vencido. Parabéns! Você é um perseguidor de medos. Deixou de ser assombrado por eles. Você pode sentir? Como é leve a sensação de ser dono de si?
Para onde você vai agora?
Imaginar é o começo e o fim de tudo.
Aproveite cada novo amanhã, hoje.
Dia 11 de fevereiro de 2013. Há pouco mais de 9 meses eu entrava num avião com uma única certeza: a incerteza! Trocava uma “formatura-certa” e um “futuro-certo” por um intercâmbio para um lugar que eu nunca tinha ido, nunca tinha ouvido falar e nunca tinha pensado em estar.
Alguns chamaram de loucura, outros chamaram de coragem. Eu já nem tentava nomear. O que antes era sonho, já era quase fato no dia do embarque . O que seria, então? Meus pais chamavam de “investimento no meu futuro” (mas...não seria no presente?).Era muita justificativa para uma só opção: subverter a ordem das coisas na sociedade! (Como assim, você não vai se formar no “tempo certo”?).
Os pessimistas chamaram de “Ano Perdido”. A eles eu dedico o meu post.Eles estavam certos: eu, realmente, perdi muito esse ano!
Primeiro de tudo, eu perdi MAIS um ano normal na faculdade, imaginando como seria aquele mundo de que eu tanto ouvia falar, mas conhecia apenas uma insignificante parcela. Eu perdi de passar mais um ano pensando “E se...?.” Eu perdi um ano de desejar ser uma pessoa em intercâmbio. Eu perdi um ano de reclamações. Eu perdi um ano de atormentar os meus amigos e familiares com o meu mau humor e frustração. Eu perdi de passar um ano num lugar, achando que meu lugar era outro. Eu perdi uma formatura que me traria mais infelicidade que satisfação.
E tem mais!
Eu me perdi pela Europa, eu me perdi pelo mundo. Dei um pulinho na Ásia, só pra sentir o gostinho do – ainda mais – diferente. E querer voltar. Eu me perdi pelas ruas de todas as cidades que visitei, principalmente Barcelona!
Eu me perdi pelos meses, pelas semanas e pelas horas. E, só não me perdi mais, porque as estações do ano estavam sempre lá, dispostas a lembrar que os tempos estavam sempre dispostos a mudar, do mesmo modo que eu mudava.
Eu perdi ônibus, perdi trem, perdi avião. Sim, eu perdi! Eu também perdi o sentimento de perda. Esse - que eu já começara a abandonar quando decidi vir para a Croácia - continua se perdendo em cada viagem, em cada conversa, em cada pessoa, em cada história de vida que eu não conheceria se tivesse continuado abraçada ao comodismo.
Eu perdi o medo. E esse, esse foi o mais difícil de perder. Às vezes ele visita, tenta se agarrar de volta, mas não demora a ser expulso. Perdi o medo da estrada, perdi o medo da solidão, perdi o medo do futuro. Eu perdi o medo da vida, eu perdi o medo da sociedade. E esse foi o mais lindo dos medos perdidos. Não, eu não ouvi falar. Eu vi. Eu vi que nesse mundo tem – SIM!- gente capaz de fazer o bem pelo bem. E isso trouxe a esperança de volta. Ah, a esperança! Mas, peraí, essa entra nos ganhos. E esse texto é sobre perdas, certo? Melhor parar por aqui...
Ah, eu também perdi o apego material. Claro que, infelizmente, ainda não totalmente. Sim, ainda lentamente, ele se esvai. Ele se vai. Ao longo de todo o processo anterior ao intercâmbio e ao longo do próprio intercâmbio. Primeiro por uma questão de racionamento de dinheiro e, pouco a pouco, por uma questão de consciência. As coisas materiais acabaram por se tornar simplesmente...materiais. Apesar de matéria, elas carecem de substância!
É a tal da filosofia da banana, que minha grande amiga, companheira, aventureira desse ano de filosofias, viagens e aventuras, Jana Maurer, bem nomeou e descreveu aqui.E isso só entende e concorda quem já sentiu a sensação de ter a “vontade de conhecer” mais pesada que a “mochila nas costas”. É incrível como o “ter” se torna totalmente substituível pelo “conhecer”.
E, finalmente, alguns irão argumentar: mas, e os momentos com seus amigos e familiares que você, efetivamente, perdeu? Aqui, eu reconheço, eu perdi. Mas, com isso, eu (re)conheci o que e quem eu realmente sinto falta nos meus dias. Eu (re)conheci o que realmente é importante pra mim no Brasil e/ou em qualquer lugar do mundo: pessoas, afeto, laços, momentos, que se criam e renovam no tempo. Ops! Esses são, de novo, ganhos e não perdas.
E aí eu chego à última e mais importante da lista (não exaustiva) de perdas: eu perdi o lado negativo da vida. Perdi essa mania de ver tudo pela ótica da perda. Porque, no fim, toda perda tem seu ganho. Você só estava cego demais para enxergar.E aí, eu também perdi a cegueira. Cegueira de achar que eu era incapaz de narrar minha própria história.
Pois é. Eu perdi muito.
Existência
Existem horas que não entendemos nada do nosso real ser, acontecendo a dúvida de nós mesmos, transbordando na rotina do dia-a-dia.
Existem momentos que sorrimos do nada, não achando graça na realidade do tudo, escondendo consciente o nosso lado carente, emotivo, sonhador.
Querendo sorrir de verdade, conhecendo um “verdadeiro” sentimento, mantendo um sorriso completo.
Eloquente essa situação, de sentirmos a necessidade da liberdade explodindo por dentro, mas completamente presos por fora.
Existimos para viver plenamente, porquê não?
Porquê fingir um sorriso enquanto sentimos dor, ter medo de falar tendo receio das interpretações?
Medo de ser humano.
Medo das fraquezas.
medo de ter medo.
Liberte-se!