Texto Medo
MORRENTES
Demétrio Sena, Magé - RJ.
A gente vive morrendo.
Se não de medo, é de raiva;
se não de raiva, cansaço.
Quase de verdade,
se morre até de saudade.
Gente morre de fome
(de fato e de nome),
às vezes morre de rir,
de frio e calor
e tanto esperar.
As mortes passam por nós,
como despejo;
também se morre de susto,
ciúme ou inveja;
paixão ou desejo.
De não saber extrair
o bom dos fatos;
o bem do mal.
Por ter preguiça de achar
bem lá na frente,
um pouco atrás,
melhor saída...
o mundo vive doente,
a gente morre demais
pra pouca vida.
Vem, mas vem sem medo.
O agir está naquilo que desejas.
Vai, mas com coragem.
O que te conduz a ser o que queres.
A tua imaginação canaliza teus desejos.
A tua ação sassia teus anceios.
Ah, vem! Me dá a tua mão?
Te levo onde os sonhos ultrapassam a velocidade.
E vivenciam a realidade.
Não diga não, meu bem.
A vida é assim te faz fingir rir.
E eu estou aqui.
Basta você vir que eu te faço sorrir.
E entao, vem?
Melania Ludwig
1 de novembro via celular
próximo a São José do Rio Prêto · Editado
MEU MEDO
Caminho pela casa a esmo... me perco...mesmo...
Esbarro em minha sombra... tropeço...desço...
Fujo dos espelhos que eu mesma coloquei por todos os cômodos...incômodos...
Tenho medo da minha cara de medo...
Onde fui buscar este inimigo...perigo?
Se eu quebrar os espelhos aumentarei a sua força...minha forca...
Cada caco será mais um...buraco...
Infinitamente perdida no escuro de cada lâmpada que ainda não me ensinou qual é o interruptor correto...aperto...
E onde foi parar o meu equilíbrio para andar no escuro? Tudo virou muro...
Cada passo é um ponto de interrogação...sem noção...
Estou perdendo meu norte
preciso de um suporte
O tempo passa e a aprendizagem é mais escassa
Quero uma mão que me fala...não bengala...
Olhos que me enxergam sem me tocar...só de olhar...
Se ninguém me fizer isto... eu desisto...
mel - ((*_*))
Medo!? diz que não tens, mas tens sim...
Sabes que não podes evitar o intruso sentimento contido dentro de ti!
Medo de não conseguires o caminho de volta!
Se ficar em mim não mais sairás!
Sei que sou teus pensamentos!
Entro sem pedir licença sim..., isso me dá certeza por causa de tua atitude!
Vivia bem antes, agora vivo melhor ainda, por saber que te provoco!
Tu vais deitar e eu não estarei lá, vais me chamar como sempre!
Ficarás contido no teu sentimento até quando????
O que é o medo? é a ausência da coragem, siga em frente e encare-o sem nada temer tu és capaz não!?
Não tenhas envergonha de sentir o medo, ele nada mais é que um pulo para a coragem que habita em ti, e tu não consegues perceber-lo!
Tudo é absorvido pelo tempo, mas somente ele é capaz de levar-te ou deixar-te em lugares, onde não há nada que possa evitar o encontro!
Então sugiro que tu decidas de uma vez, vai permanecer no anonimato ou vais se atirar para os braços da felicidade?
Só existe um jeito, mas enquanto as pessoas ficarem de fora de um relacionamento por medo, será como colocar apenas o pezinho na água pra saber a temperatura. Elas nunca saberão ao certo o quão quente ou frio está. Nunca conseguirão sentir na pele o que é a entrega. Ainda que a outra pessoa fuja de alguns padrões ou filtros que julgamos preciosos, quando se tem a sensação de que encontrou alguém, não se pode temer o que aparecerá na queda.
É preciso se jogar.
DE MUDANÇA
Decidi que vou me mudar.
Mudar de ares. Sem medo e sem receio de deixar memórias e/ou pessoas pra trás. O que deles for verdadeiro, me acompanhará, eu sei. Se tiver que manter qualquer coisa à distância, sei que conseguirei. Entretanto, às vezes é preciso se libertar. É necessário cortar o cordão umbilical, mesmo que se deixe sentimentos órfãos do lado de lá.
Estou correndo de aventura. Ao contrário, quero é achar um lugar para fixar residência e laços. Pode ser que eu bata em vinte municípios e cidadelas antes de conseguir me atrelar definitivamente. Ouço as propostas, não me prendo aos quereres, exceto o meu de ter angariado forças ao longo dos últimos tempos e ter chegado a essa conclusão. Diria brilhante, não fosse comum.
É apenas uma decisão.
Pretendo contar lá em casa quando for a hora certa. Sei o pânico que vai gerar nos meus pais eu sair da asa deles. O que, na verdade, é um tanto engraçado visto que moro sozinho há três anos e já pago minha contas, dou um jeito na minha comida e, principalmente, de ter roupas limpas. Apesar da mamãe reclamar do jeito que a Ana passa minhas blusas, ela já admitiu – uma única vez – que eu tenho me saído bem nessa tarefa.
Decidi mudar não por ter poucos amigos ou chances. Nem ao menos por ter enjoado do lugar onde moro. É que, aqui e do jeito como as coisas estão, eu sei exatamente como chegar e estacionar na minha zona de conforto. E antes que você aponte um dedo pra mim dizendo que é só sair dela, olhe para si mesmo e me diga se você também não se sente tentado a encostar nesse lugarzinho tão confortável.
É normal, acredite.
Se nada der certo, eu volto. Não tenho vergonha de dizer que até voltar a dividir um teto com meus pais eu voltaria. Cara, não é retrocesso, mas a gente nunca sabe como será o dia de amanhã. Todas as possibilidades precisam ser analisadas. Boa sorte, vai dizer meu pai. Talvez seja pelo fato dele ter saído da cidade dele e ter parado onde moramos agora. Ele sabe bem como é isso de querer trilhar a própria estrada.
Eu vou encarnar meu desejo e achar meu caminho. E vou achar.
Quem és tu ? quem sou eu?
Um caminhante com medo de se perder
Um ser imperfeito de carne, a quem chamam louco
Anda por caminhos sem bússola, sem mastro, sem mapa
Vive nos trilhos da vida , onde o caminhante
respira, ama, pensa, não foge, pára, reza,
respeita e não fala, fica em silêncio.
Sente o cheiro das frutas, das flores, da natureza,
atravessa oceanos, mares e quer ser feliz.!
Adeus medo.
Escrevi tudo numa folha qualquer, deixei vários rabiscos. Entre linhas tortas, continha palavras sem nenhum sentido para você, mas com muito significado para mim.
Fechava e abri o caderno, no fundo da minha mente cantava uma música alegre, dançante, eu sorria pro nada, mas dentro de mim...todos estavam rindo.
Depois desse dia nunca fui à mesma, mas se você achar que sou louca, não se desespere, estou vivendo a minha vida do jeito que sempre quis.
Aquela mulher que sempre teve medo de correr riscos, está livre agora e feliz.
Um dia estarei lá
Provando do interior do teu sonho
Conquistando o verbo amar
Longe do vento medonho
O mundo pode esperar
A nossa realidade prever
O mundo inteiro observar
Felicidade imensa acontecer
Tudo com força e valor
Com paz,felicidade e harmonia
Quando a entrega é feita com amor
Gera frutos de paz e alegria
Quero prestar atenção
Ver com o tempo a mudança
O vosso amor no coração
Sempre trago na lembrança
Consumado/Consumido
Madrugadas frias,
Noites quentes,
O desejo viria,
Mais forte que o medo!
Tantos anos, negligenciei meus dotes
de amante.
Tarde descobri, se nosso beijo
foi mais que um beijo.
Nossos corpos encontrados e nossas vidas estacionadas?
Consumado/Consumido
Tudo continua como antes.
Só resta uma pergunta:
Será que foi um sonho?
Às vezes tenho medo das atitudes do meu coração
Que não pensa, apenas executa... Será que é pecado?
Um erro talvez? Ou solenemente a chave do coração?
Perguntas sem respostas... Um vazio que sufoca;
Vai ver que não é nada disso do que penso!
Somente a história arrumando a confusão
Seja como for... É dor que machuca e não se vê;
Silencio
Silencio
O silencio é sofrimento é o medo,
Aceitação, o calar de um segredo
É o respeito ao direito de não ouvir
É ficar, mas é o mesmo que partir.
É a pergunta que cala, ausência é omissão.
É o abandono, o sofrer sozinho é desengano.
É a Paz a tranqüilidade e é a natureza
A resposta muda, fria e ferina
Um grito gritado em surdina.
É sossego é o fim da vida já vivida
O termino da jornada é o cemitério
É paz é a resposta ao deletério,
É o abraço da pessoa mais querida.
É ouro do provérbio é sabedoria
É o momento da meditação
É vida amor,alegria e paixão
O calar da noite o fim da jornada
A vontade calada é a redenção.
É expressão muda de uma realidade
De quem não veio, mas deixou saudade
Do tempo vivido e já passado.
É a indiferença, é o ódio e o perdão
Uma dor guardada um rancor contido
Uma paixão calada do esquecido é a solidão.
É o luzeiro da cruz
A esperar com paciência
De acordo com nossa crença
Para nos dar sua luz.
É mais que a mudez do sensato
É o aconchego, a voz do ego, um ato
Uma declaração clara e explicita
Uma repulsa que grita
Um consumar do fato.
Não tenho medo da morte....
tenho é pena não ter vivido mais...
das viagens que não fiz, gostaria de ter feito
das rosas que não toquei e do seu perfume
das músicas que não ouvi.....
dos versos e poemas que não escrevi
da chuva que muitas vezes fugi....
do mar que eu tanto amo...
dos dias que tive medo de viver
de amar, de sonhar, de sentir
Quando eu partir meu amor cobre-me.....
de pétalas de rosas e de orquídeas...
e lembra-te sempre de mim.!
Não é mais medo da morte,
Tampouco ânsia de vida
Não é infidelidade
Também não ligo pros erros dos outros.
Eu sei o que todos pensam
Que penso no quanto errei
E no tanto de coisas do mundo
Que deixei pra trás sem pensar
A verdade é um pouco mais estranha
Complexa, embora pequena.
Penso no tanto que penso
E se penso o que deveria pensar.
O tictac do relógio se cala
E sem cessar eu o busco ao lado
O escuro é escuro demais
E o claro me fere os olhos
Tem alguém do meu lado coberto da cabeça aos pés
Eu não o conheço bem
Mas sei seu nome e lembro de seu rosto
Quase que perfeitamente
Penso nas dores que já não sinto
Penso nas coisas que não me importo de ter perdido
Penso no futuro que não tenho pressa pra que chegue
Penso na vida que estou levando calmamente
Corro o dia todo
Desafio a mim mesma e venço a mim mesma
Me perdoo também
Como ensinou Zaratustra
Nada porém me ocorre
Nada me cerra os olhos
Nada deveras existe
Que me faça adormecer em paz
Nada se não palavras.
Estou cheia delas.
Para que eu não exploda o mundo usa a noite
Para que as solte
Pois que se vá
Estou superlotada
E vocês não me pertencem,
Palavras.
SOBRE A HIPOGLICEMIA
Num contexto psicológico pontual, na convulsão o que sentia era o medo de morrer, o que verificava facilmente com a convulsão. Sendo a glicose o combustível do cérebro, o que sei é se porventura “dormisse”, parasse de me debater, eu morreria. Acho que essa é uma reação inconsciente do organismo – o instinto de sobrevivência -, a sensação de que precisamos nos agarrar àquela única tábua de salvação e garantia de vida, sem a qual tudo ficaria escuro e deixaríamos essa mesma Vida, escorrendo por aquele túnel sombrio e gelado da morte.
Exis(te)dão Exaus(te)dão
Existia um homem que não vivia, por medo de sentir medo, da vida ele só fugia. Só sabia sentir medo de perder o que já tinha e por medo de perder o novo, do velho acostumou-se à vida. Era normal o tudo e quanto as novidades ele não sabia, da vida ele era um servo escravo do dia a dia, por servir com felicidade a própria tediosa rotina. No final da existência do homem, procurou pensar na vida. O homem morrera sozinho com tudo que ele tinha.
medo de amar
afinal pra que se apaixonar?
depois ,vale a pena sofre sem parar?
olhar pro lado e só ter marcas da saudade.
confesso que tenho medo,
medo de arrepender,
de fazer besteira e só me resta tristeza.
saber que a pessoa amada me deixou no passado,
sentir todas as horas, que fui ignorada
me torna uma pessoa quase inconsolável
não sei porque precisamos desse tipo de amor
já que vivemos no mundo onde isso quase não tem valor
talvez eu deva ir pra Marte
quem sabe lá eu seja valorizada
,
Quem nunca pensou em desistir de alguma coisa ou de alguém?
Quem nunca se sentiu covarde por medo de tentar algo novo?
Desistir e arriscar são para os corajosos, são para aqueles que não possuem medo do novo, são para aqueles que não possuem medo de quebrar a cara.
Porque a maior verdade da vida é que só aprendemos quando realmente quebramos a cara, seja em qualquer situação, só sabemos verdadeiramente o que irá acontecer se tentarmos. E não pense que a vida tem ensaios, a vida é sempre um espetáculo em seu dia de estréia.
Doce Tristeza
Está ficando frio?
não é o mundo la fora.
Você está com medo?
sim! e está chegando á minha hora.
Você tem pesadelos?
só quando estou acordado.
E quando está dormindo?
prefiro não acordar e ficar dissimulado.
Por que tanta revolta?
não é revolta! é realidade.
Mas que realidade?
que não existe igualdade.
Por que pensas assim?
não penso, é o frio...
Que frio?
do mundo la fora.