Texto Filosófico
Assim como disseram Heráclito, Nietzsche também consideram que tudo é devir. não há ser nem essência permanentes, nem Deus, nem Satanás. a única realidade objectiva é o mundo material e sensível, e o cerne dessa realidade é o devir perpétuo, o eterno retorno, a embriaguez dionisíaca, a vontade de poder.
"Os seguidores de Nietzsche e Foucault estão apaixonadamente persuadidos de que a verdade é mero artifício retórico empregado a serviço da opressão, e dizem isso por extenso. Qual é, então, a condição de eles dizerem tal coisa? Devemos dar-lhes a escolha. É falso? Ou está a serviço da opressão?"
A sim como Nietzsche, bombardeou com toda tua genialidade o cristianismo. Concluo eu que o cristianismo só é uma praga tão podre e doentia quanto a sociedade. Quando dele não provem o amor de Deus, mas sim o fanatismo e do fanatismo provem o próprio preconceito religioso. De falsos seguidores de Cristo. E nesse caso o cristianismo é uma praga tão doentia quanto a própria sociedade.
Os chamados 'mestres da suspeita' (Nietzsche, Marx, Freud) habituaram seus discípulos a só enxergar o bem como inversão do mal, a saúde como inversão da doença, o amor como inversão do ódio, como se o negativo fosse a realidade positiva e o positivo nada mais que a sua sombra. Como figura de linguagem, funciona às vezes, mas, transposto à realidade do mundo tridimensional, resulta em eliminar o positivo e celebrar o negativo.
Como disse Nietzsche: "Deus está morto!". Entretanto, creio que ele tenha esquecido de mencionar: morto para os que não creem, morto para os que em função de suas próprias irresponsabilidades não têm a quem culpar, morto para aqueles que são individualistas, morto para os egoístas, morto para os irados, morto para os levianos, morto para os receosos, morto para os ignorantes, morto para os luxuriosos, morto para os soberbos. Para esses, de verdade, Deus não está morto, mas à espera que enxerguem a Sua Luz.
“Como disse o filósofo alemão Friedrich Nietzsche, ‘o que não me mata, me fortalece’. Essa frase resume bem a ideia de que as dificuldades e os obstáculos da vida podem servir como estímulos para o crescimento pessoal e profissional. Pessoas que continuam existindo mesmo diante de tantos nãos ou afastamentos. Isso serve para a amizade, o relacionamento pessoal e o profissional. São pessoas determinadas que não desistem facilmente. Agora, pessoas que desistem fácil provavelmente não conseguem chegar a lugar nenhum. Continuam na mesma zona de conforto.”
Friedrich Nietzsche (1844-1900), filósofo, filólogo, crítico cultural, poeta e compositor prussiano. Assim, para este, os ideais arquetípicos são a vontade de verdade, a vontade do escravo, do ressentido. No entanto, quem de nós pode ser plenamente livre desses ideias? A ideia de além-homem, super homem, é também um ideal arquetípico, uma utopia de uma mente desesperada. Não tem como, não há como fugir realmente: ou cremos que há uma transcendência ou vivemos na ilusão arquetípica do nosso próprio desespero.
Amo o pensamento de Friedrich Nietzsche quanto sua opinião sobre a existência. O filósofo (dizem ser bipolar) não acreditava que éramos alguma coisa, mas que estávamos em constante transformação. O verbo ser então não cabia para designar a existência, não somos bonitos ou feios, tristes ou felizes, doentes ou saudáveis, apenas estamos de algum jeito em relação a um determinado momento.
No século XIX Nietzsche diagnosticou a morte de Deus, mas as armas utilizadas no deicídio (a ciência e a razão) se tornaram objeto de culto. É preciso usar o martelo mais uma vez para destroçar o altar no qual se encontra e depois dar uma marretada na própria cabeça para tirar de si a ideia de crença surgida na mente humana há mais de 12 mil anos.
"Minha cabeça é como a de Nietzsche, igualzinha, no seguinte: entendo o mundo como ele é. Mas não consigo traduzir para as pessoas como o enxergo. Eu quis dizer, entendo conceitos, definições, lógicas, a realidade. Porém, ainda que eu escreva para tentar explicar, fica complexo, ambíguo às vezes. Não importa se dou a melhor definição de algo, para mim, está ainda faltando alguma coisa, mesmo que eu saiba o que quer dizer com precisão o significado de uma palavra por exemplo, na minha mente não cheguei no limite do que a palavra poderia significar. Talvez Nietzsche tenha ficado literalmente louco por não consegui fazer as pessoas entenderem como ele enxergava a realidade, eu, me contento com o desentendimento das pessoas sobre como vejo a realidade muitas vezes e creio que Deus seja real, Ele consegue sem esforço algum entender tudo que penso mesmo antes de eu no tempo ter pensado."
Werther, o primeiro herói romântico, mostra-se mais humano que o super-homem de Nietzsche. Goethe trouxe à luz muitas verdades da condição humana em seu livro "Os sofrimentos do jovem Werther" baseado em suas próprias experiências. Nietzsche construiu uma filosofia de ilusões inspirada em si projetando no seu conceito algo que ele nunca foi. Encontramos mais honestidade num escritor sentimental do que num filósofo fantasioso que não viveu o que ensinou.
Se vivemos próximos demais a uma pessoa, é como se repetidamente tocássemos uma boa gravura com os dedos nus: um dia teremos nas mãos um sujo pedaço de papel, e nada além disso. Também a alma de uma pessoa, ao ser continuamente tocada, acaba se desgastando; ao menos assim ela nos parece afinal — nós nunca mais vemos seu desenho e sua beleza originais. — Sempre se perde no relacionamento íntimo demais como mulheres e amigos; às vezes se perde a pérola de sua própria vida.
Todas as coisas que duram muito tempo de tal modo se impregnam aos poucos da razão que a origem que tiram da desrazão se torna inverossímil. A história exata de uma origem não é quase sempre sentida como paradoxal e sacrílega? O bom historiador não está, no fundo, incessantemente em contradição com o seu meio?
O intelecto das mulheres se manifesta como perfeito domínio, presença de espírito, aproveitamento de toda vantagem. Elas o transmitem aos filhos, como sua característica fundamental, e a isso o pai acrescenta o fundo mais obscuro da vontade. A influência dele determina, por assim dizer, o ritmo e a harmonia com que a nova vida deve ser tocada; mas a melodia vem da mulher.
A minha doutrina ensina: "Viva de forma a ter de desejar reviver – é o dever -, pois, em todo caso, você reviverá: aquele para quem o esforço é a alegria suprema, que se esforce; aquele que ama antes de tudo o repouso, que repouse; aquele que ama antes de tudo se submeter, obedecer e seguir, que obedeça. Mas que saiba para o que dirige sua preferência, e não recue diante de nenhum meio! É a eternidade que está em jogo".
O que é a verdade para uma mulher? Desde o início, nada foi mais alheio, repugnante e hostil à mulher do que a verdade – sua grande arte é a mentira, sua preocupação máxima é a mera aparência e beleza. Confessemos nós, homens: reverenciamos e amamos precisamente esta arte e este instinto na mulher.
O socialismo é o fantasioso irmão mais jovem do quase decrépito despotismo, do qual quer herdar; suas aspirações são, portanto, no sentido mais profundo, reacionárias. Pois ele deseja uma plenitude de poder estatal como só a teve alguma vez o despotismo, e até mesmo supera todo o passado por aspirar ao aniquilamento formal do indivíduo: o qual lhe aparece como um injustificado luxo da natureza e deve ser transformado e melhorado por ele em um órgão da comunidade adequado a seus fins".
Deixemos pois de pensar mais em punir, em censurar e em querer melhorar! Não seremos capazes de modificar um único homem; e se alguma vez o conseguíssemos seria talvez, para nosso espanto, para nos darmos também conta de outra coisa: é que teríamos sido nós próprios modificados por ele! Procuremos antes, por isso, que a nossa influência se contraponha e ultrapasse a sua em tudo o que está para vir! Não lutemos em combate direto... qualquer punição, qualquer censura, qualquer tentativa de melhoria representa combate direto. Elevemo-nos, pelo contrário, a nós próprios muito mais alto. Façamos sempre brilhar de forma grandiosa o nosso exemplo. Obscureçamos o nosso vizinho com o fulgor da nossa luz. Recusemo-nos a nos tornar, a nós próprios, mais sombrios por amor dele, como todos os castigadores e todos os descontentes! Escutemo-nos, antes, a nós. Olhemos para outro lado.
O amor é estúpido e possui uma abundância cornucópia; dela retira os dons que distribui a cada pessoa, ainda que ela não os mereça, nem sequer os agradeça. Ele é imparcial como a chuva, que segundo a Bíblia e a experiência, molha até os ossos não apenas o injusto, mas ocasionalmente também o justo.
A compaixão contradiz a lei da evolução, que é a lei da seleção. Conserva o que está maduro para o declínio, luta em prol dos deserdados e dos condenados pela vida; e, pela abundância dos fracassados de toda a espécie, que mantém vivos, confere à própria vida um aspecto sinistro e duvidoso.