Texto Medo
Nos corredores da escola, meu olhar te segue,
Como uma sombra tímida que ao longe se esconde.
Teu sorriso é sol, minha alma se apega,
Mas o medo me cala, e o silêncio responde.
Te vejo na fila, no intervalo, na quadra,
E meu coração bate acelerado,
Mas quando tento falar, as palavras se perdem,
Como um eco distante, num espaço calado.
Penso que você talvez nunca perceba,
Que meu mundo gira ao som do teu nome.
Na verdade, me assusta imaginar,
Que em teu olhar, eu não seja mais que um homem comum.
Será que existe um lugar no teu pensamento,
Onde eu possa habitar, nem que seja por um instante?
Ou será que sou só um reflexo, um pensamento,
Que jamais tocará teu coração distante?
E então, fico aqui, guardando o segredo,
Dessa paixão que cresce em meu peito,
Mas que nunca sai, nunca se revela,
Porque tenho medo que meu amor seja só um defeito.
Super, seres, frágeis humanos; deuses impetuosos, sabedores e detentores de segredos sobrenaturais. Amedrontados, pequenos prisioneiros do mundo obscuro dentro de suas próprias almas.
Tão cheios de si, tão vazios do amor e da caridade. Gigantes de aço com pés de barro, músculos de ferro, com articulações de plástico.
Sobre um altar de ouro um coração de carne em uma abóbada de cristal. Somos super, seres, frágeis humanos...
apenas humanos.
O nome do processo chama-se medo.
Medo de amar e ser amado
Medo de sofrer
Medo de se entregar
Medo de sair da zona de conforto
Medo encarar a realidade
Medo de ouvir o coração
Medo de falar o que sente
Medo de olhar nos olhos
Medo de mudar
Medo de enfrentar os sentimentos.
O Medo
Sob o luar, busquei te entender,
como pode um amor ferir,
se nunca chegou a acontecer?
Nos teus olhos, um frio a brilhar,
medo de ir, medo de ficar.
E por isso, não ousas me olhar.
Temes sentir e não saber,
temes o fogo a te envolver.
O coração pulsa, quer acelerar,
mas o amor te faz hesitar.
Já te feriram, eu sei, eu vejo,
e agora temes um novo desejo.
Mas será o medo de me olhar
ou o medo de se encontrar?
Se não estás pronto, eu sei esperar,
pois entre o limbo que habita em meu peito,
sei que um dia irás me amar.
FÉ NO MEDO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Sou estampa fiel de quem não sou,
onde sei que preciso ter escudo;
vejo tudo ruir ao meu redor
ou alguma tocaia ser erguida...
Sigo pé ante pé, com fé no medo,
pois o medo prudente me preserva,
faz abrir o segredo e ver por dentro
minha chance de achar um horizonte...
Faço cara de mau pro mal que faz
uma cara de bem que não convence,
porque sinto que algo não é bom...
É um dom de conter a dor futura;
quando ponho dureza no que sou,
sou apenas legítima defesa...
Refletindo:
Uma das frases que mais me lembro do Renato Russo nem está nas letras de suas músicas:
"as drogas, fazem você virar os seus pais"
Uma certa geração, de tanta vontade de ser diferente de seus pais, produziu certas drogas e as consumiu desenfreadamente, por medo de serem como aqueles a quem pouco conheciam.
Utopicamente, um dia certa geração redescobrirá a melhor de todas as drogas, a qual já acredito seja representada pela difícil atitude em "amar ao próximo como a si mesmo".
E continuo...
Medo de me apaixonar e você não me amar
Medo de vc me substituir e me trocar
Medo de sofrer por amor e isso me trazer dor
Medo de me a pegar e vc me abandonar
Medo de você me iludir e fugir
Medo de me entregar e você me ferir
Medo de você amar outra e meu coração se quebra
Medo de não ser o suficiente e ter uma amor ausente
Medo de eu ser uma ilusão ou uma simples atração
Medo de não ser eterno e não dura tanto assim
Medo de você não me amar e me machucar
As vezes eu sou insegura com meu corpo,minha mente,minha alma e principalmente o meu coração. Eu acho que ninguém vai ser capaz de me amar e que todos pode me abandonar.as vezes as pessoas se aproxima para me machucar e me diminuir.muitos querem que me fazer desistir
É como se você batalhasse, mas nada mudasse. Ou talvez tenha mudado, mas a perda consome a percepção, distorcendo qualquer progresso. O id, o ego e o alter ego lutam entre si, mas nem sequer sabem pelo quê. No começo, parece um vazio—aquela sensação de estar flutuando no mar, sem rumo, esperando ser salvo por um navio ou morrer afogado. Mas, aos poucos, o vazio dá lugar a um peso no peito, um aperto que esmaga, sufoca e se confunde com culpa. Afinal, o inimigo está mais próximo do que se imagina, ou melhor, basta olhar o espelho para enxerga-lo. Não porque quero, mas porque não posso escapar. Ele é uma versão de mim, mas que não desejo que seja eu.
Tanto esforço para nada. Cada passo dado parece apenas um ciclo se repetindo, um esforço inútil contra algo invisível. A fraqueza se instala, não no corpo, mas na alma. A incapacidade de viver plenamente se arrasta como um eco constante, um lembrete cruel de todas as falhas. Não porque não tentou, mas porque o nível de estoicismo não é suficiente.
O medo de se perder de novo é pior do que qualquer queda. Porque se perder significa voltar para aquele lugar onde o silêncio ensurdece, onde os próprios pensamentos não calam a boca, te puxando para baixo como areia movediça em um deserto de areia infinita. E a única opção que resta é seguir em frente—não porque há esperança, mas porque ficar parado dói ainda mais.
Seguir sem saber se há um destino. Apenas seguir.
Eu não sou mais o mesmo, meu olhar brilha com você, não apenas meu olhar brilha, meu coração brilha, quando estamos juntos eu sinto algo que nunca imaginei sentir
Surreal, impressionante, indescritível, intenso
Eu não consigo entender como cheguei até aqui, eu sei que quero estar assim, quero estar apaixonado, que te amar como amo, quero esse relacionamento, quero viver esse amor com todas as minhas forças
Não me vejo sem você
E isso me dá muito medo
SER PAI É COMO MATEMÁTICA..
É multiplicar o elogio, o carinho, o amor e dedicação. É ser cristão e dividir o pão.
É subtrair do seu filho, o desgosto, a saudade, o medo e a solidão.
É somar momentos de alegria que jamais serão esquecidos por ele.
Ser pai é somar, dividir, subtrair e multiplicar
Ser pai é amar.
Eu? Eu, Não Tenho Mais Medo De Ser Sozinho.
E, Hoje? Hoje Meu Maior Medo é Ter As Pessoas Erradas Ao Meu Lado, Passei Muito Tempo Cercado De Quem Não Somavam… e Apenas Sugavam.
Pessoas Que Fingiram Se Importar, Mas Só Estavam Por Interesse, Conveniências, Costumes Em Proveito Próprio.
Aceitei Incômodos, Me Adaptei, Engoli Palavras e Fatos… Hoje Sei… Que Enxerguei o Melhor Nos Que Só Me Fizeram Mal, Deslealdade… Acordei! Percebi Que o Problema Sempre Foi a Pessoa Errada, a Mesma Que Me Abraçou, Distorceu Minhas Palavras e Desejou Minha Queda.
Meu Medo Passado Foi Ter Aberto a Porta e Espaço Para Quem Nunca Deveria Ter Deixado Que Entrasse Na Minha Vida.
Não Tenho Mais Medo De Ser Sozinho.
TEMOR
Sofro... vejo o vão e o desespero envasando
Os pensamentos inventivos, agora são atoa
Abandona-me a fé, pouca, fé que me atraiçoa
Chora o peito e, o olhar, em lágrima sangrando
Me perdoa!
Que fazer pra ser os de sorte? Os de boa!
Se a ambição na lama, neste poetar nefando
Fala em glória, com aspereza de ser brando
Quando na verdade a sofreguidão amontoa
O tempo expirando!
Choro... sofro... sobre a desdita e a oração
Padeço no silêncio engasgado na garganta
Amarga a ilusão que na inspiração agiganta
Haja emoção!
O que se fazer neste infortúnio, sem enredo?
Sacripanta! A piedade não se fará de infanta
Deixe este poetar poetando, e levanta!
Que medo!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
31 de maio, 2019
São Paulo, SP
Olavobilaquiando
SONETO AMEDRONTADO
O medo amedrontado está em mim
Poetando sombras de uma tristura
É um vazio cheio duma vil amargura
Num silêncio: mudo, surdo, sem fim
E neste vácuo sem a essencial figura
Entrajam faltos ornados de serafim
Dum temor com seu satírico festim
Assestando o poetar na ossatura
Então, do medo se alimenta, assim,
Cada vez mais tétrico fica, e procura
Um tal arrimo, sem doçura, carmim
E a ousadia onde fica? E a ternura?
Se o medo no medo, é trampolim!
E o fado sem medo, é vã ventura...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano
DO MEDO
Aqui me tens, medo, em confissão
Eu suspirei... disfarcei. E acovardei
Mas nem sempre, assim, eu ansiei
O pavor, vem do fundo da tensão
Não recusei a bravura ter ilusão
Aventuras, certas vezes, neguei
Mas, também, outras eu errei
E no errado busquei o perdão
De repente, o temor da gente
Argui a “mea culpa” inocente
E o que era acaso vira pânico
Simples, não a um mal efetivo
O amor vem com um positivo
Disparo, que tira o satânico...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
08 dezembro de 2020 – Triângulo Mineiro
dia da Imaculada Conceição
E por ser assim...
que tem que ser,
amores se vão, se perdem
ficam parados no tempo
em estradas
guardados em versos, em rimas.
E por ser assim a vida, os dias...
tudo passa sem cores
adormecem
e se vão no vento,
no tempo.
Se perdem em caminhos
palavras
escondidas, caladas.
Ficam as poesias,
guardam-se os sonhos
E por ser assim
se vive a lucidez
por medo,
não se é feliz.
E assim vivemos.. e em algum dia morreremos, é um "ciclo"
Não se deixem levar pelo medo,
É uma lei da natureza, façam algo que realmente importa à vocês e se puderem façam o bem aos outros.
Não temos muito tempo aqui, enquanto uma estrela vive se passam milhares de gerações..
Vivam o melhor da vida sem precisar fazer mal à alguém e sem precisar tirar nada de outrem, simplesmente vivam
E escrevam uma grande história nas linhas de seus caminhos.
Eu desejo que você seja alguém que a dor não possa derrotar e que o medo não possa paralisar.
Desejo que acredite na justiça, mesmo que todos já tenham desistido de buscá-la. Desejo que sua fé em Deus seja inabalável, pois a sua recompensa será ver realizado tudo aquilo que você acredita.
" Alma gêmea"
"Em todas as linhas
Indecifráveis dos seus olhares
Em todo fervor do seu toque
Meu eu se fez solúvel
Um pedinte de amor
Escravo seu
Eu não te resisto
Como poderia
Como negar-te
Um coração que já é seu
Como fugir do desequilíbrio
Que você me causa
Como estancar o caos
Cravado na minha cabeça
Minha borboleta
Minha insanidade
Impura absoleta
Essa história tórrida
Triste ..... Imperfeita
Minha borboleta
O peso do medo
Dizem que há sombras na esquina,
sussurros frios na neblina,
olhos que espreitam na escuridão,
mãos que apertam sem compaixão.
Tranque as portas, feche o peito,
dobrem-se ao fardo do preceito.
Há sempre um monstro à espreita,
um castigo para a alma imperfeita.
No deserto, a voz bradou:
“O mar se abre a quem rezou!”
E os que duvidam, sem piedade,
são tragados pela tempestade.
Na fogueira, a chama dança,
queima o corpo, apaga a esperança.
A fé impõe o seu decreto:
“Negue-me e prove do inferno certo.”
Coroas brilham, aço brande,
o medo cresce e nunca expande.
Pois só se vê o que convém,
quem dita a lei nos faz refém.
Um novo rosto, um novo nome,
sempre há um lobo em meio ao homem.
Ora justiça, ora nação,
ora inimigo, ora oração.
E assim seguimos, sem acerto,
livres no corpo, presos por dentro.
Grades que o tempo não desmancha,
o medo pesa... e nos amansa.
Num conto de amor, jovem coração,
De vinte e quatro anos, apaixonado então.
Por um mais velho, encontro proibido,
A chama arde, mas destino dividido.
Entre eles, carinho floresce e se expande,
Mas a barreira do tempo, um desafio grande.
Medo de machucar, sombras no caminho,
Dois corações, sinceros, mas perdidos no destino.
O menino sonha, suspira, confunde-se,
No afeto proibido, o coração aquece.
O mais velho, cauteloso, receoso de causar dor,
Ambos se gostam, mas temem o dissabor.
Num dilema de amor, seus olhos se encontram,
Palavras não ditas, sentimentos que abraçam.
O tempo, implacável, sussurra despedidas,
Mas o amor persiste, nas entrelinhas da vida.
Na história que escrevem, capítulos incertos,
Dois corações entrelaçados, sonhos despertos.
A idade é apenas um número a desafiar,
O amor verdadeiro, sempre a transcender.
Que o destino sorria, que o tempo conceda,
A esses corações apaixonados, uma jornada bela.
Na tessitura do afeto, que encontrem o abrigo,
Do amor que floresce, além do proibido.