Texto Medo
“Quando eu estiver triste, me lembre da minha alegria costumeira.
Quando eu estiver com medo, me lembre o quanto sou corajosa.
Quando eu estiver cansada, me lembre da minha energia vibrante.
Quando eu estiver impaciente, me lembre o quanto prezo a resignação.
Quando eu estiver desanimada, me lembre que a animação é um dos meus pontos fortes.
Quando eu estiver solitária, me lembre de todos os meus familiares e amigos maravilhosos.
Quando eu estiver carente, me lembre do amor que me tratam os meus companheiros.
Quando eu estiver amarga, me lembre como gosto de ser doce.
E, quando eu estiver sem fé, por favor, me lembre de Deus.”
(texto de Gabi Freitas)
Covardia
Tenho medo da minha e da sua covardia, por que guardo coisas onde o certo seria expressar ao outro sem culpa nem receio pois o que nos atrapalha temos que comunicar. Devemos proferir o que nos incomoda mas sem ter que humilha-lo ou fazer com que ele fique com raiva ou sem falar um com o outro pra sempre.
A vida é apenas um primeiro diário fito peça teatral, a convivência é necessária e o bem estar entre as pessoas tem que ser montado dia após dia. A vida sem as companhias tornam as pessoas desumanas e deprimidas. Aquela história de ruim com ele, pior sem ele; é verdade, não há frase sem virgula, história sem acento agudo, final sem o ponto. É preciso reconhecer que as pessoas necessitam umas das outras, mas sem a velha dependência, é preciso ser livre, mas com cuidado, não liberdade sem a vigília, não há caminhada sem o tropeço.
A covardia aniquila e faz o outro sentir complexo de inferioridade; feliz é quem traz consigo o dom de ver os outros como a si mesmo, tramar ou falar por traz é o mesmo que semear diariamente a erva daninha que te consumirá feito joio sobre o trigo. Portanto pare, pense e haja como fosse morrer hoje, garanto que a vida terá mais valor pra si e para o outro e sincero e sem agir covardemente principalmente consigo. Que a paz esteja sempre em sua mente ou quem em seu coração.
No que se firma o medo? o arrependimento? no ser? Ou no querer?
Queria eu ser algo relevante, a vida adiante tocar. Queria ser mais, algo além do nada, algo além de palavras impuras.
As juras e promessas a muito tempo feitas, me levam à um abismo sem fundo, onde a morte chega e te leva tão devagar e dolorosamente que te faz preferir a queda.
Me sinto só, um anjo caído, decadente agonizando, definhado.
Triste e sem esperança é minha vida, como a dor da partida, os raios de sol se foram deixando somente a escuridão, o vazio, e uma vida por um fio.
SEM RAZÃO
Nas relações da minha vida as idéias loucas surgem e o medo esta ao lado eu gosto da minha casa, meia desarrumada, coisas sem sentido me atraí.
Mais o que séria sem sentido. Agir com liberdade, felicidade, amor, paixão, razão e fazer um shake deles nas minhas idéias.
Coisas que não sei, totalmente sem nexo. Desturpam e mechem com minha razão e coração. Desarrumam a mente e meus sentidos, e o engraçado gosto disso.
Mais te digo me decifre e tire o melhor das minhas idéias, que florescerá uma bela história louca, desarrumada mais com muita liberdade, felicidade, amor, paixão e razão.
E o medo? Esta ao lado, totalmente sem razão.
Pare de fingir que crê nessa baboseira toda, só por medo de não saber viver sem essa mesmice que tá sua vida, medo de não ter com quem chorar sem precisar contar a história velha que se faz nova de vez em quando, medo de se arrepender de não ter seguido em frente numa vidinha "caxias" onde não tem surpresas nenhuma mais, ele te sabe demais mulher.
Talvez aí é que se resida o erro de tudo, ele te sabe tanto que conhece até as atitudes que você nem tomou ainda, te sabe de modo que joga as mesmas fichas porque tem certeza do quanto vai ganhar.
Você ta aí cheia de conquistas, é inteligente, batalhadora, auto-suficiente mas aguenta demais o que é de menos.
Tem que ter reciprocidade, será que é amor mesmo?
Será que já não se tornou apenas conformismo?! Ainda tá quente esse amor ou parece um bolo frio esquecido na mesa do café da manhã? Já passou da hora do jantar! Pense nisso!!!
Para com isso tudo moça, para com isso tudo Mulher.
A gente precisa mudar, o mundo vive em constante movimento, rotação e translação tá lembrada? Então assim como o Sol você também brilha e tem luz própria meu bem!
Tanta coisa boa pra viver, tantos sorrisos largos pra soltar, não sei de tudo da sua vida, mas um passo diferente é fato que você tem que dar.
É sempre preferível arriscar ganhar do que perder parado, na dúvida então arrisque!
Joany Talon
A porta
De tudo se permite a parar
Mas o que será parar diante de uma porta?
Medo, será o tal bloqueio?
É difícil sair do lugar pré-estabelecido
Enraizando pelo comodismo
O que o outro lado me atraí me distancia?
Descobrir, será o tal objetivo?
Estou defronte a porta
Tudo depende de uma batida
Do meu esforço e abri-la.
Do lado de cá já sei dos meus limites
Mas qual é o meu tamanho?
E agora eu abro novo horizonte
Certo de que somos mutantes?
Qual destino percorre se todos levará a porta?
Tenho eu como fugir?
Profundo
Entregue a mim seu coração
E sem medo de errar negue um pouco a razão
As vezes é bom deixar a vida levar
Sem parar pra pensar e somente arriscar
Quando estamos a sós até o nosso silêncio
Se traduz em poesia
Em nosso jeito de olhar mesmo sem nos tocar
Nossa conexão é a mais pura magia.
Quando estou com você não sinto os meus pés tocando o chão
Esse sentimento me fez entender que pra amar pra valer
A voz que fala é a do coração
Então me jogo sem medo vou vivendo e descobrindo em meus passos o meu rumo
Descobrindo-me através de você que me fez conhecer
O sentimento mais profundo
Até parece que somos um só
Buscando e descobrindo
Os desejos mais profundos
De tudo que sentimos e vivemos
Nos faz encontrar um sentido
Pra tudo.
Sabe quando você não perde mais?
Quando não tiver mais medo de perder nada nessa vida...
As outras pessoas sentirão isso em você e pensarão dez vezes antes de lhe machucar, porque saberão que você não ficará caída, não ficará chorando.
Um dia você aprende a ser mais forte, mais capaz e perde o medo de perder, e se algo sair da sua vida, você não terá perdido nada, e sim se fortalecido em mais uma queda ...
Ainda que o medo queira te paralizar...
Diga com fé : " Tupo posso Naquele que me fortalece"
Ainda que se sinta fraco, Ele te faz forte...
Ainda que a dor pareça não ter fim... Maior é Deus que cuida de você... e Eterno é Ele!
Ainda que a esperança tenha acabado... Deus traz a existência o que não existe e Ele a resaturará em sua vida...
Creia em Deus e o mais Ele fará...
Débora Aggio
Olhei-me em cima da berliet
com o coração tolhido de medo
Aqui não há heróis…
até os mais audazes na vitória
sentem medo
As mãos vazias
seguram com firmeza
estranha
a espingarda G3
que me deram para matar,
a única companheira segura
de todos os dias e noites
As nuvens de sangue ao longo da picada
abreviam a morte
In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta
Terra de medo
e de dor
e de sonho também…
Lá fora o vento que zumbe
e uiva
e fustiga ameaçador e célere passa…
o vento a quem tudo pergunto
e nada me diz
O vento que volve e revolve
e varre
as folhas secas das mangueiras
plantadas no terreiro
que serve ao quartel de parada
O vento que zumbe e uiva
tresloucado
no negrume da noite que dói e mata
O vento que fustiga e passa
as frágeis paredes da vida
dentro do arame farpado
In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta
À volta de mim, o terror e a morte…
olhares de medo
fixos na imensidão do vácuo
interrogam-se mudos
inquietos…
dolorosamente pensam na razão
de tal sofrer
Mas não choram porque o pranto
se esgotou há muito
neste inquieto viver
Ah! Se eu soubesse ao menos rezar…
Rezava por ti
ó homem verme, tirano e sádico
que por prazer destróis;
Rezava por ti
ó governante ganancioso e brutal
que o mais fraco aniquilas;
Rezava por ti
ó deus, que já nem sei se existes,
pela geração que criaste
e abandonaste
In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta
No ar, o medo e o silêncio sepulcral
a invadir
os primeiros raios da manhã
Corações sobressaltados
em prece e oração…
muitos sem saberem sequer rezar
No trilho traiçoeiro
espreitava a morte a cada passo
que se desse em falso
na picada
Sem perder de vista o combatente
à nossa frente
perscrutávamos, no lusco fusco do alvorecer,
as sombras que se dissipavam
por entre as silhuetas das bissapas
Nas mãos doridas,
por matar,
o peso da G3 engatilhada
dos soldados
De repente o grito e a dor
pelo estrondo e pela morte trazida
no estilhado e no sopro da granada
As lágrimas morriam afogadas
pela raiva e ódio surdo
nos corpos amputados
In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta
Os relacionamentos de hoje estão sem esperança, as pessoas não se casam na igreja por medo de se separarem, a competição com o mundo e os desejos do externo frustra os casais, e rouba a esperança do pra sempre.
É tão bom ter alguém, ser desejado, amado.
Parem de buscar coisas fora da relação, não vão achar nada que preste. O mundo tá podre!!
Os mistérios da existência nos perseguem constantemente
Talvez esse seja o maior medo de toda a vida
Por isso o sentido de viver não é explicado exatamente
E o povo vai ficando ignorante, consumista e suicida
Sem piedade os meus iguais e ideais perecem com a alienação
Mergulham no abismo formador da miserável tortura mental
A essência do nosso instinto fica cada dia mais perto da extinção
Isto quando se pratica veemente o fascínio pela rotina banal
O conhecimento agora já não tem a tão sonhada liberdade
Nosso fausto e obscuro desejo a todo o momento se refaz
O pensamento transgressor de inovação foi abandonado na saudade
Por muitas vezes nosso mundo não passa de formas quadrilaterais
eu acordo pensando em você, eu escrevo linhas e notas sobre você, eu não quero ter medo, mas tenho. Eu queria poder dizer tanta coisa, mas dizer ao coração que ainda não estamos
preparados para nos colocarmos ao vento. Ainda preciso te olhar mais, te reparar mais, fazer desenhos pelo seu corpo, passear pelos seus traços, clarear as nossas vidas, avisar que é para ser intenso, te falar sobre o amor, beijar seus olhos antes de você me amar.
CRIANÇAS DA NOITE CURUPIRA
Curupira na noite é um medo tolo,
Anãozinho ruivo com uma deformidade,
Ele é o demônio que vive nas matas,
Quem profana as matas leva dele um açoite.
Ele esta escondido nos cantos da mente,
De quem teve sua mata invadida,
A dor da carne dilacerada e perdida,
De se sentir culpada e não a vitima.
Mas o Curupira que é gênio e demônio,
É mesmo assim um medo de algo sem fim.
Atrapalha o estudo da criança infantil,
E leva ao alcoolismo a criança adulta.
Quando o Curupira entra em ação,
Ele nem sabe se é anti-herói ou vilão,
Pois mata o caçador e arranca o coração.
Nesse dia a criança adulta ou infantil,
Acorda assustada talvez gritando,
Ele pode respirar aliviado,
Pois o Curupira matou o vilão.
Curupira demônio ou herói?
É apenas uma criança da noite um medo tolo.
André Zanarella 02-11-2012
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4572822
CRIANÇAS DA NOITE SACI
Saci-pererê na noite é medo tolo,
Negrinho brasileiro de cor africana,
Usa um boné de origem lusitana,
Tem ainda uma deficiência física,
Teve ter tido uma mãe desleixada,
Pois o moleque arteiro é fumante.
O saci é o meu Brasil que é mistura,
É o vira-lata rico marginalizado,
Que por latir errado é motivo de riso.
Nasceu num pais com religião cristã,
Que reza o terço na igreja,
E faz um despacho na encruzilhada.
O Saci na noite é medo tolo,
Pois o mundo rodou e girou,
O que era errado deixou de ser,
Apesar de que num canto escuro
O Saci continua no seu rodoinho,
Faz a criança adulta acordar suado,
Lembrar que o errado nunca foi explicado.
André Zanarella 06-12-2012
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4629020
o medo no fundo do teus olhos,
reato retalhos no fundo do medo,
sempre o medo entre teus olhos,
no fundo o medo em meus olhos,
sem fundo, sem medo só retalhos,
o medo no fundo apenas acabou,
medo sem medo ou apenas medo,
olhe para fundo do retalhos o medo,
selado no profundo o medo, bem,
nos teus olhos o medo no profundo,
morreu no fundo dos teus olhos.
por celso roberto nadilo
REFLEXO
Eu quero esquecer o passado
Mas tenho medo
Eu quero esquecer o medo
Mas tem o passado
Eu quero esquecer o sorriso
Vermelho do palhaço
Mas tem o espelho
Eu quero esquecer o vampiro
Mas não tem reflexo no espelho
Eu quero esquecer que sou fraco
Mas tenho meus complexos
sou fraco, caio de joelhos
Eu quero esquecer a lua
mas tem a janela como uma moldura
Tem o lago prateado com a sua candura
tem o seu reflexo
Tem o lobisomem que resistiu ao folclore...
.Tem a estrofe de um soneto feito uma tocaia
Tem a lembrança de tua saia
Ao vento tem este querer imenso...