Texto Filosófico

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⁠Quando Aristóteles dizia que a forma superior de vida é a forma contemplativa, era isto o que ele queria dizer. É entender o que está acontecendo. Se ao invés de procurar entender, busca-se apenas defender-se da situação, procurando o prazer e evitando a dor, faz-se exatamente o que um bichinho faz.

Quando você já não busca a aprovação de qualquer meio social presente, mas de Aristóteles, de Dante, de Sto. Tomás, de Shakespeare e de Leibniz, você sabe que dela não resultará provavelmente nenhum benefício exterior, mas apenas a aquisição daquela consistência íntima, daquela sinceridade profunda que lhe permitirá ser de fato 'alguém', não aos olhos dos outros, mas da comunidade supratemporal do conhecimento, ainda que ao preço de tornar-se relativamente incompreensível aos contemporâneos. A partir desse momento você está habilitado a dizer como Dom Quijote: 'Yo sé quien soy' – e a opinião dos circunstantes não pode afetar em nada aquilo que você apreendeu mediante vivência espiritual direta, solitária, sem mais testemunha ou interlocutor além da comunidade dos sábios mortos. Quando Sto. Tomás de Aquino recomendava 'Tem sempre diante de ti o olhar dos mestres', ele sabia o quanto a integração da alma no diálogo supratemporal pode custar em solidão de espírito, mas também sabia que essa solidão é o único terreno onde germina o desejo de conhecer a Deus (a não ser, é claro, que o próprio Deus decida falar com você por outros meios).

Inserida por LEandRO_ALissON

Desde Aristóteles, sabe-se que toda busca da verdade em questões controversas parte do exame das opiniões existentes. Cada uma destas deve ser conhecida em profundidade e sem julgamento prévio, até que o laborioso acúmulo de muitas perspectivas contraditórias faça o objeto em questão aparecer tal como é em si mesmo, acima das diferenças de pontos de vista. Esse método não é infalível, mas é o único que existe.

Inserida por LEandRO_ALissON

Aristóteles é o filósofo mais influente... Ele lapidou a consistente filosofia grega, em desenvolvimento desde o início do exercício do pensamento filosófico... A civilização atual, se baseia quase toda nesses conceitos... Posteriormente a isso muitas contribuições e controvérsias, vem construindo os próximos passos da humanidade, em sua busca permanente pelo saber... 🙏🏻

Inserida por apabranches

Nem todo mundo nasceu para estudar, obrigam à escola quem, o Aristóteles diria infelizes por não praticarem suas virtudes, dons e habilidades naturais. ...Cabeça de repolho não nasce para aprender: "Você pode liderar uma horta, mas você não pode fazê-la pensar." E o governo joga a culpa no horticultor pelos baixos índices intelectuais. Todo gráfico bonito é um milagre.

Inserida por Kllawdessy

"Se a verdade, como dizia Aristóteles, só existe no juízo, ela só se efetiva no ato de julgar, na presença do juízo à consciência individual vivente que o formula, no instante em que o formula. Foi por isso mesmo que Deus não se encarnou numa teoria, nem numa idéia, nem numa comunidade, mas em UM ser humano concreto. Por isso mesmo, toda discussão pretensamente filosófica entre 'correntes' e 'escolas' é vigarice do princípio ao fim."

Inserida por LEandRO_ALissON

Todos nós queremos atingir a alma humana, como bem disse Aristóteles, e para isso, precisamos compreender a alma humana. Isso significa que queremos afetar e influenciar as pessoas de certa forma, e para isso precisamos nos submeter a também ser afetados e influenciados pelas outras pessoas. Essa é a única razão pela qual nos relacionamos, por que queremos passar algo, e também receber algo. A natureza humana é feita disso, de uma troca constante. Ninguém pode encontrar alguém sem levar consigo um pouco dela, e deixar com ela um pouco de si. Eis a beleza de sermos quem somos, portadores da natureza humana.

Inserida por Haydensophie

⁠Parafraseando Aristóteles, sei que não sei tudo, mas sei mais do que alguns e menos do que outros. Essa consciência permite que deixe a minha mente aberta para continuar aprendendo e nesse processo cresço, mais do que uns , menos do que outros. Entretanto, para mim, interessa que eu não esteja na inércia, mas que continue em atividade de aprender para crescer, mais do que uns, menos do que outros, mas sempre maior do que eu mesma, pois entendo que o conhecimento é um degrau que só tem sentido de subida. Assim, não é sobre quem sabe mais ou quem sabe menos, mas de que hoje sei mais do que ontem, como sei menos do que amanhã.

Inserida por Ctnunas77

⁠Os bonzinhos fazem os maus se proliferarem. O equilíbrio que é a perfeição já dizia Aristóteles. Portanto, deveriamos ser apenas justos e não bom ou ruim, porque é o que faria a diferença. Os Indivíduos do MAL, malignos e MAUS, então pensariam muito em tentar enganar alguém, temendo um karma ou represaria instantânea. Pelo sim ou pelo não, essa é somente a minha opinião.

Inserida por Marc7Carl6Rod9

⁠Segundo Aristóteles, a felicidade consiste em uma atividade da alma conforme a virtude. É o bem supremo, que tem um fim em si mesmo, sendo almejado por todos. O que constitui a felicidade são as ações virtuosas, e as atividades viciosas conduzem o contrário. Aristóteles sustenta que a função específica do homem é a eudaimonia. A felicidade é a meta da vida humana, ou seja, todas as ações têm como finalidade atingir essa fonte de realização suprema.

Inserida por lucasrodriens

⁠Em sua obra mais importante, Ética a Nicômaco, Aristóteles aborda, pela primeira vez, um tema correlato com a ideia da perfeição: a excelência. A diferença entre ambas é que a perfeição é uma impossibilidade, algo que jamais será atingido. Já a excelência é factível, pois significa “o melhor possível”.

Inserida por lubaffa

Essa eu fiz diante de um ciclo de uma amizade que foi importante pra mim, usei Camus para entender tudo que aconteceu e tudo que permaneceu. Me inspirei na musica Crochê de Jovem Dionísio.

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"Crochê de Amizade: pontos que seguram o mundo"



Há amizades que não chegam de repente; elas se constroem devagar, como crochê.
Um ponto hoje, outro amanhã, um fio que se enrosca no outro, uma conversa que vira apoio, um silêncio que vira confiança. Nada grandioso, nada teatral. Apenas presença. Apenas verdade.


“Crochê” tem essa atmosfera de afeto discreto, quase tímido, que lembra muito o jeito como algumas amizades profundas nascem: sem anúncio, sem expectativa, sem garantia — mas com uma sinceridade que toca onde a vida geralmente não alcança.
Camus diria que é exatamente nesses vínculos que o Absurdo da existência ganha uma pequena trégua.


Porque, num mundo que não responde,
não explica,
não abraça,
a amizade é esse gesto humano — quase rebelde — de dizer:


“eu estou aqui com você, e isso basta.”
A vida é desalinhada.


Nós somos desalinhados.
As dores que carregamos nos fazem tropeçar em nós mesmos.
A lucidez nos mostra que nada é garantido, que a solidão é inevitável, que o universo é indiferente às nossas angústias.


E, ainda assim, existe esse outro ser humano que decide dividir o tempo, o riso, o cansaço, a bagunça, o silêncio.
Isso, por si só, já contraria o absurdo.
É quase um milagre sem misticismo.
Amizade verdadeira não exige perfeição — apenas presença honesta.


É alguém que te vê fora do tom e, ao invés de tentar te ajustar, senta ao seu lado e ouve a melodia torta como ela é.
É quem te passa um fio novo quando o seu arrebenta.


Quem ajuda a desfazer o nó quando você mesmo não consegue enxergar onde começou.


A amizade não te salva do mundo —
mas te lembra que você não precisa enfrentá-lo sozinho.


E essa lembrança muda tudo.
Porque é fácil compartilhar os dias bons; o desafio está nos dias que parecem cinza por dentro.


Nos dias em que você questiona o próprio valor,
em que o mundo parece grande demais,
em que a alma parece pequena demais.
E é justamente nesses dias que um amigo — verdadeiro — transforma o absurdo em algo suportável.


Não com respostas.
Não com soluções.
Mas com a coragem silenciosa de simplesmente estar.


Camus acreditava que continuamos vivendo não porque encontramos sentido,
mas porque inventamos pequenos motivos para seguir.


A amizade é um desses motivos.
Um dos mais fortes, talvez o mais humano.
E, no fim, o crochê da amizade é isso:
um tecido feito de confissões e risos,
de ombros e demoras,
de pequenos gestos que ninguém vê,
mas que seguram o mundo inteiro do lado de dentro.


Não precisa ser perfeito.
Não precisa ser constante.
Só precisa ser verdadeiro.
Porque, quando o resto desaba,
são essas linhas simples —
essas linhas feitas à mão —
que impedem nossa alma de se desfazer.
E, nesse desalinho tão humano,
há uma beleza que Camus entenderia:
a amizade é uma revolta contra o vazio.


E cada ponto dado juntos
é uma pequena vitória silenciosa contra o Absurdo.

Y.C

Inspirado em "Ouro" de Rubel e Camus

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Há algo em “Ouro” — na voz limpa e vulnerável de Rubel — que lembra aquele tipo de verdade que só surge quando a vida já arrancou todas as defesas. É a sinceridade que não tenta impressionar, não tenta convencer. Apenas existe. Apenas treme.


Camus diria que esse é o território onde nasce a lucidez: quando paramos de exigir que a vida se justifique e começamos a olhar para ela como ela é — imperfeita, incompleta, frágil. E ainda assim cheia de pequenos brilhos que não sabemos nomear.


Às vezes, o que chamamos de “ouro” não é grandeza, nem vitória, nem epifania.
É só um instante — um toque, um gesto, uma presença. Uma pessoa que passa pela nossa vida e não resolve nada, mas ilumina tudo. Uma luz breve, mas intensa o suficiente para nos lembrar que existimos.


Camus acreditava que a beleza mora nesse lugar: não na promessa, mas na experiência; não no eterno, mas no agora.
E Rubel canta exatamente isso: a delicadeza do que se desfaz, a ternura do que não tenta ser mais do que é.


Há uma força enorme em admitir que não sabemos para onde vamos.
Há coragem em amar mesmo sem garantias.
Há beleza em continuar mesmo quando nada responde.


Talvez seja essa a nossa riqueza — não o ouro que se guarda, mas o que se sente.
O ouro que nasce do improvável: do toque que acalma, da memória que aquece, da presença que resta.


No final, Camus nos lembraria que viver é empurrar a pedra sabendo que ela cai.
E Rubel nos mostra que, entre uma queda e outra, ainda há música, ainda há brilho, ainda há instantes que valem mais do que qualquer resposta.


Porque o verdadeiro ouro não pesa na mão.
Ele pesa no coração —
e ilumina o que a razão nunca alcança.

Y.C (Para Nanyzita)

Diz Camus, que o homem é o único ser que não aceita o que é
O espírito humano necessita de novidades diárias; e assim quando não as tem, as inventa...
Não viver satisfeito faz parte da natureza do homem, mas a natureza não é assim, sobretudo com os irracionais não ocorre a mesma insatisfação.
Os animais, que não possuem consciência nem sofrem com as ansiedades do amanhã, se contentam com seu vai e vem incansável de dias e noites sempre iguais. Contudo, se observa entre homens comuns, não raro a mesma motivação ou costume.
Vejo homens que vivem enjaulados, numa rotina obstinada ao fim caótico sem lamentar sua injusta sina.
Penso que entre homens que possuem o mesmo espírito, o da conformação, estes não são capazes de mudar seu Status quo, sua simples existência se resume em existir e não em viver.

Inserida por EvandoCarmo


"Tem uma frase de Albert Camus que diz o seguinte: 'Quem vive de amor não vive, não sente, não faz nada além de sofrer.' E eu não poderia discordar mais que totalmente disso, porque tudo que se relaciona a você ou a nós dará vida, sentido e muita felicidade. O mais importante é que me dá uma absurda vontade de viver, não de um jeito melancólico, como de alguém que quer morrer, mas sim de alguém que quer viver tudo intensamente, tanto quanto eu já poderia sentir as coisas. Por causa de você, hoje eu não tenho medo do absurdo da vida e da intensidade que me conduz; muito pelo contrário, eu confio a mim fazer o melhor que tenho a oferecer para você.

E para não deixar o pai Alberto com uma carapuça de melancólico e de que não acredita no amor, há também outra frase que diz assim: 'Amar uma pessoa significa querer envelhecer com ela.' E eu não poderia concordar mais: você faz eu me sentir no meu auge todos os dias. Você é o amor da minha vida, Lívia! Eu quero passar o resto do instante que serão as nossas vidas da melhor forma possível." Te amo e Amarei a todo instante possivel

Inserida por Extintor

⁠O Mito de Sísifo

Segundo Camus, o suicídio é o único problema filosófico. Muitos visualizam no suicídio, somente uma maneira de conseguir o que almejam, a saber, extirpar o absurdo da existência. Então, provavelmente, ou é um pico de angústia muito alto, aliado a essa não subjetivação ou um pico, uma angústia contínua e perene que vive como ruído. É um pico de sofrimento tão alto e com pouco recurso para simbolizar esse sofrimento, você tem como defesa, desafetar, ficar em uma lógica um pouco cool, sendo mais da metade Blasé, sendo expert em defesas desinfetantes ou maníacas, indo ao movimento do consumo e se entretém e, quando você entra no olho do furação e enxerga sua própria vida, história, você mesmo não tem recurso, não tem pensamento, não tem formação psíquica, não possuindo conteúdo mental, verbal, simbólico, físico, sem linguagem, potencialidade, se ausentando da inteligência psíquica, cognitiva, para fazer face à vida, e se extingue o conhecimento e a consciência. É muito mais como uma defesa para uma angústia, para um afeto muito avassalador do que uma decisão de que está bom para mim.

Inserida por samuelfortes

O jornalista, escritor de romance e filosofo Albert Camus ensinou algo fantástico.

"O homem tem duas faces: não pode amar ninguém, se não se amar a si próprio"

Diga-se de passagem, concordo com ele. Ate porque é impossível você dar algo que não tem, ou seja, só podemos amar, se primeiramente nos amamo; respeitar, se nos respeitamos; cuidar, se nos cuidamos...
Pois, quando estamos deliberadamente bem conosco mesmo, estaremos livres para viver leves, felizes e contestes com aquilo que tem acontecido conosco, pois uma coisa é verdade, só alcançamos determinadas coisas, quando estamos de bem conosco mesmo.

Inserida por Lugli

E como o prazer é o primeiro e inato bem, é igualmente por este motivo que não escolhemos qualquer prazer; antes, pomos de lado muitos prazeres quando, como resultado deles, sofremos maiores pesares; e igualmente preferimos muitas dores aos prazeres quando, depois de longamente havermos suportado as dores, gozamos de prazeres maiores. Por conseguinte, cada um dos prazeres possui por natureza um bem próprio, mas não deve escolher-se cada um deles; do mesmo modo, cada dor é um mal, mas nem sempre se deve evitá-las. Convém, então, valorizar todas as coisas de acordo com a medida e o critério dos benefícios e dos prejuízos, pois que, segundo as ocasiões, o bem nos produz o mal e, em troca, o mal, o bem.

Não deve supor-se antinatural que a alma ressoe com os gritos da carne. A voz da carne diz: não se deve sofrer fome, a sede e o frio. E é difícil para a alma opor-se; antes, é perigoso para ela não escutar a prescrição da natureza, em virtude da sua exigência inata de bastar-se a si própria.

Inserida por DavidFrancisco

⁠Embora o prazer seja nosso bem primeiro e inato, nem por isso escolhemos qualquer prazer: há ocasiões em que evitamos muitos prazeres, quando deles nos advêm efeitos o mais das vezes desagradáveis; ao passo que consideramos muitos sofrimentos preferíveis aos prazeres, se um prazer maior advier depois de suportarmos essas dores por muito tempo.

Inserida por IuriCos